Sra. Personagem Masculino - Tropos vs Mulheres nos Video Games
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0:00 - 0:06"Querido, você não sabe? Eu sou mais do que só um Pac-Man com um laço!"
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0:24 - 0:27Neste episódio, nós vamos tirar o foco dos recursos de roteiro
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0:27 - 0:33para discutir um padrão em conceitualização e design de personagem que eu decidi chamar de Sra. Personagem Masculino.
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0:33 - 0:37Como sempre, é importante ter em mente que é totalmente possível criticar
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0:37 - 0:42alguns aspectos de uma obra de mídia, e ao mesmo tempo apreciar outras partes e considerá-las de valor.
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0:42 - 0:50Vamos começar nossa análise desse tropo viajando no tempo até 1980, na criação de um dos mais famosos personagens na história dos video games.
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0:50 - 0:57Originalmente Pakku-Man no Japão, o nome foi mudado pra Pac-Man quando o jogo chegou aos arcades nos EUA.
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0:57 - 1:05A propósito, Toru Iwatani, o criador do Pac-Man, afirmou em várias entrevistas que o jogo foi criado para agradar o público feminino, porque
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1:05 - 1:07- e eu não estou brincando -, segundo ele,
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1:07 - 1:13"Quando você pensa em coisas que as mulheres gostam, você pensa em moda, ou horóscopo, ou comida, ou garotos e namoro."
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1:13 - 1:20"Então eu decidi fazer o tema do jogo acerca de comer - depois do jantar, mulheres gostam de sobremesa."
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1:20 - 1:26Por sorte, as noções regressivas, pessoais ou culturais, que Iwatani tem acerca de mulheres não estão refletidas no produto final do jogo.
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1:26 - 1:32Pac-Man se tornou uma sensação internacional e até hoje é um dos mais reconhecíveis ícones da cultura pop,
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1:32 - 1:39mas provavelmente não foi porque mulheres são geneticamente predispostas a "gostar de sobremesa" mais do que seres humanos de outros gêneros.
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1:39 - 1:43"Oi, eu sou a Lily Tomlin. Eu sou uma viciada em Pac-Man."
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1:43 - 1:46"Tudo bem, eu consigo falar sobre isso agora."
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1:46 - 1:49"É claro que houve uma época em que eu não conseguia."
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1:49 - 1:55No ano seguinte, um grupo de estudantes do MIT criaram uma modificação do Pac-Man original de fliperama, chamada Crazy Otto,
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1:55 - 1:59que apresentava quatro novos labirintos e um novo herói masculino com perninhas.
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1:59 - 2:04A idéia era vender esse "aprimoramento" para donos de fliperama, para que eles pudessem injetar sangue novo nas velhas máquinas de Pac-Man.
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2:04 - 2:11Mas por causa de um processo jurídico separado com a Atari, eles decidiram tentar vender o Crazy Otto diretamente para a Midway,
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2:11 - 2:13fabricante dos fliperamas do Pac-Man nos EUA.
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2:13 - 2:20Coincidentemente, a Midway estava ansiosa por uma sequência para o Pac-Man e transformou a modificação em uma sequência oficial.
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2:20 - 2:25Em um esforço para continuar a atingir o público feminino, Crazy Otto foi brevemente transformado em Pac-Woman,
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2:25 - 2:29depois em Miss Pac-Man até finalmente virar Ms. Pac-Man.
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2:29 - 2:36A mudança de última hora foi para evitar a potencial má reação para a terceira cutscene, que mostraria uma criança nascida fora do casamento.
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2:41 - 2:46O jogo chegou aos fliperamas nos EUA em 1982 e foi um hit imediato,
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2:46 - 2:51se tornando o jogo americano de fliperama mais bem sucedido já feito.
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2:51 - 2:55Como seu antecessor, Ms. Pac-Man rapidamente atingiu proeminência cultural,
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2:55 - 3:01e não demorou até que ela virasse um marshmallow especial no cereal do Pac-Man.
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3:01 - 3:05"O cereal do Pac-Man tem uma nova surpresa. Quando você abrir - é um choque!"
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3:05 - 3:09"Rosa-choque! É o novo marshmallow da Ms. Pac-Man!"
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3:09 - 3:11"Ela tem um laço rosa-choque - oh!"
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3:11 - 3:14A Ms. Pac-Man é não só uma das primeiras personagens femininas com a qual se podia jogar,
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3:14 - 3:20mas também a primeira Sra. Personagem Masculino na história dos video games.
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3:20 - 3:22Eu descrevo o tropo da Sra. Personagem Masculino como:
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3:22 - 3:25uma versão feminina de um personagem masculino já bem estabelecido ou padrão.
