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Bruce Schneier: A segurança como miragem

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    Segurança são duas coisas diferentes:
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    sensação, e realidade.
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    E elas são de fato diferentes.
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    Vocês podem se sentir seguros
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    mesmo que não estejam.
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    E podem estar seguros
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    mesmo que não sintam essa segurança.
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    Temos então dois conceitos distintos
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    representados por uma só palavra.
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    E o que quero fazer nesta palestra
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    é separar um do outro --
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    compreendendo quando eles divergem
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    e como convergem.
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    E a linguagem aqui torna-se um problema.
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    Não existem muitas palavras adequadas
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    para os conceitos sobre os quais falaremos.
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    Assim, se olharem para a segurança
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    do ponto de vista econômico,
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    ela é uma negociação.
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    Toda vez que vocês obtêm alguma segurança,
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    estão sempre negociando alguma coisa.
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    Seja por uma decisão pessoal --
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    ao instalarem um alarme contra roubo em suas casas --
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    ou por uma decisão nacional -- ao invadirem um país estrangeiro --
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    vocês vão trocar uma coisa por outra,
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    seja dinheiro, tempo, comodidade, potencialidades,
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    talvez liberdades essenciais.
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    E a pergunta a fazer quando consideramos a segurança de qualquer coisa
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    não é se isto nos tornará mais seguros,
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    mas se essa troca valerá a pena.
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    Nos últimos anos vocês têm ouvido falar
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    que o mundo está mais seguro porque Saddan Hussein não está no poder.
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    Talvez seja verdade, mas isto não é extremamente relevante.
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    A pergunta é: valeu a pena?
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    Vocês podem tomar uma decisão,
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    e depois refletirem se a invasão valeu a pena.
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    É assim que pensam sobre segurança --
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    do ponto de vista da negociação.
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    Geralmente, nesse caso, não há certo ou errado.
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    Alguns de nós temos sistema de alarme contra roubo em casa,
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    outros não.
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    Isso depende de onde moramos,
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    se vivemos sozinhos ou temos família,
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    da quantidade de bens materiais que possuímos,
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    ou até que ponto estamos dispostos a aceitar
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    o risco de sermos roubados.
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    Na politica também
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    existem opiniões diferentes.
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    Muitas vezes, essas negociações
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    representam muito mais do que segurança apenas.
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    E acho que isso é muito importante.
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    As pessoas hoje têm uma intuição natural
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    sobre essas negociações.
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    Fazemos isso todos os dias --
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    a noite passada no quarto do hotel,
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    quando decidi dar duas voltas na chave do quarto,
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    ou vocês, quando vieram para cá de carro,
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    quando vamos almoçar
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    e decidimos comer porque a comida não é veneno.
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    Fazemos concessões repetidas vezes,
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    várias vezes ao dia.
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    Às vezes nem percebemos.
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    Isso quer dizer que estamos vivos; todos nós fazemos isso.
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    Todas as espécies fazem.
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    Imaginem um coelho num campo, comendo grama,
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    e esse coelho avista uma raposa.
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    Ele vai tomar decisões para sua segurança.
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    "Devo ficar, ou fugir?"
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    Se vocês pararem para pensar,
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    os coelhos que são bons em tomar decisões
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    tenderão a viver e a se reproduzir,
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    enquanto aqueles que são ruins nisso
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    serão devorados ou morrerão de fome.
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    Então vocês hão de pensar
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    que nós, como a espécie evoluída do planeta --
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    vocês, eu, todos nós --
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    seríamos muito bons em sacrificar uma coisa por outra.
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    No entanto parece, mais uma vez,
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    que somos irremediavelmente ruins nisso.
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    E acho que essa é uma questão bastante interessante.
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    Vou dar-lhes uma resposta em breves palavras.
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    Na verdade, reagimos à sensação de segurança,
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    e não àquilo que é real.
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    O que, na maioria das vezes, funciona.
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    Muitas vezes,
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    sensação e realidade são a mesma coisa.
