Return to Video

Capitalism and Socialism: Crash Course World History #33

  • 0:00 - 0:01
    Olá, sou John Green.
  • 0:01 - 0:03
    Esse é um curso rápido de história do mundo
  • 0:03 - 0:04
    e hoje vamos falar sobre capitalismo.
  • 0:04 - 0:05
    Yes, Sr. Green,
  • 0:05 - 0:07
    o capitalismo faz os homens se transformarem em lobos.
  • 0:07 - 0:10
    Os seus falsos livres comércios, somente nos fazem de escravos.
  • 0:11 - 0:12
    Oh, Stan
  • 0:12 - 0:14
    Sou eu, da universidade. O eu do passado se tornou o eu da universidade.
  • 0:14 - 0:15
    Isso é um desastre.
  • 0:15 - 0:17
    O motivo pelo o qual ele é tão insuportável, Stan...
  • 0:17 - 0:19
    é que ele se recusa a reconhecer a validade...
  • 0:19 - 0:20
    da narração de outras pessoas...
  • 0:20 - 0:22
    e isso significa que ele nunca será...
  • 0:22 - 0:26
    capaz de ter uma conversa produtiva com outro ser humano durante toda a sua vida.
  • 0:26 - 0:27
    Então, escute, eu do passado.
  • 0:27 - 0:29
    Eu irei decepcioná-lo sendo muito capitalista.
  • 0:29 - 0:32
    E decepcionarei muitas outras pessoas por não ser capitalista suficiente.
  • 0:32 - 0:35
    E, decepcionarei os historiadores por não usar jargões suficientes.
  • 0:35 - 0:37
    Mas, o que eu posso fazer? Só tenho 12 minutos.
  • 0:37 - 0:41
    Felizmente, capitalismo tem a ver com eficiência. Então, vamos lá eu da Universidade.
  • 0:41 - 0:44
    Randy Riggs se torna um escritor famoso. John Radnor é a estrela de uma grande série.
  • 0:44 - 0:49
    Não vai dar certo com a Emily, e não vá para o Alaska com uma garota que você conhece há 10 dias.
  • 0:49 - 0:51
    Ok, vamos falar de capitalismo.
  • 0:59 - 1:01
    Capitalismo é um sistema econômico,
  • 1:01 - 1:03
    mas é também um sistema cultura.
  • 1:03 - 1:05
    É caracterizado pela inovação e pelo o investimento para aumentar a riqueza.
  • 1:05 - 1:07
    Mas, hoje, vamos focar na produção e....
  • 1:07 - 1:09
    como foi mudada pelo capitalismo industrial.
  • 1:09 - 1:11
    Stan, não posso usar esses emblemas da burguesia
  • 1:11 - 1:13
    ao mesmo tempo que Karl Marx está olhando para mim. É ridículo.
  • 1:14 - 1:15
    Vou me trocar.
  • 1:19 - 1:21
    É muito difícil tirar uma camisa dramaticamente.
  • 1:21 - 1:24
    Vamos dizer que é o ano 1200 da era comum e você é um comerciante de tapetes.
  • 1:24 - 1:28
    Como os comerciantes de hoje em dia, às vezes, você precisa pegar dinheiro emprestado para comprar tapetes,
  • 1:28 - 1:30
    que você revenderá por um lucro,
  • 1:30 - 1:32
    e, depois, pagará o empréstimo, muitas vezes com juros,
  • 1:32 - 1:33
    quando você revendeu os tapetes.
  • 1:34 - 1:35
    Isso é chamado de capitalismo mercantil,
  • 1:35 - 1:36
    e foi um fenômeno global,
  • 1:36 - 1:38
    dos chineses à rede comercial do oceano Índico,
  • 1:38 - 1:42
    aos mercantes muçulmanos que financiavam as caravanas de trocas através do Saara.
  • 1:42 - 1:43
    Mas, no século 17,
  • 1:43 - 1:44
    os comerciantes na Holanda e na Grã-Bretanha...
  • 1:45 - 1:48
    tinha ultrapassado essa ideia para criar empresas de estoque conjunto.
  • 1:48 - 1:50
    Essas empresas podiam financiar um número maior de trocas e...
  • 1:50 - 1:52
    também dividir o risco de um comércio internacional.
  • 1:52 - 1:53
    Mas, no comércio internacional ....
  • 1:53 - 1:54
    algumas vezes o barco afunda...
