Felicidade: o paradoxo e o clichê | Sachin Jha | TEDxRTU
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0:07 - 0:11Estou aqui para falar sobre felicidade
e os fatores que levam a ela. -
0:12 - 0:13Eu sei, pretensioso.
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0:14 - 0:17O que é muito interessante
sobre esses fatos -
0:17 - 0:21é que todos nós,
mais ou menos os conhecemos. -
0:21 - 0:23Afinal, eles estão por aí há anos.
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0:24 - 0:29Nessa permanência, nessa
imutabilidade dos fatores, -
0:29 - 0:31reside o paradoxo da felicidade.
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0:31 - 0:34Todos nós queremos felicidade,
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0:34 - 0:37todos nós sabemos onde a felicidade está,
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0:37 - 0:40e, ainda assim, poucos de nós
somos verdadeiramente felizes. -
0:40 - 0:45Sim, poucos, porque aquelas
fotografias alegres -
0:45 - 0:48no Instagram e Facebook
não duram muito. (Risos) -
0:48 - 0:53Então, com isso em mente, pretendo
falar sobre três temas principais. -
0:53 - 0:57Um, reiterar os caminhos
já conhecidos da felicidade; -
0:57 - 1:02dois, apontar os impedimentos
intrínsecos a esses caminhos; -
1:02 - 1:08e três, sugerir certas formas
de atacar esses impedimentos. -
1:09 - 1:12Então, quais são os caminhos
conhecidos para a felicidade? -
1:13 - 1:15Falando amplamente, existem três.
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1:15 - 1:17Mas, antes de entrar
nos detalhes de cada um, -
1:17 - 1:20uma palavra sobre seu
caráter universal e validade, -
1:20 - 1:22como esses três caminhos
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1:22 - 1:26parecem ser sugeridos pela filosofia,
religião e evidência empírica. -
1:26 - 1:28Vamos começar pela filosofia.
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1:28 - 1:31Vamos visitar a filosofia
ocidental e a oriental. -
1:31 - 1:34Vamos pegar Spinoza e Bhagavad Gita.
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1:35 - 1:37Curiosamente,
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1:37 - 1:39os três caminhos sugeridos por Spinoza,
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1:39 - 1:42o caminho das virtudes femininas,
das virtudes masculinas -
1:43 - 1:45e das virtudes da mente informada,
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1:45 - 1:50são praticamente idênticos
aos caminhos sugeridos por Gita: -
1:50 - 1:56os caminhos da ioga Gyana,
ioga Karma e ioga Bhakti. -
1:57 - 1:59Depois da filosofia, chegamos à religião,
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1:59 - 2:01e novamente é muito interessante notar
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2:01 - 2:04que a maioria das religiões
tendem a ter uma trindade. -
2:05 - 2:07E que os três aspectos da trindade
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2:07 - 2:10estão em perfeita correspondência
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2:10 - 2:13com os três caminhos da felicidade
sugeridos pelo melhor da filosofia. -
2:13 - 2:16Explicarei gradualmente
essa correspondência. -
2:16 - 2:20Por trindade, quero dizer
Brahma, Vishnu, Mahesh do hinduísmo; -
2:20 - 2:23o filho, o Pai e o Espírito Santo
do cristianismo; -
2:23 - 2:26Mohammed, Allah e Al-Haqq do islã;
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2:26 - 2:29Dharmakaya, Sambhogakaya
e Nirmanakaya do budismo; -
2:29 - 2:32o Bom, o Mau e o Feio
de Clint Eastwood. (Risos) -
2:32 - 2:35Certo, isso é para ver se vocês
estão me acompanhando. -
2:36 - 2:39Finalmente, chegamos à evidência empírica.
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2:40 - 2:42De acordo com ela,
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2:42 - 2:46a humanidade pode ser classificada
em três tipos de personalidade. -
2:46 - 2:48E os três tipos de personalidade
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2:48 - 2:50correspondem aos três
caminhos da felicidade. -
2:50 - 2:53Os três tipos são: endomórfico,
mesomórfico e ectomórfico. -
2:53 - 2:56Os endomórficos são meigos e gorduchos.
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2:56 - 3:00Gostam de luxo, comida, companhia.
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3:00 - 3:03Os mesomórficos possuem
ossatura larga, são musculosos. -
3:04 - 3:06São ativos, combativos, gostam de poder.
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3:06 - 3:09E os ectomórficos têm
ossatura pequena, são esbeltos. -
3:09 - 3:13Eles são pensativos,
sensíveis, introvertidos. -
3:13 - 3:18E todos nós somos uma combinação dos três.
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3:18 - 3:21A maioria de nós combinamos
os três em graus variados, -
3:21 - 3:23o que também explica
por que a felicidade de um -
3:23 - 3:26é tão diferente da de outro.
