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Bruce Schneier: A ilusão da segurança

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    Portanto, a segurança é duas coisas diferentes:
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    é um sentimento, e é uma realidade.
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    E elas são diferentes.
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    Vocês podem sentir-se seguros
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    mesmo que não o estejam.
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    E podem estar seguros
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    mesmo que não o sintam.
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    Na realidade, temos dois conceitos separados
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    presentes na mesma palavra.
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    E o que eu quero fazer nesta palestra
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    é separá-los --
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    descobrindo quando divergem
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    e como convergem.
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    E, a linguagem é um verdadeiro problema neste caso.
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    Não existem muitas palavras adequadas
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    para os conceitos de que vamos falar.
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    Portanto, se olharem para a segurança
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    em termos económicos,
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    é uma negociação.
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    Cada vez que têm alguma segurança,
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    estão sempre a trocá-la por algo.
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    Quer isto seja uma decisão pessoal --
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    quer vão instalar um sistema de alarme anti-roubos em vossa casa --
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    ou uma decisão nacional -- em que vão invadir algum país estrangeiro --
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    vão ter de negociar algo,
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    seja dinheiro, ou tempo, conveniência, capacidades.
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    talvez liberdades fundamentais.
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    E a questão a fazer quando pensam na segurança de qualquer coisa
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    não é se isto nos fará mais seguros,
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    mas se vale a pena a escolha.
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    Ouviram nos últimos anos,
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    que o mundo está mais seguro porque o Saddam Hussein não está no poder.
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    Isso pode ser verdade, mas não é terrivelmente relevante.
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    A questão é, valeu a pena?
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    Podem tomar a vossa própria decisão
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    e então vão decidir se a invasão valeu a pena.
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    É assim que pensam acerca de segurança --
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    em termos de escolhas.
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    Agora, muitas vezes não existe um certo e um errado.
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    Alguns de nós temos um sistema de alarme anti-roubo em casa,
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    e alguns de nós não tem.
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    E vai depender onde vivemos,
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    se moramos sozinhos ou temos uma família,
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    quantas coisas porreiras temos,
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    e quanto estamos dispostos a aceitar
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    o risco de roubo.
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    Também na política,
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    existem opiniões diferentes.
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    Muitas vezes, estas escolhas
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    são acerca de mais do que apenas a segurança,
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    e eu penso que isso é realmente importante.
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    Agora, as pessoas têm uma intuição natural
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    acerca destas escolhas.
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    Nós fazêmo-las todos os dias --
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    ontem à noite, no meu quarto de hotel,
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    quando decidi trancar a porta,
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    ou vocês, nos vossos carros, quando conduziram até aqui,
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    quando vamos almoçar
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    e decidimos que a comida não é veneno e que a vamos comer.
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    Nós fazemos estas escolhas uma e outra vez
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    múltiplas vezes por dia.
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    Muitas vezes, nem nos vamos aperceber delas.
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    Elas são apenas parte de estar vivo; todos nós as fazemos.
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    Todas as espécies o fazem.
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    Imaginem um coelho num campo, a comer erva,
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    e o coelho vê uma raposa.
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    O coelho vai fazer uma escolha de segurança:
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    "Deverei ficar, ou fugir?"
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    E se pensarem acerca disso,
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    os coelhos que são bons a fazerem essa escolha
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    tendem a viver e reproduzir-se
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    e os coelhos que são maus
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    vão ser comidos ou morrer de fome.
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    Portanto, vocês pensam
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    que nós, enquanto espécie bem sucedida no planeta --
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    vocês, eu, toda a gente --
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    seríamos realmente bons a fazer estas escolhas.
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    Contudo, parece, uma e outra vez,
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    que somos, desesperadamente, maus nisto.
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    E eu penso que esta é uma questão interessante e fundamental.
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    Vou-vos dar a resposta curta.
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    A resposta é, nós respondemos ao sentimento de segurança
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    e não à realidade.
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    Agora, na maioria do tempo, isso funciona.
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    Na maioria do tempo,
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    o sentimento e a realidade são o mesmo.
