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Como as luzes de Natal ajudaram os guerrilheiros a depor as suas armas.

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    Pensei muito sobre qual seria
    a primeira palavra a dizer hoje
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    e decidi dizer "Colômbia."
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    A razão para o fazer...
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    Não sei quem aqui já visitou a Colômbia,
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    que fica a norte do Brasil.
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    É um país lindo
  • 0:15 - 0:17
    com pessoas extraordinárias,
    como eu... e outros.
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    (Risos)
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    Possui uma fauna e flora
    extraordinárias.
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    Tem água; tem tudo para ser
    um sítio perfeito.
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    Mas temos alguns problemas.
    Já devem ter ouvido falar de alguns.
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    Temos a guerrilha em actividade
    há mais tempo do mundo inteiro.
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    Existe há cerca de 50 anos,
  • 0:37 - 0:39
    o que significa que, durante a minha vida,
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    nunca tive um dia de paz no meu país.
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    O grupo principal de guerrilha
    são as FARC,
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    as Forças Armadas
    Revolucionárias da Colômbia,
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    que financiam as suas operações
    através de raptos, extorsão,
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    tráfico de droga,
    e exploração ilegal de minério.
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    Já houve terrorismo.
    Já houve atentados à bomba aleatórios.
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    As coisas não estão bem.
    Não estão nada bem.
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    Se tivermos em conta o custo humanitário
    desta guerra de 50 anos,
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    tivemos mais de 5,7 milhões
    de desalojados,
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    uma das maiores populações desalojadas
    de todo o mundo.
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    Este conflito custou a vida
    a mais de 220 mil pessoas.
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    É um pouco como se tivéssemos
    novamente as guerras de Bolívar.
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    Muitas pessoas
    morreram sem necessidade.
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    Actualmente decorrem
    negociações de paz
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    e temos tentado ajudar a resolver
    este problema de forma pacífica.
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    Nesse contexto,
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    decidimos tentar algo
    completamente paralelo e diferente:
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    Luzes de Natal.
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    Vocês devem estar a dizer:
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    "De que raio está este tipo a falar?"
  • 1:52 - 1:57
    Vou falar de árvores gigantescas
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    que colocámos na selva,
    em nove caminhos estratégicos
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    decoradas com luzes de Natal.
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    Essas árvores ajudaram-nos
    a desmobilizar 331 guerrilheiros,
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    cerca de 5 por cento
    das forças de guerrilha da altura.
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    As luzes das árvores
    acendiam à noite
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    e ao lado, um letreiro dizia:
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    "Se o Natal consegue chegar à selva,
    tu consegues voltar para casa.
  • 2:25 - 2:27
    "Desmobiliza.
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    "No Natal, tudo é possível."
  • 2:29 - 2:32
    Como sabemos que as árvores funcionaram?
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    Conseguimos 331, o que não é mau,
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    mas também sabemos
    que muitos guerrilheiros não as viram
  • 2:39 - 2:42
    e sabemos que muitos
    ouviram falar delas.
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    Sabemos, porque falamos constantemente
    com os guerrilheiros desmobilizados.
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    Vamos então viajar no tempo
    até quatro anos antes das árvores.
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    Quatro anos antes,
    fomos contactados pelo governo
  • 2:53 - 2:57
    para ajudar a desenvolver
    uma estratégia de comunicação
  • 2:57 - 3:00
    com o objectivo de retirar o maior número
    possível de guerrilheiros da selva.
  • 3:00 - 3:03
    O governo já tinha
    uma estratégia militar,
  • 3:03 - 3:06
    uma estratégia legal,
    e uma estratégia política,
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    mas disseram-nos:
  • 3:07 - 3:09
    "Não temos uma estratégia de comunicação
  • 3:09 - 3:12
    "e, provavelmente, seria boa ideia
    desenvolver uma."
  • 3:12 - 3:16
    Decidimos começar imediatamente
  • 3:16 - 3:22
    porque era uma oportunidade
    de influenciar o resultado do conflito
  • 3:22 - 3:26
    através daquilo que fazemos,
    com as ferramentas que possuímos.
  • 3:26 - 3:29
    Mas não sabíamos muito acerca do assunto.
