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A física de tocar guitarra - Oscar Fernando Perez

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    Hendrix, Cobain e Page.
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    Todos sabem tocar
    com técnica e velocidade,
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    mas como exatamente
    essas engenhocas icônicas em suas mãos
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    produzem notas, ritmo, melodia e música?
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    Ao tocar uma corda de guitarra, cria-se
    uma vibração chamada onda estacionária.
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    Alguns pontos na corda, chamados de nós,
    não se mexem nem um pouco,
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    enquanto outros pontos, os ventres,
    oscilam de um lado para o outro.
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    A vibração passa pelo braço e cavalete
    para o corpo da guitarra,
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    onde a madeira fina e flexível vibra,
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    comprimindo e rarefazendo
    as moléculas de ar ao redor.
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    Essa sequência de compressões
    cria ondas sonoras,
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    e as que estão dentro da guitarra
    saem, em maior parte, pela boca.
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    Finalmente, se propagam até o seu ouvido,
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    que as traduz em impulsos elétricos
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    que o seu cérebro interpreta como som.
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    O tom desse som depende
    da frequência das compressões.
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    Uma corda que vibra rapidamente
    produz várias compressões próximas,
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    criando um som agudo,
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    e uma vibração lenta produz um som grave.
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    Quatro coisas influenciam
    a frequência da vibração da corda:
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    o comprimento, a tensão,
    a densidade e a espessura.
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    Cordas típicas de guitarra
    são todas do mesmo comprimento
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    e têm uma tensão parecida,
    mas variam em espessura e densidade.
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    Cordas mais grossas vibram
    mais lentamente,
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    produzindo notas mais graves.
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    Toda vez que você toca uma corda,
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    você cria, na verdade,
    várias ondas estacionárias.
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    Há a primeira onda fundamental
    que determina o tom da nota,
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    mas também existem ondas
    chamadas de harmônicas,
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    cujas frequências são múltiplas
    da frequência fundamental.
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    Todas essas ondas se juntam para formar
    uma onda complexa com um som rico.
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    A forma com que você toca a corda
    determina quais são as harmônicas obtidas.
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    Se você tocar perto do meio,
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    você deve obter a frequência fundamental
    e as harmônicas ímpares,
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    que possuem ventres no meio da corda.
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    Se você tocar perto do cavalete,
    geralmente obtém harmônicos pares
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    e um som mais metálico.
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    A típica escala ocidental se baseia
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    na série harmônica
    de uma corda em vibração.
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    Quando ouvimos uma nota
    tocada com outra
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    que tem exatamente duas vezes
    a sua frequência,
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    sua primeira harmônica,
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    elas soam tão em harmonia
    que atribuímos a elas a mesma nota,
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    e definimos a diferença entre elas
    como uma oitava.
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    O resto da escala
    está comprimido nessa oitava
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    dividido em 12 semitons
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    cuja frequência é cada vez 2^(1/12)
    maior do que a anterior.
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    Esse fator determina
    o espaçamento dos trastes
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    Cada traste divide o comprimento restante
    da corda em 2^(1/12),
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    fazendo as frequências
    crescerem em semitons.
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    Instrumentos sem trastes, como o violino,
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    facilitam a produção de infinitas
    frequências entre cada nota,
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    mas adicionam o desafio
    de tocar sem desafinar
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    O número de cordas e suas afinações
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    são adaptadas para os acordes
    que gostamos de tocar
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    e a fisiologia das nossas mãos.
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    As formas e os materiais
    das guitarras também podem variar,
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    e ambos mudam a natureza
    e o som das vibrações.
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    Tocar duas ou mais cordas ao mesmo tempo
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    permite criar novos padrões de onda
    como acordes e outros efeitos de som.
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    Por exemplo, ao tocar duas notas
    cujas frequências estão próximas,
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    elas se combinam e criam uma onda sonora
    cuja amplitude cresce e decresce,
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    produzindo um efeito vibrante,
    que os guitarristas chamam de ritmos.
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    E com guitarras elétricas
    pode-se jogar ainda mais.
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    As vibrações ainda começam nas cordas,
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    mas depois são transformadas
    em sinais elétricos pelos captadores
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    e transmitidos para alto-falantes
    que criam as ondas sonoras.
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    Entre os captadores e os alto-falantes,
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    é possível processar a onda
    de várias maneiras,
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    para criar efeitos como distorção,
    overdrive, wah-wah, delay e flanger.
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    E para que não pensem que a física
    da música é útil só para o entretenimento,
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    considere isto.
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    Alguns físicos creem que tudo no universo
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    é criado pela série harmônica
    de cordas muito finas e tensas.
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    Então talvez toda a nossa realidade
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    seja um solo prolongado
    de algum Jimi Hendrix cósmico?
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    Claramente, as cordas incluem
    muito mais do que o ouvido capta.
Title:
A física de tocar guitarra - Oscar Fernando Perez
Description:

Veja a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/the-physics-of-playing-guitar-oscar-fernando-perez

Mestres da guitarra como Jimi Hendrix são capazes de curvar a física das ondas às suas vontades, tocando melodias de inspiração e vibração. Mas como madeira, metal, e plástico se transformam em ritmo, melodia, e música? Oscar Fernando Perez detalha a física de tocar guitarra, do primeiro dedilhado ao solo final.
Lição de Oscar Fernando Perez , animação de Chris Boyle.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:55

Portuguese, Brazilian subtitles

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