Como a África pode continuar crescendo
-
0:00 - 0:04A narrativa de uma África ascendente
está sendo desafiada. -
0:04 - 0:09Há aproximadamente 10 anos,
eu falei sobre uma África, -
0:09 - 0:12uma África de esperança e oportunidade,
-
0:12 - 0:13uma África de empresários,
-
0:14 - 0:17uma África muito diferente da África
sobre a qual geralmente escutamos -
0:17 - 0:20de morte, pobreza e doença.
-
0:20 - 0:22E aquilo sobre o que eu falei,
-
0:22 - 0:27se tornou parte do que é conhecido agora
como a narrativa da África ascendente. -
0:27 - 0:31Eu quero contar duas histórias
sobre essa África ascendente. -
0:31 - 0:32A primeira é relacionada à Ruanda,
-
0:33 - 0:36um país que tem passado
por muitas provações e tribulações. -
0:36 - 0:42E Ruanda decidiu se tornar
um "hub" tecnológico no continente. -
0:42 - 0:46É um país com montanhas e um terreno
acidentado, um pouco como aqui, -
0:46 - 0:49então é muito difícil
prestar serviço para o povo. -
0:49 - 0:51Então o que Ruanda disse?
-
0:51 - 0:55Para salvar vidas, vão tentar usar drones
-
0:55 - 0:58para entregar medicamentos,
vacinas e sangue para salvar vidas -
0:58 - 1:00de pessoas em locais de difícil acesso
-
1:00 - 1:02em parceria com uma empresa
chamada Zipline, -
1:03 - 1:07com a UPS e também com a Gavi,
uma aliança mundial para vacinas. -
1:07 - 1:09Ao fazer isso, vidas serão salvas.
-
1:09 - 1:15Isso é parte do tipo de inovação
que queremos ver na África ascendente. -
1:15 - 1:17A segunda história tem a ver com algo
-
1:17 - 1:21que tenho certeza que muitos de vocês
já viram ou vão se lembrar. -
1:21 - 1:24Muito frequentemente, países na África
sofrem com a seca e enchentes, -
1:24 - 1:28e está se tornando mais frequente
devido aos efeitos de mudança climática. -
1:28 - 1:29Quando acontece,
-
1:29 - 1:34normalmente espera-se por ajuda
internacional pra arrecadar dinheiro. -
1:34 - 1:37Você vê fotos de crianças
com moscas no rosto, -
1:37 - 1:40carcaças de animais mortos e por aí vai.
-
1:40 - 1:45Agora estes 32 países se uniram
com o suporte da União Africana -
1:45 - 1:50e decidiram formar uma organização
chamada African Risk Capacity. -
1:50 - 1:51O que ela faz?
-
1:51 - 1:54É uma seguradora baseada no clima,
-
1:54 - 1:58e o que esses países fazem
é pagar um seguro anual, -
1:58 - 2:01cerca de US$ 3 milhões por ano
dos próprios recursos, -
2:01 - 2:06de modo que em caso
de uma seca severa ou enchente, -
2:06 - 2:08esse dinheiro será pago a eles,
-
2:08 - 2:11que eles podem então usar
para cuidar de suas populações, -
2:11 - 2:14em vez de esperar a ajuda chegar.
-
2:14 - 2:18A African Risk Capacity pagou,
no último ano, US$ 26 milhões -
2:18 - 2:21para a Mauritânia, Senegal e Níger.
-
2:21 - 2:26Isso os permitiu cuidar de 1,3 milhão
de pessoas afetadas pela seca. -
2:26 - 2:29Eles puderam restaurar
meios de subsistência, -
2:29 - 2:31comprar forragem para gado,
alimentar crianças na escola, -
2:31 - 2:37e, em suma, manter as populações em casa
em vez de migrar para outras áreas. -
2:37 - 2:39Então esses são os tipos de histórias
-
2:39 - 2:43de uma África pronta para assumir
a responsabilidade por si mesma, -
2:43 - 2:46e para procurar soluções
para seus próprios problemas. -
2:46 - 2:48Mas a narrativa está sendo desafiada agora
-
2:48 - 2:53porque o continente não
tem ido bem nos últimos dois anos. -
2:53 - 2:58Ele vinha crescendo 5% por ano
na última década e meia, -
2:58 - 3:01mas a previsão deste ano
foi de 3%. Por quê? -
3:01 - 3:05Em um ambiente global de incertezas,
os preços das commodities caíram. -
3:05 - 3:08Muitas das economias
ainda são impulsionadas por commodities, -
3:08 - 3:11e então seus desempenhos caíram.
