Return to Video

Por que a comida é um grande instrumento diplomático | Htet Myet Oo | TEDxYangon

  • 0:09 - 0:13
    Vou mostrar uma foto
    da minha comida favorita.
  • 0:13 - 0:17
    Se vocês concordarem
    que ela também é a sua favorita,
  • 0:17 - 0:19
    gostaria que vocês aplaudissem,
  • 0:19 - 0:22
    batam palmas, gritem uhu, qualquer coisa.
  • 0:22 - 0:25
    Se vocês não gostarem
    da comida, podem vaiar.
  • 0:25 - 0:27
    Será a única vaia de vocês hoje
  • 0:27 - 0:30
    então, se vocês gostam desse tipo
    de coisa, esta é sua chance.
  • 0:30 - 0:32
    Ok, lá vamos nós.
  • 0:32 - 0:33
    (Animação)
  • 0:33 - 0:35
    Sim!
  • 0:35 - 0:37
    (Aplausos)
  • 0:39 - 0:43
    Poucas pessoas não terão o que comer hoje.
  • 0:43 - 0:46
    De qualquer forma, esta única fruta
  • 0:46 - 0:51
    tem a habilidade de nos mostrar
    quão poderoso pode ser o ato de comer.
  • 0:51 - 0:53
    Alguns de vocês estão olhando para a foto
  • 0:53 - 0:56
    e devem estar se perguntando
    se eu comprei para o almoço.
  • 0:56 - 0:58
    Não comprei, fui proibido.
  • 0:58 - 1:03
    Alguns devem estar se perguntando
    "Ele está falando sério?",
  • 1:03 - 1:05
    e devem estar um pouco enjoados.
  • 1:05 - 1:08
    Isto mostra quão emotivos
    a comida pode nos deixar.
  • 1:08 - 1:12
    É amor e ódio, e tudo
    que existe no meio dos dois.
  • 1:13 - 1:16
    Esta combinação de comida e emoções,
  • 1:16 - 1:18
    afeta a forma como percebemos
    uns aos outros,
  • 1:18 - 1:22
    é como se você estabelecesse
    um relacionamento
  • 1:22 - 1:26
    com um estranho nesta plateia
    que reagiu da mesma forma que você.
  • 1:27 - 1:32
    Hoje, como a Birmânia ou Myanmar
    está de reinserindo na comunidade global,
  • 1:32 - 1:34
    temos exatamente o mesmo problema.
  • 1:35 - 1:38
    A opinião do mundo
    sobre nós está dividida,
  • 1:39 - 1:44
    mas o que quero fazer é mostrar
    a minha ideia de revolução da comida
  • 1:44 - 1:47
    porque acredito que podemos
    moldar essas opiniões
  • 1:47 - 1:49
    usando o amor da nossa cozinha nacional.
  • 1:50 - 1:54
    Caso vocês não saibam quem sou eu
    ou ainda não perceberam,
  • 1:54 - 1:57
    sou apaixonado por comer.
  • 1:57 - 2:00
    Tenho um probleminha,
    sou um pouco obcecado.
  • 2:01 - 2:04
    Para mim, a comida está
    evoluindo constantemente.
  • 2:04 - 2:10
    Você pode comer o mesmo prato em dois
    ambientes completamente diferentes,
  • 2:10 - 2:14
    e a sua experiência
    será totalmente transformada.
  • 2:14 - 2:16
    Por exemplo,
  • 2:16 - 2:21
    algum de vocês já tomou café de manhã,
    antes de ir ao banheiro?
  • 2:22 - 2:23
    Alguém?
  • 2:23 - 2:25
    Tenho certeza que alguns já fizeram,
  • 2:25 - 2:27
    ajuda o intestino.
  • 2:27 - 2:30
    É transformador para alguns de nós.
  • 2:30 - 2:33
    Minha vida mudou quando tinha quatro anos,
  • 2:33 - 2:36
    quando me mudei de Myanmar
    para o Reino Unido.