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    Isso é certamente verdade
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    para a maioria da pré-história humana.
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    Nós desenvolvemos esta capacidade
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    porque faz sentido evolutivamente.
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    Uma forma de pensar acerca disto
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    é que somos altamente optimizados
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    para decisões de risco
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    que são endémicas a viver em pequenos grupos familiares
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    nos planaltos do este de África em 100,000 A.C. --
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    2010 Nova Iorque, nem tanto.
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    Agora, existem vários enviesamentos na percepção de risco.
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    E muitas experiências boas acerca disto.
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    E podem ver certos enviesamentos que surgem uma e outra vez.
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    Portanto, vou-vos dar quatro.
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    Tendemos a exagerar os riscos espectaculares e raros
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    e subestimamos riscos comuns --
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    portanto, voar versus conduzir.
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    O desconhecido é percepcionado
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    como mais arriscado do que o familiar.
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    Um exemplo será
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    pessoas terem medo de raptos por estranhos,
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    quando a informação confirma que raptos por familiares é muito mais comum.
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    Isto para crianças.
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    Terceiro, riscos personificados
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    são percebidos como mais prováveis do que riscos anónimos --
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    portanto, o Bin Laden era ameaçador porque ele tem um nome.
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    E o quarto
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    é a subestima de riscos pelas pessoas
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    em situações que podem controlar
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    e a sobrestimação em situações que não controlam.
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    Assim, quando começam a fazer paraquedismo ou a fumar,
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    subestimam os riscos.
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    Se um risco é forçado sobre vós -- o terrorismo foi um bom exemplo --
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    vão sobrestimá-lo, porque não sentem que é do vosso controlo.
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    Existe uma variedade de outros enviesamentos destes, destes erros cognitivos,
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    que afectam as nossas decisões de risco.
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    Existe a heurística da disponibilidade,
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    que basicamente quer dizer que
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    avaliamos a probabilidade de algo
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    conforme a facilidade mental de aceder à informação acerca disso.
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    Por isso, podem imaginar como funciona.
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    Se ouvirem muita informação acerca de ataques de tigres, têm de haver muitos tigres nas redondezas.
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    Não ouvem acerca de ataques de leões, não existem muitos leões pela área.
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    Isto funciona inventarem os jornais.
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    Porque o que os jornais fazem
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    é repetir vez após vez
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    os riscos raros.
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    Eu digo às pessoas, se está nas notícias, não se preocupem acerca disso.
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    Porque, por definição,
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    as notícias são algo que quase nunca acontece.
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    (risos)
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    Quando algo é muito comum, já não é notícia --
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    acidentes de carros, violência doméstica --
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    esses são os riscos com que se devem preocupar.
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    Nós também somos uma espécie de contadores de histórias.
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    Nós respondemos mais a histórias do que a informação.
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    E existe alguma incapacidade matemática.
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    Quer dizer, a piada "Um, dois, três, muitos" está, de certa forma, correcta.
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    Nós somos muitos bons com números pequenos.
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    Uma manda, duas mangas, três mangas,
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    10,000 mangas, 100,000 mangas --
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    são muito mais mangas do que as que conseguem comer antes de apodrecerem.
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    Por isso, uma metade, um quarto, um quinto -- somos bons nisso.
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    Um num milhão, um num bilião --
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    não existem quase nunca.
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    Por isto temos problemas com riscos
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    que não são muitos comuns.
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    E o que fazem esses enviesamentos cognitivos
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    é agir como filtros entre nós e a realidade.
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    E o resultado é que
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    o sentimento e a realidade se tornam discrepantes
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    se tornam diferentes.
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    E ou têm uma sensação -- sentem-se mais seguros que dantes.
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    Existe um falso sentimento de segurança.
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    Ou [têm o sentimento] oposto,
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    e esse é o falso sentimento de insegurança.
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    Eu escrevo muito acerca do "teatro de segurança",
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    que são produtos que fazem as pessoas sentirem-se seguras
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    mas que, na realidade, não fazem nada.