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3:25 - 3:30As Sras. Personagem Masculino são definidas primariamente por suas relações com suas contrapartes masculinas,
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3:30 - 3:35através de suas propriedades visuais, sua conexão narrativa ou, às vezes, de material promocional.
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3:35 - 3:37"Olá!" "Olá!"
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3:37 - 3:41Esse tropo, é claro, é parte de uma longa tradição em narrativas visuais.
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3:41 - 3:48O processo de criação da Sra. Personagem Masculino a partir de um já existente herói masculino tem sido especialmente popular na animação e nos quadrinhos no último século.
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3:48 - 3:54Quando a derivada feminina é uma duplicata exata, ela é às vezes chamada de Contraparte Feminina.
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3:54 - 3:57Muito embora a Sra. Personagem Masculino não tenha começado com os video games,
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3:57 - 4:01essa mídia vez uso grande e frequente do tropo ao longo dos anos,
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4:01 - 4:04especialmente em jogos feitos para pessoas jovens e público geral.
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4:04 - 4:05"É o Sr. Arcade!"
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4:05 - 4:07"E a Sra. Arcade!"
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4:07 - 4:08"Sra. Arcade? Uau!"
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4:08 - 4:10"Engole esses pontos, Ms. Pac-Man!"
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4:10 - 4:11"Para o Túnel!"
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4:11 - 4:12"Aquele casal é apaixonado!"
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4:12 - 4:13"Sim, apaixonado pela Ms. Pac-Man!"
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4:13 - 4:17Vamos explorar esse tropo um pouco mais profundamente fazendo uma pergunta simples:
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4:17 - 4:20como podemos saber qual o gênero dos personagens?
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4:20 - 4:26Além de seus nomes, como saber que os pixels à direita significam "masculino" enquanto os pixels à esquerda significam "feminino"?
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4:26 - 4:34Bem, pra diferenciar a Ms. Pac-Man de sua contraparte mundialmente famosa, seus criadores adicionaram uma série de elementos de design estereotípicos.
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4:34 - 4:39Com apenas alguns pixels pra trabalhar, os designers usaram o Pac-Man original
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4:39 - 4:45e adicionaram um laço vermelho, batom vermelho, um olho com maquiagem, cílios longos e uma pinta.
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4:45 - 4:48Mesmo que a Ms. Pac-Man seja essencialmente uma forma personificada,
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4:48 - 4:55nos materiais promocionais ela é apresentada em saltos altos, com longas pernas, jóias e às vezes plumas.
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4:55 - 5:01Os elementos de design usados para transformas o Pac-Man em Ms. Pac-Man são referidos como significadores femininos:
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5:01 - 5:06o laço, a maquiagem, os cílios longos, são todos escolhas estilísticas específicas,
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5:06 - 5:12parte do vocabulário visual da nossa cultura para transmitir informação sobre gênero para o espectador.
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5:12 - 5:19Os designers de video games usam esses atributos estereotípicos como um atalho para rapidamente identificar uma personagem como feminina.
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5:19 - 5:23Decorações infantis no cabelo são de longe o acessório mais usado para este fim.
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5:23 - 5:28Simplesmente colocar um laço na cabeça de animais ou objetos antropomorfizados
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5:28 - 5:33é uma prática padrão de criadores pra comunicar que um personagem não é masculino.
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5:33 - 5:36A série Bubble Bobble estrela os heróis Bub e Bob,
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5:36 - 5:41que têm que resgatar suas contrapartes femininas e respectivos interesses amorosos, Peb e Pab.
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5:41 - 5:46Lala é a versão feminina do herói masculino Lolo na série The Adventures of Lolo.
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5:46 - 5:51MeeMee preenche o papel como a namorada do protagonista nos jogos do Super Monkey Ball.
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5:54 - 6:01Em Where's My Water, jogo popular da Disney, nós sabemos que a Allie é mulher porque ela é a única dos jacarés que usa um laço.
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6:04 - 6:09O jogo Giant Boulder of Death, do Adult Swim, leva esse tropo a extremos ridículos,
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6:09 - 6:17ao colocar um laço rosa enorme em um pedregulho rosa, antes de ela ser enfiada na geladeira pra motivar o pedregulho azul a buscar vingança.
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6:20 - 6:24Agora, a coisa interessante é que esses significadores femininos são na verdade muito arbitrários e abstratos.
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6:24 - 6:29Não tem nada em um laço, por si só, que seja intrinsecamente ou essencialmente feminino;
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6:29 - 6:31é só um pedaço colorido de pano, afinal de contas.
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6:31 - 6:38Mas nossa sociedade atualmente coloca nesse pedaço de pano um significado muito específico, socialmente construído e estritamente forçado.
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6:38 - 6:44É um símbolo que transmite o conceito de feminino (e invoca uma idéia de "menina").