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    Isso certamente é verdade
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    para a maior parte da humanidade na pré-história.
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    Desenvolvemos esta habilidade
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    porque obedece à lógica evolutiva.
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    Uma forma de entender isso
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    é que somos altamente desenvolvidos
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    para tomar decisões de risco
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    que são endêmicas à vida em pequenos grupos familiares
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    nas terras altas do Leste Africano em 100.000 a.C. --
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    já em Nova York em 2010, nem tanto.
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    Existem várias distorções na percepção do que é um risco.
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    Há muitas experiências enriquecedoras neste sentido.
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    E vocês podem entender certas distorções que aparecem repetidas vezes.
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    E vou citar quatro delas.
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    Tendemos a agigantar riscos tremendos e raros
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    e a minimizar riscos comuns --
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    como andar de avião e andar de carro.
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    O desconhecido é considerado
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    mais arriscado do que o que é familiar.
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    Um exemplo disso seria
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    o medo que as pessoas têm de serem sequestradas por estranhos,
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    enquanto os dados apontam que é mais comum o sequestro por parentes.
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    Isto, em se tratando de crianças.
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    A terceira distorção seria os riscos personificados
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    que são considerados maiores do que os anônimos --
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    desse jeito, Bin Laden é mais medonho porque tem um nome.
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    E a quarta,
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    é quando as pessoas subestimam os riscos
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    em situações que podem ser controladas
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    e os supervalorizam em situações de difícil controle.
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    Uma vez que vocês resolvem fazer um salto em queda livre ou fumar,
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    estão menosprezando os riscos.
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    E se são submetidos a algum risco -- o terrorismo foi um bom exemplo --
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    vão supervalorizá-lo, porque acham que está fora de seu controle.
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    Há uma série de outras distorções, chamadas cognitivas,
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    que afetam nossas decisões em relação aos riscos.
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    Como a heurística de disponibilidade,
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    que basicamente significa
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    que nós calculamos a probabilidade de alguma coisa
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    pela sua facilidade em trazer alternativas à nossa mente.
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    Então vocês podem imaginar como isso funciona.
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    Se vocês ouvem falar muito sobre ataques de tigres, é porque existem muitos deles ao seu redor.
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    Se não ouvem falar de ataques de leões, então não existem leões à solta.
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    Isto funcionava antes da invenção dos jornais.
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    Porque o que eles fazem
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    é repetir várias vezes
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    riscos incomuns.
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    É o que sempre digo, se está nos noticiários, não se preocupem.
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    Já que, por definição,
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    notícias de jornal quase sempre são falsas.
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    (Risos)
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    Quando um fato é muito comum, deixa de estar nos noticiários --
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    acidentes de carro, violência doméstica --
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    esses são os riscos com os quais têm que se preocupar.
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    Somos uma espécie de contadores de histórias.
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    Respondemos a histórias mais do que aos dados.
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    E existe a questão da quantidade.
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    Isso significa que a brincadeira "Um, Dois, Três, um Montão" faz sentido.
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    Somos muito bons em números pequenos.
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    1 manga, 2 mangas, 3 mangas,
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    10.000 mangas, 100.000 mangas --
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    são ainda mais mangas a comer antes de apodrecer.
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    Assim 1/2, 1/4, 1/5 - somos bons nisso.
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    1 em um milhão, 1 em um bilhão --
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    significam quase nunca.
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    Da mesma forma temos problemas com os riscos
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    que não são muito comuns.
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    E o que essas distorções cognitivas fazem
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    é agir como filtros entre nós e a realidade.
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    E o resultado
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    é que sensação e realidade ficam desequilibradas,
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    ficam diferentes.
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    Neste caso, ou vocês têm uma sensação -- se sentem mais seguros do que estão.
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    Existe uma falsa sensação de segurança.
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    Ou ao contrário,
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    ou seja, uma falsa sensação de insegurança.