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    Não existem uma palavra real para as coisas que nos fazem seguros,
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    mas que não nos fazem sentir seguros.
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    Talvez seja isso o que a CIA faz supostamente por nós.
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    Portanto, de volta à economia.
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    Se a economia, se os mercados, impulsionam segurança,
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    e se as pessoas fazem escolhas
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    baseadas nos sentimentos de segurança,
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    então, a coisa mais acertada para as companhias fazerem
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    para os incentivos económicos
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    é fazer as pessoas sentirem-se seguras.
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    E existem duas formas de fazer isto.
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    Uma, podem fazer as pessoas sentirem-se realmente seguras
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    e esperar que elas reparem.
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    Ou a segunda, podem fazer simplesmente as pessoas sentirem-se seguras
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    e esperar que não reparem.
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    E o que faz as pessoas repararem?
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    Bem, um conjunto de coisas:
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    compreensão da segurança,
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    dos riscos, das ameaças,
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    das medidas de combate, como funcionam.
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    Mas se souberem coisas,
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    é mais fácil que os vossos sentimentos coincidam com a realidade.
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    Exemplos suficientes do mundo real ajudam.
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    Todos sabemos a taxa de criminalidade do nosso bairro,
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    porque vivemos aí, e temos um sentimento acerca disso
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    que, praticamente, coincide com a realidade.
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    Os teatros de segurança são expostos
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    quando é óbvio que não estão a funcionar apropriadamente.
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    Okay, portando, o que acontece quando as pessoas não reparam?
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    Bem, um entendimento fraco.
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    Se não compreenderem os riscos, não entendem os custos,
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    e são capazes de fazer a escolha errada,
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    e o vosso sentimento não coincide com a realidade.
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    Não há exemplos suficientes.
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    Existe um problema inerente
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    com eventos com baixa probabilidade.
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    Se, por exemplo,
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    o terrorismo quase nunca ocorre,
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    é muito difícil de avaliar
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    a eficácia de medidas contra-terroristas.
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    Este é o porquê de continuarem a sacrificar virgens,
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    e porque as vossas defesas de unicórnios funcionam muito bem.
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    Não existem exemplos suficientes de falhas.
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    Para além disso, sentimentos que abafam os problemas --
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    os enviasamentos cognitivos de que falámos antes,
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    os medos, as crenças populares,
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    basicamente, um modelo inadequado da realidade.
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    Deixem-me complicar as coisas.
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    Eu tenho sentimento e realidade.
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    Eu quero adicionar um terceiro elemento. Eu quero adicionar um modelo.
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    O sentimento e o modelo [estão] na nossa cabeça,
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    a realidade é o mundo exterior.
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    Não muda; é real.
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    Portanto, o sentimento é baseado na nossa intuição.
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    O modelo é baseado na razão.
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    Essa é a diferença fundamental.
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    Num mundo primitivo e simples,
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    não existem motivos para [a existência] de um modelo.
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    Porque o sentimento está próximo da realidade.
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    Não precisam de um modelo.
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    Mas num mundo moderno e complexo,
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    precisam de modelos
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    para compreender os riscos com que nos defrontamos.
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    Não existem sentimentos em relação a germes.
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    Precisam do modelo para os compreender.
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    Este modelo
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    é uma representação inteligente da realidade.
  • 9:37 - 9:40
    É, obviamente, limitado pela ciência,
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    pela tecnologia.
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    Não podíamos ter uma teoria de doenças de germes
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    antes de inventarmos o microscópio para os ver.
  • 9:49 - 9:52
    É limitado pelos nossos vieses cognitivos.
  • 9:52 - 9:54
    Mas tem a capacidade
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    de se sobrepôr aos nossos sentimentos.
  • 9:56 - 9:59
    Onde aprendemos estes modelos? Aprendêmo-los dos outros.
  • 9:59 - 10:02
    Aprendemo-los da religião, cultura,
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    professores, anciãos.
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    Há alguns anos,
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    estava num safari na África do Sul.
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    O batedor com quem estava tinha crescido no Parque Nacional de Kruger.