  • 2:36 - 2:38
    E éramos somente quatro.
  • 2:38 - 2:41
    Meus pais, meu irmão e eu.
  • 2:41 - 2:43
    Aqui está.
  • 2:44 - 2:48
    Foi em casa que me apaixonei
    pela nossa cozinha.
  • 2:49 - 2:50
    Mas para dizer a verdade,
  • 2:50 - 2:54
    até voltar para a Birmânia,
    cinco anos atrás,
  • 2:54 - 2:59
    esta cozinha era a minha única conexão
    com este país em crescimento.
  • 3:01 - 3:06
    Em casa, o prato assinatura
    da minha mãe era o seu "Mohinga".
  • 3:07 - 3:09
    E esse "Mohinga" era muito especial
  • 3:09 - 3:13
    porque ela fazia no café da manhã,
    no jantar, nos aniversários.
  • 3:13 - 3:17
    Eu sei que vocês estão ficando
    com fome, ok, só um minuto,
  • 3:17 - 3:19
    em todos os momentos especiais.
  • 3:19 - 3:24
    Para quem não sabe o que é "Mohinga",
  • 3:24 - 3:27
    é o prato com o qual todos
    nós fomos criados.
  • 3:27 - 3:31
    É um caldo de peixe fumegante, quente,
  • 3:31 - 3:36
    e neste país, tomamos de manhã,
    num calor de 35 graus,
  • 3:36 - 3:39
    que estou sentindo agora mesmo,
  • 3:39 - 3:42
    em casa ou na rua.
  • 3:42 - 3:45
    Mas se vocês puderem imaginar
    por um momento,
  • 3:45 - 3:47
    este é o lugar onde cresci.
  • 3:47 - 3:51
    No inverno, com zero grau de temperatura,
  • 3:51 - 3:55
    podem imaginar como é tomar o mesmo caldo
  • 3:55 - 3:57
    enquanto a neve cai lá fora?
  • 3:58 - 4:02
    É uma experiência transformadora.
  • 4:02 - 4:06
    Então, este prato dava início ao dia
  • 4:06 - 4:10
    como um café da manhã, com a intenção
    de alimentar pela manhã,
  • 4:10 - 4:17
    mas agora tem o poder de manter
    a família reunida e aquecida de noite.
  • 4:17 - 4:21
    E há uns dois anos e meio atrás,
    quis canalizar essa experiência.
  • 4:21 - 4:23
    Quis desafiar a forma
  • 4:23 - 4:27
    como a nossa cozinha local
    era vista e vivenciada,
  • 4:27 - 4:30
    então fui um daqueles doidos
    varridos que decidiram
  • 4:30 - 4:32
    que abrir um restaurante
    seria uma boa ideia.
  • 4:32 - 4:34
    Se as pessoas se importam com você,
  • 4:34 - 4:37
    nunca vão dizer que é uma [péssima] ideia.
  • 4:37 - 4:42
    Mas abrimos do mesmo jeito,
    e temos tido muita sorte.
  • 4:42 - 4:48
    Nos últimos dois anos e meio,
    nossa representação da cozinha local
  • 4:48 - 4:52
    foi apresentada em mais
    de 50 publicações internacionais.
  • 4:52 - 4:55
    Mas o mais incrível disso
  • 4:55 - 5:00
    é que a maioria dessas publicações
    está escrevendo sobre a cozinha birmanesa
  • 5:00 - 5:02
    pela primeira vez.
  • 5:03 - 5:09
    Para mim, se fosse descrever
    nosso país através de um prato,
  • 5:09 - 5:11
    seria com o "Mohinga".
  • 5:12 - 5:18
    Porque tanto o país como o prato
    são simples na sua natureza.
  • 5:18 - 5:23
    Acho que ambos são um pouco
    incompreendidos pelos que não os conhecem,
  • 5:23 - 5:27
    mas acho que ambos tem potencial
    de se tornarem globais.