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    Escrevo muito sobre "teatro de segurança,"
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    que são produtos que fazem as pessoas se sentirem seguras,
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    mas que na verdade não fazem nada disso.
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    Não existe uma palavra para definir aquilo que nos torna seguros,
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    mas não nos faça sentir seguros.
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    Talvez seja isso que a CIA tenha que fazer por nós.
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    Mas voltemos à economia.
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    Se a economia, ou o mercado, transmite segurança,
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    e se as pessoas fazem sacrifícios
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    baseadas na sensação de segurança,
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    então a medida mais inteligente a ser tomada pelas companhias
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    em favor dos incentivos econômicos
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    é fazer com que as pessoas se sintam seguras.
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    E existem dois caminhos para chegar a isto.
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    Primeiro, podemos tornar as pessoas verdadeiramente seguras
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    e ter a esperança de que elas percebam.
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    Segundo, podemos fazer com que se sintam seguras
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    e esperar que não percebam
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    E o que fará com que elas percebam?
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    Na verdade, uma série de coisas:
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    a compreensão da segurança,
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    dos riscos, das ameaças,
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    das medidas prévias, e de como elas funcionam.
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    Mas se vocês têm conhecimento das coisas,
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    são mais propensos a ter suas sensações condizendo com a realidade.
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    Um número suficiente de exemplos do mundo real ajuda muito.
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    Todos nós sabemos do índice de criminalidade na nossa vizinhança,
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    porque moramos lá, e temos essa sensação
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    que basicamente corresponde à realidade.
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    A câmera de segurança fica visível
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    quando é óbvio que não está funcionando adequadamente.
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    Tudo bem, então o que faz com que as pessoas não percebam?
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    Uma noção precária.
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    Se vocês não entendem os riscos, não entendem os custos.
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    E provavelmente farão concessões equivocadas,
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    e sua sensação não corresponderá à realidade.
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    Não há exemplos suficientes.
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    Existe um problema inerente
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    aos eventos de baixa probabilidade.
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    Se, por exemplo,
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    o terrorismo quase nunca acontece,
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    é muito difícil julgar
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    a eficácia das medidas anti-terroristas.
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    É por isso que vocês continuam sacrificando as virgens,
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    e por isso as defesas do unicórnio estão funcionando perfeitamente.
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    Não existem exemplos suficientes de fracassos.
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    Além disso, as sensações estão ofuscando as questões --
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    as distorções cognitivas das quais falei anteriormente,
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    medos, crenças populares,
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    basicamente um modelo de realidade inadequado.
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    Então vamos complicar as coisas.
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    Eu tenho sensação e realidade.
  • 8:52 - 8:55
    Quero acrescentar um terceiro elemento. Um modelo.
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    Sensação e modelo em nossa mente,
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    realidade no mundo exterior.
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    Isto não muda; é real.
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    Logo, a sensação baseia-se em nossa intuição.
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    O modelo baseia-se na razão.
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    Essa é basicamente a diferença.
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    Num mundo simples e primitivo,
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    não há motivo para um modelo.
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    Porque a sensação está próxima da realidade.
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    Vocês não precisam de um modelo.
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    Mas num mundo complexo e moderno,
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    vocês precisam de modelos
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    para entender muitos dos riscos com os quais nos deparamos.
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    Não há como sentir as bactérias.
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    Vocês precisam de um modelo para entendê-las.
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    Então este modelo
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    é uma representação inteligente da realidade.
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    E, é claro, limitado pela ciência,
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    pela tecnologia.
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    Não poderíamos ter uma teoria bacteriana de uma doença
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    antes de inventarmos o microscópio e observá-las.
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    Isto é limitado pelas nossas distorções cognitivas.
  • 9:52 - 9:54
    Mas tem a habilidade
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    de anular nossas sensações.
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    Onde conseguimos estes modelos? Através de outros.
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    Conseguimos modelos através da religião, da cultura,
  • 10:02 - 10:04
    de professores, de idosos.