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    Ele tinha alguns modelos muito complexos acerca de como sobreviver.
  • 10:14 - 10:16
    E dependiam se eram atacados
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    por um leão, ou um leopardo, ou um rinoceronte, ou um elefante --
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    e sobre quando tinham de correr, e quando tinham de subir a uma árvora --
  • 10:21 - 10:23
    quando nunca podiam subir a uma árvore.
  • 10:23 - 10:26
    Eu teria morrido nesse dia,
  • 10:26 - 10:28
    mas ele tinha nascido ali,
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    e ele compreendia como sobreviver.
  • 10:30 - 10:32
    Eu nasci na cidade de Nova Iorque.
  • 10:32 - 10:35
    Eu poderia tê-lo levado a Nova Iorque, e ele teria morrido nesse dia.
  • 10:35 - 10:37
    (risos)
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    Porque tínhamos modelos diferentes
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    baseados nas nossas diferenças.
  • 10:43 - 10:45
    Os modelos podem vir dos meios de comunicação,
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    dos nossos oficiais elegidos.
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    Pensem em modelos de terrorismo,
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    rapto infantil,
  • 10:54 - 10:56
    segurança aérea, segurança automóvel.
  • 10:56 - 10:59
    Os modelos podem vir da indústria.
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    Os dois que eu sigo são as câmaras de vigilância,
  • 11:01 - 11:03
    cartões de identificação,
  • 11:03 - 11:06
    bastantes dos nossos modelos de segurança computacional vêm daí.
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    Muitos dos modelos vêm da ciência.
  • 11:09 - 11:11
    Os modelos de saúde são exemplos excelentes.
  • 11:11 - 11:14
    Pensem em cancro, em gripe das aves, gripe suína, o vírus SARS.
  • 11:14 - 11:17
    Todos os nossos sentimentos de segurança
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    acerca dessas doenças
  • 11:19 - 11:21
    vêm de modelos
  • 11:21 - 11:24
    que nos são dados, na realidade, pela ciência filtrada pelos meios de comunicação.
  • 11:25 - 11:28
    Por isso, os modelos podem mudar.
  • 11:28 - 11:30
    Os modelos não são estáticos.
  • 11:30 - 11:33
    À medida que nos tornamos mais confortáveis nos nossos ambientes,
  • 11:33 - 11:37
    o nosso modelo pode tornar-se mais próximo dos nossos sentimentos.
  • 11:38 - 11:40
    Por isso, um exemplo pode ser,
  • 11:40 - 11:42
    se voltarem atrás no tempo 100 anos
  • 11:42 - 11:45
    quando a electricidade ainda se estava a tornar comum,
  • 11:45 - 11:47
    existiam muitos medos acerca disso.
  • 11:47 - 11:49
    Quer dizer, havia pessoas que tinham medo de tocar à campainha,
  • 11:49 - 11:52
    porque existia ali electricidade, e era perigoso.
  • 11:52 - 11:55
    Para nós, somos bastante condescendentes em relação à electricidade.
  • 11:55 - 11:57
    Nós mudamos lâmpadas
  • 11:57 - 11:59
    sem sequer pensar nisso
  • 11:59 - 12:03
    O nosso modelo de segurança acerca da electricidade
  • 12:03 - 12:06
    é algo para o qual nascemos.
  • 12:06 - 12:09
    Não mudou enquanto crescíamos.
  • 12:09 - 12:12
    E somos bons nele.,
  • 12:12 - 12:14
    Ora, pensem nos riscos
  • 12:14 - 12:16
    na Internet entre gerações --
  • 12:16 - 12:18
    como os vossos pais lidavam com a segurança da Internet,
  • 12:18 - 12:20
    versus, como vocês o fazem,
  • 12:20 - 12:23
    versus como os vossos filhos vão lidar.
  • 12:23 - 12:26
    Os modelos acabam por se dissolver.
  • 12:27 - 12:30
    Intuitivo é apenas outra palavra para familiar.