  • 1:55 - 1:56
    ou ele é capturado por piratas...
  • 1:56 - 1:58
    e, enquanto isso é ruim se você é um marinheiro,
  • 1:58 - 1:59
    porque você perde sua vida,
  • 2:00 - 2:02
    isso é muito ruim se você for um capitalista mercantil...
  • 2:02 - 2:03
    porque você perde todo o seu dinheiro.
  • 2:03 - 2:07
    Mas, se você é o dono de um décimo de 10 barcos, o seu risco é muito mais administrável.
  • 2:07 - 2:09
    Esse tipo de investimento, com certeza aumentou a riqueza,
  • 2:10 - 2:11
    mas só afetou uma pequena parte da população,
  • 2:12 - 2:14
    e não criou a cultura capitalista.
  • 2:14 - 2:16
    Capitalismo industrial foi bem diferente,
  • 2:17 - 2:18
    tanto em abrangência quanto em prática.
  • 2:18 - 2:21
    Vamos usar a definição de capitalismo industrial de Joyce Appleby:
  • 2:21 - 2:24
    "Um sistema econômico que depende do investimento do capital....
  • 2:24 - 2:28
    em máquinas e tecnológias que são usadas para aumentar a produção de bens de consumo."
  • 2:28 - 2:30
    Então, imagine que alguém construiu uma máquina do Stan.
  • 2:30 - 2:32
    À propósito, Stan, é uma semelhança absurda.
  • 2:32 - 2:36
    E, que a máquina do Stan consiga produzir e dirigir dez vezes mais episódios ...
  • 2:36 - 2:37
    do curso rápido do que o Stan humano.
  • 2:37 - 2:40
    É lógico que mesmo se houver custos iniciais maiores,
  • 2:40 - 2:42
    eu investirei na máquina do Stan,
  • 2:42 - 2:44
    então, eu posso disponibilizar dez vezes mais conhecimento.
  • 2:44 - 2:46
    Stan, você está filmando o robô?
  • 2:46 - 2:47
    Eu sou a estrela do show!
  • 2:48 - 2:49
    Robô Stan, você vai ficar atrás do globo.
  • 2:49 - 2:51
    Então, quando a maioria das pessoas pensa em capitalismo,
  • 2:51 - 2:52
    especialmente, quando pensamos no lado negativo....
  • 2:53 - 2:56
    muitas horas, baixo salário, condições de trabalho deploráveis,
  • 2:56 - 2:59
    trabalho infantil, Stans desempregrados. É sobre isso que nós pensamos.
  • 3:00 - 3:03
    Agora, certamente essa é apenas uma das definições de capitalimo industrial,
  • 3:03 - 3:05
    mas, é a definição que vamos usar.
  • 3:05 - 3:06
    Certo, vamos para o balão de pensamento.
  • 3:06 - 3:09
    O capitalismo industrial foi desenvolvido primeiro na Grã-Bretanha no século 19.
  • 3:09 - 3:11
    A Grã-Bretanha tinha muitas vantagens:
  • 3:11 - 3:12
    era o poder dominante dos mares...
  • 3:12 - 3:15
    e ganhava bastante dinheiro com o comércio com suas colônias,
  • 3:15 - 3:16
    incluindo o comércio de escravos.
  • 3:16 - 3:19
    Também, o crescimento do capitalismo foi ajudado pelo meio-século...
  • 3:19 - 3:23
    de inquietação civil resultante da guerra civil inglesa no século 17.
  • 3:23 - 3:27
    Agora, não estou justificando uma guerra civil, mas nesse caso, em particular....
  • 3:27 - 3:29
    foi útil, porque antes da guerra...
  • 3:29 - 3:32
    a coroa Inglesa tinha posto várias regulamentações na economia,
  • 3:32 - 3:35
    licenças complicadas, monopólios reais, etc.,
  • 3:35 - 3:38
    mas, durante a revolta, não conseguiram enforça-las,
  • 3:38 - 3:39
    o que contribuiu para o livre comércio.
  • 3:39 - 3:45
    Outro fator foi o aumento da produção agrícula no século 16.
  • 3:45 - 3:46
    Com o aumento do preço dos alimentos,
  • 3:47 - 3:48
    tornou-se possível para os agricultores,
  • 3:48 - 3:49
    tanto grandes quanto pequenos,
  • 3:49 - 3:54
    investir em tecnologias na agricultura que melhorariam o rendimento das safras.