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    Há alguns anos atrás,
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    eu estava num safari na África do Sul.
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    O guia que me acompanhava cresceu no Parque Nacional de Kruger.
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    Ele tinha modelos bem complexos de sobrevivência.
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    E tudo dependia de como você fosse atacado
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    por um leão, um leopardo, um rinoceronte ou um elefante --
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    e quando você tinha que fugir, ou subir numa árvore --
  • 10:21 - 10:23
    quando você nunca poderia subir numa árvore.
  • 10:23 - 10:26
    Eu teria morrido no mesmo dia,
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    mas ele nasceu lá,
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    e sabia como sobreviver.
  • 10:30 - 10:32
    Eu nasci na cidade de Nova York.
  • 10:32 - 10:35
    Eu poderia tê-lo levado para Nova York, e ele teria morrido no mesmo dia.
  • 10:35 - 10:37
    (Risos)
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    Isso porque tínhamos modelos diferentes
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    baseados em experiências diferentes.
  • 10:43 - 10:45
    Os modelos podem surgir da mídia,
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    de nossos candidatos eleitos.
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    Pensem nos modelos do terrorismo,
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    sequestros de crianças,
  • 10:54 - 10:56
    segurança aérea, segurança automobilística.
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    Os modelos podem surgir da indústria.
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    Os dois que estou acompanhando são câmeras de vigilância,
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    e carteiras de identidade.
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    Muitos dos nossos modelos de segurança da computação vêm daí.
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    Muitos modelos surgem da ciência.
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    Modelos da saúde são um grande exemplo.
  • 11:11 - 11:14
    Pensem no câncer, na gripe aviária, na gripe suína, na SARS.
  • 11:14 - 11:17
    Todas as nossas sensações de segurança
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    a respeito dessas doenças
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    surgem de modelos
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    que certamente nos são dados pela ciência filtrada pela mídia.
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    Logo, os modelos podem mudar.
  • 11:28 - 11:30
    Os modelos não são estáticos.
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    À medida em que nos tornamos mais confortáveis em nosso ambiente,
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    nosso modelo pode se aproximar de nossas sensações.
  • 11:38 - 11:40
    Um exemplo disso seria:
  • 11:40 - 11:42
    se retrocederem 100 anos,
  • 11:42 - 11:45
    quando a eletricidade estava apenas começando,
  • 11:45 - 11:47
    havia muito medo em relação a ela.
  • 11:47 - 11:49
    Por exemplo, algumas pessoas tinham medo de tocar campainhas,
  • 11:49 - 11:52
    porque estavam carregadas de eletricidade, e aquilo era perigoso.
  • 11:52 - 11:55
    Para nós, a eletricidade não tem mistério.
  • 11:55 - 11:57
    Trocamos lâmpadas
  • 11:57 - 11:59
    sem o menor problema.
  • 11:59 - 12:03
    Nosso modelo de segurança em relação à eletricidade
  • 12:03 - 12:06
    é uma coisa inata.
  • 12:06 - 12:09
    Ela não mudou durante nosso crescimento.
  • 12:09 - 12:12
    E somos bons nisso.
  • 12:12 - 12:14
    Pensem então nos riscos
  • 12:14 - 12:16
    da Internet através das gerações --
  • 12:16 - 12:18
    como seus pais lidam com a segurança na Internet,
  • 12:18 - 12:20
    bem diferente de vocês,
  • 12:20 - 12:23
    e como será com nossos filhos.
  • 12:23 - 12:26
    Os modelos acabam desaparecendo.
  • 12:27 - 12:30
    Intuitivo é apenas mais uma palavra para o que é familiar.
  • 12:30 - 12:32
    Assim, a medida em que seu modelo se aproxima da realidade,
  • 12:32 - 12:34
    e converge com as sensações,
  • 12:34 - 12:37
    na maioria das vezes vocês não sabem que ele está lá.
  • 12:37 - 12:39
    Logo, um bom exemplo disso
  • 12:39 - 12:42
    surgiu com a gripe suína no ano passado.
