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Como criar crianças de sucesso — sem demasiado controlo

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    Sabem, não me dediquei
    a ser especialista parental.
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    Na verdade, não estou muito interessada
    nas competências parentais em si mesmas.
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    Mas há um certo estilo de educação
    hoje em dia
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    que, de certo modo,
    está a prejudicar as crianças,
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    impedindo-as de desenvolver
    a sua personalidade.
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    Há um certo estilo
    de educação, hoje em dia,
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    que está a impedi-las.
  • 0:25 - 0:29
    O que estou a dizer
    é que nos preocupamos muito
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    com os pais que não se envolvem
    na vida dos seus filhos,
  • 0:32 - 0:36
    na sua educação e formação,
    e fazemos bem.
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    Mas, no extremo oposto,
    há também muitos prejuízos
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    quando os pais acham
    que o filho não será bem sucedido,
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    a menos que os pais estejam
    sempre a protegê-lo,
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    a vigiar cada acontecimento
    e a gerir todos os momentos,
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    a guiá-lo para determinadas
    faculdades e carreiras.
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    Quando criamos crianças desta forma,
  • 1:01 - 1:03
    — e digo "nós",
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    porque Deus sabe que
    ao criar os meus dois adolescentes,
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    também tive estas tendências —
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    as crianças acabam por ter
    uma infância programada.
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    A infância programada tem este aspeto:
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    mantemo-los sãos e salvos,
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    e damos-lhes comida e água.
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    Depois, queremo-los
    nas escolas certas, mas não só,
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    nas classes certas das escolas certas,
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    e obtenham os diplomas certos
    nas classes certas das escolas certas.
  • 1:30 - 1:31
    Mas não só os diplomas,
    também as notas,
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    e não só diplomas e notas,
    mas distinções e prémios,
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    o desporto, as atividades, a liderança.
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    Dizemos aos filhos:
    "Não adiram a um clube, iniciem um clube,
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    "porque as faculdades gostam disso.
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    "E não se esqueçam
    do serviço comunitário".
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    Mostrem à faculdade
    que se preocupam com os outros.
  • 1:47 - 1:48
    (Risos)
  • 1:48 - 1:53
    Tudo isto é feito na intenção
    de um alto grau de perfeição.
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    Esperamos que os nossos filhos
    atinjam um nível de perfeição
  • 1:57 - 1:59
    que nunca nos exigiram a nós.
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    E como exigimos tanto, pensamos:
  • 2:03 - 2:06
    "Evidentemente, nós os pais
    temos que discutir com os professores,
  • 2:06 - 2:08
    "com o diretor, com os treinadores
    e com os árbitros
  • 2:09 - 2:11
    "e agir como guardiões dos filhos,
  • 2:11 - 2:13
    "como assistentes pessoais,
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    "como secretários".
  • 2:16 - 2:18
    Por isso, passamos imenso tempo
  • 2:18 - 2:20
    com os nossos preciosos filhos,
  • 2:20 - 2:25
    incitando-os, adulando-os, ajudando-os,
    negociando, insistindo se necessário
  • 2:25 - 2:27
    para garantir que eles
    não deitem tudo a perder,
  • 2:27 - 2:30
    não fechem nenhuma porta,
  • 2:30 - 2:32
    não arruínem o seu futuro,
  • 2:32 - 2:35
    na esperança de que sejam admitidos
  • 2:35 - 2:37
    num pequeno leque de faculdades
  • 2:37 - 2:41
    que rejeitam quase todas as candidaturas.
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    E o que significa ser uma criança
    com esta infância programada?
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    Primeiro, não há tempo para a brincadeira.
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    Não há espaço durante as tardes,
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    porque achamos que tudo
    tem que ser enriquecedor.
  • 2:55 - 2:59
    É como se cada trabalho de casa,
    cada teste, cada atividade,
  • 2:59 - 3:03
    é um momento decisivo
    para o futuro que lhes planeámos.
  • 3:03 - 3:06
    Permitimos que eles
    não ajudem nos trabalhos domésticos,
  • 3:06 - 3:10
    até permitimos que eles
    não durmam o suficiente,
  • 3:10 - 3:15
    desde que estejam a cumprir
    as tarefas do programa.
  • 3:15 - 3:18
    Na infância programada, dizemos
    que só queremos que eles sejam felizes,
  • 3:18 - 3:21
    mas quando regressam da escola,
  • 3:21 - 3:24
    o que lhes perguntamos quase sempre
    em primeiro lugar
  • 3:24 - 3:27
    é sobre os trabalhos de casa e as notas.
