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O que o YouTube pensa sobre os direitos de autor

  • 0:01 - 0:03
    Se vocês estão aqui na plateia,
  • 0:03 - 0:06
    ou se estão a assistir a esta palestra
    noutro momento ou lugar,
  • 0:06 - 0:09
    estão a participar
    no ecossistema dos direitos digitais.
  • 0:09 - 0:11
    Quer sejam artistas, tecnólogos,
  • 0:11 - 0:13
    advogados ou fãs,
  • 0:13 - 0:16
    o tratamento dos direitos de autor
    influencia a vossa vida.
  • 0:16 - 0:18
    A gestão dos direitos de autor
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    já não é apenas
    uma questão de propriedade.
  • 0:20 - 0:22
    É uma complexa rede de relações
  • 0:22 - 0:25
    e uma parte importante
    do nosso panorama cultural.
  • 0:25 - 0:28
    O YouTube preocupa-se muito
    com a proteção dos direitos de autor.
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    Mas para lhes dar alternativas
    do que podem fazer
  • 0:32 - 0:34
    com as cópias, as montagens
    e outras coisas,
  • 0:34 - 0:36
    precisamos primeiro de identificar
  • 0:36 - 0:38
    quando um material autoral
    é colocado na nossa página.
  • 0:38 - 0:41
    Vejamos um vídeo específico
    para vocês verem como funciona.
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    Há dois anos, o artista Chris Brown
  • 0:44 - 0:47
    lançou o vídeo oficial
    do seu single, "Forever."
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    Um fã viu o vídeo na TV,
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    gravou-o com a câmara do seu telemóvel
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    e publicou-o no YouTube.
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    Como a Sony Music tinha registado
    o vídeo de Chris Brown
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    no nosso sistema
    de identificação de conteúdos,
  • 0:58 - 1:01
    segundos depois da tentativa
    de publicação do vídeo,
  • 1:01 - 1:02
    a cópia foi detetada,
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    dando à Sony a opção
    do que que fazer em seguida.
  • 1:05 - 1:08
    Mas como é que sabemos
    que o vídeo de um utilizador é uma cópia?
  • 1:08 - 1:10
    Isso começa com
    os proprietários de conteúdos
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    que adicionam os seus materiais
    na nossa base de dados,
  • 1:13 - 1:15
    juntamente com as condições de utilização
  • 1:15 - 1:18
    que nos diz o que fazer quando encontramos
    uma correspondência.
  • 1:18 - 1:20
    Comparamos cada ficheiro publicado
  • 1:20 - 1:23
    com todos os ficheiros de referência
    na nossa base de dados.
  • 1:24 - 1:26
    Este gráfico vai mostrar como funciona
  • 1:26 - 1:27
    o cérebro do nosso sistema.
  • 1:27 - 1:30
    Vemos aqui o ficheiro
    de referência original
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    a ser comparado com o conteúdo
    gerado pelo utilizador.
  • 1:33 - 1:36
    O sistema compara cada momento
    de um com o outro
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    para ver se há alguma correspondência.
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    Podemos identificar uma correspondência
  • 1:40 - 1:43
    mesmo se a cópia é apenas
    uma pequena parte do ficheiro original,
  • 1:43 - 1:45
    ou se é passada em movimento lento,
  • 1:45 - 1:48
    ou com má qualidade do som e da imagem.
  • 1:48 - 1:52
    Fazemos isso sempre que um vídeo
    é publicado no YouTube.
  • 1:52 - 1:55
    São mais de 20 horas de vídeo por minuto.
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    Quando encontramos uma correspondência,
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    aplicamos a política de direitos
    que o proprietário definiu.
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    A dimensão e a velocidade deste sistema
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    é realmente de tirar o fôlego.
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    Não estamos a falar só de alguns vídeos.
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    Estamos a falar de mais
    de 100 anos de vídeos por dia,
  • 2:13 - 2:15
    entre os novos ficheiros publicados
    e o exame dos conteúdos
  • 2:15 - 2:19
    que fazemos regularmente
    em todos os conteúdos da página.
  • 2:19 - 2:22
    Quando comparamos
    esses 100 anos de vídeos,
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    estamos a compará-los com milhões
    de ficheiros de referência
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    da nossa base de dados.
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    É como ter 36 000 pessoas
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    a olhar para 36 000 monitores,
    todos os dias,
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    sem tempo sequer
    para uma pausa para o café.
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    O que é que fazemos quando encontramos
    uma correspondência?
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    A maior parte dos proprietaries
    de direitos, em vez de o bloquear,
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    vai permitir que a cópia seja publicada.
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    Assim, beneficiam com a divulgação,
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    a publicidade e as correspondente vendas.
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    Lembram-se do vídeo
    Chris Brown, "Forever"?
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    Teve os seus dias de glória
    e depois caiu nas tabelas.
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    Parecia ser o fim da história.
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    Mas a certa altura, no ano passado,
    um casal casou-se.
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    Este é o vídeo do casamento deles.
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    Talvez já o tenham visto.
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    (Música)
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    O que é espantoso é que,
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    se o desfile do casamento
    foi assim tão divertido,
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    a receção ainda deve ter sido