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6:45 - 6:48O jogo indie Rogue Legacy tem um sistema interessante
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6:48 - 6:52em que você pode ser aleatoriamente atribuído à escolha de uma heroína ou um herói pra jogar, a cada rodada.
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6:52 - 7:00Os personagens são essencialmente idênticos, tanto em mecânica quanto em estética (exceto por uma pequena diferente no colete da armadura).
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7:00 - 7:08Até aí tudo bem, mas todas as heroínas também têm um laço lavanda, estranhamente conspícuo e totalmente desnecessário, no topo da armadura.
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7:08 - 7:11É um exemplo clássico de "dar um laço"!
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7:16 - 7:21O código de cores para personagens é outro elemento visual frequentemente usado pra significar gênero.
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7:21 - 7:25Tipicamente, a cor dominante usada no design da variante feminina é rosa berrante
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7:25 - 7:29(embora às vezes roxo ou tons pastéis sejam usados).
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7:29 - 7:35Em Ice Climber, clássico jogo de 1985 da NES, o jogador 1 controla Popo, que usa uma parka azul.
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7:35 - 7:39Se você tiver um jogador 2, poderá controlar Nana, que usa uma parka rosa.
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7:41 - 7:47Amy Rose foi desenhada pra ser a versão feminina e rosa do Sonic, especialmente em suas primeiras encarnações.
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7:49 - 7:53CommandgirlVideo é a versão feminina do CommanderVideo na série inde Bit Trip Runner.
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7:53 - 7:57A cor dominante dela é roxo, ela usa um laço gigante na cabeça,
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7:57 - 8:00e no Runner 2 ela de repente é peituda.
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8:02 - 8:09Os elementos significantes de gênero mais usados são laços, batom, cílios longos e a cor rosa,
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8:09 - 8:15mas há toda uma série de outros elementos de design que, combinados, têm o mesmo propósito.
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8:15 - 8:22Outros desses elementos usados para diferenciar as mulheres dos homens são maria-chiquinhas, salto alto, unhas pintadas, maquiagem
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8:22 - 8:30(principalmente blush e sombra), umbigo à mostra, seios exagerados e decote, e o motivo de coração no design ou nos super poderes.
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8:30 - 8:35Pretty Bomber é a adversária do protagonista, e às vezes interesse amoroso, na série Bomberman.
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8:35 - 8:39E só pra ficar absolutamente claro que não há nenhuma confusão quanto ao gênero dela,
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8:39 - 8:45ela é rosa de cima a baixo, tem um coração gigante anexado à cabeça e também joga bombas em formato de coração.
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8:48 - 8:52Elementos significadores de gênero não são obrigatórios para a Sra. Personagem Masculino,
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8:52 - 9:00mas esse tipo de atributos estereotípicos servem pra marcar as personagens mulheres como diferentes, em virtude de sua apresentação feminina.
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9:01 - 9:08Só pra ser clara, não tem nenhum problema inerente com cor-de-rosa, maquiagem, laços ou salto alto como elementos de design por si só.
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9:08 - 9:13E é claro que pessoas de todos os gêneros podem escolher usar qualquer um deles de vez em quando no mundo real
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9:13 - 9:16e não tem nada de necessariamente errado com isso também.
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9:16 - 9:24No entanto, quando os designers escolhem usar o tropo da Sra. Personagem Masculino e seus estereótipos visuais associados especificamente pra distinguir as personagens femininas
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9:24 - 9:28do resto dos personagens em um contexto ficcional, há algumas consequências negativas.
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9:28 - 9:37Uma das repercussões de se apoiar constantemente em elementos significadores de feminilidade é que isso reforça uma forma estritamente binária de expressão de gênero.
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9:37 - 9:42O binarismo de gênero é a divisão totalmente artificial e socialmente construída entre homem e mulher
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9:42 - 9:45como duas classes distintas e separadas de seres humanos.
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9:45 - 9:54O binarismo de gênero também apaga o espectro de identidades e expressões de gênero que estão fora da rígida dicotomia falsa de masculino/feminino.
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9:54 - 9:59E dentro desse binarismo rígido, as mulheres são "marcadas", enquanto os homens ficam largamente livres de marcação.
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10:06 - 10:09Na franquia do Mario, os Koopalings eram descritos originalmente como os sete filhos do Bowser:
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10:09 - 10:13todos homens exceto uma, chamada Wendy O'Koopa.
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10:13 - 10:20Nós sabemos que ela é mulher porque os designers usaram paticamente todos os babados e acessórios hiper "femininos" disponíveis pra separá-la de seus irmãos homens.
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10:21 - 10:28Os seis irmãos de Wendy, em contraste, são livres de marcas de gênero, o que permite que eles sejam apresentados de muitos jeitos criativos diferentes.