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    Eles veem na nossa cara
  • 3:29 - 3:31
    que a nossa aprovação, o nosso amor,
  • 3:31 - 3:33
    o seu próprio valor,
  • 3:33 - 3:35
    depende das notas altas.
  • 3:35 - 3:37
    Depois, andamos à volta deles
  • 3:37 - 3:42
    e cacarejamos elogios,
    como um treinador num concurso canino...
  • 3:42 - 3:43
    (Risos)
  • 3:43 - 3:46
    ... convencendo-os a saltar
    um pouco mais alto,
  • 3:46 - 3:49
    a subir um pouco mais,
  • 3:49 - 3:52
    dia após dia, após dia.
  • 3:52 - 3:54
    Quando eles chegam ao liceu,
    não dizem:
  • 3:54 - 3:56
    "O que é que estou
    interessado em estudar?
  • 3:57 - 3:58
    "Que atividade vou fazer?"
  • 3:58 - 4:00
    Vão a conselheiros e dizem:
  • 4:00 - 4:03
    "O que é que tenho que fazer
    para entrar na faculdade certa?"
  • 4:03 - 4:06
    Depois, quando começam
    a aparecer as notas, no liceu,
  • 4:06 - 4:08
    e eles começam a ter "bom menos"
  • 4:08 - 4:10
    ou — Deus os livre — "suficiente",
  • 4:10 - 4:13
    enviam mensagens frenéticas
    aos amigos e dizem:
  • 4:13 - 4:17
    "Já alguém entrou na faculdade certa
    com estas notas?"
  • 4:18 - 4:19
    Os nossos filhos,
  • 4:20 - 4:23
    independentemente de onde acabam
    no final do liceu,
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    andam esbaforidos.
  • 4:25 - 4:27
    Andam irritadiços.
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    Andam um pouco esgotados.
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    Estão um pouco envelhecidos
    para a sua idade,
  • 4:31 - 4:33
    desejando que os adultos tivessem dito:
  • 4:33 - 4:35
    "Trabalhaste o suficiente,
  • 4:35 - 4:37
    "esse esforço que fizeste
    durante a infância é suficiente".
  • 4:37 - 4:42
    Agora estão a murchar,
    sob uma grande ansiedade e depressão
  • 4:42 - 4:44
    e alguns deles começam a pensar
  • 4:44 - 4:48
    se aquela vida terá mesmo valido a pena.
  • 4:50 - 4:52
    Nós, os pais,
  • 4:52 - 4:55
    temos toda a certeza
    de que vale a pena.
  • 4:55 - 4:56
    Parecemos agir
  • 4:56 - 4:59
    como se pensássemos
    que não terão futuro
  • 4:59 - 5:04
    se não entrarem numa das poucas
    faculdades ou carreiras
  • 5:04 - 5:05
    que achamos que devem ter.
  • 5:06 - 5:09
    Ou talvez apenas tenhamos medo
  • 5:09 - 5:12
    de que não venham a ter
    um futuro de que nos possamos gabar
  • 5:12 - 5:15
    aos nossos amigos e com autocolantes
    na traseira do automóvel.
  • 5:15 - 5:18
    (Risos)
  • 5:18 - 5:21
    (Aplausos)
  • 5:25 - 5:27
    Mas se olharmos para o que fizemos,
  • 5:27 - 5:31
    se tivermos a coragem de olhar para isso,
  • 5:31 - 5:33
    veremos que os nossos filhos
    não só pensam
  • 5:33 - 5:36
    que o seu valor depende
    dos diplomas e notas,
  • 5:36 - 5:37
    mas que, quando vivemos sempre
  • 5:37 - 5:40
    dentro dos seus preciosos
    espíritos em desenvolvimento,
  • 5:40 - 5:44
    como a nossa versão do filme
    "Queres ser John Malkovich?"
  • 5:44 - 5:47
    estamos a enviar às crianças a mensagem:
  • 5:47 - 5:52
    "Olha, acho que não consegues
    fazer isso sem mim".
  • 5:51 - 5:54
    Portanto, com a nossa super ajuda,
  • 5:54 - 5:57
    com a nossa super proteção,
    e super direção, de mão dada,
  • 5:57 - 6:01
    privamos os filhos de desenvolverem
    a capacidade de realização
  • 6:01 - 6:04
    o que é um princípio fundamental
    da psique humana,
  • 6:04 - 6:07
    muito mais importante
    do que a autoestima
  • 6:07 - 6:09
    que ganham sempre que os aplaudimos.
  • 6:09 - 6:15
    A autoeficácia constrói-se quando vemos
    que as nossas ações produzem resultados
  • 6:15 - 6:17
    e não...
