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Respirando felicidade | Emma Seppälä | TEDxSacramento

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    Olá a todos.
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    Como estudante da Universidade de Stanford
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    e agora também psicóloga e pesquisadora,
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    sempre me impressiono
    com a beleza do campus,
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    o sol que o ilumina todos os dias
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    e os estudiosos incríveis.
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    No entanto, também fico triste
    com uma outra coisa:
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    muitas vezes vejo que os alunos
    estão infelizes, ansiosos;
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    há tanto estresse.
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    No meu primeiro ano como aluna,
    houve três suicídios no campus.
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    Então, em resposta a isso,
    minha colega, Carole Pertofsky,
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    chefe da Health Promotion, e eu, começamos
    uma aula de "Ciência da Felicidade",
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    com a esperança de aumentar
    o bem-estar de alguma maneira.
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    Certo dia, uma das alunas
    se aproximou de Carole e disse:
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    "Tenho que abandonar essa aula.
    Ela vai contra tudo que aprendi".
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    Carole então perguntou: "Como assim?"
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    A aluna disse: "Meus pais me disseram
    que tenho que ser muito bem-sucedida.
  • 1:16 - 1:19
    Quando perguntei: 'Como faço isso?',
  • 1:19 - 1:23
    responderam: 'Tem que trabalhar muito'".
  • 1:23 - 1:26
    Quando a aluna então perguntou para eles:
  • 1:26 - 1:29
    "Como sei que estou
    trabalhando o suficiente?",
  • 1:29 - 1:32
    seus pais disseram:
    "Quando estiver sofrendo".
  • 1:32 - 1:33
    (Risos)
  • 1:33 - 1:35
    Pode parecer um absurdo,
  • 1:35 - 1:39
    mas até certo ponto,
    todos já embarcamos nesse equívoco.
  • 1:39 - 1:43
    Existe uma ideia errada
    de que para sermos bem-sucedidos,
  • 1:43 - 1:49
    devemos sacrificar
    ou adiar nossa felicidade.
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    Há um consenso em particular
  • 1:51 - 1:54
    de que não podemos ter sucesso
    sem que haja estresse,
  • 1:54 - 1:58
    e acho que concordam comigo
    que muitos pensam assim.
  • 1:59 - 2:01
    Meu campo de pesquisa
    é a ciência da felicidade,
  • 2:01 - 2:05
    do bem-estar, da realização e superação.
  • 2:06 - 2:11
    Quanto mais me aprofundava na literatura,
    mais percebia como estamos errados.
  • 2:11 - 2:15
    Certamente não conseguimos controlar
    o nível de estresse que nos atinge,
  • 2:15 - 2:17
    mas controlamos a pressão que nos atinge,
  • 2:17 - 2:20
    seja na área profissional ou pessoal.
  • 2:20 - 2:23
    Todos enfrentaremos situações de estresse,
  • 2:23 - 2:25
    já passamos por isso no passado
    e passaremos no futuro.
  • 2:25 - 2:28
    Não há muito que se possa fazer.
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    Mas existe algo que conseguimos controlar:
    nosso estado de espírito.
  • 2:33 - 2:38
    Trabalhei com as pessoas, sem dúvida,
    mais estressadas da nossa sociedade:
  • 2:38 - 2:41
    os veteranos regressados
    do Iraque e Afeganistão com traumas.
  • 2:41 - 2:45
    Esses jovens, como já devem saber,
  • 2:45 - 2:48
    vivem em estado constante de luta ou fuga.
  • 2:48 - 2:53
    É como se a resposta deles ao estresse
    não tivesse sido desligada.
  • 2:53 - 2:55
    Como consequência, não conseguem dormir.
  • 2:55 - 2:58
    Têm pesadelos, isso se, de fato,
    conseguem algum momento de sono.
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    Durante o dia eles têm flashbacks.
  • 3:00 - 3:02
    Enquanto estão dirigindo na estrada,
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    podem ter um flashback
    como se estivessem de volta ao combate.