-
3:11 - 3:15E agora a questão Brexit
não deixa as coisas mais fáceis. -
3:15 - 3:19Eu nunca soube que o Brexit
poderia acontecer -
3:19 - 3:24e ser uma das coisas que causaria
uma incerteza global como a que temos. -
3:24 - 3:27Então agora nós temos essa situação,
-
3:27 - 3:30e eu acredito que é hora
de fazer um balanço -
3:30 - 3:35e dizer quais foram as coisas certas
que os países africanos fizeram. -
3:35 - 3:37O que eles fizeram de errado?
-
3:37 - 3:39Como construir sobre tudo isso
e aprender lições -
3:39 - 3:42para manter a África ascendente?
-
3:43 - 3:46Então deixem-me falar de seis coisas
que acredito que fizemos certo. -
3:47 - 3:50A primeira é gerir melhor
nossas economias. -
3:50 - 3:54As décadas de 80 e 90 foram perdidas,
quando a África não estava indo bem, -
3:54 - 3:58e alguns de vocês irão se lembrar
de uma capa da "Economist" -
3:58 - 4:00que dizia: "O Continente Perdido".
-
4:00 - 4:04Mas nos anos 2000, os políticos aprenderam
-
4:04 - 4:08que eles precisavam gerir melhor
o ambiente macroeconômico, -
4:08 - 4:10para garantir estabilidade,
-
4:10 - 4:13manter a inflação baixa com só um dígito,
-
4:13 - 4:18manter seus déficits fiscais baixos,
abaixo dos 3% do PIB, -
4:18 - 4:22dar aos investidores,
tanto nacionais como estrangeiros, -
4:22 - 4:26alguma estabilidade para que haja
confiança para investir nessas economias. -
4:26 - 4:27Então esse foi o número um.
-
4:27 - 4:29Dois, débito.
-
4:29 - 4:34Em 1994, a relação dívida e PIB
dos países africanos era de 130%, -
4:34 - 4:37e eles não tinham espaço fiscal.
-
4:37 - 4:40Não podiam usar seus recursos
para investir em desenvolvimento, -
4:40 - 4:42porque estavam pagando dívidas.
-
4:42 - 4:46Talvez alguns nesta sala trabalharam
em apoio aos países africanos -
4:46 - 4:47para anular as dívidas.
-
4:47 - 4:52Então credores privados,
multilaterais e bilaterais se uniram -
4:52 - 4:55e decidiram fazer a iniciativa
Países Pobres Altamente Endividados -
4:55 - 4:57e dar a anulação da dívida.
-
4:57 - 4:59Essa anulação da dívida em 2005
-
4:59 - 5:03fez a relação débito e PIB
cair para cerca de 30%, -
5:03 - 5:07e houve recursos suficientes
para tentar reinvestir. -
5:07 - 5:09As empresas deficitárias
foram o terceiro ponto. -
5:09 - 5:13Os governos estavam envolvidos em negócios
nos quais não deveriam estar. -
5:13 - 5:17E eles estavam administrando empresas,
estavam gerando perdas. -
5:17 - 5:20Então algumas dessas empresas
foram reestruturadas, -
5:20 - 5:22comercializadas, privatizadas ou fechadas,
-
5:22 - 5:25e se tornaram uma carga
a menos para o governo. -
5:26 - 5:28A quarta questão foi interessante.
-
5:29 - 5:31A revolução das telecomunicações surgiu
-
5:32 - 5:34e os países africanos lançaram-se nela.
-
5:34 - 5:37Em 2000, nós tínhamos
11 milhões de linhas telefônicas. -
5:37 - 5:42Hoje, nós temos cerca de 687 milhões
de linhas móveis no continente. -
5:42 - 5:44E isso nos permitiu
-
5:44 - 5:49avançar com certa tecnologia móvel,
na qual a África está realmente liderando. -
5:49 - 5:52No Quênia, o desenvolvimento
do dinheiro móvel, -
5:52 - 5:55M-Pesa, que vocês já devem ter ouvido,
-
5:55 - 5:58levou algum tempo para o mundo perceber
que a África estava à frente -
5:58 - 6:00nesta tecnologia específica.