  • 6:17 - 6:20
    (Aplausos)
  • 6:22 - 6:25
    ... e não com as ações dos pais
    em nosso nome,
  • 6:25 - 6:28
    mas quando as nossas ações
    produzem resultados.
  • 6:28 - 6:30
    Em palavras simples,
  • 6:30 - 6:33
    se quisermos que os nossos filhos
    desenvolvam autoeficácia
  • 6:33 - 6:35
    — e têm que fazê-lo —
  • 6:35 - 6:40
    eles têm que fazer muito mais
    na área do pensar, planear, decidir,
  • 6:40 - 6:44
    fazer, ter esperanças,
    sobreviver, tentar e errar,
  • 6:44 - 6:47
    sonhar e ter experiências da vida
  • 6:47 - 6:48
    por si mesmos.
  • 6:49 - 6:52
    Então, será que estou a dizer
  • 6:52 - 6:54
    que todos os miúdos são
    bons trabalhadores e estão motivados
  • 6:54 - 6:58
    e não precisam da intervenção dos pais
    ou do seu interesse pela vida deles,
  • 6:58 - 7:00
    e devemos afastar-nos e deixar andar?
  • 7:00 - 7:01
    Bolas, não.
  • 7:01 - 7:02
    (Risos)
  • 7:03 - 7:04
    Não estou a dizer nada disso.
  • 7:04 - 7:08
    Estou a dizer que, quando tratamos
    diplomas e notas, distinções e prémios
  • 7:08 - 7:10
    como o objetivo da infância,
  • 7:10 - 7:14
    no cumprimento duma possível admissão
    num pequeno leque de faculdades,
  • 7:14 - 7:17
    ou da entrada num pequeno
    número de carreiras,
  • 7:17 - 7:21
    isso é uma definição demasiado estreita
    de êxito para os nossos filhos.
  • 7:21 - 7:25
    Apesar de podermos ajudá-los
    a alcançar alguns ganhos a curto prazo,
  • 7:25 - 7:26
    com esta super ajuda
  • 7:26 - 7:30
    — como obterem um diploma melhor,
    se os ajudarmos nos trabalhos de casa,
  • 7:30 - 7:35
    ou virem a ter um maior currículo infantil
    quando os ajudamos —
  • 7:35 - 7:38
    estou a dizer que tudo isso
    tem um alto preço a longo prazo.
  • 7:39 - 7:41
    para o seu sentido de si mesmos.
  • 7:41 - 7:43
    O que eu estou a dizer
    é que devemos preocupar-nos menos
  • 7:43 - 7:45
    com o conjunto específico de faculdades
  • 7:45 - 7:48
    a que eles podem candidatar-se
    ou poderão entrar,
  • 7:48 - 7:51
    e preocuparmo-nos muito mais
    que eles tenham os hábitos,
  • 7:51 - 7:53
    a mentalidade, o conjunto de aptidões,
  • 7:53 - 7:58
    o bem-estar, de terem êxito
    para onde quer que vão.
  • 7:58 - 7:59
    O que eu estou a dizer
  • 7:59 - 8:04
    é que os nossos filhos precisam de andar
    menos obcecados com diplomas e notas
  • 8:04 - 8:06
    e muito mais interessados
  • 8:06 - 8:11
    em que a infância lhes proporcione
    os alicerces do seu êxito
  • 8:11 - 8:14
    edificado sobre coisas como o amor
  • 8:15 - 8:17
    e as tarefas.
  • 8:17 - 8:19
    (Risos)
  • 8:19 - 8:22
    (Aplausos)
  • 8:23 - 8:27
    Eu disse tarefas?
    Disse tarefas? Disse, sim.
  • 8:28 - 8:30
    Por esta razão.
  • 8:31 - 8:35
    O maior estudo longitudinal
    sobre seres humanos, já feito,
  • 8:35 - 8:37
    chama-se o Harvard Grant Study.
  • 8:37 - 8:40
    Chegou à conclusão
    que o êxito profissional na vida,
  • 8:40 - 8:43
    que é o que queremos
    para os nossos filhos,
  • 8:43 - 8:46
    que o êxito profissional na vida,
    depende de ter feito tarefas em criança
  • 8:46 - 8:48
    e quanto mais cedo, melhor.