  • 12:30 - 12:32
    Quando o nosso modelo é próximo da realidade,
  • 12:32 - 12:34
    e converge com os sentimentos,
  • 12:34 - 12:37
    vocês raramente se apercebem que ele lá está.
  • 12:37 - 12:39
    Um bom exemplo disto
  • 12:39 - 12:42
    veio o ano passado com a gripe suína.
  • 12:42 - 12:44
    Quando a gripe suína apareceu,
  • 12:44 - 12:48
    as notícias iniciais causaram muitas reacções excessivas.
  • 12:48 - 12:50
    Tinha um nome,
  • 12:50 - 12:52
    o que a fazia mais assustadora que a gripe comum,
  • 12:52 - 12:54
    apesar desta ser mais mortal.
  • 12:54 - 12:58
    E as pessoas pensavam que os médicos deveriam saber lidar com ela.
  • 12:58 - 13:00
    Por isso existia um sentimento de falta de controlo.
  • 13:00 - 13:02
    E essas duas coisas
  • 13:02 - 13:04
    tornaram o risco mais do que ele era.
  • 13:04 - 13:07
    Quando a novidade se desvaneceu, os meses passaram,
  • 13:07 - 13:09
    existia uma quantidade de tolerância,
  • 13:09 - 13:11
    as pessoas habituaram-se.
  • 13:11 - 13:14
    Não existia informação nova, mas existia menos medo.
  • 13:14 - 13:16
    No Outono,
  • 13:16 - 13:18
    as pessoas pensaram
  • 13:18 - 13:20
    que os médicos já deveriam ter resolvido isto.
  • 13:20 - 13:22
    E existe uma espécie de bifurcação --
  • 13:22 - 13:24
    as pessoas tinham de escolher
  • 13:24 - 13:28
    entre o medo e a aceitação --
  • 13:28 - 13:30
    ter medo ou indiferença --
  • 13:30 - 13:33
    elas escolheram suspeita.
  • 13:33 - 13:36
    E quando a vacina surgiu o Inverno passado,
  • 13:36 - 13:39
    existiu uma grande quantidade de pessoas - um número surpreendente -
  • 13:39 - 13:42
    que se recusaram a recebê-la -
  • 13:43 - 13:45
    é um bom exemplo
  • 13:45 - 13:48
    que como os sentimentos de segurança das pessoas mudam, como os seus modelos mudam
  • 13:48 - 13:50
    de forma rompante
  • 13:50 - 13:52
    sem nova informação,
  • 13:52 - 13:54
    sem novo dado.
  • 13:54 - 13:57
    Este tipo de evento acontece frequentemente.
  • 13:57 - 14:00
    Vou-vos mostrar mais uma complicação.
  • 14:00 - 14:03
    nós temos sentimento, modelo, realidade.
  • 14:03 - 14:05
    Eu tenho uma visão muito relativista da segurança.
  • 14:05 - 14:08
    Eu penso que depende do observador.
  • 14:08 - 14:10
    E a maioria das decisões de segurança
  • 14:10 - 14:14
    têm uma variedade de pessoas envolvidas.
  • 14:14 - 14:16
    E os responsáveis
  • 14:16 - 14:19
    com vista em trocas específicas
  • 14:19 - 14:21
    vão tentar influenciar a decisão.
  • 14:21 - 14:23
    E eu exponho os seus planos.
  • 14:23 - 14:25
    E vocês vêem os seus planos --
  • 14:25 - 14:28
    isto é marketing, isto é política --
  • 14:28 - 14:31
    tentar convencer-vos a aceitar um modelo versus outro,
  • 14:31 - 14:33
    tentar convencer-vos a ignorar um modelo
  • 14:33 - 14:36
    a confiar nos vossos sentimentos,
  • 14:36 - 14:39
    marginalizando pessoas com modelos que vocês não gostam.
  • 14:39 - 14:42
    Isto não é invulgar.
  • 14:42 - 14:45
    Um exemplo, um óptimo exemplo, é o risco de fumar.