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    Na Colômbia, se vivemos numa cidade,
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    estamos muito longe do sítio
    onde a guerra de facto existe,
  • 3:35 - 3:37
    portanto não a compreendemos.
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    Pedimos ao governo
    para nos dar acesso
  • 3:39 - 3:42
    ao maior número possível
    de guerrilheiros desmobilizados.
  • 3:42 - 3:44
    Falámos com cerca de 60,
  • 3:44 - 3:48
    até acharmos que compreendíamos
    o problema na sua totalidade.
  • 3:49 - 3:52
    Eles contaram-nos
    porque se tinham juntado à guerrilha,
  • 3:52 - 3:55
    porque tinham abandonado a guerrilha,
    quais os seus sonhos
  • 3:55 - 3:57
    e as suas frustrações.
  • 3:57 - 4:01
    Destas conversas surgiu
    a percepção subjacente
  • 4:01 - 4:04
    que conduziu toda a campanha:
  • 4:04 - 4:09
    Os guerrilheiros
    são tão prisioneiros da organização
  • 4:09 - 4:11
    como as pessoas que são feitas reféns.
  • 4:12 - 4:15
    No início, ficámos tão sensibilizados
    com estas histórias,
  • 4:15 - 4:17
    tão espantados com elas,
  • 4:17 - 4:20
    que achámos que talvez a melhor maneira
    de comunicar com os guerrilheiros
  • 4:20 - 4:23
    fosse levá-los a falar sobre eles mesmos.
  • 4:23 - 4:27
    Gravámos cerca de cem histórias
    durante o primeiro ano
  • 4:27 - 4:31
    e passámo-las na rádio e na televisão,
  • 4:31 - 4:33
    para que os guerrilheiros na selva
    ouvissem as histórias
  • 4:33 - 4:36
    — as suas histórias,
    ou histórias semelhantes às suas —
  • 4:36 - 4:39
    e quando as ouvissem,
    decidissem regressar.
  • 4:39 - 4:42
    Quero contar-vos uma dessas histórias.
  • 4:42 - 4:45
    Este é o Giovanni Andres.
  • 4:45 - 4:48
    Tinha 25 anos quando tirámos a fotografia.
  • 4:48 - 4:52
    Estivera sete anos na guerrilha
    e tinha desmobilizado recentemente.
  • 4:53 - 4:54
    A sua história é esta:
  • 4:55 - 4:58
    Foi recrutado com 17 anos,
  • 4:58 - 5:06
    passado algum tempo, o seu esquadrão
    recrutou uma rapariga linda.
  • 5:06 - 5:08
    Eles apaixonaram-se.
  • 5:08 - 5:14
    Conversavam sobre como seria a sua família,
    que nomes teriam os seus filhos,
  • 5:14 - 5:17
    como iria ser a sua vida
    depois da guerrilha.
  • 5:17 - 5:18
    Mas acontece
  • 5:18 - 5:22
    que o amor é estritamente proibido
    às baixas patentes da guerrilha.
  • 5:22 - 5:25
    Quando o romance foi descoberto,
    eles foram separados.
  • 5:25 - 5:29
    Ele foi enviado para muito longe,
    e ela ficou para trás.
  • 5:29 - 5:34
    Ela conhecia muito bem a região, por isso,
    uma noite em que estava de guarda
  • 5:34 - 5:36
    simplesmente abandonou,
  • 5:37 - 5:39
    foi ter com o exército
    e foi desmobilizada.
  • 5:40 - 5:43
    Foi uma das pessoas
    com quem tivemos a sorte de falar.
  • 5:43 - 5:46
    Ficámos realmente comovidos
    com esta história
  • 5:46 - 5:48
    e fizemos um anúncio na rádio.
  • 5:48 - 5:54
    Por puro acaso
    muitos, muitos quilómetros a norte
  • 5:55 - 5:57
    ele ouviu-a na rádio.
  • 5:57 - 6:02
    Quando a ouviu, disse:
    "Que raio faço eu aqui?"
  • 6:02 - 6:08
    "Ela teve a coragem de sair,
    Tenho de fazer o mesmo. "
  • 6:08 - 6:09
    E assim fez.