  • 8:48 - 8:51
    Uma mentalidade de "arregaçar as mangas"
    e "pôr as mãos na massa",
  • 8:51 - 8:53
    uma mentalidade em que,
    se há trabalho desagradável
  • 8:53 - 8:55
    que alguém tem que fazer,
    "posso ser eu",
  • 8:55 - 8:57
    uma mentalidade que diga
  • 8:57 - 9:00
    "Vou contribuir com o meu esforço
    para a melhoria de todos",
  • 9:00 - 9:03
    que é o que nos faz avançar
    no local do trabalho.
  • 9:03 - 9:05
    Todos nós sabemos isto.
    Vocês sabem isto.
  • 9:05 - 9:08
    (Aplausos)
  • 9:08 - 9:12
    Todos sabemos isto, contudo,
    na infância programada,
  • 9:12 - 9:16
    dispensamos os nossos filhos
    de fazerem as tarefas domésticas,
  • 9:16 - 9:18
    e depois eles acabam, enquanto jovens,
    no local do trabalho
  • 9:18 - 9:20
    à espera de um programa,
  • 9:20 - 9:22
    que não existe.
  • 9:22 - 9:25
    Mais importante ainda,
    falta-lhes o impulso, o instinto
  • 9:25 - 9:28
    para arregaçarem as mangas
    e pôr as mãos na massa
  • 9:28 - 9:31
    olhar à roda e pensar:
    "Como posso ser útil para os colegas?"
  • 9:31 - 9:34
    Como posso prever
    com alguma antecedência
  • 9:34 - 9:36
    o que o meu patrão pode precisar?
  • 9:37 - 9:40
    Uma segunda conclusão muito importante
    do Harvard Grant Study
  • 9:41 - 9:44
    dizia que a felicidade na vida
  • 9:44 - 9:46
    depende do amor,
  • 9:46 - 9:47
    não o amor ao trabalho,
  • 9:47 - 9:51
    mas o amor dos seres humanos:
  • 9:50 - 9:54
    do nosso cônjuge, do nosso sócio,
    dos nossos amigos, da nossa família.
  • 9:55 - 9:58
    A infância precisa de ensinar
    aos nossos filhos como amar,
  • 9:58 - 10:01
    e eles não podem amar os outros
    se não se amarem,
  • 10:01 - 10:03
    não se amarão a si mesmos
  • 10:03 - 10:06
    se não lhes oferecermos
    um amor incondicional.
  • 10:06 - 10:09
    (Aplausos)
  • 10:10 - 10:11
    Certo.
  • 10:12 - 10:14
    Assim,
  • 10:14 - 10:16
    em vez de andarmos obcecados
    com diplomas e notas,
  • 10:16 - 10:19
    quando os nossos preciosos filhos
    regressam da escola,
  • 10:19 - 10:21
    ou nós regressamos do trabalho,
  • 10:21 - 10:24
    precisamos de fechar a tecnologia,
    guardar os telemóveis,
  • 10:24 - 10:25
    olhá-los nos olhos
  • 10:25 - 10:28
    e deixar que eles vejam
    a alegria que enche a nossa cara
  • 10:28 - 10:31
    quando vemos o nosso filho
    pela primeira vez, ao fim de horas.
  • 10:31 - 10:33
    Depois temos que dizer:
  • 10:33 - 10:35
    "Como foi o teu dia?
  • 10:36 - 10:38
    "De que é que gostaste hoje?"
  • 10:39 - 10:42
    Quando a nossa filha adolescente
    disser: "Almoço", como fez a minha,
  • 10:42 - 10:45
    e eu quero é que ela me fale
    do teste de matemática,
  • 10:45 - 10:46
    não é do almoço,
  • 10:46 - 10:49
    temos que nos interessar pelo almoço.
  • 10:49 - 10:52
    Temos que dizer:
    "O que é que o almoço teve hoje de bom?"
  • 10:52 - 10:56
    Eles precisam de saber que nos interessam,
    enquanto seres humanos,
  • 10:56 - 10:59
    não por causa das suas médias.
  • 11:00 - 11:02
    Devem estar a pensar:
    "Tarefas e amor,
  • 11:02 - 11:04
    "soa muito bem, mas por amor de Deus
  • 11:04 - 11:09
    "as faculdades querem ver diplomas
    e notas altas, distinções e prémios".
  • 11:09 - 11:13
    Mas eu vou dizer-vos: não é bem assim.
  • 11:13 - 11:19
    As escolas de maior renome
    pedem isso aos adolescentes
  • 11:19 - 11:21
    mas as boas notícias são estas.
  • 11:21 - 11:26
    Ao contrário do que as classificações
    das faculdades nos querem fazer crer...
  • 11:26 - 11:30
    (Aplausos)
  • 11:32 - 11:35
    ... não é preciso ir para uma
    dessas escolas de maior renome
  • 11:35 - 11:37
    para sermos felizes e ter êxito na vida.