  • 12:42 - 12:44
    Quando a gripe suína apareceu pela primeira vez,
  • 12:44 - 12:48
    as primeiras notícias causaram uma reação exagerada.
  • 12:48 - 12:50
    Agora ela tinha um nome,
  • 12:50 - 12:52
    que a tornava mais assustadora do que a gripe comum,
  • 12:52 - 12:54
    embora fosse mais letal.
  • 12:54 - 12:58
    E as pessoas achavam que os médicos deviam saber como lidar com ela.
  • 12:58 - 13:00
    Então houve uma sensação de impotência.
  • 13:00 - 13:02
    E essas duas coisas
  • 13:02 - 13:04
    fizeram o risco ainda maior do que era.
  • 13:04 - 13:07
    Quando deixou de ser novidade, os meses se passaram,
  • 13:07 - 13:09
    houve uma dose de tolerância,
  • 13:09 - 13:11
    e as pessoas se acostumaram a ela.
  • 13:11 - 13:14
    Não havia nenhuma informação nova, mas havia menos temor.
  • 13:14 - 13:16
    Quando chegou o outono,
  • 13:16 - 13:18
    as pessoas achavam
  • 13:18 - 13:20
    que os médicos já deveriam ter resolvido este problema.
  • 13:20 - 13:22
    E há um tipo de divisão --
  • 13:22 - 13:24
    as pessoas tinham que escolher
  • 13:24 - 13:28
    entre medo e aceitação --
  • 13:28 - 13:30
    na verdade, medo e indiferença --
  • 13:30 - 13:33
    e eles escolheram a desconfiança.
  • 13:33 - 13:36
    E quando a vacina apareceu no último inverno,
  • 13:36 - 13:39
    houve muitas pessoas -- um número surpreendente de pessoas --
  • 13:39 - 13:42
    que se recusaram a tomá-la --
  • 13:43 - 13:45
    como um bom exemplo
  • 13:45 - 13:48
    de como mudam as sensações de segurança das pessoas, como mudam seus modelos,
  • 13:48 - 13:50
    meio que descontroladamente,
  • 13:50 - 13:52
    sem nenhuma informação nova,
  • 13:52 - 13:54
    sem nenhum dado novo.
  • 13:54 - 13:57
    Este tipo de coisa acontece muito.
  • 13:57 - 14:00
    Vou citar mais um problema.
  • 14:00 - 14:03
    Temos sensação, modelo, realidade.
  • 14:03 - 14:05
    Tenho uma visão relativista de segurança.
  • 14:05 - 14:08
    Acho que isso depende do observador.
  • 14:08 - 14:10
    E muitas decisões sobre segurança
  • 14:10 - 14:14
    têm uma variedade de pessoas envolvidas.
  • 14:14 - 14:16
    E as partes interessadas
  • 14:16 - 14:19
    em negociações específicas
  • 14:19 - 14:21
    tentarão influenciar a decisão.
  • 14:21 - 14:23
    E a isso eu chamo de sua ordem do dia.
  • 14:23 - 14:25
    E vocês vêm a ordem do dia --
  • 14:25 - 14:28
    isto é comercialização, isto é política --
  • 14:28 - 14:31
    tentando convencer vocês a ter um modelo em detrimento de outro,
  • 14:31 - 14:33
    tentando convencer vocês a ignorar um modelo
  • 14:33 - 14:36
    e confiar em suas sensações,
  • 14:36 - 14:39
    marginalizando as pessoas com modelos que vocês não gostam.
  • 14:39 - 14:42
    Isto não é raro.
  • 14:42 - 14:45
    Um exemplo, um ótimo exemplo, é o risco de fumar.
  • 14:46 - 14:49
    Na história dos últimos 50 anos, o risco de fumar
  • 14:49 - 14:51
    mostra como um modelo muda,
  • 14:51 - 14:54
    e também mostra como uma indústria luta contra
  • 14:54 - 14:56
    um modelo que ela não gosta.