  • 5:28 - 5:32
    Mas o problema que temos
    atualmente neste país,
  • 5:33 - 5:36
    é que colocamos ênfase demais
    no seu desenvolvimento,
  • 5:36 - 5:39
    apenas com as coisas
    que conseguimos medir.
  • 5:39 - 5:41
    Então, medimos a moeda,
  • 5:41 - 5:43
    medimos a economia,
  • 5:43 - 5:45
    medimos o clima.
  • 5:45 - 5:48
    Algumas vezes medimos o tráfego,
  • 5:48 - 5:52
    e dizemos uns aos outros
    como o tráfego se tornou horrível.
  • 5:52 - 5:57
    Mas pergunto para vocês,
    e as coisas que não podemos medir?
  • 5:59 - 6:04
    Como medimos a forma que nossas papilas
    gustativas mudarão nas próximas gerações?
  • 6:04 - 6:05
    Não podemos.
  • 6:06 - 6:10
    Como podemos medir o impacto
    que nossa cozinha trará
  • 6:10 - 6:14
    a alguém que a experimenta
    pela primeira vez?
  • 6:14 - 6:15
    Não podemos.
  • 6:15 - 6:21
    Mas estas coisas também são importantes
    na evolução de nosso país.
  • 6:22 - 6:25
    Se eu colocar esta foto
    na frente de vocês,
  • 6:25 - 6:27
    que é um cheeseburger.
  • 6:28 - 6:31
    Qual é o primeiro país que vem à mente?
  • 6:33 - 6:37
    Provavelmente, para a maioria
    de vocês, seria a América, certo?
  • 6:37 - 6:43
    Mas, e se eu dissesse que o hambúrguer
    começou com o Império Mongol,
  • 6:43 - 6:45
    vocês acreditariam em mim?
  • 6:46 - 6:51
    A lenda diz que enquanto Gengis Khan
    e seu exército conquistavam o mundo,
  • 6:51 - 6:53
    eles tiveram um problema.
  • 6:53 - 6:58
    Eles viviam em vastas áreas
    de terra sem vegetação.
  • 6:58 - 7:01
    Então eles pegaram a carne,
  • 7:01 - 7:02
    naquela época era de cavalo,
  • 7:02 - 7:05
    e colocaram embaixo da sela de montar,
  • 7:05 - 7:07
    assim podiam comer enquanto montavam.
  • 7:07 - 7:11
    E se você olhar o mapa
    desse grande império,
  • 7:11 - 7:15
    verá que muito dessa área
    está em uma parte do mundo
  • 7:15 - 7:17
    que hoje chamamos de Europa Oriental.
  • 7:17 - 7:20
    E é na Europa Oriental que veremos
  • 7:20 - 7:22
    a primeira versão desse hambúrguer
  • 7:22 - 7:26
    que é o tartar, carne crua picada.
  • 7:26 - 7:28
    Muitos anos depois,
  • 7:28 - 7:31
    é que esse prato, o tartar,
    faria seu caminho até a Alemanha,
  • 7:31 - 7:34
    até uma cidade chamada Hamburgo.
  • 7:34 - 7:36
    Foi onde se tornou hambúrguer,
  • 7:36 - 7:38
    não foi por que vai presunto (ham).
  • 7:38 - 7:40
    Acabei de destruir uma lenda urbana.
  • 7:40 - 7:42
    O que esta história nos mostra
  • 7:42 - 7:46
    é que na evolução
    de um país ou de uma cozinha,
  • 7:48 - 7:51
    não devemos falar de semanas,
    ou meses, ou anos.
  • 7:51 - 7:57
    Devemos falar de décadas, ou séculos,
    ou potencialmente mais tempo ainda.
