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Integrais Triplas 1

  • 0:00 - 0:03
    Digamos que eu queira achar o volume
    de um paralelepípedo retangular
  • 0:03 - 0:07
    cuja dimensão x é
  • 0:07 - 0:09
    igual ou maior que zero,
  • 0:09 - 0:12
    e menor ou igual a três.
  • 0:12 - 0:15
    A dimensão y é maior
    ou igual a zero,
  • 0:15 - 0:17
    e menor ou igual a quatro.
  • 0:17 - 0:21
    E a dimensão z, é maior
    ou igual a zero
  • 0:21 - 0:23
    e menor ou igual a dois.
  • 0:23 - 0:26
    Usando geometria básica
    poderíamos facilmente
  • 0:26 - 0:30
    calcular esse volume,
    multiplicando a largura
  • 0:30 - 0:32
    vezes a altura
    vezes a profundidade.
  • 0:32 - 0:34
    Aqui vamos
    resolver esse problema
  • 0:34 - 0:37
    usando a integral tripla,
    e mostrar a sua relação com
  • 0:37 - 0:38
    a integral dupla, para que
    no futuro,
  • 0:38 - 0:40
    possamos resolver problemas
    mais complexos.
  • 0:40 - 0:44
    Primeiro desenhamos
    esse volume.
  • 0:44 - 0:57
    Os eixos
    x, z e y.
  • 0:57 - 1:00
    x, y, z
  • 1:00 - 1:02
    Sabemos que x tem
    valores entre zero e três.
  • 1:02 - 1:03
    Aqui x é igual a zero.
  • 1:03 - 1:09
    Marcamos um, dois
    e três em x.
  • 1:09 - 1:11
    y é entre
    zero e quatro.
  • 1:11 - 1:13
    um, dois, três, quatro.
  • 1:13 - 1:15
    O plano x-y
    fica assim.
  • 1:15 - 1:21
    Essa é a base
    do paralelepípedo.
  • 1:21 - 1:22
    A dimensão z está
    entre zero e dois.
  • 1:22 - 1:24
    Zero é o plano x-y,
    e em z marcamos
  • 1:24 - 1:26
    um, dois.
  • 1:26 - 1:27
    Aqui é a altura.
  • 1:27 - 1:31
    Vou usar uma cor diferente.
  • 1:31 - 1:35
    Este é o plano x-z.
  • 1:35 - 1:38
    Temos uma aresta aqui,
    e seguimos assim--
  • 1:38 - 1:41
    Outra aresta aqui,
    e seguimos assim
  • 1:41 - 1:44
    e uma aresta aqui.
  • 1:44 - 1:46
    Queremos calcular o volume
    desse paralelepípedo.
  • 1:46 - 1:52
    E você sabe como: a profundidade é três.
    A largura, quatro.
  • 1:52 - 1:53
    Essa base é igual 12
    vezes a altura.
  • 1:53 - 1:55
    12 vezes dois é igual a 24.
  • 1:55 - 1:58
    O volume é de 24
    unidades cúbicas,
  • 1:58 - 2:00
    ou seja lá que unidade
    estamos usando.
  • 2:00 - 2:02
    Vamos calcular isso
    usando a integral tripla.
  • 2:02 - 2:04
    O que é uma
    integral tripla?
  • 2:04 - 2:08
    Imagine se pudêssemos
    calcular um volume de uma pequena--
  • 2:08 - 2:11
    não quero usar a palavra área--
    Digamos calcular o volume
  • 2:11 - 2:15
    de um cubo bem pequeno
  • 2:15 - 2:18
    inserido aqui.
  • 2:18 - 2:21
    Isso vai fazer mais sentido,
    e ser mais útil quando
  • 2:21 - 2:25
    tivermos limites variáveis,
    e superfícies ou curvas como limites
  • 2:25 - 2:30
    Digamos que queremos calcular
    o volume desse pequeno cubo.
  • 2:30 - 2:35
    Esse é o cubo.
    Inserido no paralelepípedo.
  • 2:35 - 2:37
    Qual é o
    volume desse cubo?
  • 2:37 - 2:44
    Digamos que sua
    largura seja dy.
  • 2:44 - 2:50
    A altura seja dz, certo?
  • 2:50 - 2:52
    No meu desenho,
    z varia na vertical.