  • 14:56 - 14:59
    Façam uma comparação com a discussão sobre o fumante passivo --
  • 14:59 - 15:02
    há cerca de 20 anos atrás.
  • 15:02 - 15:04
    Pensem nos cintos de segurança.
  • 15:04 - 15:06
    Quando eu era criança, ninguém usava cinto de segurança.
  • 15:06 - 15:08
    Hoje em dia, nenhuma criança deixa vocês dirigirem
  • 15:08 - 15:10
    se não estiverem usando um.
  • 15:11 - 15:13
    Façam uma comparação com a discussão sobre o airbag --
  • 15:13 - 15:16
    há cerca de 30 anos atrás.
  • 15:16 - 15:19
    Todos os exemplos de modelos estão mudando.
  • 15:21 - 15:24
    Aprendemos que é difícil trocar de modelos.
  • 15:24 - 15:26
    Os modelos são difíceis de serem removidos.
  • 15:26 - 15:28
    Se eles se igualarem às suas sensações,
  • 15:28 - 15:31
    vocês nem saberão que têm um modelo.
  • 15:31 - 15:33
    E há uma outra distorção cognitiva
  • 15:33 - 15:35
    que chamarei de distorção de confirmação,
  • 15:35 - 15:38
    onde temos uma tendência a aceitar os dados
  • 15:38 - 15:40
    que confirmam nossas crenças,
  • 15:40 - 15:43
    e a rejeitar aqueles que as contrariam.
  • 15:44 - 15:46
    Assim, costumamos ignorar
  • 15:46 - 15:49
    uma evidência contra nosso modelo, mesmo que seja convincente.
  • 15:49 - 15:52
    Ela tem que ser bastante convincente para prestarmos atenção.
  • 15:53 - 15:55
    É difícil haver novos modelos que se extendam por longos períodos.
  • 15:55 - 15:57
    O aquecimento global é um ótimo exemplo.
  • 15:57 - 15:59
    Somos péssimos
  • 15:59 - 16:01
    para modelos que se extendem por 80 anos.
  • 16:01 - 16:03
    Podemos colher a próxima safra.
  • 16:03 - 16:06
    Podemos fazer isso até nossos filhos crescerem.
  • 16:06 - 16:09
    Mas não somos bons nisso durante 80 anos.
  • 16:09 - 16:12
    Logo, esse é um modelo muito difícil de aceitar.
  • 16:12 - 16:16
    Podemos pensar nos dois modelos ao mesmo tempo,
  • 16:16 - 16:19
    ou naquele tipo de problema
  • 16:19 - 16:22
    em que sustentamos as duas opiniões,
  • 16:22 - 16:24
    ou a dissonância cognitiva.
  • 16:24 - 16:26
    E por fim,
  • 16:26 - 16:29
    o modelo novo substituirá o antigo.
  • 16:29 - 16:32
    Fortes sensações podem criar um modelo.
  • 16:32 - 16:35
    O 11 de setembro criou um modelo de segurança
  • 16:35 - 16:37
    nas mentes de muitas pessoas.
  • 16:37 - 16:40
    Experiências pessoais com o crime também podem fazer isso,
  • 16:40 - 16:42
    ameaças à saúde das pessoas,
  • 16:42 - 16:44
    uma ameaça nos noticiários.
  • 16:44 - 16:46
    Vocês verão esses chamados fatos-relâmpagos
  • 16:46 - 16:48
    pelos psiquiatras.
  • 16:48 - 16:51
    Eles podem criar um modelo rapidamente,
  • 16:51 - 16:54
    porque são muito emotivos.
  • 16:54 - 16:56
    Assim, no mundo tecnológico,
  • 16:56 - 16:58
    não temos experiência
  • 16:58 - 17:00
    para julgar modelos.
  • 17:00 - 17:02
    E confiamos nos outros. Confiamos nos servidores proxy.