  • 3:54 - 3:57
    Os maiores preços pelos grãos provavelmente resultaram do aumento da população,
  • 3:57 - 4:00
    que foi facilitado pelo aumento na produção de safra.
  • 4:00 - 4:03
    Um grande número dessas melhorias na agricultura vieram dos holandeses,
  • 4:03 - 4:05
    que tinha um problema crônico para conseguir alimentos e descobriram que...
  • 4:05 - 4:07
    plantando diferentes tipos de cultivos,
  • 4:07 - 4:10
    como o trevo que adicionava nitrogênio ao solo e poderia ser usado
  • 4:10 - 4:11
    para alimentar as aves ao mesmo tempo,
  • 4:12 - 4:14
    significava que mais campos poderiam ser usados de uma vez.
  • 4:14 - 4:17
    Esse aumento de produtividade consequentemente baixou os preços,
  • 4:17 - 4:20
    e proporcionou mais inovações para poder aumentar produção...
  • 4:20 - 4:21
    para recuperar a baixa dos preços.
  • 4:21 - 4:23
    Preços baixos de alimentos tinham mais um benefício...
  • 4:23 - 4:26
    já que a comida custava menos, os salários na Inglaterra permaneciam altos,
  • 4:26 - 4:28
    os trabalhadores tinham mais dinheiro disponível,
  • 4:28 - 4:30
    o que significava que se havia bens de consumo disponíveis,
  • 4:30 - 4:32
    eles seriam consumidos,
  • 4:32 - 4:35
    o que incentiva a produção de mais bens de consumo,
  • 4:35 - 4:36
    e, consequentemente, mais baratos.
  • 4:36 - 4:37
    Você pode ver como....
  • 4:37 - 4:40
    esse ciclo positivo levava a mais comida e coisas,
  • 4:40 - 4:43
    terminando em um mundo onde as pessoas tem tantas coisas...
  • 4:43 - 4:45
    que elas precisam alugar espaços para guardar tudo,
  • 4:45 - 4:49
    e tanta comida, que a obesidade se tornou mais letal do que a fome.
  • 4:50 - 4:51
    Obrigado, balão do pensamento.
  • 4:51 - 4:53
    Então, esse aumento na produtividade também significava que menos pessoas precisavam...
  • 4:53 - 4:56
    trabalhar com agricultura para poder alimentar a população.
  • 4:56 - 4:57
    Em perspectiva,
  • 4:57 - 5:01
    em 1520, 80% da população inglesa trabalhava no campo.
  • 5:01 - 5:06
    Em 1800, somente 36% dos homens adultos estavam trabalhando no campo,
  • 5:06 - 5:09
    e, em 1850, essa porcentagem caiu para 25.
  • 5:09 - 5:11
    Isso significou que quando as fábricas começaram a trabalhar,
  • 5:11 - 5:14
    havia traballhadores suficientes para trabalhar.
  • 5:14 - 5:15
    Especialmente, trabalhadores infantis.
  • 5:18 - 5:19
    Até agora, tudo isso parece ser muito bom,
  • 5:20 - 5:21
    quero dizer, com exceção do trabalho infantil.
  • 5:21 - 5:23
    Quem não iria querer mais comida e mais barata?
  • 5:24 - 5:25
    Bem, não tão rápido.
  • 5:26 - 5:28
    Um dos modos com que os britânicos conseguiram toda essa produção agricultural...
  • 5:29 - 5:30
    foi através do processo de clausura.
  • 5:31 - 5:33
    Onde os donos de terra tomavam e privatizavam os campos...
  • 5:33 - 5:36
    que por séculos estavam nas mãos de vários inquilinos.
  • 5:36 - 5:37
    Esse aumento de produtividade,
  • 5:38 - 5:40
    também empobreceu vários inquilinos nas fazendas,
  • 5:40 - 5:42
    muitos perderam o seu ganha-pão.
  • 5:42 - 5:43
    Ok, para o nosso objetivo,
  • 5:43 - 5:45
    capitalismo também é um sistema cultural,
  • 5:45 - 5:47
    enraizado na necessidade de obter lucro de investidores particulares.
  • 5:48 - 5:51
    Portanto, a mudança verdadeira precisava ser uma mudança de espírito.
  • 5:51 - 5:53
    Pessoas tinham que desenvolver os valores capitalistas....