  • 2:52 - 2:56
    E a profundidade seja dx.
  • 2:56 - 2:57
    Aqui temos dz.
  • 2:57 - 2:58
    E aqui dy.
  • 2:58 - 3:01
    Digamos que esse
    volume menor,
  • 3:01 - 3:05
    inserido no volume maior--
    vamos chamá-lo de dv --
  • 3:05 - 3:07
    seja um tipo de
    volume diferencial.
  • 3:07 - 3:10
    E isso será igual à
  • 3:10 - 3:13
    profundidade vezes largura vezes altura.
  • 3:13 - 3:16
    dx vezes dy vezes dz.
  • 3:16 - 3:18
    Pode-se mudar
    a ordem desses termos,
  • 3:18 - 3:21
    pois a multiplicação
    é associativa.
  • 3:21 - 3:23
    Ou seja, a ordem
    dos termos não importa.
  • 3:23 - 3:25
    Prosseguindo, o que podemos
    fazer com esse volume?
  • 3:25 - 3:28
    Bem, poderíamos
    tomar a integral.
  • 3:28 - 3:31
    As integrais servem para
    calcular somas infinitas de
  • 3:31 - 3:35
    distâncias infinitamente pequenas,
  • 3:35 - 3:38
    tais como dz, dx, dy, etc.
  • 3:38 - 3:42
    Vamos considerar esse cubo,
  • 3:42 - 3:45
    e somá-lo várias vezes
    na direção de z.
  • 3:45 - 3:51
    Somá-lo para cima e para baixo,
    ao longo do eixo z,
  • 3:51 - 3:55
    resultando no volume de uma coluna.
    Como seria isso?
  • 3:55 - 3:57
    Como estamos somando
    os pequenos cubos na vertical,
  • 3:57 - 4:01
    ao longo do eixo z,
  • 4:01 - 4:03
    teremos uma integral.
  • 4:03 - 4:05
    Qual é o menor valor de z?
  • 4:05 - 4:08
    z é igual a zero.
  • 4:08 - 4:09
    E o limite superior de z?
  • 4:09 - 4:12
    Ou seja, se adicionarmos
    cubos na vertical
  • 4:12 - 4:14
    até chegar no plano superior,
  • 4:14 - 4:21
    qual é o limite?
    Z é igual a dois.
  • 4:21 - 4:25
    E agora vamos somar esses dvs.
  • 4:25 - 4:26
    Vou somar o dz primeiro,
  • 4:26 - 4:28
    para reforçar que faremos
  • 4:28 - 4:30
    a integral de z primeiro.
  • 4:30 - 4:32
    Faremos y em seguida.
  • 4:32 - 4:34
    E por último x.
  • 4:34 - 4:37
    Então, essa integral,
    do jeito que escrevi,
  • 4:37 - 4:42
    calcula o volume de uma coluna,
    para qualquer valores de x e y.
  • 4:42 - 4:45
    Ela é uma função de x e y,
    mas como estamos lidando
  • 4:45 - 4:47
    com todas as constantes aqui,
  • 4:47 - 4:49
    esse valor será
    uma constante.
  • 4:49 - 4:51
    Ele representa o valor constante
  • 4:51 - 4:53
    do volume de cada
    uma dessas colunas.
  • 4:53 - 4:56
    Essencialmente, equivale
    a duas vezes dy vezes dx.
  • 4:56 - 4:59
    Pois a altura dessa
    coluna é dois.
  • 4:59 - 5:04
    Sua largura e profundidade
    são dy e dx.
  • 5:04 - 5:07
    E se queremos calcular o valor
    de uma coluna inteira?
  • 5:07 - 5:09
    -- até aqui descobrimos apenas
    a altura de uma coluna.
  • 5:09 - 5:11
    Para isso somamos agora
    todas as colunas
  • 5:11 - 5:14
    na direção do eixo y.
  • 5:14 - 5:16
    Para somar as colunas
    na direção de y
  • 5:16 - 5:20
    usamos essa outra integral,
    para a soma dos valores em y.
  • 5:20 - 5:26
    Y assume valores
    entre zero e quatro.
  • 5:26 - 5:30
    Escrevi essa integral muito para esquerda.
    Mas acho que vocês entenderam.