-
6:00 - 6:03E esse dinheiro móvel
também está fornecendo uma plataforma -
6:03 - 6:05para acesso de energia alternativa.
-
6:05 - 6:09Pessoas agora podem pagar
por energia solar -
6:09 - 6:13da mesma forma que pagam
por cartões para seus telefones. -
6:13 - 6:18Isso foi um desenvolvimento
muito bom, algo que deu certo. -
6:18 - 6:23Nós também investimos mais
em educação e saúde, não o suficiente, -
6:23 - 6:24mas houve algumas melhorias.
-
6:24 - 6:30Foram imunizadas 250 milhões de crianças
na última década e meia. -
6:31 - 6:34A outra questão foi
que conflitos diminuíram. -
6:34 - 6:37Havia muitos conflitos no continente;
muitos de vocês sabem disso. -
6:37 - 6:42Mas eles diminuíram, e nossos líderes
até conseguiram atenuar alguns golpes. -
6:42 - 6:46Novos tipos de conflito surgiram,
e vou mencioná-los mais tarde. -
6:46 - 6:50Assim, com base em tudo isso, há também
alguma diferenciação no continente -
6:50 - 6:51que eu quero que vocês saibam,
-
6:52 - 6:54porque mesmo com a destruição
e a melancolia aqui, -
6:54 - 6:58existem alguns países,
Costa do Marfim, Quênia, Etiópia, -
6:58 - 7:02Tanzânia e Senegal que estão indo
relativamente bem neste momento. -
7:03 - 7:05Mas o que fizemos de errado?
-
7:05 - 7:07Vou citar oito coisas.
-
7:07 - 7:09Temos que ter mais
erros do que acertos. -
7:09 - 7:10(Risos)
-
7:10 - 7:13Há oito coisas que fizemos de errado.
-
7:13 - 7:16A primeira foi que, embora nós crescemos,
não criamos empregos suficientes. -
7:17 - 7:19Não criamos empregos para a juventude.
-
7:19 - 7:22O desemprego de jovens no continente
é de cerca de 15%, -
7:22 - 7:25e subemprego é um problema sério.
-
7:25 - 7:31O segundo é que a qualidade do crescimento
não foi boa o suficiente. -
7:31 - 7:34Mesmo aqueles trabalhos que criamos
eram empregos de baixa produtividade, -
7:35 - 7:38então nós mudamos pessoas
da agricultura de baixa produtividade -
7:38 - 7:42para o comércio de baixa produtividade
e para o trabalho no setor informal -
7:42 - 7:44nas áreas urbanas.
-
7:44 - 7:48A terceira questão
foi que a desigualdade subiu. -
7:49 - 7:54Então criamos mais bilionários.
-
7:54 - 7:56Cinquenta bilionários
que valem US$ 96 milhões -
7:56 - 8:01possuem mais riqueza do que os 75 milhões
na camada inferior no continente. -
8:02 - 8:03A pobreza...
-
8:04 - 8:08a proporção de pessoas na pobreza,
que é o quarto ponto, tinha diminuído, -
8:08 - 8:12mas não os números absolutos,
por causa do crescimento da população. -
8:12 - 8:15E crescimento populacional é algo
-
8:15 - 8:18sobre o qual não temos dialogado
suficientemente no continente. -
8:18 - 8:21E eu acho que precisaremos
entender isso melhor, -
8:21 - 8:24especialmente em como educamos as meninas.
-
8:25 - 8:29Esse é o caminho para realmente
trabalharmos esta questão em particular. -
8:30 - 8:37O quinto ponto é que não investimos
o suficiente em infraestrutura. -
8:37 - 8:39Tivemos investimentos dos chineses
-
8:39 - 8:42que ajudaram alguns países,
mas não é suficiente. -
8:42 - 8:45O consumo de eletricidade
no continente africano, -
8:45 - 8:49na África subsaariana,
é equivalente ao da Espanha. -
8:49 - 8:52O consumo total
é equivalente ao da Espanha. -
8:53 - 8:55Então muitas pessoas
estão vivendo no escuro, -
8:55 - 8:59e como disse recentemente o presidente
do Banco Africano de Desenvolvimento, -
8:59 - 9:01a África não pode
se desenvolver no escuro. -
9:02 - 9:04Outra coisa que não fizemos
-
9:04 - 9:10é que nossas economias
mantêm a mesma estrutura -
9:10 - 9:11que temos há décadas.