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10:28 - 10:31O desenho de Ludwig transmite inteligência e arrogância,
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10:31 - 10:34enquanto o de Lemmy revela que ele é brincalhão,
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10:34 - 10:37e o de Iggy faz ele parecer maníaco e meio desequilibrado.
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10:37 - 10:43Tristemente, a identidade de Wendy é limitada pelo fato de que ela está coberta de significadores superficiais de gênero.
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10:43 - 10:47Com uma olhada você sabe que ela é mulher, mas não muito mais que isso.
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10:50 - 10:55Assim como muitas outras Sras. Personagem Masculino, a característica que a define é o gênero.
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10:55 - 11:00A Wendy também sofre de uma condição paralela que eu gosto de chamar de "Síndrome de Personalidade Feminina",
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11:00 - 11:04em que uma personagem feminina é reduzida a uma personalidade unidimensional
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11:04 - 11:08que consiste em nada além de uma coleção de estereótipos superficiais sobre mulheres.
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11:08 - 11:11Ela é fútil, mimada, mal educada e se estressa facilmente.
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11:11 - 11:13"Eu não quero saber!"
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11:13 - 11:18"Eu quero os EUA de presente de aniversário!"
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11:18 - 11:23"Eu quero, eu quero, eu quero!"
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11:23 - 11:27Quando personagens femininas são marcadas por estereótipos obrigatórios para identificar seu gênero,
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11:27 - 11:35as opções para a personagem ficam muito restritas e é reforçado um modelo estreito, restritivo e monolítico de representação da feminilidade.
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11:35 - 11:43Enquanto isso, já que os personagens masculinos estão livres de marcações, é permitido a eles um mundo de possibilidades para seus designs.
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11:43 - 11:49Eu devo dizer que, mesmo que rosa e roxo sejam indicadores de gênero muito fortes quando combinados com outros,
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11:49 - 11:52não são cores exclusivas para mulheres.
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11:52 - 11:56Uma paleta expandida de cores é algo que nós vemos aplicado a homens em ocasiões raras,
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11:56 - 12:01como com Kirby, Bomberman ou Roy Koopa, mas eles são exceção à regra
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12:01 - 12:06e são tipicamente encontrados apenas em mundos coloridos e infantis (e extremamente dominados por homens).
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12:11 - 12:18Mas se laços, batom, maquiagem ou salto alto são colocados em um personagem que de outra forma é identificado como homem, a intenção,
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12:18 - 12:23ou pelo menos o resultado, é tipicamente uma piada homofóbica ou transfóbica.
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12:23 - 12:25"Heike Kagero!"
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12:26 - 12:27"Lutem!"
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12:30 - 12:36Há alguns acessórios opcionais de design para homens, como gravatas borboleta ou bonés de baseball, mas eles não têm o mesmo significado.
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12:36 - 12:47Eles não são ubíquos ou estritamente obrigatórios, e nunca são usados pra marcar homens como não-femininos em um um universo ficcional mais amplo dominado por mulheres.
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12:47 - 12:50Maswell é o herói da popular série Sribblenauts.
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12:50 - 12:56No quarto jogo, Scribblenauts Unlimited, nós conhecemos sua irmã gêmea Lily, que é basicamente uma cópia feminina de Maxwell.
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12:56 - 13:02Os dois são idênticos, exceto por uma série de elementos significadores de gênero que a marcam como menina.
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13:02 - 13:05No jogo, nós descobrimos que Lily é uma entre 42 crianças.
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13:05 - 13:13Todos os outros 41 irmãos são homens e todos têm algum traço ou interesse associado ao seu nome, o que serve pra definir sua personalidade.
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13:13 - 13:19Temos Artie, o Artista; Buzz, o Astronauta; Glum, o Emo, e assim por diante,
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13:19 - 13:23e dá pra destravar e jogar com todos ao longo do jogo.
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13:23 - 13:27Em contraste, a personalidade de Lily é essencialmente ser a gêmea de Maxwell.
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13:27 - 13:32Ela não tem nenhum interesse ou hobby além de ser a versão feminina do herói do jogo.
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13:32 - 13:42Além de ser uma Sra. Personagem Masculino, Lily também é um exemplo muito forte de outro tropo relacionado, chamado O Princípio da Smurfette.
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13:42 - 13:49O termo foi cunhado em 1991 pela autora feminista katha Pollitt e, é claro, faz referência à única smurf mulher em Smurfville.
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13:49 - 13:55O Princípio da Smurfette é a tendência de uma obra de mídia de incluir apenas uma mulher em um conjunto de personagens masculinos.
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13:55 - 14:04O tropo é um problema penetrante em video games, e se manifesta na "garota token" no meio de qualquer grupo de heróis, vilões ou personagens não-jogáveis.