  • 5:30 - 5:34
    Y é igual a zero, até y é igual a quatro.
  • 5:34 - 5:37
    E isso nos dará o volume de um plano
  • 5:37 - 5:40
    paralelo ao plano zy.
  • 5:40 - 5:46
    E então somamos alguns
    desse planos na direção x
  • 5:46 - 5:48
    e teremos o volume de toda a figura.
  • 5:48 - 5:50
    Então, somamos
    os planos
  • 5:50 - 5:52
    na direção de x,
  • 5:52 - 5:57
    para valores de x
    entre zero e três.
  • 5:57 - 5:59
    Esse é um cálculo
  • 5:59 - 6:00
    bem simples e direto.
  • 6:00 - 6:03
    Primeiro, calculamos a integral de z.
  • 6:03 - 6:05
    Não temos nenhuma
    constante aqui, mas
  • 6:05 - 6:07
    podemos assumir
    que seja igual a um.
  • 6:07 - 6:10
    Isto é, dz vezes dy
    vezes dx equivale a
  • 6:10 - 6:13
    um vezes dz vezes
    dy vezes dx.
  • 6:13 - 6:15
    Então qual é
    o valor dessa integral?
  • 6:15 - 6:20
    Bom, a antiderivada
    de um relativa a z é z, correto?
  • 6:20 - 6:23
    Pois a derivada de z
    é igual a um.
  • 6:23 - 6:28
    Calculamos isso para
    o intervalo entre dois e zero.
  • 6:28 - 6:30
    Dois menos zero.
  • 6:30 - 6:33
    O que é igual a 2.
  • 6:33 - 6:34
    Em seguida integramos em y,
  • 6:34 - 6:37
    para y entre zero e quatro,
  • 6:37 - 6:38
    vezes dy.
  • 6:38 - 6:40
    E aqui temos x.
  • 6:40 - 6:45
    De x igual a zero,
    à x igual a três dx.
  • 6:45 - 6:49
    Observe que após termos
    integrado com relação a z,
  • 6:49 - 6:50
    ficamos com uma integral dupla.
  • 6:50 - 6:54
    E essa integral dupla é a mesma que
  • 6:54 - 6:56
    vimos nos vídeos
    anteriores sobre este tema,
  • 6:56 - 7:00
    na quais z era uma
    função de x e y.
  • 7:00 - 7:02
    Portanto, poderíamos
    ter escrito z como função
  • 7:02 - 7:04
    de x e y, onde
    z é sempre igual a dois.
  • 7:04 - 7:06
    Z é uma função constante,
  • 7:06 - 7:07
    independente de x e y.
  • 7:07 - 7:09
    Se tivéssemos definido
    z dessa forma,
  • 7:09 - 7:11
    e calculado
    o volume abaixo
  • 7:11 - 7:17
    da superfície z igual a dois -
    veja aqui a superfície -
  • 7:17 - 7:18
    teríamos chegado aqui.
  • 7:18 - 7:19
    Com a integral tripla,
  • 7:19 - 7:21
    não foi nada diferente.
  • 7:21 - 7:23
    Você pode estar se perguntando,
    por que as usamos?
  • 7:23 - 7:26
    Vou te mostrar isso um momento.
  • 7:26 - 7:28
    Continuando, para calcular isso
  • 7:28 - 7:30
    tomamos a antiderivada de y,
  • 7:30 - 7:34
    que equivale a dois y.
  • 7:34 - 7:39
    Temos dois y calculados
    para quatro e zero.
  • 7:39 - 7:41
    Isto é, dois vezes quatro.
  • 7:41 - 7:43
    Então, oito menos zero.
  • 7:43 - 7:46
    Em seguida integramos isso
  • 7:46 - 7:48
    em relação a x entre zero e três.
  • 7:48 - 7:52
    Isso dá oito x, entre zero e três.
  • 7:52 - 7:55
    O que é igual a 24 unidades cúbicas.
  • 7:55 - 8:00
    A pergunta óbvia é então:
    para que serve a integral tripla?
  • 8:00 - 8:03
    Bom, quando
    temos um volume
  • 8:03 - 8:06
    limitado por um
    valor constante,
  • 8:06 - 8:08
    você só precisaria realmente
    da integral dupla.