  • 6:09 - 6:11
    Caminhou durante dois dias e duas noites.
  • 6:12 - 6:15
    Arriscou a sua vida
    e abandonou a guerrilha.
  • 6:15 - 6:20
    A única coisa que queria era vê-la.
    O seu único objectivo era vê-la.
  • 6:20 - 6:23
    E, de facto, encontraram-se.
  • 6:23 - 6:26
    Sei que vocês estavam a pensar
    se eles se tinham encontrado.
  • 6:26 - 6:28
    Encontraram-se.
  • 6:28 - 6:32
    Ela tinha sido recrutada aos 15 anos
    e abandonara aos 17.
  • 6:32 - 6:35
    Houve uma série de complicações,
    mas no final encontraram-se.
  • 6:35 - 6:39
    Não sei se estão juntos hoje em dia,
    mas posso descobrir.
  • 6:39 - 6:41
    (Risos)
  • 6:41 - 6:48
    Mas o que vos posso dizer é que
    a nossa estratégia da rádio funcionava.
  • 6:49 - 6:52
    O problema é que funcionava
    com as baixas patentes da guerrilha,
  • 6:52 - 6:57
    mas não com os comandantes,
    as pessoas mais difíceis de substituir.
  • 6:57 - 7:03
    Porque é fácil recrutar, mas não é fácil
    encontrar comandantes mais velhos.
  • 7:03 - 7:06
    Então pensámos:
    Usamos a mesma estratégia.
  • 7:06 - 7:08
    Pomos comandantes
    a falar com os comandantes.
  • 7:08 - 7:12
    E chegámos mesmo
    a pedir a ex-comandantes da guerrilha
  • 7:12 - 7:15
    para irem em helicópteros,
    com microfones,
  • 7:15 - 7:18
    dizer àqueles que antes
    combatiam a seu lado:
  • 7:18 - 7:23
    "Há uma vida melhor cá fora. Estou bem."
    "A guerrilha não vale a pena.", etc.
  • 7:23 - 7:28
    Mas, como podem imaginar,
    era muito fácil de contrapor,
  • 7:28 - 7:31
    porque os guerrilheiros diziam:
  • 7:31 - 7:34
    "Pois, se ele não disser
    essas coisas, matam-no."
  • 7:34 - 7:37
    Ficámos sem nada
  • 7:38 - 7:40
    porque os guerrilheiros
    passavam a mensagem
  • 7:40 - 7:43
    de que todas aquelas coisas eram ditas,
  • 7:43 - 7:47
    porque eram obrigados.
  • 7:48 - 7:54
    Alguém na nossa equipa, alguém brilhante,
    veio ter connosco e disse:
  • 7:54 - 7:56
    "Sabem no que reparei?
  • 7:56 - 8:01
    "Que na época do Natal,
    existem picos de desmobilização
  • 8:02 - 8:04
    "desde o início da guerra."
  • 8:04 - 8:09
    Foi incrível, porque nos levou a pensar
  • 8:10 - 8:14
    que devíamos falar com o ser humano,
    e não com o soldado.
  • 8:14 - 8:21
    Precisávamos de nos afastar
    da comunicação do governo com o exército,
  • 8:21 - 8:22
    do exército com o exército
  • 8:22 - 8:27
    e abordar os valores universais,
    falar sobre a humanidade.
  • 8:27 - 8:31
    Foi aí que surgiu a árvore de Natal.
  • 8:31 - 8:36
    Esta fotografia é do planeamento
    das árvores de Natal.
  • 8:36 - 8:39
    O homem que vêem, com as três estrelas,
  • 8:39 - 8:42
    é o Capitão Juan Manuel Valdez.
  • 8:42 - 8:47
    O Capitão Valdez
    foi o primeiro oficial de alta patente
  • 8:47 - 8:51
    a fornecer-nos os helicópteros
    e o apoio de que necessitávamos
  • 8:51 - 8:53
    para colocar as árvores de Natal.
  • 8:53 - 8:58
    Nessa reunião, ele disse algo
    que nunca vou esquecer:
  • 8:58 - 9:03
    "Quero fazer isto porque
    ser generoso torna-me mais forte,
  • 9:04 - 9:06
    "e faz os meus homens
    sentirem-se mais fortes."