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14:04 - 14:08Um exemplo excepcionalmente forte do tropo está na série original do Mega Man.
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14:08 - 14:15Ao longo de 10 jogos há 78 chefões ou mestres robôs e exatamente um deles é mulher,
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14:15 - 14:18a Splash Woman, que aparece no nono jogo.
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14:21 - 14:25Em The Wonderful 101, jogo de Wii U,seis do sete heróis jogáveis e codificados por cores são homens.
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14:25 - 14:30A única excessão, é claro, é a heroína rosa, chamada Wonder-Pink!
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14:34 - 14:39Além de ser uma Smurfette, ela tam bém sofre da Síndrome de Personalidade Feminina.
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14:39 - 14:40"Eu cheguei tarde ontem à noite,"
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14:40 - 14:45"mas teve essa festa! E depois o pós-festa e o pós-pós-festa."
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14:45 - 14:49"Eu precisei de uma super pausa pra retocar a maquiagem antes de encontrar vocês."
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14:49 - 14:55A Wonder-Pink é fútil, superficial, materialista e tem ataques de raiva num piscar de olhos.
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14:56 - 15:01Você encontra Smurfettes em praticamente todos os gêneros, de jogos de labirinto
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15:01 - 15:03a jogos de corrida,
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15:03 - 15:04de RPGs
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15:04 - 15:06a jogos de tiro.
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15:06 - 15:10Pollitt resume o ponto crucial do problema da Smurfette muito bem em seu artigo no NYTimes:
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15:10 - 15:11"A mensagem é clara:"
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15:11 - 15:14"meninos são a norma, meninas são a variação;"
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15:14 - 15:16"meninos são centrais, meninas são periféricas;"
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15:16 - 15:19"meninos são indivídos, meninas são tipos."
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15:19 - 15:23"Meninos definem o grupo, sua história e seu código de valores."
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15:23 - 15:26"Meninas existem somente em relação aos meninos."
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15:26 - 15:29Com isso em mente, voltemos à Sra. Personagem Masculino por um momento.
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15:29 - 15:35Uma das consequências centrais do tropo da Sra. Personagem Masculino é que ele ajuda a definir as mulheres por sua relação com os homens.
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15:35 - 15:38Então, apesar de seu bordão "mais do que o Pac-Man com um laço":
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15:38 - 15:41"Querido, você não sabe?"
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15:41 - 15:44"Eu sou mais do que só um Pac-man com um laço!"
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15:44 - 15:50as propriedades visuais da Ms. Pac-man são simplesmente uma extensão do design original do pac man;
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15:50 - 15:54ela na verdade é meio que só um Pac-Man com um laço mesmo.
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15:54 - 15:59A narrativa simples dela reforça o fato de que ela só existe em relação ao Pac-Man.
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15:59 - 16:03Ela é ao mesmo tempo o interesse amoroso e a mãe do filho dele.
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16:08 - 16:12Dixie Kong é a variante feminina e o interesse amoroso de Diddy Kong.
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16:12 - 16:19Repare no rabo de cavalo e nos cachos no cabelo, na saia rosa, chapéu rosa, brincos e cílios, tudo pra distinguí-la de seu antecessor.
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16:19 - 16:25Essencialmente, as Sras. Personagem Masculino são imitações femininas ou cópias derivadas de personagens homens já bem estabelecidos.
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16:25 - 16:30Elas existem somente por causa e em relação a suas contrapartes masculinas.
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16:30 - 16:34As Sras. Personagem Masculino tipicamente não tês suas próprias identidades distintas
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16:34 - 16:38e são impedidas de ser personagens plenas que existam em seus próprios termos.
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16:38 - 16:42Isso tem o efeito, talvez sem intenção, de desvalorizar essas personagens
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16:42 - 16:47e frequentemente de relegá-las a um status subordinado ou secundário em suas respectivas franquias,
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16:47 - 16:52mesmo quando elas são, em raras ocasiões, as estrelas principais de uma sequência.
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16:52 - 16:57Um exemplo muito velho e notável da Sra. Personagem Masculino vem à mente.
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16:57 - 17:02Conta a história que Deus fez Adão á sua imagem e semelhança, e depois pegou uma costela dele
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17:02 - 17:05e fez uma mulher pra ser sua esposa e companhia.
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17:05 - 17:10A versão Adão e Eva do mito da criação reforça uma visão subordinada das mulheres:
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17:10 - 17:15o homem é o conceito original e o código-fonte para a mulher que é derivada de seu corpo.
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17:15 - 17:22Essencialmente, Eva é a sequência de Adão, assim como a Ms. Pac-Man foi feita do corpo do Pac-Man, que veio antes dela.
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17:22 - 17:25Em uma sociedade falocêntrica como a nossa,
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17:25 - 17:28homens são associados e se tornam sinônimo de seres humanos no geral.
