O movimento do oceano: O gradiente de concentração — Sasha Wright
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0:07 - 0:10Se já flutuaram na ondulação do oceano
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0:10 - 0:13sabem que o mar
está em constante movimento. -
0:13 - 0:15Distanciem-se e verão a imagem completa:
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0:15 - 0:18Cerca de 71% da superfície da Terra
está coberta de água, -
0:18 - 0:22que se move numa enorme
corrente através do planeta. -
0:22 - 0:24Esta correia de transmissão,
de respeito, -
0:24 - 0:26tem muitos fatores complicados
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0:26 - 0:29mas, por detrás deles,
há uma única bomba -
0:29 - 0:31que movimenta a água
por todo o planeta. -
0:31 - 0:34Chama-se a este processo
a circulação termossalina -
0:34 - 0:36que se rege por um conceito básico:
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0:36 - 0:39o gradiente de concentração.
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0:43 - 0:45Deixemos o oceano, por instantes
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0:45 - 0:47e imaginemos que estamos
numa sala vazia -
0:47 - 0:50com muitos aspiradores robôs
apinhados a um canto. -
0:51 - 0:52Liguem-nos todos ao mesmo tempo.
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0:52 - 0:54Os robôs começam a mover-se
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0:54 - 0:56chocando uns com os outros,
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0:56 - 1:00até ficarem todos distribuídos
de forma regular. -
1:00 - 1:02Os robôs moveram-se ao acaso,
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1:02 - 1:04até atingirem o equilíbrio,
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1:04 - 1:06um sítio onde a concentração
de uma substância -
1:06 - 1:08está distribuída de forma uniforme.
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1:08 - 1:11Isto é o que acontece
num gradiente de concentração, -
1:11 - 1:13quando as substâncias mudam,
passivamente, -
1:13 - 1:15de uma concentração alta ou apertada
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1:15 - 1:18para uma concentração
mais baixa, mais confortável. -
1:18 - 1:20O que é que isto tem a ver
com as correntes oceânicas -
1:20 - 1:21e a circulação termossalina?
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1:21 - 1:23"Termo" significa "temperatura"
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1:23 - 1:25e "salina" significa "sal"
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1:25 - 1:27porque, no cenário real
do mundo do mar, -
1:27 - 1:30são a temperatura e a salinidade
que provocam a mudança -
1:30 - 1:33das concentrações altas
para as baixas. -
1:33 - 1:36Voltemos para o oceano
para ver como é que isto funciona. -
1:37 - 1:38Snap!
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1:38 - 1:41Foste transformado
numa molécula à superfície da água, -
1:41 - 1:43ao largo da costa temperada
de Nova Iorque, -
1:43 - 1:45rodeado por milhões de outras moléculas.
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1:45 - 1:48Aqui, os raios de sol
atuam como fornecedores de energia -
1:48 - 1:50que põem todas as moléculas da água
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1:50 - 1:52a empurrarem-se, chocando
umas com as outras, -
1:52 - 1:54como os robôs aspiradores.
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1:54 - 1:55Quanto mais se espalharem,
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1:55 - 1:58menor é a concentração
das moléculas de água à superfície. -
1:59 - 2:01Graças a este movimento passivo,
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2:01 - 2:04passas de uma concentração
alta para uma mais baixa. -
2:04 - 2:06Suspendamos, por instantes,
as leis da física -
2:06 - 2:08e imaginemos que o teu ser molecular
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2:08 - 2:11pode mergulhar profundamente
na coluna de água. -
2:11 - 2:13Numa profundidade mais fria,
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2:13 - 2:15a relativa falta de calor solar
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2:15 - 2:17torna as moléculas mais preguiçosas,
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2:17 - 2:20ou seja, aguentam-se quietas
em concentrações mais altas. -
2:20 - 2:21Aqui não há empurrões.
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2:22 - 2:24Mas, para se libertarem da situação
apertada que ali existe, -
2:24 - 2:26depressa começam a subir
até à superfície -
2:26 - 2:29para uma situação mais desafogada.
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2:29 - 2:31É assim que a temperatura
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2:31 - 2:32faz com que as moléculas da água
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2:32 - 2:35passem de uma concentração
alta para baixa, -
2:35 - 2:36até atingir o equilíbrio.
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2:37 - 2:39Mas a água do mar não é só H2O.
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2:39 - 2:43Também contém uma grande
quantidade de iões de sal. -
2:43 - 2:46Tal como vocês, têm o mesmo desejo
de um lugar espaçoso. -
2:47 - 2:49Quando o sol aquece o mar,
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2:49 - 2:50algumas das moléculas
tuas camaradas, -
2:50 - 2:52evaporam-se à superfície,
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2:52 - 2:55aumentando a quantidade
do sal no H2O. -
2:55 - 2:57Os iões de sal apinhados
que são abandonados -
2:57 - 3:00reparam que as moléculas de sal
que se afundam -
3:00 - 3:01parecem dispor de mais espaço.