  • 5:54 - 5:56
    de se arriscar e apreciar inovação.
  • 5:56 - 5:59
    E, eles tinham que acreditar que fazer um investimento inicial em algo...
  • 5:59 - 6:00
    como a máquina do Stan...
  • 6:00 - 6:02
    poderia pagar por si mesmo e mais um pouco.
  • 6:02 - 6:04
    Uma das razões que esses valores foram desenvolvidos na Grã-Bretanha foi que...
  • 6:04 - 6:08
    as pessoas que inicialmente os tinham eram muito boas em marketing.
  • 6:08 - 6:09
    Escritores como Thomas Mun,
  • 6:09 - 6:11
    que trabalhou para a Companhia Britânica das Índias Orientais,
  • 6:11 - 6:14
    expôs pessoas à ideia de que a economia era controlada pelos mercados.
  • 6:14 - 6:17
    E, outros escritores popularizaram a ideia de que era da naturaza humana...
  • 6:17 - 6:20
    que indivíduous participassem de mercados como participantes racionais.
  • 6:20 - 6:21
    Até a nossa língua mudou:
  • 6:21 - 6:22
    a palavra "indivíduo"
  • 6:22 - 6:25
    não era usada para pessoas até o século 17.
  • 6:26 - 6:30
    E, no século 18, a "carreira" ainda se referia a vida de um cavalo de corrida.
  • 6:30 - 6:33
    Talvez a idea mais importante foi popularizada na Inglaterra...
  • 6:33 - 6:37
    era de que o homem e a mulher eram não só consumidores como também produtores...
  • 6:37 - 6:39
    e, isso é basicamente uma coisa boa...
  • 6:39 - 6:42
    porque o desejo de consumir produtos manufaturados...
  • 6:42 - 6:43
    podia aumentar o crescimento econômico.
  • 6:44 - 6:47
    "O principal incentivo ao comércio, ou melhor, à indústria e a criatividade,
  • 6:47 - 6:51
    é o apetite exorbitante do homem, que aceita dor para se satisfazer,"
  • 6:51 - 6:52
    Escreveu John Cary,
  • 6:53 - 6:55
    um dos entusiamados capitalistas em 1695.
  • 6:55 - 6:57
    E, por falar em apetite,
  • 6:57 - 6:59
    ele não falava apenas de comida.
  • 6:59 - 7:02
    Não parece muito radical agora, mas com certeza era naquela época.
  • 7:02 - 7:03
    Aqui no século 21,
  • 7:03 - 7:05
    é claro que o capitalismo industrial,
  • 7:05 - 7:07
    pelo menos por enquanto ganhou.
  • 7:07 - 7:09
    Me desculpa, meu chapa.
  • 7:09 - 7:11
    Mas, você sabe, você foi longe.
  • 7:11 - 7:12
    Você não conhecia o Stalin.
  • 7:12 - 7:14
    Mas o capitalismo também tem problemas,
  • 7:14 - 7:15
    críticas,
  • 7:15 - 7:17
    e havia, com certeza, várias deficiências no
  • 7:17 - 7:19
    capitalismo industrial do século 19.
  • 7:19 - 7:20
    As condições de trabalho era terríveis.
  • 7:20 - 7:23
    Os dias eram longos, árduos e monótonos.
  • 7:23 - 7:27
    Os trabalhadores viviam em condições que hoje em dia...
  • 7:27 - 7:28
    no mundo desenvolvido, seriam associadas à pobreza.
  • 7:29 - 7:30
    Um modo de lutar contra essas condições...
  • 7:31 - 7:32
    foi organizar os sindicatos.
  • 7:32 - 7:34
    Outra resposta, em muitos casos, foi puramente téorica:
  • 7:35 - 7:35
    socialismo,
  • 7:35 - 7:37
    mais conhecido como o socialismo de Marx.
  • 7:37 - 7:38
    Eu devo salientar aqui...
  • 7:39 - 7:41
    que o socialismo é um imperfeito oposto do capitalismo,
  • 7:41 - 7:43
    apesar dos dois, com frequência, se tocarem.
  • 7:43 - 7:45
    Os defensores do capitalismo gostam de salientar que é natural,
  • 7:45 - 7:47
    significando que se deixados ao vento,
  • 7:47 - 7:51
    os humanos iriam construir relações econômicas semelhantes ao capitalismo.