  • 9:07 - 9:09
    Fico muito emocionado
    quando me lembro dele
  • 9:09 - 9:12
    porque foi morto em combate, mais tarde,
  • 9:12 - 9:14
    e sentimos muito a sua falta.
  • 9:16 - 9:20
    Queria que o vissem,
    porque ele foi muito importante.
  • 9:20 - 9:23
    Deu-nos todo o apoio para colocar
    as primeiras árvores de Natal.
  • 9:23 - 9:26
    O que sucedeu depois foi
    que os guerrilheiros
  • 9:26 - 9:31
    que saíram durante a operação
    das árvores de Natal, disseram:
  • 9:31 - 9:33
    "Foi muito bom,
    as árvores de Natal são óptimas,
  • 9:33 - 9:35
    "mas sabem que mais?
  • 9:35 - 9:37
    Nós já não andamos na selva.
    Usamos os rios."
  • 9:37 - 9:41
    Os rios são as autoestradas da selva.
  • 9:41 - 9:43
    Foi algo que aprendemos.
  • 9:43 - 9:48
    A maioria do recrutamento era feito
    nas aldeias fluviais e suas redondezas.
  • 9:48 - 9:52
    Então fomos a essas aldeias
    e pedimos às pessoas,
  • 9:52 - 9:56
    visto que algumas teriam provavelmente
    contactos directos com os guerrilheiros:
  • 9:56 - 9:59
    "Podem enviar uma mensagem
    aos guerrilheiros?"
  • 10:00 - 10:03
    Recolhemos mais de 6 mil mensagens.
  • 10:04 - 10:06
    Algumas eram bilhetes
    que diziam: "Saiam."
  • 10:06 - 10:08
    Algumas continham brinquedos.
    Outras doces.
  • 10:08 - 10:13
    Houve mesmo quem tirasse as jóias.
    cruzes e artefactos religiosos
  • 10:13 - 10:18
    e os colocasse nessas bolas flutuantes
    que eram enviadas pelos rios abaixo.
  • 10:19 - 10:23
    Enviámos milhares pelos rios,
    para serem recolhidas durante a noite.
  • 10:23 - 10:27
    Recolhíamos as que não fossem apanhadas.
    Mas muitas foram recebidas.
  • 10:27 - 10:32
    Geraram, em média,
    uma desmobilização a cada seis horas,
  • 10:32 - 10:34
    o que foi incrível, e o tema foi:
  • 10:34 - 10:36
    "Voltem para casa no Natal."
  • 10:38 - 10:41
    Depois veio o processo de paz.
  • 10:41 - 10:46
    Quando começou, toda a mentalidade
    da guerrilha se alterou.
  • 10:46 - 10:49
    Alterou-se porque eram levados a pensar:
  • 10:49 - 10:52
    "Bem, se há um processo de paz,
  • 10:52 - 10:53
    "provavelmente isto vai acabar.
  • 10:53 - 10:55
    "Em alguma altura vou ter de sair."
  • 10:55 - 10:57
    Os seus medos mudaram completamente.
  • 10:57 - 11:00
    Os seus medos já não eram:
    "Será que vou ser morto?"
  • 11:01 - 11:04
    Os seus medos eram:
    "Será que vou ser rejeitado?
  • 11:04 - 11:07
    "Quando sair desta vida,
    será que vou ser rejeitado?"
  • 11:07 - 11:14
    No Natal passado, o que fizemos foi
    encontrar 27 mães de guerrilheiros
  • 11:14 - 11:17
    e pedimos-lhes que nos dessem
    fotografias dos seus filhos,
  • 11:18 - 11:22
    onde só eles se reconhecessem,
    para não pôr as suas vidas em risco.
  • 11:22 - 11:25
    Pedimos-lhes que enviassem
  • 11:25 - 11:27
    a mensagem mais maternal
    que pudessem, tipo:
  • 11:27 - 11:30
    "Antes de seres guerrilheiro,
    eras meu filho.
  • 11:31 - 11:33
    "Volta para casa. Estou à tua espera."
  • 11:33 - 11:36
    Podem ver as fotografias.
    Vou mostrar-vos algumas.