-
9:11 - 9:13Então mesmo crescendo,
-
9:13 - 9:16a estrutura de nossas economias
não mudou muito. -
9:16 - 9:18Nós ainda estamos exportando commodities,
-
9:18 - 9:22e exportar commodities é o quê?
É exportar empregos. -
9:22 - 9:26Nosso valor agregado de fabricação
é de apenas 11%. -
9:26 - 9:30Não estamos criando trabalho na indústria
decente o suficiente para nossa juventude, -
9:30 - 9:33e o comércio entre nós mesmos é baixo.
-
9:33 - 9:36Apenas cerca de 12% do nosso comércio
é entre nós mesmos. -
9:36 - 9:39Então isso é um outro problema sério.
-
9:39 - 9:41Além da governança.
-
9:41 - 9:44A governança é um problema sério.
-
9:44 - 9:46Nós temos instituições fracas,
-
9:46 - 9:51e algumas vezes instituições inexistentes,
e acredito que isso dê espaço à corrupção. -
9:51 - 9:56Corrupção é um problema
com o qual ainda não lidamos bem -
9:56 - 9:59e temos que lutar com unhas e dentes.
-
9:59 - 10:02Isso e aumentar a transparência
que gerimos nossa economia -
10:02 - 10:05e a forma que gerimos nossas finanças.
-
10:05 - 10:10Devemos ter cautela com novos conflitos
-
10:10 - 10:11novos tipos de conflitos,
-
10:12 - 10:15como em Boko Haram
no meu país, Nigéria, -
10:15 - 10:17e com Al-Shabaab, no Quênia.
-
10:17 - 10:20Devemos formar parcerias internacionais,
-
10:20 - 10:25países desenvolvidos para luta conjunta,
senão cria-se uma nova realidade -
10:25 - 10:28que não é o tipo que queremos
para a África ascendente. -
10:28 - 10:32E finalmente, o assunto da educação.
-
10:32 - 10:35Nosso sistema educacional
está falido em muitos países. -
10:35 - 10:40Não estamos criando habilidades
necessárias para o futuro. -
10:40 - 10:43Então devemos encontrar
uma forma de educar melhor. -
10:43 - 10:46Essas são as coisas
que não estamos fazendo certo. -
10:46 - 10:49Agora, para onde vamos daqui?
-
10:49 - 10:54Eu acredito que o caminho a seguir
é o de aprender a gerir o sucesso. -
10:54 - 10:58Muitas vezes, quando pessoas
ou países triunfam -
10:58 - 11:01se esquecem o que os fizeram triunfar.
-
11:01 - 11:03Aprender no que você é bem-sucedido,
-
11:03 - 11:06administrar e manter o sucesso
é vital para nós. -
11:06 - 11:08Então tudo que disse que fizemos certo,
-
11:08 - 11:12temos que aprender
a continuar fazendo certo. -
11:12 - 11:15Gerir a economia bem,
criar estabilidade é vital, -
11:15 - 11:19corrigir os preços,
e consistência política. -
11:19 - 11:21Muitas vezes, não somos consistentes.
-
11:21 - 11:27Um regime sai, outro entra e joga fora
até políticas operantes que já estavam lá. -
11:27 - 11:28O que isso faz?
-
11:28 - 11:32Cria incerteza para pessoas,
famílias, e para os negócios; -
11:32 - 11:35eles não sabem se devem e como investir.
-
11:35 - 11:39Dívida: temos que gerenciar o sucesso
obtido na redução da nossa dívida, -
11:39 - 11:42mas os países estão fazendo
empréstimos de novo, -
11:42 - 11:45e vemos nossa relação
dívida e PIB começar a subir. -
11:45 - 11:49Em alguns países, dívidas tornam-se
um problema que devemos evitar. -
11:49 - 11:51Então gerir o sucesso.
-
11:51 - 11:55Próximo ponto é focar com um raio laser
as coisas que não fizemos bem. -
11:55 - 11:57Acima de tudo está a infraestrutura.
-
11:57 - 12:01Muitos países reconhecem
que devem investir nisso, -
12:01 - 12:04e estão tentando fazer
o melhor; nós devemos! -
12:04 - 12:06A coisa mais importante é energia.
-
12:06 - 12:09Não há desenvolvimento no escuro.
