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Como fazer um bebê (em um laboratório) - Nassim Assefi and Brian A. Levine

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    Em 1978, Louise Brown tornou-se
    o primeiro bebê do mundo
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    que nasceu por fertilização
    in vitro, ou FIV.
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    Seu nascimento revolucionou
    o campo da medicina reprodutiva.
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    Dado que aproximadamente
    um em cada oito casais heterossexuais
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    tem problemas para engravidar,
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    e que casais homossexuais
    e pessoas solteiras
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    geralmente precisam
    de ajuda médica para ter bebê,
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    a procura por FIV tem crescido.
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    A FIV é tão comum que mais de 5 milhões
    de bebês nasceram com esta tecnologia.
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    A FIV imita o modelo brilhante
    da reprodução humana.
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    Para entender a FIV,
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    antes é preciso examinar
    o processo natural de fazer um bebê.
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    Acredite se quiser,
    tudo começa no cérebro.
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    Cerca de 15 dias
    antes de ser possível a fertilização,
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    a glândula pituitária anterior
    secreta o hormônio
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    que estimula os folículos, o FSH,
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    que faz amadurecer um punhado
    de folículos do ovário
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    que, em seguida, libera o estrogênio.
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    Cada folículo contém um ovo
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    e, em média, apenas um folículo torna-se
    completamente maduro.
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    Ao crescer e continuar
    a liberar estrogênio,
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    este hormônio, além de coordenar
    o crescimento e a preparação do útero,
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    também comunica ao cérebro
    como o folículo vai se desenvolvendo.
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    Quando o nível de estrogênio
    for alto o suficiente,
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    a pituitária anterior libera
    uma carga de hormônio luteinizante, LH,
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    que dá início à ovulação
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    e faz o folículo se romper
    e liberar o ovo.
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    Assim que o ovo deixa o ovário,
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    ele é conduzido à trompa de Falópio
    por fímbrias que lembram dedos.
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    Se o ovo não for fertilizado
    pelo esperma dentro de 24 horas,
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    o ovo não fertilizado morrerá,
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    e todo o sistema se reiniciará,
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    preparando-se para criar um novo ovo
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    e um novo revestimento uterino
    no mês seguinte.
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    O ovo é a maior célula do corpo
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    e é protegido por um espesso
    invólucro extracelular de açúcar
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    e proteína, chamado de zona pelúcida.
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    A zona impede a penetração e fusão
    de mais de um espermatozoide,
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    a menor célula do corpo.
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    O homem leva de dois a três meses
    para produzir espermatozoides
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    e o processo se renova constantemente.
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    Cada ejaculação durante o ato sexual
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    libera mais de 100 milhões
    de espermatozoides,
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    mas somente uns 100 deles conseguirão
    chegar às proximidades do ovo
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    e apenas um conseguirá penetrar
    na blindagem da zona pelúcida.
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    Após a fertilização bem-sucedida,
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    o zigoto começa imediatamente
    a se transformar em um embrião,
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    e leva cerca de três dias
    para chegar ao útero.
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    Lá ele precisa de mais ou menos
    outros três dias
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    para se implantar firmemente
    no endométrio,
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    a parede interna do útero.
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    Uma vez implantado,
    as células que formarão a placenta
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    secretam um hormônio
    que sinaliza ao folículo ovulado
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    que há uma gravidez no útero.
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    Isto ajuda a proteger o folículo,
    agora denominado corpo lúteo,
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    de se degenerar, como seria normal
    naquele estágio do ciclo menstrual.
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    O corpo lúteo é o responsável
    pela produção de progesterona,
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    necessária para manter a gravidez
    até seis ou sete semanas de gestação,
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    quando a placenta se desenvolve
    e passa a atuar,
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    até que o bebê nasça ao fim
    de aproximadamente 40 semanas.
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    Agora, como se faz um bebê
    no laboratório?
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    Em pacientes submetidas à FIV,
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    FSH é administrado em níveis mais elevados
    do que aqueles que ocorrem naturalmente,
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    para causar uma superestimulação
    controlada dos ovários
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    de modo que eles produzam
    vários ovos.
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    Os ovos são então retirados
    imediatamente antes de a ovulação ocorrer,
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    com a mulher anestesiada,
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    por meio de uma agulha de aspiração
    guiada por ultrassom.
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    A maioria das amostras de espermatozoide
    é produzida por masturbação.
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    No laboratório, os ovos são identificados
    e são removidas as células ao seu redor
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    e eles são preparados para a fertilização
    em uma placa de Petri.
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    A fertilização pode ocorrer
    por uma de duas técnicas.
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    Na primeira, os ovos são incubados
    com milhares de espermatozoides
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    e a fertilização ocorre naturalmente,
    num prazo de poucas horas.
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    A segunda técnica maximiza
    a certeza da fertilização
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    usando uma agulha para colocar
    um único espermatozoide dentro do ovo.
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    Isto é particularmente útil
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    quando há um problema
    com a qualidade do espermatozoide.
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    Depois da fertilização, pode haver
    a seleção de embriões
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    para a adequação genética
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    e são congelados
    para futuras tentativas de gravidez,
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    ou colocados no útero da mulher
    vila cateter.
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    Normalmente convenciona-se transferir
    o embrião três dias após a fertilização
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    quando ele tem oito células,
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    ou no quinto dia, quando o embrião
    é chamado de blástula
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    e contém centenas de células.
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    Se os ovos da mulher
    são de baixa qualidade
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    por causa da idade
    ou de exposição a tóxicos,
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    ou por terem sido removidos
    devido a câncer,
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    podem ser usados os ovos de uma doadora.
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    No caso de quem pretende ser mãe
    ter um útero problemático
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    ou nem sequer ter útero,
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    outra mulher, a mãe por substituição,
    ou “barriga de aluguel”,
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    pode usar seu útero para a gestação.
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    Para aumentar as chances de sucesso,
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    que atingem 40%
    em mulheres com menos de 35 anos,
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    os medicos às vezes transferem
    vários embriões de uma só vez,
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    e é a razão pela qual FIV produz
    gêmeos e trigêmeos
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    mais frequentemente do que
    em gravidez natural.
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    Contudo, a maioria das clínicas procuram
    reduzir as chances de gravidez múltipla,
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    por ser mais arriscada
    para as mães e os bebês.
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    Milhões de bebês, como Louise Brown,
    nasceram por meio da FIV
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    e tiveram vidas normais e saudáveis.
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    As consequências de longo prazo
    da estimulação ovariana para a saúde
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    com medicamentos de FIV,
    são menos nítidas,
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    embora, até agora, a FIV pareça
    ser segura para as mulheres.
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    Por causa de melhores ensaios genéticos,
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    retardamento da gravidez,
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    aumento da acessibilidade
    e custos decrescentes,
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    não é inconcebível que a produção de bebês
    via FIV e técnicas relacionadas
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    possam substituir
    a reprodução natural no futuro.
Title:
Como fazer um bebê (em um laboratório) - Nassim Assefi and Brian A. Levine
Speaker:
Nassim Assefi e Brian A. Levine
Description:

Veja a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/how-to-make-a-baby-in-a-lab-nassim-assefi-and-brian-a-levine

A infertilidade afeta 1 em cada 8 casais em todo o mundo. Mas nos últimos 40 anos, mais de 5 milhões de bebês nasceram usando a fertilização in vitro (FIV). Como funciona? Nassim Assefi e Brian A. Levine detalham a ciência envolvida em fazer um bebê em um laboratório.

Lião de Nassim Assefi e Brian A. Levine, animação de Kozmonot Animation Studio.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
06:43

Portuguese, Brazilian subtitles

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