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    Eles têm dificuldades nos relacionamentos
  • 3:08 - 3:12
    e mal conseguem manter um emprego,
    muito menos estudar.
  • 3:12 - 3:15
    Uma coisa que vemos na literatura é:
  • 3:16 - 3:22
    a terapia e medicamentos oferecidos
    nem sempre funcionam,
  • 3:22 - 3:25
    e, em muitos casos,
    não são aceitos pelos veteranos,
  • 3:25 - 3:28
    que não gostam dos efeitos colaterais
    ou dos tratamentos.
  • 3:29 - 3:33
    Então queríamos fazer
    algo completamente novo;
  • 3:33 - 3:38
    é assim que nos encaixamos
    no tema "What's New", do TEDx;
  • 3:38 - 3:40
    no entanto, é também muito antigo.
  • 3:40 - 3:43
    Aliás, é algo que fazemos agora: respirar.
  • 3:43 - 3:48
    A única função autônoma
    da qual temos controle.
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    É mais difícil controlar
    nossa frequência cardíaca,
  • 3:51 - 3:54
    mas nossa respiração
    é algo que conseguimos comandar
  • 3:54 - 3:56
    com a própria vontade, se quisermos.
  • 3:56 - 3:59
    Quando inspiramos,
    nossa frequência cardíaca aumenta,
  • 3:59 - 4:02
    e quando expiramos, ela diminui.
  • 4:02 - 4:07
    Ao inspirarmos, nos sentimos energizados,
    e ao expirarmos, relaxamos.
  • 4:07 - 4:11
    Quando aprofundamos a respiração,
    quando a desaceleramos
  • 4:11 - 4:14
    e, em particular, quando a alongamos,
  • 4:14 - 4:17
    nossa frequência cardíaca
    e pressão arterial diminuem,
  • 4:18 - 4:21
    e começamos a ativar
    nosso sistema nervoso parassimpático,
  • 4:21 - 4:25
    o oposto de luta ou fuga,
    o sistema nervoso do descanso e digestão,
  • 4:26 - 4:28
    acalmando o sistema todo.
  • 4:28 - 4:30
    Outro fato muito interessante
    sobre a respiração
  • 4:30 - 4:34
    é a forte ligação com nossas emoções.
  • 4:34 - 4:36
    Já devem ter notado que nos dias
    em que se sentem ansiosos,
  • 4:36 - 4:39
    sua respiração é mais curta e rápida,
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    o mesmo acontece quando ficam irritados.
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    Quando olhamos para alguém
    que está muito feliz,
  • 4:44 - 4:46
    como uma criança correndo na grama,
  • 4:46 - 4:49
    vemos que a respiração é profunda,
  • 4:49 - 4:51
    podemos praticamente ver
    o abdômen se movimentando.
  • 4:51 - 4:54
    Outros exemplos são o choro e o riso.
  • 4:54 - 4:57
    Essas são maneiras fáceis
  • 4:57 - 5:00
    de ver como nossa respiração
    está ligada às nossas emoções.
  • 5:00 - 5:05
    Um psicólogo chamado Pierfilippo
    realizou um estudo muito interessante.
  • 5:05 - 5:08
    Para constatar esse fenômeno,
    convidou participantes ao laboratório
  • 5:09 - 5:12
    e pediu que evocassem
    certas emoções em si mesmos:
  • 5:12 - 5:15
    como felicidade, tristeza
    e assim por diante.
  • 5:15 - 5:20
    Prestou atenção na profundidade
    e na duração da respiração deles,
  • 5:20 - 5:23
    para determinar se existia
    um padrão específico
  • 5:23 - 5:25
    correspondente à emoção em questão.
  • 5:25 - 5:29
    Ele então descobriu
    que havia uma relação muito forte
  • 5:29 - 5:33
    entre cada emoção e o tipo de respiração.
  • 5:33 - 5:36
    A segunda parte foi
    a mais interessante do estudo,
  • 5:36 - 5:39
    quando ele convidou pessoas
    completamente diferentes ao laboratório
  • 5:39 - 5:43
    e apenas as instruiu a respirarem
  • 5:44 - 5:46
    de acordo com determinada emoção.