    mais divertida.
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    Ou seja, quem são estas pessoas?
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    Eu gostava de ter ido a este casamento.
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    O vídeo do casamento deles
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    conseguiu mais de 40 milhões
    de visualizações.
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    A Sony, em vez de bloqueá-lo,
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    permitiu que o vídeo fosse publicado.
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    Colocaram nele um anúncio
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    e uma ligação para o iTunes.
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    Esta música, ao fim de 18 meses,
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    voltou a ser a quarta música
    da tabela do iTunes.
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    A Sony está a gerar receitas
    dessas duas fontes.
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    E Jill e Kevin, o casal feliz,
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    voltaram da lua-de-mel
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    e viram que o vídeo deles
    tinha ficado viral.
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    Foram parar a vários
    programas de entrevistas
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    e aproveitaram a oportunidade
    de fazer a diferença.
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    O vídeo incentivou doações
    de 26 000 dólares
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    para acabar com a violência doméstica.
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    A "Música do Início do Casamento de JK"
    tornou-se tão popular
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    que a NBC parodiou o vídeo
    no último episódio de "The Office",
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    o que só mostra
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    que isto é, de facto,
    um ecossistema da cultura.
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    Porque não se trata só de amadores
    a ir buscar aos grandes estúdios,
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    mas às vezes os grandes estúdios
    também vão buscar a amadores.
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    Ao permitir as escolhas, podemos criar
    uma cultura de oportunidade.
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    Para mudar as coisas,
    só foi preciso permitir opções
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    a partir da identificação de direitos.
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    Porque é que ninguém resolveu
    este problema antes?
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    Porque é um grande problema,
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    e é complicado e confuso.
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    Não é invulgar que um simples vídeo
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    tenha múltiplos proprietários de direitos.
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    Há etiquetas musicais.
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    Há inúmeras editoras.
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    Cada um deles pode variar
    de país para país.
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    Há muitos casos
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    em que temos uma montagem
    de mais de uma obra.
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    Temos que gerir várias reivindicações
    para um mesmo vídeo.
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    O sistema de identificação de conteúdos
    do YouTube trata de todos os casos.
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    Mas o sistema só funciona
  • 4:45 - 4:47
    com a participação
    dos proprietários de direitos.
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    Se tiverem conteúdos que outros
    estão a publicar no YouTube,
  • 4:50 - 4:53
    devem registar-se no sistema
    de identificação de conteúdo,
  • 4:53 - 4:56
    e então terão a opção de decidir
    como esse conteúdo será usado.
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    Pensem com cuidado nas políticas
    que vão aplicar ao conteúdo.
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    Se bloquearem todas as utilizações,
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    perderão novas formas de arte,
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    novas audiências,
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    novos canais de distribuição
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    e novas fontes de receita.
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    Mas não se trata apenas
    de dólares e de impressões.
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    Vejam só toda a alegria
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    que foi disseminada graças
    à gestão progressiva de direitos
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    e das novas tecnologias.
  • 5:18 - 5:20
    Penso que todos estamos de acordo
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    que a alegria é uma ideia
    que merece ser disseminada.
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    Obrigada.
  • 5:24 - 5:25
    (Aplausos)
Title:
O que o YouTube pensa sobre os direitos de autor
Speaker:
Margaret Gould Stewart
Description:

Margaret Gould Stewart, chefe da área de experiência do utilizador do YouTube, fala sobre como a omnipresente página de vídeos trabalha com os proprietários e os criadores dos direitos de autor e criadores para alimentar (nos melhores momentos) um ecossistema criativo em que todo mundo ganha.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
05:26
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for How YouTube thinks about copyright
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for How YouTube thinks about copyright
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Ana Carla added a translation

Portuguese subtitles

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