  • 17:02 - 17:06
    Portanto, isto funciona o tempo suficiente para se corrigir os outros.
  • 17:06 - 17:08
    Confiamos nas agências governamentais
  • 17:08 - 17:13
    para que nos digam quais medicamentos são seguros.
  • 17:13 - 17:15
    Cheguei aqui ontem de avião.
  • 17:15 - 17:17
    Não inspecionei o avião.
  • 17:17 - 17:19
    Confiei em algum outro grupo
  • 17:19 - 17:22
    para determinar se meu avião estava seguro para voar.
  • 17:22 - 17:25
    Estamos aqui, e nenhum de nós tem medo que o telhado caia em nossas cabeças,
  • 17:25 - 17:28
    mas não é porque nós fizemos alguma inspeção,
  • 17:28 - 17:30
    mas porque temos certeza
  • 17:30 - 17:33
    que podemos confiar nos códigos de construção daqui.
  • 17:33 - 17:35
    É um modelo que simplesmente aceitamos
  • 17:35 - 17:37
    praticamente pela confiança.
  • 17:37 - 17:40
    E está tudo bem.
  • 17:42 - 17:44
    Agora, o que queremos
  • 17:44 - 17:46
    é que as pessoas se familiarizem o bastante
  • 17:46 - 17:48
    com modelos melhores --
  • 17:48 - 17:50
    que os tenha refletidos em suas sensações --
  • 17:50 - 17:54
    para lhes permitir fazer negociações de segurança.
  • 17:54 - 17:56
    Mas quando elas entram em desequilíbrio,
  • 17:56 - 17:58
    vocês têm duas opções.
  • 17:58 - 18:00
    Primeiro, vocês podem definir as sensações das pessoas,
  • 18:00 - 18:02
    apelando diretamente aos sentimentos.
  • 18:02 - 18:05
    Isso é manipulação, mas pode funcionar.
  • 18:05 - 18:07
    A segunda, e a maneira mais honesta,
  • 18:07 - 18:10
    é realmente definir o modelo.
  • 18:11 - 18:13
    A mudança ocorre lentamente.
  • 18:13 - 18:16
    A discussão sobre o fumo levou 40 anos,
  • 18:16 - 18:19
    e aquela foi uma das mais fáceis.
  • 18:19 - 18:21
    Algumas dessas coisas são difíceis.
  • 18:21 - 18:23
    Difíceis de verdade, embora
  • 18:23 - 18:25
    a informação pareça ser nossa melhor esperança.
  • 18:25 - 18:27
    E eu menti.
  • 18:27 - 18:29
    Lembram-se quando eu falei sensação, modelo, e realidade?
  • 18:29 - 18:32
    Eu disse que a realidade não se modifica. Isso não é verdade.
  • 18:32 - 18:34
    Vivemos num mundo tecnológico;
  • 18:34 - 18:37
    a realidade se modifica o tempo todo.
  • 18:37 - 18:40
    Logo, teríamos -- pela primeira vez na nossa espécie --
  • 18:40 - 18:43
    a sensação indo atrás do modelo, o modelo atrás da realidade, e a realidade se deslocando --
  • 18:43 - 18:46
    talvez eles nunca se alcancem.
  • 18:47 - 18:49
    Não sabemos.
  • 18:49 - 18:51
    Mas a longo prazo,
  • 18:51 - 18:54
    tanto a sensação quanto a realidade são importantes.
  • 18:54 - 18:57
    E eu gostaria de encerrar com duas rápidas histórias para ilustrar isto.
  • 18:57 - 18:59
    1982 -- não sei se as pessoas se lembrarão disto --
  • 18:59 - 19:02
    houve uma rápida epidemia
  • 19:02 - 19:04
    de envenenamentos por Tylenol nos Estados Unidos.
  • 19:04 - 19:07
    É uma história horrível. Alguém pegou um vidro de Tylenol,
  • 19:07 - 19:10
    colocou veneno dentro, fechou o vidro e o colocou de volta na prateleira.