  • 5:46 - 5:49
    Ele pediu aos participantes
  • 5:49 - 5:52
    que realizassem tipos de respiração
    da primeira parte do estudo
  • 5:52 - 5:55
    e depois perguntou-lhes como se sentiam.
  • 5:55 - 5:57
    Já devem imaginar o que ele constatou.
  • 5:57 - 6:00
    Viu que começaram a sentir a emoção
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    que correspondia ao padrão de respiração.
  • 6:02 - 6:05
    Isso é revolucionário.
  • 6:05 - 6:07
    Todos nós já tivemos emoções fortes
  • 6:07 - 6:12
    e sabemos como é difícil mudá-las.
  • 6:13 - 6:17
    Podemos falar: "Relaxa"
    ou "Não se irrite, se acalme",
  • 6:17 - 6:20
    mas é difícil quando a emoção é forte.
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    É pior ainda quando alguém
    pede para ficarmos calmos,
  • 6:23 - 6:24
    achando que isso ajuda.
  • 6:24 - 6:26
    (Risos)
  • 6:27 - 6:29
    Convidamos veteranos ao laboratório
  • 6:29 - 6:34
    e a metade deles participou de um programa
    de respiração de uma semana
  • 6:34 - 6:38
    chamado Sudarshan Kriya,
    ou SKY Meditation.
  • 6:38 - 6:43
    Nesse programa, passavam horas do dia
    aprendendo técnicas de respiração,
  • 6:43 - 6:45
    e ao final dessa semana,
  • 6:45 - 6:49
    o grau de ansiedade deles
    havia caído para níveis subclínicos.
  • 6:49 - 6:51
    Eles conseguiam dormir novamente.
  • 6:51 - 6:54
    Ao fim da semana, queríamos saber:
    "Por quanto tempo dura o efeito?"
  • 6:54 - 7:00
    Após um mês os testamos novamente
    e vimos que os benefícios permaneciam.
  • 7:01 - 7:04
    Eles ainda conseguiam dormir,
    e estavam se sentindo melhor.
  • 7:05 - 7:10
    Após um ano, fizemos novos testes,
    e os benefícios ainda permaneciam,
  • 7:10 - 7:12
    sugerindo uma melhora permanente.
  • 7:12 - 7:15
    Existe um documentário sobre o estudo
    chamado "Free the Mind",
  • 7:15 - 7:19
    em que podemos acompanhar
    a vida de dois dos veteranos
  • 7:19 - 7:21
    e ver as transformações
    que ocorreram na vida deles.
  • 7:22 - 7:25
    Um deles falou: "Obrigado
    por me devolverem minha vida".
  • 7:25 - 7:29
    Ele agora se tornou instrutor
    e ensina outros veteranos.
  • 7:29 - 7:33
    Poder usar a respiração
    para alterar o estado de nossa mente
  • 7:33 - 7:37
    significa que sempre temos um recurso,
    não importa pelo que estamos passando.
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    Sempre que quisermos nos acalmar,
    é só usar essa técnica de respiração.
  • 7:40 - 7:43
    Alguns de vocês podem ficar
    irritados no trânsito.
  • 7:43 - 7:48
    Muitos não gostam de ficar dentro
    do carro e ficam ansiosos ou irritados.
  • 7:48 - 7:52
    Jake estava em um dos trajetos
    possivelmente mais estressantes
  • 7:52 - 7:54
    que podemos imaginar.
  • 7:54 - 7:58
    Ele era o oficial da Marinha
    responsável pelo último veículo
  • 7:58 - 8:01
    de um comboio no Afeganistão.
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    Todos os outros carros à frente
    haviam passado com segurança
  • 8:05 - 8:11
    mas, por azar, seu veículo passou por cima
    de um dispositivo explosivo improvisado.
  • 8:11 - 8:13
    Houve uma enorme explosão.