  • 14:46 - 14:49
    Na história dos últimos 50 anos, o risco de fumar
  • 14:49 - 14:51
    demonstra como um modelo muda,
  • 14:51 - 14:54
    e também demonstra como uma indústria luta contra
  • 14:54 - 14:56
    um modelo de que não gosta.
  • 14:56 - 14:59
    Comparem isso com o debate de fumo em segunda mão --
  • 14:59 - 15:02
    está provavelmente atrasado 20 anos.
  • 15:02 - 15:04
    Pensem acerca dos cintos de segurança.
  • 15:04 - 15:06
    Quando eu era criança, ninguém usava cinto de segurança.
  • 15:06 - 15:08
    Hoje em dia, nenhum miúdo vos deixa conduzir
  • 15:08 - 15:10
    se não estiverem a usar cinto de segurança.
  • 15:11 - 15:13
    Comparem isso ao debate acerca do airbag --
  • 15:13 - 15:16
    provavelmente atrasado 30 anos.
  • 15:16 - 15:19
    Todos são exemplos de modelos em mudança.
  • 15:21 - 15:24
    O que nós aprendemos é que mudar modelos é difícil.
  • 15:24 - 15:26
    É difícil desinstalar modelos
  • 15:26 - 15:28
    se eles coincidem com os nossos sentimentos.
  • 15:28 - 15:31
    Vocês nem sequer sabem que têm um modelo.
  • 15:31 - 15:33
    E existe outro erro cognitivo
  • 15:33 - 15:35
    vou-lhe chamar enviusamento confirmatório,
  • 15:35 - 15:38
    no qual tendemos a aceitar informação
  • 15:38 - 15:40
    que confirma as nossas crenças
  • 15:40 - 15:43
    e rejeita informação que contradiz aquilo em que acreditamos.
  • 15:44 - 15:46
    Portanto, provas contra o nosso modelo,
  • 15:46 - 15:49
    nós iremos, provavelmente, ignorar, mesmo que seja convincente.
  • 15:49 - 15:52
    Tem de se tornar muito convincente para nós lhe prestarmos atenção.
  • 15:53 - 15:55
    Os novos modelos que se estendem por largos periodo de tempo são difíceis.
  • 15:55 - 15:57
    O aquecimento global é um óptimo exemplo.
  • 15:57 - 15:59
    Nós somos terríveis
  • 15:59 - 16:01
    com modelos que se estendem por 80 anos.
  • 16:01 - 16:03
    nós podemos tratar da próxima ceifa.
  • 16:03 - 16:06
    Nós podemos frequentemente pensar até quando os nossos filhos crescem.
  • 16:06 - 16:09
    Mas 80 anos, nós simplesmente não somos bons [a pensar nisso].
  • 16:09 - 16:12
    Portanto, é um modelo muito difícil de aceitar.
  • 16:12 - 16:16
    Nós podemos ter os dois modelos simultaneamente na nossa mente,
  • 16:16 - 16:19
    ou esse tipo de problema
  • 16:19 - 16:22
    em que estamos a manter as duas crenças em conjunto,
  • 16:22 - 16:24
    ou a dissonância cognitiva.
  • 16:24 - 16:26
    Eventualmente,
  • 16:26 - 16:29
    o novo modelo irá substituir o velho modelo.
  • 16:29 - 16:32
    Sentimentos fortes podem criar um modelo.
  • 16:32 - 16:35
    O 11 de Setembro criou um modelo de segurança
  • 16:35 - 16:37
    em muitas mentes.
  • 16:37 - 16:40
    Também experiências pessoais com crime o podem fazer,
  • 16:40 - 16:42
    sustos com saúde pessoal,
  • 16:42 - 16:44
    um susto nas notícias relacionado com a saúde.
  • 16:44 - 16:46
    Verão estes eventos chamados flashes
  • 16:46 - 16:48
    pelos psiquiatras.
  • 16:48 - 16:51
    Eles podem criar um modelo instantaneamente
  • 16:51 - 16:54
    porque são tão emocionais.
  • 16:54 - 16:56
    Por isso, num mundo tecnológico,
  • 16:56 - 16:58
    nós não temos experiência
  • 16:58 - 17:00
    em avaliar modelos.