  • 19:10 - 19:12
    Outra pessoa o comprou e morreu.
  • 19:12 - 19:14
    Isto aterrorizou as pessoas.
  • 19:14 - 19:16
    Houve um monte de ataques parecidos.
  • 19:16 - 19:19
    Na verdade, não havia risco algum, mas as pessoas ficaram com medo.
  • 19:19 - 19:21
    E foi assim
  • 19:21 - 19:23
    que a indústria de drogas invioláveis foi inventada.
  • 19:23 - 19:25
    Daí é que vieram as tampas invioláveis.
  • 19:25 - 19:27
    É um perfeito teatro de segurança.
  • 19:27 - 19:29
    Como tarefa de casa, pensem em 10 maneiras de se chegar até esse teatro.
  • 19:29 - 19:32
    Vou citar apenas uma, a seringa.
  • 19:32 - 19:35
    Mas isso fez com que as pessoas se sentissem melhor.
  • 19:35 - 19:37
    Deu-lhes a sensação de segurança
  • 19:37 - 19:39
    mais de acordo com a realidade.
  • 19:39 - 19:42
    Última história, alguns anos atrás, uma amiga minha teve um filho.
  • 19:42 - 19:44
    Vou visitá-la no hospital.
  • 19:44 - 19:46
    Isso acontece agora quando um bebê nasce,
  • 19:46 - 19:48
    eles colocam uma etiqueta RFID no bebê,
  • 19:48 - 19:50
    e outra correspondente na mãe,
  • 19:50 - 19:52
    de forma que se outra pessoa que não seja a mãe tirar o bebê do berçário,
  • 19:52 - 19:54
    vai soar um alarme.
  • 19:54 - 19:56
    Pensei, "Bom, isso parece simples.
  • 19:56 - 19:58
    Imagino como deve ser violento o sequestro de bebês
  • 19:58 - 20:00
    dos hospitais."
  • 20:00 - 20:02
    Vou pra casa, e faço uma pesquisa.
  • 20:02 - 20:04
    Isso raramente acontece.
  • 20:04 - 20:06
    Mas se vocês pensarem nisso,
  • 20:06 - 20:08
    se vocês trabalham num hospital,
  • 20:08 - 20:10
    e precisam tirar um bebê de sua mãe,
  • 20:10 - 20:12
    para fazer alguns testes,
  • 20:12 - 20:14
    é melhor contarem com um bom teatro de segurança,
  • 20:14 - 20:16
    ou a mãe vai arrancar o seu braço.
  • 20:16 - 20:18
    (Risos)
  • 20:18 - 20:20
    Assim, é importante para nós,
  • 20:20 - 20:22
    que projetamos segurança,
  • 20:22 - 20:25
    que analisamos a política de segurança,
  • 20:25 - 20:27
    ou até a política pública
  • 20:27 - 20:29
    de maneiras que afetam a segurança.
  • 20:29 - 20:32
    Isso não é apenas realidade, é sensação e realidade.
  • 20:32 - 20:34
    E o mais importante
  • 20:34 - 20:36
    é que elas são a mesma coisa.
  • 20:36 - 20:38
    É importante que, se nossas sensações correspondem à realidade,
  • 20:38 - 20:40
    façamos melhores negociações de segurança.
  • 20:40 - 20:42
    Obrigado.
  • 20:42 - 20:44
    (Aplausos)
Title:
Bruce Schneier: A segurança como miragem
Speaker:
Bruce Schneier
Description:

A sensação de segurança nem sempre corresponde à realidade, é o que afirma o especialista em segurança da computação Bruce Schneier. Na TEDxPSU ele explica porque gastamos bilhões por conta de riscos provenientes de noticiários, como o "teatro de segurança" operando agora no seu aeroporto local, enquanto desprezamos riscos mais palpáveis - e como podemos reverter essa situação.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
20:44
Thelma Lethier added a translation

Portuguese, Brazilian subtitles

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