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3:01 - 3:03Começa assim uma invasão,
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3:03 - 3:06à medida que eles se afundam
na coluna de água. -
3:06 - 3:08Nas regiões polares
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3:08 - 3:10vemos como este pequeno processo local
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3:10 - 3:12gera movimento em todo o planeta.
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3:12 - 3:13No Ártico e na Antártida,
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3:13 - 3:16onde a água está coberta
de placas de gelo, -
3:16 - 3:17há pouca diferença
de temperatura -
3:17 - 3:19entre as águas superficiais
e as profundas. -
3:19 - 3:21Está tudo muito frio.
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3:21 - 3:22Mas a salinidade varia.
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3:22 - 3:25É neste cenário que se inicia a ação.
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3:25 - 3:28Aqui, os raios do sal
derretem o gelo superficial, -
3:28 - 3:31depositando uma nova carga
de moléculas de água no mar. -
3:31 - 3:34Isso não só aumenta a proximidade
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3:34 - 3:36entre ti e as outras moléculas da água
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3:36 - 3:38o que te faz lutar por mais espaço,
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3:38 - 3:39como, por outro lado,
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3:39 - 3:42também dilui a concentração
dos iões de sal. -
3:42 - 3:43Assim, mergulhas,
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3:43 - 3:45aproveitando o gradiente de concentração
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3:45 - 3:47procurando uma situação mais confortável.
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3:47 - 3:49Mas, para os iões de sal,
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3:49 - 3:51a sua concentração mais baixa
à superfície -
3:51 - 3:53atua como um aviso
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3:53 - 3:55para as enormes massas
de moléculas de sal abaixo -
3:56 - 3:57que começam a subir.
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3:57 - 4:00Tanto nas regiões temperadas
como nas polares, -
4:00 - 4:03este movimento passivo
pelo gradiente de concentração, -
4:03 - 4:04pode produzir uma corrente.
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4:04 - 4:07É esse o ponto de partida
da correia de transmissão mundial -
4:07 - 4:09chamada circulação termossalina.
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4:09 - 4:11É assim que um simples conceito
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4:11 - 4:13se torna no mecanismo subjacente
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4:13 - 4:15a um dos maiores
e mais importantes sistemas, -
4:15 - 4:16do nosso planeta.
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4:16 - 4:19Se olhares à tua volta,
verás que ocorre por toda a parte. -
4:19 - 4:21Acendes uma luz, e lá está ele.
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4:21 - 4:24Os gradientes de concentração
controlam o fluxo da eletricidade, -
4:24 - 4:27fazendo com que os eletrões
apertados num espaço fechado -
4:27 - 4:29viajem para uma área
de menor concentração -
4:29 - 4:31quando se abre um canal
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4:31 - 4:33que é o que fazemos
quando acionamos o interruptor. -
4:33 - 4:36Neste preciso momento, há
uma ação gradiente em marcha -
4:36 - 4:39dentro de nós, quando metemos ar
nos pulmões, -
4:39 - 4:41fazendo com que o oxigénio
concentrado nesse ar -
4:41 - 4:43saia passivamente dos pulmões
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4:43 - 4:45para a corrente sanguínea.
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4:45 - 4:47Sabemos que o mundo está cheio
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4:47 - 4:49de complexos problemas físicos
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4:49 - 4:50mas, por vezes, o primeiro passo
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4:50 - 4:53para os compreender
pode ser simples. -
4:53 - 4:56Assim, quando enfrentarem
a dimensão das correntes marinhas, -
4:56 - 4:58ou tenham que perceber
como funciona a eletricidade, -
4:58 - 5:00não entrem em pânico.
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5:00 - 5:03Compreender pode ser tão simples
como acionar um interruptor.
- Title:
- O movimento do oceano: O gradiente de concentração — Sasha Wright
- Description:
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Vejam a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/the-motion-of-the-ocean-the-concentration-gradient-sasha-wright
O movimento constante dos oceanos representa um amplo e complexo sistema que envolve muitos fatores diversos. Sasha Wright explica a física por detrás de um desses fatores — o gradiente de concentração — e ilustra como os oceanos estão permanentemente envolvidos numa luta universal pelo espaço.
Lição de Sasha Wright, animação de Andrew Foerster.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TED-Ed
- Duration:
- 05:20
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for The motion of the ocean: The concentration gradient - Sasha Wright | ||
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