  • 7:58 - 8:01
    Se me permitirem fazer algumas perguntas,
  • 8:01 - 8:04
    gostaria que pensassem por um momento,
  • 8:05 - 8:09
    se não tivéssemos ficado isolados
    pelos últimos 50 anos,
  • 8:10 - 8:14
    vocês acreditam que existiriam
    mais restaurantes birmaneses no mundo?
  • 8:15 - 8:16
    Talvez.
  • 8:17 - 8:21
    Acreditam que a cozinha birmanesa
    teria evoluído de alguma forma?
  • 8:22 - 8:23
    Talvez.
  • 8:23 - 8:27
    Mas, acreditam que haveria
    mais turistas vindo para a Birmânia?
  • 8:28 - 8:30
    Com certeza acredito que sim.
  • 8:30 - 8:33
    Mas são perguntas importantes
    em retrospectiva.
  • 8:33 - 8:36
    Talvez não sejam mais tão relevantes,
  • 8:36 - 8:41
    mas relevante foi a pergunta que um amigo
    me fez algumas semanas atrás,
  • 8:41 - 8:44
    que foi "Htet, você viajaria por comida?"
  • 8:45 - 8:47
    E vocês, viajariam por comida?
  • 8:47 - 8:48
    Plateia: Sim.
  • 8:48 - 8:51
    Htet: Sim? Porque eu só viajo por comida.
  • 8:51 - 8:53
    É o único motivo de ganhar
    o almoço de hoje,
  • 8:53 - 8:55
    por isso eu vim aqui.
  • 8:55 - 8:56
    (Risos)
  • 8:56 - 9:01
    E acho que mais e mais pessoas
    todos os anos, estão viajando para lugares
  • 9:01 - 9:03
    como o Coliseu e a Torre Eiffel,
  • 9:03 - 9:06
    não só para ver estes marcos históricos,
  • 9:06 - 9:10
    mas estão viajando
    para experimentar a cozinha do país.
  • 9:11 - 9:18
    A comida é a grande razão de voltamos
    muitas vezes para os países.
  • 9:19 - 9:22
    Este sou em coma alimentar em Paris.
  • 9:23 - 9:24
    (Risos)
  • 9:25 - 9:26
    Dá para perceber.
  • 9:26 - 9:30
    Não consegui ir à Torre Eiffel
    mas vocês conseguem ver porquê.
  • 9:30 - 9:37
    Ano passado, a ONU divulgou uma pesquisa
    que mostrava que 88,2% das pessoas
  • 9:37 - 9:39
    leva em conta a gastronomia.
  • 9:39 - 9:42
    Vamos imaginar que nenhum
    de nós aqui seja birmanês,
  • 9:42 - 9:45
    ou nunca visitou a Birmânia antes.
  • 9:46 - 9:48
    Se vocês estivessem pesquisando,
  • 9:48 - 9:51
    se quiséssemos ir
    a este lindo país nas férias,
  • 9:51 - 9:54
    e fôssemos parte dos 88,2%,
  • 9:55 - 9:59
    o que vocês acham que veríamos
    escrito sobre nossa cozinha?
  • 10:00 - 10:04
    Porque quando mudei para cá
    cinco anos atrás, foi isto que eu vi:
  • 10:04 - 10:05
    "É muito oleoso."
  • 10:05 - 10:08
    "Htet, a comida birmanesa é tão oleosa".
  • 10:08 - 10:10
    "Tem muito glutamato monossódico."
  • 10:10 - 10:14
    Eu gosto de glutamato monossódico,
    mas essa é outra conversa.
  • 10:15 - 10:19
    A verdade é que esta é a opinião de poucos
  • 10:19 - 10:22
    e por certo não são fatos.
  • 10:22 - 10:24
    Mas se olhássemos alguns fatos,
  • 10:24 - 10:30
    descobriríamos que existem
    mais de 135 minorias étnicas no país.
  • 10:30 - 10:32
    Isso é fato.
  • 10:32 - 10:35
    São muitas formas diferentes
    de consumir comida.