  • 17:00 - 17:02
    E confiamos nos outros. Nós confiamos nas vias de informação.
  • 17:02 - 17:06
    Quero dizer, isto funciona desde que seja para corrigir outros.
  • 17:06 - 17:08
    Nós confiamos em agências governamentais
  • 17:08 - 17:13
    que nos dizem quais farmacêuticas são seguras.
  • 17:13 - 17:15
    Eu voei para cá ontem.
  • 17:15 - 17:17
    Eu não verifiquei [o estado] do avião.
  • 17:17 - 17:19
    Eu confiei noutro grupo
  • 17:19 - 17:22
    para determinar se era seguro voar no meu avião.
  • 17:22 - 17:25
    Nós estamos aqui, nenhum de nós tem medo que o teto vá colapsar sobre nós,
  • 17:25 - 17:28
    não porque verificámos,
  • 17:28 - 17:30
    mas porque temos bastante certeza
  • 17:30 - 17:33
    que as normas de construção aqui são boas.
  • 17:33 - 17:35
    É um modelo que, basicamente, aceitamos
  • 17:35 - 17:37
    por fé.
  • 17:37 - 17:40
    E isso está bem.
  • 17:42 - 17:44
    Agora, o que queremos
  • 17:44 - 17:46
    é que as pessoas se sintam suficientemente familiarizadas
  • 17:46 - 17:48
    com modelos melhores --
  • 17:48 - 17:50
    que isso se reflicta nos seus sentimentos --
  • 17:50 - 17:54
    e lhes permita fazer escolhas de segurança.
  • 17:54 - 17:56
    Porque quando estes se distanciam
  • 17:56 - 17:58
    têm duas opções:
  • 17:58 - 18:00
    uma, podem corrigir os sentimentos das pessoas,
  • 18:00 - 18:02
    apelar directamente aos sentimentos.
  • 18:02 - 18:05
    É manipulação, mas pode funcionar.
  • 18:05 - 18:07
    a segundo forma, mais honesta
  • 18:07 - 18:10
    é corrigir o próprio modelo.
  • 18:11 - 18:13
    A mudança acontece lentamente.
  • 18:13 - 18:16
    O debate acerca do tabaco demorou 40 anos,
  • 18:16 - 18:19
    e esse foi um fácil.
  • 18:19 - 18:21
    Algumas coisas são difíceis.
  • 18:21 - 18:23
    Eu quero dizer, realmente
  • 18:23 - 18:25
    a informação parece ser a nossa maior esperança
  • 18:25 - 18:27
    E eu menti.
  • 18:27 - 18:29
    Lembram-se quando eu disse que sentimento, modelo, realidade.
  • 18:29 - 18:32
    Eu disse que a realidade não muda. Na realidade muda.
  • 18:32 - 18:34
    Nós vivemos num mundo tecnológico;
  • 18:34 - 18:37
    a realidade muda a toda a hora.
  • 18:37 - 18:40
    Portanto podemos ter -- pela primeira vez na [história] da nossa espécie --
  • 18:40 - 18:43
    sentimentos que perseguem modelos, modelos perseguem realidade, e a realidade a mudar --
  • 18:43 - 18:46
    podem nunca se vir a alcançar.
  • 18:47 - 18:49
    Nós não sabemos.
  • 18:49 - 18:51
    Mas a longo prazo
  • 18:51 - 18:54
    sentimentos e realidade são importantes.
  • 18:54 - 18:57
    E eu quero acabar com duas histórias rápidas para ilustrar estes pontos.
  • 18:57 - 18:59
    1982 -- Eu não sei se vocês se vão lembrar disto --
  • 18:59 - 19:02
    houve uma curta epidemia
  • 19:02 - 19:04
    de envenenamento por Tylenol nos Estados Unidos.
  • 19:04 - 19:07
    Foi uma história horrível. Alguém pegou numa garrafa de Tylenol,
  • 19:07 - 19:10
    colocou veneno, fechou-a, pô-la novamente na estante.