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3:26 - 3:30Voltando para o primeiro caminho
da felicidade: ioga Bhakti, -
3:30 - 3:37o caminho da encarnação,
do endomórfico meigo e gorducho. -
3:37 - 3:40Pode-se dizer, o caminho
do amor e da devoção. -
3:40 - 3:43Amor, primeiramente, porque é
o que esta encarnação nos pede para fazer, -
3:43 - 3:47levar uma vida de amor,
uma vida desprovida de pecados. -
3:48 - 3:50A conexão entre amor e pecado?
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3:50 - 3:52Pecados são a ausência de amor.
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3:53 - 3:56São produto do ódio,
ganância, orgulho, raiva, inveja; -
3:56 - 3:57ódio a tudo.
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3:57 - 4:00Ódio não é compatível com felicidade.
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4:00 - 4:02Se os pecados se vão, o ódio acaba.
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4:02 - 4:03O ódio se vai, o amor entra.
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4:03 - 4:07E uma vez que o amor entra,
você se sente feliz. -
4:07 - 4:08Pense nisso.
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4:08 - 4:10Pode parecer bobo,
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4:10 - 4:14mas seus dias mais felizes são aqueles
em que todos parecem legais, -
4:14 - 4:16quando você não está sentindo ódio.
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4:16 - 4:19Os pedidos da esposa fazem sentido,
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4:19 - 4:21o motorista do táxi parece amigável,
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4:21 - 4:23o chefe chato parece ter razão,
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4:23 - 4:27e a recepcionista parece
extremamente amável. -
4:27 - 4:29O que me lembra do primeiro amor.
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4:29 - 4:31Quando...
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4:31 - 4:33você deve ter se apaixonado, acredito,
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4:33 - 4:34lembre-se do primeiro amor,
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4:34 - 4:39vai lembrar-se do sentimento maravilhoso
que vem com o primeiro amor. -
4:39 - 4:42Aquele sentimento de estar nas nuvens.
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4:43 - 4:48Ou será que a Providência
embutiu propositadamente -
4:48 - 4:50esse programa de primeiro amor em nós
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4:50 - 4:53para nos familiarizarmos
com o poder do amor? -
4:53 - 4:55Se o amor por alguém
leva a essa felicidade, -
4:55 - 4:58imagine que tipo de felicidade
aconteceria com um amor por todos? -
4:59 - 5:03A pergunta é: o que nos impede
de trilhar esse caminho do amor? -
5:03 - 5:05O que nos impede de amar a todos?
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5:07 - 5:10Uma resposta tentadora
e politicamente incorreta: -
5:10 - 5:14não amamos todas as pessoas
porque a maioria não merece. -
5:14 - 5:16Elas não merecem ser amados.
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5:16 - 5:18Como ultrapassar esse impedimento?
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5:19 - 5:24Simplesmente percebendo
que, seja o melhor ou o pior de nós, -
5:25 - 5:28na verdade não temos muito controle
sobre o jeito que somos. -
5:28 - 5:30Não contribuímos muito
para a maneira que somos. -
5:32 - 5:35A família na qual nascemos,
a escola em que estudamos, -
5:35 - 5:37quem sentava ao nosso lado na classe,
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5:37 - 5:40que livro lemos e em que momento,
e assim por diante. -
5:40 - 5:42Nem nosso DNA nem as circunstâncias
são feitos por nós. -
5:42 - 5:46Então, vamos dar um tempo.
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5:47 - 5:49Não vamos poder resolver tudo de uma vez,
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5:49 - 5:51vamos por partes.
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5:51 - 5:55Vamos lembrar que, no longo caminho
do ódio para o amor, -
5:55 - 6:00teremos momentos de ressentimento,
apatia, tolerância, cordialidade, afeto. -
6:00 - 6:03Então não tenha pressa.
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6:03 - 6:05Promova um assunto de cada vez,
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6:05 - 6:08e veja como se sente.
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6:08 - 6:09Experimente como, com cada um deles,
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6:09 - 6:13um pacotinho de felicidade
explode dentro de você. -
6:14 - 6:18Para adicionar sabor, prazer,
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6:18 - 6:21você deveria adicionar
alguma ação à essa promoção, -
6:21 - 6:26porque, no final, o amor de verdade
não é uma emoção, é um ato. -
6:26 - 6:30Uma ato de vontade que transforma-se
numa experiência espiritual, -
6:30 - 6:34e, sendo um ato, esperamos
que se torne ainda melhor com a prática. -
6:34 - 6:37O que me traz ao segundo
caminho: ioga Karma. -
6:37 - 6:38Ação desinteressada.
-
6:39 - 6:42Age-se, mas abandona-se
os resultados daquela ação. -
6:43 - 6:45O caminho do mesomórfico
ativo e combativo, -
6:45 - 6:48na trindade do Pai, do filho
e do Espírito Santo. -
6:48 - 6:51Este é o pai; pai mesmo,
-
6:51 - 6:53porque quando uma criança
vai para a escolinha, -
6:54 - 6:57ela sabe que é ela que terá
que fazer sua lição de casa, -
6:57 - 6:59é ela que tem que enfrentar
a zoeira na escola -
6:59 - 7:00e falar com a professora.