  • 7:51 - 7:53
    Socialismo, pelo menos, nas encarnações modernas,
  • 7:53 - 7:56
    tem menos pretensão em se tornar uma expressão da natureza humana,
  • 7:56 - 7:59
    é o resultado de uma escolha humana, de um planejamento.
  • 7:59 - 8:01
    Portanto, socialismo, como uma construção intelectual,
  • 8:01 - 8:03
    comecou na França.
  • 8:03 - 8:04
    Como estou indo, Stan?
  • 8:04 - 8:08
    Na fronteira, entre o Egito e a Líbia.
  • 8:08 - 8:10
    Havia duas vertentes do socialismo na França.
  • 8:10 - 8:12
    a útopica e a revolucionária.
  • 8:12 - 8:14
    O socialismo útopico é normalmente associado
  • 8:14 - 8:15
    com o Conde de Saint-Simon e Charles Fourier,
  • 8:16 - 8:18
    e ambos rejeitam a ação revolucionária...
  • 8:18 - 8:21
    depois de presenciar o desastre da Revolução Francesa.
  • 8:21 - 8:22
    Ambos, criticavam o capitalismo...
  • 8:22 - 8:24
    e, enquanto Fourier é uma piada nas aulas de história....
  • 8:24 - 8:27
    porque ele acreditava que, no seu mundo socialista ideal,
  • 8:27 - 8:28
    os mares se tornariam limonada,
  • 8:28 - 8:30
    ele estava certo que os seres humanos têm desejos
  • 8:31 - 8:32
    que vão além do do interesse próprio,
  • 8:32 - 8:34
    e que não são sempre economicamente racionais.
  • 8:35 - 8:37
    Os outros socialista franceses eram revolucionários,
  • 8:37 - 8:40
    e, ele viram a revolução francesa, e sua violência,
  • 8:40 - 8:41
    de um modo bem mais positivo.
  • 8:41 - 8:44
    O revolucionário mais importante era Auguste Blanqui,
  • 8:44 - 8:48
    e nós associamos várias ideais dele com o comunismo, que é um termo que ele usava.
  • 8:48 - 8:50
    Como os útopicos, ele criticava o capitalismo,
  • 8:50 - 8:53
    mas ele acreditava que o capitalismo só poderiam ser superado...
  • 8:53 - 8:54
    através de uma revolução violenta das classes trabalhadoras.
  • 8:54 - 8:55
    Entretanto,
  • 8:55 - 8:58
    enquanto Banqui achava que os trabalhadores dominariam o mundo comunista,
  • 8:58 - 8:59
    ele era um elitista.
  • 8:59 - 9:02
    E, ele acreditava que os trabalhadores sozinhos nunca poderiam...
  • 9:02 - 9:04
    superar suas superstições e preconceitos para...
  • 9:04 - 9:06
    se livrar da opressão burguesa.
  • 9:06 - 9:08
    E isso nos traz de volta ao Karl Marx,
  • 9:08 - 9:12
    cujas ideias e barba assombraram a maior parte do século 20.
  • 9:12 - 9:13
    Oh, é a hora da carta?
  • 9:17 - 9:19
    Uma carta para a barba do Karl Marx.
  • 9:19 - 9:21
    Mas, antes vamos ver o que está dentro do compartimento secreto hoje.
  • 9:22 - 9:24
    Robôs. Robôs Stan.
  • 9:25 - 9:27
    Dois robôs Stan, e um é mulher.
  • 9:27 - 9:29
    Agora tenho todos os meios de produção.
  • 9:30 - 9:31
    Você é oficialmente inútil para mim, Stan.
  • 9:32 - 9:33
    Agora, desligue a câmera.
  • 9:33 - 9:34
    Desligue a câm...
  • 9:34 - 9:36
    Vou ter que levantar e desligar a câmera?
  • 9:36 - 9:39
    Robô Stan, desligue a câmera.
  • 9:39 - 9:40
    Olá, barba do Karl Marx.
  • 9:40 - 9:43
    Uau, você é intensa.
  • 9:43 - 9:46
    Karl Marx, atualmente há vários jovens que acreditam que barbas são legais.
  • 9:46 - 9:47
    Amantes de barbas, se quiser.
  • 9:47 - 9:49
    Não são barbas, são bigodes de leite exagerados.