  • 8:13 - 8:16
    Depois que a poeira baixou,
    ele olhou para baixo
  • 8:16 - 8:20
    e viu que suas pernas estavam
    fraturadas abaixo dos joelhos.
  • 8:20 - 8:24
    Neste momento, se lembrou
    de uma técnica de respiração
  • 8:24 - 8:28
    que havia aprendido no livro "On Combat",
    do Tenente-Coronel Grossman,
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    para jovens oficiais.
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    Era assim: inspire por quatro segundos
    e segure por mais quatro,
  • 8:34 - 8:37
    expire por quatro segundos
    e segure por mais quatro,
  • 8:37 - 8:39
    como uma respiração quadrada.
  • 8:40 - 8:44
    Naquele momento, ele se lembrou disso
    e começou a respirar desta maneira.
  • 8:45 - 8:48
    Graças a isso, teve a presença de espírito
  • 8:48 - 8:52
    de ver se os outros da tropa estavam bem.
  • 8:52 - 8:57
    Ele teve a presença de espírito
    de mandar que pedissem ajuda.
  • 8:58 - 9:00
    E teve a presença de espírito
  • 9:00 - 9:04
    de fazer um torniquete
    em suas pernas e erguê-las,
  • 9:04 - 9:09
    e após ter completado as tarefas
    e cuidado de tudo,
  • 9:09 - 9:12
    ele se deitou e finalmente desmaiou.
  • 9:12 - 9:15
    Ele posteriormente descobriu
    que sem essa presença de espírito,
  • 9:16 - 9:20
    teria entrado em coma
    ou sangrado até a morte.
  • 9:20 - 9:23
    Jake foi ao meu casamento, é meu amigo.
  • 9:23 - 9:27
    Ele está usando uma prótese
    e sente bastante dor de ficar em pé,
  • 9:27 - 9:29
    mesmo assim estava dançando
    no meu casamento.
  • 9:29 - 9:33
    Se Jake consegue ter presença de espírito,
    graças à respiração dele,
  • 9:33 - 9:35
    nós também conseguimos.
  • 9:35 - 9:37
    É um dos segredos mais valiosos da vida
  • 9:38 - 9:40
    e eu realmente espero
    que o levem em consideração,
  • 9:40 - 9:43
    pois acho que é uma ideia
    que merece ser divulgada.
  • 9:43 - 9:45
    Obrigada.
  • 9:45 - 9:46
    (Aplausos)
Title:
Respirando felicidade | Emma Seppälä | TEDxSacramento
Description:

Você já possui a ferramente necessária para controlar sua própria felicidade. Emma Seppälä explora a ciência de explorar seu estado de espírito e como ele pode levar ao sucesso.

"Obrigado por me dar minha vida de volta", partilhou um veterano que teve ajuda de Emma Seppälä, PhD, para superar um trauma durante um estudo que utilizava métodos não tradicionais para ajudar, de forma eficaz, veteranos a lidar com transtornos de estresse pós-traumático. Em seu novo livro, "O Caminho da Felicidade", a Dra. Seppälä compartilha como aplicar a ciência da felicidade na vida a fim de acelerar o sucesso (www.emmaseppala.com/book/). Como é constatado, felicidade não é tão elusiva como costumava parecer. Usando resultados da psicologia cognitiva e da neurociência, a Dr. Seppälä simplifica a felicidade para que qualquer pessoa possa se divertir. Como diretora científica do Centro de Pesquisa e Educação em Compaixão e Altruísmo da Universidade de Stanford, a Dra. Seppälä é “especialista em psicologia da saúde, bem-estar e resiliência”. Ela é colaboradora frequente da Harvard Business Review, Psychology Today e Scientific American Mind. Ela é a fundadora e editora-chefe do Fulfillment Daily, um site de notícias dedicado à ciência da felicidade.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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English
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Project:
TEDxTalks
Duration:
09:59
  • Olá, pessoal. Cliquei sem querer em "completar" antes de traduzir a descrição da palestra. Agradeço se alguém puder fazer esta parte por mim. Me desculpem pela falta de atenção. BC

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