  • 11:36 - 11:38
    (Aplausos)
  • 11:38 - 11:40
    Obrigado.
  • 11:45 - 11:48
    Estas fotografias foram colocadas
    em muitos locais diferentes
  • 11:49 - 11:53
    e muitos regressaram.
  • 11:53 - 11:56
    Foi de facto muito bonito.
  • 11:56 - 12:00
    Então decidimos trabalhar com a sociedade.
  • 12:00 - 12:02
    Trabalhámos com as mães no Natal.
  • 12:02 - 12:05
    Agora vamos falar do resto das pessoas.
  • 12:05 - 12:09
    Talvez saibam que houve um
    Mundial de Futebol este ano.
  • 12:10 - 12:14
    A Colômbia jogou muito bem.
  • 12:15 - 12:18
    Foi um momento de unidade para a Colômbia.
  • 12:18 - 12:22
    O que fizemos foi dizer aos guerrilheiros:
  • 12:22 - 12:26
    "Venham, saiam da selva.
    Guardámos um lugar para vocês."
  • 12:26 - 12:31
    Isto apareceu na televisão,
    nos vários "media", com a mensagem:
  • 12:31 - 12:33
    "Guardámos um lugar para vocês."
  • 12:33 - 12:36
    O soldado no anúncio diz:
  • 12:37 - 12:39
    "Guardei-vos um lugar
    aqui mesmo no helicóptero
  • 12:39 - 12:42
    "para que possam sair desta selva
    e vir desfrutar o Mundial."
  • 12:43 - 12:46
    Ex-jogadores de futebol,
    locutores de rádio,
  • 12:46 - 12:48
    toda a gente guardou
    um lugar para os guerrilheiros.
  • 12:48 - 12:53
    Desde que iniciámos este trabalho
    há pouco mais de oito anos,
  • 12:53 - 12:56
    desmobilizaram 17 mil guerrilheiros.
  • 12:58 - 13:00
    (Aplausos)
  • 13:00 - 13:02
    Obrigado.
  • 13:05 - 13:12
    Não quero de todo dizer
    que isto se deve apenas ao nosso trabalho,
  • 13:13 - 13:21
    mas sei bem que o nosso trabalho
    pode ter ajudado muitos deles
  • 13:21 - 13:23
    a começar a pensar em desmobilizar
  • 13:23 - 13:27
    e pode ter ajudado muitos
    a tomar a decisão final.
  • 13:28 - 13:30
    Se esse for o caso, a publicidade
  • 13:30 - 13:34
    ainda é uma das mais poderosas armas
    para a mudança
  • 13:34 - 13:36
    que temos ao nosso dispor.
  • 13:36 - 13:38
    Falo não apenas por mim,
  • 13:38 - 13:41
    mas em nome de todos os colegas
    que vejo aqui presentes
  • 13:41 - 13:43
    e que trabalham em publicidade,
  • 13:43 - 13:46
    e em nome de toda a equipa
    que trabalhou comigo.
  • 13:47 - 13:50
    Quando digo: "Se quiseres mudar o mundo,
  • 13:50 - 13:53
    "ou se quiseres alcançar a paz,
    por favor, contacta-nos.
  • 13:53 - 13:54
    "Adorávamos ajudar."
  • 13:54 - 13:56
    Obrigado.
  • 13:56 - 13:58
    (Aplausos)
Title:
Como as luzes de Natal ajudaram os guerrilheiros a depor as suas armas.
Speaker:
Jose Miguel Sokoloff
Description:

A Colômbia é uma nação de excepcional beleza e potencial. É também o país onde o movimento de guerrilha F.A.R.C incita à violência há 50 anos. "Durante a minha vida, nunca tive um dia de paz no meu país," diz Jose Miguel Sokoloff. Este publicitário executivo e a sua equipa viram uma oportunidade de conquistar os corações e as mentes dos guerrilheiros com árvores de Natal e mensagens personalizadas estrategicamente colocadas na selva. Um olhar sobre as mensagens criativas, que levaram milhares de guerrilheiros a abandonar a guerra, e sobre as descobertas fulcrais que originaram tácticas tão surpreendentes.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
14:22

Portuguese subtitles

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