  • 9:49 - 9:51
    Eu não faço a barba há algumas semanas, Karl Marx,
  • 9:51 - 9:52
    mas eu não digo que eu tenho barba.
  • 9:52 - 9:54
    Você não consegue uma barba se for preguiçoso,
  • 9:54 - 9:56
    você consegue ter uma barba se for um revolucionário comprometido.
  • 9:56 - 10:00
    É por isso que os Marxistas de verdade, são conhecidos literalmente como...
  • 10:00 - 10:01
    Marxistas barbudos.
  • 10:01 - 10:02
    Hoje, isso é um insulto.
  • 10:02 - 10:03
    Mas sabe, Karl Marx,
  • 10:03 - 10:06
    quando eu penso na história, eu prefiro os comunistas barbudos.
  • 10:07 - 10:09
    Vamos falar de alguns comunistas que não tinham barbas:
  • 10:09 - 10:10
    Mao Zedong,
  • 10:10 - 10:10
    Pol Pot,
  • 10:11 - 10:11
    Kim Jong-il,
  • 10:12 - 10:15
    Joseph Stalin com sua taturana facial.
  • 10:15 - 10:16
    Portanto, barba do Karl Marx,
  • 10:16 - 10:17
    é com profunda tristeza que eu informo...
  • 10:18 - 10:22
    que alguns barbichas estão tentando comandar a luta de classes hoje em dia.
  • 10:22 - 10:24
    Felicidades, John Green.
  • 10:24 - 10:25
    Apesar de ser considerado o pai do comunismo,
  • 10:26 - 10:27
    porque ele co-escreveu o Manisfeto Comunista,
  • 10:28 - 10:30
    Marx era, acima de tudo, um filósofo e um historiador.
  • 10:30 - 10:33
    É que diferente de muitos filósofos e historiadores,
  • 10:33 - 10:35
    ele era à favor da revolução.
  • 10:35 - 10:36
    O seu maior trabalho, O Capital,
  • 10:36 - 10:39
    quer explicar o mundo do século 19,
  • 10:39 - 10:41
    em termos filósoficos e históricos.
  • 10:41 - 10:43
    O pensamento de Marx é denso e profundo...
  • 10:43 - 10:45
    temos pouco tempo, mas eu quero introduzir uma de suas ideias,
  • 10:45 - 10:46
    a luta de classes.
  • 10:46 - 10:50
    Para Marx, o foco não era na classe e sim na luta.
  • 10:50 - 10:53
    Basicamente, Marx acreditava que as classes não só lutavam para fazer história,
  • 10:53 - 10:56
    mas que a luta era o que construia as classes.
  • 10:56 - 11:00
    A ideia é de que através do conflito, as classes desenvolviam um sentido próprio, e sem conflito,
  • 11:01 - 11:03
    não existe algo como a consciência de classe.
  • 11:04 - 11:07
    Marx escrevia durante o século 19 na Inglaterra e, portanto, havia somente duas classes que importavam:
  • 11:07 - 11:09
    os trabalhadores e os capitalistas.
  • 11:09 - 11:12
    Os capitalistas eram donos da maioria dos fatores da produção...
  • 11:12 - 11:16
    nesse caso, a terra e o capital para investir em indústrias.
  • 11:16 - 11:18
    Os trabalhadores tinha somente o seu trabalho.
  • 11:18 - 11:20
    Portanto, a luta de classes é entre os capitalistas,
  • 11:20 - 11:22
    que querem pagar o menor valor possível pelo trabalho,
  • 11:22 - 11:26
    e os trabalhadores que querem serem pagos o maior valor possível pelo trabalho deles.
  • 11:26 - 11:28
    Há duas ideias que são a base da teoria da luta de classes.
  • 11:28 - 11:31
    Primeiro, Marx acreditava que produção, ou trabalho,
  • 11:31 - 11:34
    era o que dava significado material à vida.
  • 11:34 - 11:37
    Segundo, é que por natureza somos animais sociais.
  • 11:37 - 11:39
    Trabalhamos e colaboramos juntos....
  • 11:39 - 11:42
    somos mais eficientes quando dividimos recursos.
  • 11:42 - 11:48
    A crítica do Marx ao capitalismo é que o capitalismo substitui esse colaboração igualitária com conflito.
  • 11:48 - 11:52
    E isso significa que não é um sistema natural no final das contas.