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17:28 - 17:33Em outras palavras, homens tendem a ser vistos como o padrão da espécie inteira.
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17:33 - 17:38Nos video games, isso se manifesta como a tendência de todos os personagens serem homens por padrão,
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17:38 - 17:44a não ser que aja uma razão ou justificativa espefíficas para mulheres estarem presentes na história.
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17:44 - 17:48Para ajudar a ilustras uma das formas em que o "homem por padrão" opera no mundo dos video games,
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17:48 - 17:52vamos dar uma olhada no mega hit Angry Birds.
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17:52 - 17:57Quando o jogo foi lançado, em 2009, os cinco pássaros originais eram identificados por usa cor
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17:57 - 18:01e não tinham nenhum marcador de gênero específico.
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18:01 - 18:07Com o tempo e a popularidade do jogo, a marca se expandiu para incluir muitas sequências,
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18:07 - 18:14marketing no mundo real e um desenho animado semanal, e os pássaros ganharam nomes e personalidades mais distintas.
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18:14 - 18:22O desenvolvedor de jogos para plataformas móveis Rovio começou a marcar os pássaros com gênero em fevereiro de 2011, com o lançamento do episódio de Dia dos Namorados para o Angry Birds Seasons,
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18:22 - 18:29que inclui versões Sra. Personagem Masculino do Passarinho Vermelho, do Passarinho Azul e uma Porca Mulher, como interesses amorosos.
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18:29 - 18:32Repare nos laços, na maquiagem e nos cílios longos.
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18:32 - 18:38Há um efeito colateral mais amplo estabelecer por marketing que esses passarinhos são mulheres, usando elementos significadores de gênero:
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18:38 - 18:45isso reforça que todos os outros passarinhos e porcos, desprovidos dessas deixas visuais específicas, são homens por princípio.
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18:47 - 18:53A aparição do Passarinho Rosa no núcleo central em 2012 arraigou ainda mais o homem-como-padrão no universo de Angry Birds.
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18:54 - 18:59Eu devo dizer que Rovio mais tarde estabeleceu que o passarinho branco também é mulher e se chama Matilda.
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18:59 - 19:03Essa revelação levou a um design novo da personagem no desenho animado,
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19:03 - 19:08tornando-a feminina com a adição de marcas cor de rosa, bochechas rosadas e cílios longos
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19:08 - 19:11- só pra deixar absolutamente claro que ela é mulher.
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19:13 - 19:19No Reino Cogumelo nós temos a Toadette, que é uma Sra. Personagem Masculino e, ao mesmo tempo, a única mulher no Povo Cogumelo.
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19:25 - 19:31A introdução dela nas sequências do Mario enfatiza o fato de que todos os outros Cogumelos da espécie são homens.
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19:31 - 19:37Tanto o Princípio da Smurfette quanto a Sra. Personagem Masculino criam cenários que reforçam a falsa dicotomia
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19:37 - 19:43em que homens são associados à norma e mulheres são associadas ao desvio da norma.
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19:43 - 19:48Tudo o que discutimos nesse episódio até aqui tem a ver com design visual ou conexão narrativa.
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19:48 - 19:54Mas uma outra maneira em que o tropo da Sra. Personagem Masculino se manifesta é no marketing e nos materiais promocionais.
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19:54 - 19:59Uma ótima ilustração dessa tend~encia está na altamente prestigiada série Mass Effect, da Bioware.
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19:59 - 20:04Os jogos oferecem aos jogadores a escolha entre a versão feminina ou masculina para o papel protagonista de Comandante Shepard,
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20:04 - 20:07cada um com uma variedade de opções estéticas.
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20:07 - 20:13A opção feminina é bem desenhada e sua narrativa é quase indistinta da sua contraparte masculina,
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20:13 - 20:16exceto para algumas das opções de romance.
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20:16 - 20:21No entanto, se nos afastarmos da experiência do jogo em si e olharmos para o marketing da trilogia,
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20:21 - 20:25nós vemos que a variante feminina de Shepard praticamente não existe.
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20:25 - 20:30Nas propagandas mainstream da franquia, o comandante homem é usado quase exclusivamente.
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20:30 - 20:35A imagem dele é a frente e o centro das capas do jogo em todos os lançamentos, incluindo as edições especiais.
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20:35 - 20:41Ele é o único que estrela os comerciais pra TW, os teasers, trailers, banners pra internet, outdoors e propagandas impressas,
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20:41 - 20:44e o rosto dele é o que aparece na maioria das capas de revista.
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20:44 - 20:49Tudo isso põe o Comandante Shepard homem como o protagonista padrão da série.