-
12:09 - 12:12E a governança e corrupção:
nós temos que lutar. -
12:12 - 12:15Precisamos tornar
nossos países transparentes. -
12:15 - 12:19E sobretudo, temos
que engajar nossa juventude. -
12:19 - 12:22Temos gênios em nossa juventude;
vejo isso todos os dias. -
12:22 - 12:26É o que me faz acordar de manhã
e me sentir pronta para sair. -
12:26 - 12:28Temos que libertar
o gênio de nossa juventude, -
12:28 - 12:32sair do caminho deles,
apoiá-los a criar, inovar e liderar. -
12:32 - 12:35E sei que eles vão nos conduzir
na direção certa. -
12:35 - 12:37E nossas mulheres e meninas:
-
12:37 - 12:41temos que reconhecer
que elas são um presente. -
12:41 - 12:44Elas têm força,
e devemos liberar essa força -
12:44 - 12:47para que elas possam
contribuir para o continente. -
12:47 - 12:51Eu acredito que ao fazer tudo isso
-
12:51 - 12:54descobrimos que a narrativa
da África ascendente -
12:54 - 12:56não é uma casualidade.
-
12:56 - 12:57É uma tendência.
-
12:58 - 13:02É uma tendência, e se continuarmos,
se libertarmos nossa juventude, -
13:02 - 13:05se libertarmos as mulheres,
podemos até às vezes dar um passo atrás, -
13:05 - 13:08podemos até dar um passo para o lado,
mas a tendência é clara. -
13:08 - 13:11A África vai continuar a ascender.
-
13:11 - 13:14E digo aos empresários na plateia:
-
13:14 - 13:18investimento na África
não é pra hoje nem pra amanhã; -
13:18 - 13:21não é algo em curto prazo,
mas em longo prazo. -
13:21 - 13:25Mas se não investirem na África,
então vocês estarão perdendo -
13:25 - 13:29uma das oportunidades emergentes
mais importantes no mundo. -
13:29 - 13:31Obrigada.
-
13:31 - 13:33(Aplausos)
-
13:39 - 13:42Kelly Stoetzel: Você mencionou
corrupção na palestra -
13:42 - 13:45e você é conhecida como uma forte
lutadora contra corrupção, -
13:45 - 13:48mas isso teve consequências.
-
13:48 - 13:51As pessoas reagiram,
sua mãe já foi sequestrada. -
13:51 - 13:53Como você tem lidado com isso?
-
13:53 - 13:55Ngozi Okonjo-Iweala: Tem sido difícil.
-
13:55 - 14:00Obrigada por mencionar
o sequestro da minha mãe. -
14:00 - 14:02É um assunto muito difícil.
-
14:02 - 14:06Mas significa que quando
lutamos contra a corrupção, -
14:06 - 14:10quando você mexe no bolso
de quem está roubando dinheiro, -
14:10 - 14:12eles não ficam simplesmente quietos.
-
14:12 - 14:15Eles contra-atacam, e a questão é
quando eles tentam te intimidar: -
14:15 - 14:19você desiste ou continua lutando?
-
14:19 - 14:22Você consegue continuar e reagir?
-
14:22 - 14:28A resposta de times com que trabalhei
é que devemos seguir lutando. -
14:28 - 14:30Precisamos criar instituições.
-
14:30 - 14:33Precisamos impedir essas pessoas
-
14:33 - 14:36de tirar o patrimônio do futuro.
-
14:36 - 14:38E isso foi o que fizemos.
-
14:38 - 14:42Mesmo fora do governo
deixamos isso claro. -
14:42 - 14:47Em nossos países, quem irá
combater a corrupção seremos nós. -
14:47 - 14:52E então, isso traz consequências,
e nós temos que fazer o melhor possível. -
14:52 - 14:55Mas eu agradeço a você
e ao TED por nos dar uma voz -
14:55 - 14:58para dizermos a essas pessoas
que elas não vencerão, -
14:58 - 15:01e não nos intimidaremos.
-
15:01 - 15:02Obrigada.
-
15:02 - 15:04(Aplausos)
- Title:
- Como a África pode continuar crescendo
- Speaker:
- Ngozi Okonjo-Iweala
- Description:
-
O crescimento africano é uma tendência, não uma casualidade, diz a economista e ex-ministra das Finanças da Nigéria Ngozi Okonjo-Iweala. Nesta palestra sincera, revigorante e direta, Okonjo-Iweala descreve o progresso positivo no continente e descreve oito desafios que as nações africanas ainda precisam resolver, a fim de criar um futuro melhor.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 15:23
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