  • 19:10 - 19:12
    Outra pessoa comprou-a e morreu.
  • 19:12 - 19:14
    Isto aterrorizou as pessoas.
  • 19:14 - 19:16
    Houve alguns ataques de imitadores.
  • 19:16 - 19:19
    Não existia nenhum risco real, mas as pessoas estavam assustadas.
  • 19:19 - 19:21
    E é por isto
  • 19:21 - 19:23
    que a indústria de produtos farmacêuticos invioláveis foi inventada.
  • 19:23 - 19:25
    Essas tampas invioláveis, que advieram disto.
  • 19:25 - 19:27
    É absolutamente teatro de segurança.
  • 19:27 - 19:29
    Como trabalho de casa, pensem em 10 formas de contorná-las.
  • 19:29 - 19:32
    Eu dou-vos uma, uma seringa.
  • 19:32 - 19:35
    Mas fez as pessoas sentirem-se melhor.
  • 19:35 - 19:37
    Fez com que os seus sentimentos de segurança
  • 19:37 - 19:39
    coincidissem mais com a realidade.
  • 19:39 - 19:42
    Última história, há alguns anos, uma amiga minha deu à luz.
  • 19:42 - 19:44
    Eu visitei-a no hospital.
  • 19:44 - 19:46
    Acontece que, hoje em dia, quando o bebé nasce,
  • 19:46 - 19:48
    eles colocam uma pulseira RFID no bebé,
  • 19:48 - 19:50
    e colocam a pulseira correspondente na mãe.
  • 19:50 - 19:52
    Por isso, se alguém, que não a mãe, levar o bebé para fora da maternidade,
  • 19:52 - 19:54
    o alarme dispara.
  • 19:54 - 19:56
    Eu disse, "Bem, isso é porreiro.
  • 19:56 - 19:58
    Eu interrogo-me quão frequente são raptos de bebés
  • 19:58 - 20:00
    dos hospitais."
  • 20:00 - 20:02
    Eu chego a casa, e procuro.
  • 20:02 - 20:04
    Praticamente nunca acontece.
  • 20:04 - 20:06
    Mas se pensarem no assunto,
  • 20:06 - 20:08
    se forem um hospital,
  • 20:08 - 20:10
    e precisam de levar o bebé para longe da mãe,
  • 20:10 - 20:12
    para fora do quarto para efectuar alguns testes,
  • 20:12 - 20:14
    é melhor que tenham alguns adereços de segurança,
  • 20:14 - 20:16
    ou ela vai-vos arrancar o braço.
  • 20:16 - 20:18
    (risos)
  • 20:18 - 20:20
    Por isso, isto é importante para nós,
  • 20:20 - 20:22
    aqueles que desenvolvem segurança,
  • 20:22 - 20:25
    que investigam normas de segurança,
  • 20:25 - 20:27
    ou que até investigam normas públicas
  • 20:27 - 20:29
    de formas que afectam a segurança.
  • 20:29 - 20:32
    Não é apenas a realidade, é o sentimento e a realidade.
  • 20:32 - 20:34
    O que é importante
  • 20:34 - 20:36
    é que coincidam mais ou menos.
  • 20:36 - 20:38
    é importante porque, se os nossos sentimentos coincidirem com a realidade,
  • 20:38 - 20:40
    nós fazemos melhores escolhas de segurança.
  • 20:40 - 20:42
    Obrigado.
  • 20:42 - 20:44
    (Aplausos)
Title:
Bruce Schneier: A ilusão da segurança
Speaker:
Bruce Schneier
Description:

O sentimento de segurança e a realidade da segurança nem sempre estão de acordo, diz o perito em segurança de computadores Bruce Schneier. Na TEDxPSU, ele explica porque gastamos biliões a responder a riscos de histórias jornalísticas, como o novo "teatro de segurança", que se encontra agora no seu aeroporto local, enquanto negligenciamos riscos mais prováveis de ocorrer -- e como podemos quebrar este padrão.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
20:44
Gabriela Matias added a translation

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