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20:49 - 20:50"Um homem,"
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20:50 - 20:52"um homem muito específico,"
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20:52 - 20:59"pode ser tudo o que existe entre a humanidade e a maior ameaça de nossa breve existência."
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20:59 - 21:02É assim que a Bioware vende a experiência do Mass Effect.
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21:02 - 21:07Quase tudo sobre a campanha publicitária afirma explicitamente aos jogadores que o Comandante Shepard é um homem,
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21:07 - 21:12e portanto associa a história oficial à versão masculina do herói.
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21:12 - 21:17Essa estratégia de marketing contribui para o fato que que apenas 18 a 20% dos jogadores escolhe a versão feminina
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21:17 - 21:22(apesar do fato de que a atuação de Jennifer Hale na dublagem é amplamente reconhecida como muito superior).
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21:22 - 21:25"Você me trouxe aqui para confirmar o que você já sabe:"
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21:25 - 21:28"os ceifadores estão aqui."
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21:28 - 21:33Ainda assim, a versão feminina tem fãs dedicados que frequentemente se referem à ela como "FemShep".
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21:33 - 21:39E embora a intenção seja a de um apelido afetuoso, isso também reforça a designação dela como Sra. Personagem Masculino.
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21:39 - 21:42É ela que precisa de um qualificador anexo ao nome.
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21:42 - 21:46Ela é a "Shepard Mulher", enquanto a versão masculina é, simplesmente, "Shepard".
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21:49 - 21:53Na publicidade de Mass Effect 3, a Bioware fez um pouco mais de esforço para incluir a Shepard mulher,
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21:53 - 21:59com intens como uma capa reversível para o jogo (que mostra a versão masculina por padrão)
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21:59 - 22:02bem como um trailer especial só para a internet,
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22:02 - 22:06mas esses gestos soam como uma emenda tardia ou um marketing para nicho específico
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22:06 - 22:09e dificilmente são o que eu chamaria de inclusão substancial ou equivalente.
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22:09 - 22:14Ainda que a publicidade do Mass Effect não enfraqueça a história ou a jogabilidade,
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22:14 - 22:19é um exemplo claro de como o tropo da Sra. personagem Masculino pode ser perpetuado pelas campanhas de marketing
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22:19 - 22:26a não ser que seja feita uma consideração cuidadosa acerca das representações de gênero na publicidade de jogos que oferecem uma escolha aos jogadores.
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22:26 - 22:32Agora, sem dúvida é verdade que em muitos casos os jogos que estrelam a variante feminina são experiências de jogo melhores no geral.
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22:32 - 22:38E quando considerados individualmente, cada exemplo que eu cobri neste episódio pode parecer relativamente benigno ou trivial,
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22:38 - 22:44mas a razão pela qual essa série foca em tropos é que eles nos ajudam a reconhecer padrões mais amplos e recorrentes.
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22:44 - 22:50Tanto a Sra. Personagem Masculino e o Princípio da Smurfette foram normalizados em video games e na mídia de massa.
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22:50 - 22:56Tanto é que os dois tropos normalmente escapam do radar e são frequentemente reproduzidos inconscientemente,
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22:56 - 23:02o que é parte do que torna os mitos que eles perpetuam sobre mulheres tão poderosos em nossa cultura.
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23:02 - 23:07A verdade é que não existe nenhuma necessidade de definir mulheres como cópias derivadas dos homens
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23:07 - 23:14ou de recorrer automaticamente a elementos estereotípicos, preguiçosos e limitantes para significar o gênero no design das personagens.
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23:14 - 23:21"Foi naquele momento que Claire percebeu... que ela tinha super poderes!"
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23:21 - 23:27Claire é um simples cubo azul e um dos mais memoráveis personagens do jogo indie Thoma Was Alone.
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23:27 - 23:32Nós sabemos que ela é mulher por causa de seu nome, sua narrativa e dos pronomes usados ao longo do jogo.
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23:32 - 23:37A representação do gênero de Claire não a reduz ao seu gênero ou a separa do resto dos personagens.
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23:37 - 23:42"Claire precisava bolar um nome de super heroína o mais rápido possível."
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23:44 - 23:50Metade dos personagens jogáveis em Towerfall são mulheres, e o jogo também é notável pela inversão do código de cores.
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23:50 - 23:54A Última da Ordem usa azul, e o Príncipe Assassino usa rosa.
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23:55 - 23:58Jogos indies como o Knytt Underground,
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23:58 - 24:00Scary Girl,
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24:00 - 24:02Ittle Dew
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24:02 - 24:04e Lili, para iOS,
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24:04 - 24:07têm todos personagens femininas que resistem aos estereótipos de gênero.
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24:07 - 24:10Cada um desses jogos indies evita cair do tropo da Sra. Personagem Masculino
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24:10 - 24:16ou se apoiar em marcadores visuais superficiais para definir personalidade.