  • 8:08 - 8:11
    Mas e se eu dissesse
    que o objetivo
  • 8:11 - 8:14
    não é saber o volume
    dessa figura geométrica?
  • 8:14 - 8:17
    O objetivo é calcular a
    massa dessa figura geométrica.
  • 8:17 - 8:19
    E mais ainda,
    suponha que a massa
  • 8:19 - 8:24
    dessa figura, área, ou volume,
    não seja uniforme.
  • 8:24 - 8:28
    Se a massa fosse uniforme,
    bastaria multiplicar
  • 8:28 - 8:31
    a sua densidade uniforme
    pelo seu volume, para obter essa massa.
  • 8:31 - 8:33
    Suponha que a
    densidade seja variável.
  • 8:33 - 8:36
    Por exemplo, o
    volume de um gás,
  • 8:36 - 8:39
    ou de um material
    composto por substâncias variadas.
  • 8:39 - 8:42
    Digamos que a densidade seja
    uma função variável.
  • 8:42 - 8:43
    de x, y e z.
  • 8:43 - 8:48
    E que a densidade,
    representada pelo símbolo ró,
  • 8:48 - 8:50
    que se parece um p
    e é usado na Física densidade,
  • 8:50 - 8:54
    seja uma função
    de x, y e z.
  • 8:54 - 8:58
    Para simplificar, vamos fazer
    x vezes y vezes z.
  • 8:58 - 9:06
    Para calcular a massa de
    qualquer volume pequeno aqui,
  • 9:06 - 9:08
    multiplicamos esse volume
    pela densidade, certo?
  • 9:08 - 9:12
    Sabe-se que a unidade
    usada para densidade
  • 9:12 - 9:14
    é quilograma por
    metro cúbico.
  • 9:14 - 9:16
    Multiplicando-se por metros cúbicos,
    temos quilogramas.
  • 9:16 - 9:22
    Vamos denotar a massa por d.
  • 9:22 - 9:28
    d não é uma função, por isso
    não queremos parênteses aqui,
  • 9:28 - 9:30
    Portanto, para uma massa
    bem pequena,
  • 9:30 - 9:36
    isso equivale à sua densidade
    neste ponto, que é xyz,
  • 9:36 - 9:40
    vezes o volume dessa
    massa diferencial.
  • 9:40 - 9:43
    Vamos denotar o volume
    dessa massa pequena por dv.
  • 9:43 - 9:48
    Sabemos que dv equivale
    ao produto
  • 9:48 - 9:50
    da largura pela altura pela profundidade.
  • 9:50 - 9:52
    Contudo dv não é sempre
    o produto de dx, dy e dz.
  • 9:52 - 9:54
    Trabalhando com
    outras coordenadas,
  • 9:54 - 9:58
    coordenadas polares, por exemplo,
    dv será diferente.
  • 9:58 - 9:59
    Veremos casos assim em breve.
  • 9:59 - 10:00
    Se queremos calcular a massa,
  • 10:00 - 10:02
    e como as coordenadas
    são retangulares,
  • 10:02 - 10:05
    isso equivale à função
    densidade nesse ponto,
  • 10:05 - 10:07
    multiplicado
    pelo volume diferencial.
  • 10:07 - 10:12
    vezes dx vezes dy vezes dz.
  • 10:12 - 10:14
    Obviamente podemos
    mudar a ordem dos termos.
  • 10:14 - 10:16
    Portanto, quando você quer
    calcular o volume--
  • 10:16 - 10:19
    --para calcular a massa--
    o que farei no próximo vídeo,
  • 10:19 - 10:22
    você terá que integrar essa função aqui.
  • 10:22 - 10:27
    Ao invés de simplesmente
    uma sobre z, y e x.
  • 10:27 - 10:28
    Faremos isso no próximo vídeo.
  • 10:28 - 10:30
    Você verá que isso
    envolve basicamente
  • 10:30 - 10:34
    calcular antiderivadas e evitar
    erros por descuido.
  • 10:34 - 10:37
    Até o próximo vídeo!
  • 10:37 - 10:40
    Legendado por Maria Oberlander
    Revisado por Clara Nascimento Silva
Title:
Integrais Triplas 1
Description:

Introdução à Integral Tripla

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Video Language:
English
Duration:
10:38

Portuguese, Brazilian subtitles

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