  • 10:35 - 10:38
    Rangum, a cidade onde estamos agora,
  • 10:38 - 10:42
    no final da década de 1920
    substituiu Nova York
  • 10:42 - 10:46
    como a capital da migração do mundo.
  • 10:46 - 10:48
    Isso também é fato.
  • 10:48 - 10:51
    E isso é muita influência
    vinda de outros países.
  • 10:51 - 10:54
    Então vou perguntar de novo para vocês,
  • 10:54 - 10:56
    dentro desses 88,2%,
  • 10:57 - 11:01
    o que vocês acham que veríamos
    escrito sobre nossa cozinha?
  • 11:02 - 11:04
    Se olharem para isto,
  • 11:04 - 11:06
    nosso macarrão com coco,
  • 11:06 - 11:09
    verão nossa generosidade,
  • 11:09 - 11:12
    nossa riqueza como país.
  • 11:13 - 11:17
    Se olharem isso, nosso pão
    tradicionalmente da Índia,
  • 11:17 - 11:19
    verão nossa diversidade culinária
  • 11:19 - 11:21
    e nossa história.
  • 11:22 - 11:23
    Se olharem para isso
  • 11:23 - 11:25
    nosso "Mohinga",
  • 11:26 - 11:28
    ele usa 28 ingredientes.
  • 11:29 - 11:33
    Você verão a complexidade
    das pessoas que somos.
  • 11:35 - 11:39
    A ótima notícia é que promover nosso país
  • 11:39 - 11:42
    por meio da nossa cozinha
    já é nossa realidade,
  • 11:42 - 11:45
    com a mistura certa
    de paixão e planejamento.
  • 11:46 - 11:48
    Chama-se "Diplomacia Culinária",
  • 11:48 - 11:51
    e se procurar no Google,
    que eu mostrei como fazer.
  • 11:51 - 11:53
    (Risos)
  • 11:53 - 11:55
    Caso alguém não saiba.
  • 11:55 - 11:59
    Você encontrará um artigo
    da Wikipedia que declara
  • 11:59 - 12:03
    que a diplomacia culinária
    é baseada na seguinte premissa:
  • 12:03 - 12:08
    "A forma mais fácil de ganhar os corações
    e as mentes é através do estômago".
  • 12:09 - 12:11
    Como vocês sabem.
  • 12:11 - 12:13
    E o que teremos agora
  • 12:13 - 12:17
    são algumas iniciativas lideradas
    pelo governo em todo mundo
  • 12:18 - 12:21
    praticando programas
    de diplomacia culinária,
  • 12:21 - 12:25
    como na Tailândia, na Coreia,
    nos Estados Unidos.
  • 12:26 - 12:30
    Se pegarmos a Tailândia como exemplo,
    por ser o país mais próximo de nós,
  • 12:31 - 12:34
    eles lançaram ou iniciaram
  • 12:34 - 12:38
    um programa de diplomacia culinária
    em 2002 chamado "Global Thai."
  • 12:39 - 12:44
    O objetivo do governo
    era subsidiar e certificar
  • 12:44 - 12:49
    o máximo de restaurantes tailandeses
    no mundo que o governo pudesse bancar.
  • 12:49 - 12:51
    Eles tinham três objetivos principais.
  • 12:51 - 12:54
    O número um era que eles queriam criar
  • 12:54 - 12:59
    o máximo de empregos para os imigrantes
    tailandeses acolhidos no mundo todo.
  • 13:00 - 13:04
    Em segundo lugar, eles queriam aumentar
    as exportações para fora da Tailândia,
  • 13:04 - 13:09
    e pensaram, quanto mais restaurantes
    tailandeses, mais exportações.
  • 13:09 - 13:12
    E em terceiro lugar,
    que é muito difícil de medir,
  • 13:12 - 13:14
    é que eles queriam aumentar
  • 13:14 - 13:19
    o entendimento e a apreciação
    global da cozinha tailandesa.