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24:16 - 24:20A estética dessas personagens femininas mostra uma grande variedade de apresentação e expressão de gênero,
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24:20 - 24:24usando um monte de estilos de cabelo, cores e acessórios.
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24:24 - 24:30Os desenvolvedores também escolhem dar aos jogadores a oportunidade de conhecer as personalidades delas, os interesses e batalhas de suas personagens.
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24:30 - 24:33Mesmo com narrativa mínima ou gráficos limitados,
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24:33 - 24:38é totalmente possível fazer jogos que apresentam mulheres dinâminas, que existem em seus próprios termos.
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24:39 - 24:43"Lembre-se, tudo começa com uma moeda inofensiva."
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24:43 - 24:48"Mas pode virar tragédia fácil assim."
-
24:55 - 24:58"Posso jogar agora?"
- Title:
- Sra. Personagem Masculino - Tropos vs Mulheres nos Video Games
- Description:
-
In this episode we examine the Ms. Male Character trope and briefly discuss a related pattern called the Smurfette Principle. We've defined the Ms. Male Character Trope as: The female version of an already established or default male character. Ms. Male Characters are defined primarily by their relationship to their male counterparts via visual properties, narrative connection or occasionally through promotional materials.
Links, resources and full transcript available at:
http://www.feministfrequency.com/2013/11/ms-male-character-tropes-vs-womenCaptions and Subtitles Coming Soon!
GAMES REFERENCED IN THIS EPISODE
Pac-Man (1980)
Crazy Otto Enhancement Kit Prototype (1981)
Ms. Pac-Man (1982)
Bubble Bobble (1986)
Adventures of Lolo (1989)
Super Monkey Ball Series
Super Monkey Ball: Banana Splitz (2012)
Where's My Water Series
Where's My Water: Allie's Story (2013)
Giant Boulder of Death (2013)
Rogue Legacy (2013)
Ms. Splosion Man (2011)
Ice Climber (1985)
Sonic the Hedgehog CD (1993)
Bit.Trip Runner Series
Bit.Trip Presents Runner 2: Future Legend of Rhythm Alien (2013)
Bomberman Series
Super Bomberman 2 (1994)
Mortal Kombat Series
Super Mario Bros. Series
New Super Mario Bros. U (2012)
Bare Knuckle III (1994) [Japan only]
Super Mario All-Stars, Super Mario Bros 2 (1993)
Kirby Series
Kirby's Return to Dreamland (2011)
Super Punch-Out!! (1994)
Scribblenauts Series
Scribblenauts Unlimited (2012)
Army Men: RTS (2002)
Left 4 Dead 2 (2009)
Sonic Lost World (2013)
Bully (2006)
Mega Man Series
Mega Man 9 (2008)
The Wonderful 101 (2013)
Gauntlet (1985)
Crazy Taxi (1999)
EarthBound (1989)
Call of Duty: Black Ops II Zombies Mode (2012)
Pac-Man 2: The New Adventures (1994)
Donkey Kong Series
Donkey Kong Country: Tropical Freeze (anticipated 2014)
Angry Birds Series
Angry Birds (2009)
Angry Birds Seasons - Hogs and Kisses (2011)
Mario Kart Wii (2008)
Mass Effect Series
Mass Effect 3 (2012)
Thomas Was Alone (2012)
TowerFall (2013)
Knytt Underground (2012)
ScaryGirl (2012)
Ittle Dew (2013)
Lili (2012)FAIR USE
The multimedia clips included in this video constitute a 'fair use' of any copyrighted material as provided for in Section 107 of U.S. Copyright law which allows for criticism, comment and scholarship.ABOUT THE SERIES:
The Tropes vs Women in Video Games project aims to examine the plot devices and patterns most often associated with female characters in gaming from a systemic, big picture perspective. This series will include critical analysis of many beloved games and characters, but remember that it is both possible (and even necessary) to simultaneously enjoy media while also being critical of it's more problematic or pernicious aspects.This video series is created by Anita Sarkeesian and the project was funded by 6968 awesome backers on Kickstarter.com
COMMENTS: We have been forced to close comments on YouTube due to continued harassment of this channel but please feel free to post and share this video with your own social media networks to facilitate discussions.
OTHER TROPE VIDEOS:
Damsel in Distress Part 1: http://youtu.be/X6p5AZp7r_Q
Damsel in Distress Part 2: http://youtu.be/toa_vH6xGqs
Damsel in Distress Part 3: http://youtu.be/LjImnqH_KwM - Video Language:
- English
- Team:
- Feminist Frequency
- Duration:
- 25:02
Laura Alves Gonzaga edited Portuguese, Brazilian subtitles for Ms. Male Character - Tropes vs Women in Video Games |