  • 11:52 - 11:55
    E, ao argumentar que o capitalismo, na verdadem não é consistente com a natureza humana,
  • 11:55 - 11:57
    Marx procurou dar poder aos trabalhadores.
  • 11:57 - 12:00
    E isso é muito mais atraente do que o elitismo socialista de Blanqui,
  • 12:00 - 12:03
    e, enquanto os estados Marxistas, como a União Soviética,
  • 12:03 - 12:06
    normalmente abandonam o poder dos trabalhadores bem rápido,
  • 12:06 - 12:10
    a ideia de proteger o nossos interesses coletivos permanece poderosa.
  • 12:10 - 12:11
    Vamos terminar por aqui por enquanto,
  • 12:11 - 12:13
    a não ser que eu comece a ler o Manisfesto Comunista.
  • 12:13 - 12:16
    Mas, no final, o socialino não obteve o sucesso de substituir o capitalismo,
  • 12:16 - 12:18
    como seus idealizadores imaginaram.
  • 12:18 - 12:21
    Nos Estados Unidos, por exemplo, socialismo se tornou algo como um palavrão.
  • 12:21 - 12:23
    Então, o capitalismo industrial parece ter ganho,
  • 12:23 - 12:28
    em termos de bens materiais e acesso aos serviços e produtos para as pessoas em todo o mundo,
  • 12:28 - 12:30
    isso é provavelmente algo bom.
  • 12:30 - 12:32
    Você está sempre caindo.
  • 12:32 - 12:34
    Você é bem legal, mas um pouco mole.
  • 12:34 - 12:35
    Na verdade, você é mais um 8-bit.
  • 12:35 - 12:38
    Mas como e até que ponto usamos os princípios socialistas...
  • 12:38 - 12:41
    para regular os mercados livres é a questão,
  • 12:41 - 12:45
    e com respostas diferentes, por exemplo, na Suécia e nos Estados Unidos.
  • 12:45 - 12:48
    E isso, eu afirmo, é onde o Marx ainda importa.
  • 12:48 - 12:52
    A competição capitalista é algo natural e bom, ou deveríamos ter sistemas...
  • 12:52 - 12:55
    instalados para verificá-la para o nosso próprio bem?
  • 12:55 - 12:57
    Deveríamos nos unir para proporcionar um sistema de saúde para os doentes,
  • 12:57 - 12:58
    ou aposentadoria para os idosos?
  • 12:58 - 13:01
    Os governos deveriam ser responsável pela empresas, mas quais?
  • 13:01 - 13:05
    Os correios? A segurança nos aeroportos? A educação?
  • 13:05 - 13:10
    Esses são os lugares onde o capitalismo industrial e o socialismo ainda estão competindo.
  • 13:10 - 13:12
    E, nesse sentido, pelo menos, a luta continua.
  • 13:12 - 13:13
    Obrigado por assistir.
  • 13:13 - 13:14
    Até a próxima semana.
  • 13:14 - 13:16
    O curso rápido é produzido e dirigido por Stan Muller.
  • 13:16 - 13:18
    Supervisão de roteiro: Danica Johnson.
  • 13:18 - 13:21
    O show é escrito pelo meu professor de história do Ensino Médio, Raoul Meyer, e eu.
  • 13:21 - 13:23
    Estágiaria: Meredith Danko.
  • 13:23 - 13:25
    E a nossa equipe gráfica é Thought Bubble.
  • 13:25 - 13:27
    A frase da semana passada era " TARDIS",
  • 13:27 - 13:29
    portanto você pode parar de sugerir essa agora.
  • 13:29 - 13:31
    Se você quiser sugerir as futuras frases da semana,
  • 13:31 - 13:32
    ou adivinhar a frase dessa semana,
  • 13:32 - 13:33
    faça nos comentários,
  • 13:33 - 13:35
    onde você também pode fazer perguntas sobre o vídeo de hoje...
  • 13:35 - 13:36
    que serão respondidas pelo nosso time de historiadores.
  • 13:36 - 13:38
    Obrigado por assistir ao Curso Rápido,
  • 13:38 - 13:39
    e como dizemos na minha cidade natal,
  • 13:39 - 13:40
    Não esqueça de ser demais!
  • 13:40 - 13:42
    Certo, Stan, a mágica dos filmes...
Title:
Capitalism and Socialism: Crash Course World History #33
Video Language:
English, British
Duration:
14:03

Portuguese, Brazilian subtitles

Revisions