  • 13:21 - 13:25
    Se vocês quiserem saber
    se eles tiveram sucesso ou não,
  • 13:25 - 13:26
    é só olhar para isso.
  • 13:27 - 13:32
    Em 2002 havia 5,5 mil
    restaurantes tailandeses
  • 13:32 - 13:34
    fora da Tailândia, no mundo todo.
  • 13:35 - 13:39
    Em 2012, havia 15 mil.
  • 13:43 - 13:48
    Havia 10 milhões de visitantes
    indo para a Tailândia em 2002,
  • 13:49 - 13:52
    e 32 milhões em 2016.
  • 13:55 - 13:57
    Claro, este programa
    de diplomacia culinária
  • 13:57 - 14:00
    não é a única razão desses
    números terem subido,
  • 14:00 - 14:05
    mas mostra que uma iniciativa
    nacional para fazer algo como isso
  • 14:05 - 14:08
    tem um efeito a longo prazo.
  • 14:10 - 14:15
    A verdade é que se o mundo tivesse
    mais afinidade com nosso país,
  • 14:16 - 14:19
    seríamos menos propensos
    a sermos discriminados.
  • 14:19 - 14:22
    Por termos uma identidade,
    as pessoas saberiam quem somos.
  • 14:22 - 14:27
    Mas mais importante do que isso,
    é esta geração e a próxima,
  • 14:27 - 14:30
    haveria mais oportunidades para todos nós.
  • 14:32 - 14:35
    Mas como birmaneses, precisamos entender
  • 14:35 - 14:41
    que nosso orgulho é nossa força,
    mas também pode ser nossa fraqueza.
  • 14:42 - 14:47
    Não é suficiente somente acreditar
    no que fazemos e em nós mesmos.
  • 14:47 - 14:51
    No século 21, também precisamos
    convencer os outros disso.
  • 14:51 - 14:58
    Meu sonho é ver a comida birmanesa
    em todas as grandes cidades do mundo.
  • 14:58 - 15:02
    "Mohinga" em Paris,
    "Tea Leaf Salad" em Nova York.
  • 15:02 - 15:04
    Conseguem imaginar isso?
  • 15:04 - 15:06
    Sim?
  • 15:07 - 15:10
    Se nosso país fosse um trem,
  • 15:11 - 15:14
    é como se acabássemos de sair da estação,
  • 15:14 - 15:16
    acabamos de sair.
  • 15:17 - 15:21
    Cultura, saúde, educação, tecnologia,
  • 15:22 - 15:24
    tudo isso está a bordo desse trem.
  • 15:25 - 15:29
    Nós, como país, precisamos
    colocar nossa cozinha nele também.
  • 15:29 - 15:31
    É muito importante.
  • 15:32 - 15:36
    O mais incrível sobre a comida
  • 15:36 - 15:40
    é que não existe ditadura culinária,
  • 15:41 - 15:43
    porque não queremos isso.
  • 15:44 - 15:47
    Não existe golpe culinário.
  • 15:47 - 15:50
    Então não importa a economia, a política,
  • 15:51 - 15:55
    ninguém será capaz de acabar
    com uma cozinha birmanesa global.
  • 15:55 - 15:57
    Por favor, aproveitem seu almoço.
  • 15:57 - 15:58
    Obrigado.
  • 15:58 - 16:01
    (Aplausos)
Title:
Por que a comida é um grande instrumento diplomático | Htet Myet Oo | TEDxYangon
Description:

Htet Myet Oo fala sobre usar a cozinha pouco conhecida de Myanmar como um instrumento de diplomacia para colocar o país de volta no mapa mundi, depois de décadas de isolamento. Descubra a vibração da cozinha de Myanmar e como ela reflete a diversidade da população e da história do país.

Essa palestra foi dada em um evento TEDx que usa o formato de conferência TED mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
16:12

Portuguese, Brazilian subtitles

Revisions