  • 11:37 - 11:40
    Pessoas felizes e com êxito
    andaram em escolas públicas,
  • 11:40 - 11:42
    em pequenas faculdades
    de que ninguém ouviu falar,
  • 11:42 - 11:44
    em faculdades comunitárias,
  • 11:44 - 11:46
    numa faculdade deste lado,
    e desistiram.
  • 11:47 - 11:50
    (Aplausos)
  • 11:53 - 11:56
    A prova está nesta sala,
    está nas nossas comunidades,
  • 11:56 - 11:58
    essa é que é a verdade.
  • 11:58 - 12:00
    E se pudermos abrir as vendas
  • 12:00 - 12:02
    e estivermos dispostos a olhar
    para mais faculdades,
  • 12:02 - 12:06
    talvez a eliminar o nosso ego da equação,
  • 12:06 - 12:09
    talvez possamos aceitar e abraçar
    esta verdade e perceber
  • 12:09 - 12:11
    que dificilmente será o fim do mundo,
  • 12:11 - 12:15
    se os nossos filhos não entrarem
    numa dessas escolas de renome.
  • 12:16 - 12:17
    Mais importante ainda,
  • 12:17 - 12:22
    se a infância deles não tiver sido vivida
    segundo um programa tirânico,
  • 12:22 - 12:25
    quando eles entrarem na faculdade,
  • 12:25 - 12:27
    qualquer que ela seja,
  • 12:27 - 12:30
    terão ido para lá
    por sua própria vontade,
  • 12:30 - 12:32
    alimentados pelo seu próprio desejo,
  • 12:32 - 12:35
    aptos e dispostos a progredir ali.
  • 12:37 - 12:39
    Tenho que confessar uma coisa.
  • 12:40 - 12:43
    Tenho dois filhos que já referi,
    Sawyer e Avery.
  • 12:43 - 12:45
    São adolescentes.
  • 12:45 - 12:46
    Em tempos,
  • 12:46 - 12:49
    penso que estava a tratar
    Sawyer e Avery
  • 12:49 - 12:51
    como pequenas árvores bonsai...
  • 12:51 - 12:53
    (Risos)
  • 12:53 - 12:56
    ... que ia cuidadosamente
    cortar e podar
  • 12:56 - 13:00
    e modelar numa forma perfeita
    de um ser humano,
  • 13:00 - 13:04
    que pudesse ser suficientemente perfeita
    para lhes garantir a entrada
  • 13:04 - 13:06
    numa das faculdades mais seletivas.
  • 13:07 - 13:09
    Mas acabei por perceber,
    depois de trabalhar
  • 13:09 - 13:12
    com milhares de crianças
    de outras pessoas...
  • 13:12 - 13:14
    (Risos)
  • 13:14 - 13:17
    ... e de criar dois filhos meus,
  • 13:18 - 13:21
    que as crianças não são árvores bonsai.
  • 13:22 - 13:24
    São flores silvestres
  • 13:24 - 13:28
    de género e espécie desconhecidos...
  • 13:28 - 13:29
    (Risos)
  • 13:29 - 13:33
    ... e o meu trabalho é proporcionar-lhes
    um ambiente nutritivo,
  • 13:33 - 13:35
    para os fortalecer, através de tarefas,
  • 13:35 - 13:39
    e amá-los para que eles possam
    amar outros e receberem amor
  • 13:39 - 13:42
    e a faculdade, o mestrado, a carreira,
  • 13:42 - 13:44
    isso é lá com eles.
  • 13:44 - 13:50
    O meu trabalho não é torná-los
    em quem eu gostava que fossem,
  • 13:50 - 13:55
    mas apoiá-los, para que se tornem
    nos seres gloriosos que irão ser.
  • 13:55 - 13:57
    Obrigada.
  • 13:57 - 14:00
    (Aplausos)
Title:
Como criar crianças de sucesso — sem demasiado controlo
Speaker:
Julie Lythcott-Haims
Description:

Ao sobrecarregar as crianças com expetativas altas e tentar gerir a vida delas, os pais não estão a ajudá-las. Pelo menos, é assim que Julie Lythcott-Haims pensa. Com paixão e um humor irónico, a antiga decana de acolhimento a novos alunos, em Stanford, defende que os pais deixem de definir o êxito dos seus filhos em função dos testes e das notas. Em vez disso, diz ela, devem concentrar-se em proporcionar-lhes a ideia mais antiga de todas: um amor incondicional.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
14:16

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