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7:00 - 7:03Mas, claro, se algo
muito errado acontecer, -
7:03 - 7:05seu pai estará lá para protegê-la.
-
7:06 - 7:07Certo?
-
7:07 - 7:11Então a ioga Karma, se posso
usar um clichê, baseia-se em: -
7:11 - 7:13"Faça o seu melhor, esqueça o resto".
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7:14 - 7:15Parece simples e tranquilo,
-
7:15 - 7:18mas todos nós sabemos
que é mais fácil falar do que fazer. -
7:18 - 7:19Por quê?
-
7:20 - 7:22Porque não importa quanto façamos,
-
7:22 - 7:25sempre terá aquela sensação
de que não fizemos o suficiente. -
7:26 - 7:28Sabe, ao longo dos anos
acabamos abandonando -
7:28 - 7:31aquela virtude maravilhosa
chamada resignação. -
7:32 - 7:33Uma pena,
-
7:33 - 7:35porque a neurociência nos diz
-
7:35 - 7:39que, quando lidamos com um problema
e a mente renuncia a um resultado, -
7:40 - 7:44a amígdala no cérebro para de enviar
sinais de estresse e ansiedade. -
7:46 - 7:51E aqui está o impedimento
embutido no ioga Karma. -
7:52 - 7:55Todos sabemos que precisamos
renunciar em algum momento. -
7:55 - 7:58Mas não sabemos
em que momento, exatamente. -
7:58 - 8:02Ou seja, quanto é o esforço
equivalente ao meu melhor? -
8:03 - 8:07Uma maneira de olhar para essa questão
seria mudando a perspectiva. -
8:08 - 8:09Certo?
-
8:09 - 8:12E, quando vemos essa
"mudança de perspectiva", -
8:12 - 8:15quero dizer, em vez de procurar maneiras
-
8:15 - 8:21de ver o quanto mais poderia ter
sido feito pra atingir aquele objetivo, -
8:21 - 8:23o que poderia ter sido feito
para atingir uma meta, -
8:23 - 8:27tentamos descobrir
o quão importante o objetivo é. -
8:29 - 8:33Nós nos separamos
do objetivo, nos afastamos. -
8:34 - 8:37Olhamos de longe, e então começamos a ver.
-
8:38 - 8:41Quanto de esforço é equivalente.
-
8:41 - 8:43Entretanto, ainda temos
um grande problema. -
8:43 - 8:47Porque, quando você está há algum tempo
avaliando seus objetivos, -
8:47 - 8:52pode acontecer de a maioria dos objetivos
começarem a parecer triviais. -
8:52 - 8:55E um objetivo trivial não instiga à ação.
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8:55 - 8:56Temos um paradoxo novamente.
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8:56 - 8:59Dê muita importância às suas metas
e verá tensão nervosa; -
8:59 - 9:03dê pouca importância
e verá depressão sem ação. -
9:03 - 9:04Solução?
-
9:04 - 9:06Bem, não há uma solução clara,
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9:06 - 9:09mas tenho algumas pistas
quando jogo tênis de manhã. -
9:11 - 9:15É o momento em que estou correndo,
suando, pensando em estratégias. -
9:16 - 9:19Tenho sido acusado até de blefar
que a bola foi na linha. -
9:19 - 9:21Resumindo, eu gosto de ganhar.
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9:21 - 9:26Mas, se eu perder, esqueço em 15 minutos.
-
9:27 - 9:29Então eu acho que o grande
truque da ioga Karma -
9:29 - 9:33está em replicar aquela astúcia
da partida de tênis, -
9:33 - 9:35no nosso cotidiano.
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9:36 - 9:40O que me traz, finalmente
ao caminho final, que é a ioga Gyana, -
9:40 - 9:43o caminho do ectomórfico
sensível e introvertido. -
9:44 - 9:45O caminho do Espírito Santo,
-
9:45 - 9:50que tudo transcende
e permeia a realidade divina; -
9:50 - 9:54Nirgun, Nirvishesh, Nirakar, Akarta.
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9:54 - 9:58Sem qualidade, sem atributo,
sem forma, não agente. -
9:58 - 10:00No Brihadaranyaka Upanishad,
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10:00 - 10:03quando o pai do menino termina
de contar sobre a realidade divina, -
10:03 - 10:05ele adiciona no final:
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10:05 - 10:08"E isso, Svetaketu, tu és".
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10:08 - 10:09"Tat twam asi."
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10:09 - 10:12Não só Svetaketu, mas todos nós
somos esta realidade divina. -
10:12 - 10:15Esta realidade divina é
o fundamento da nossa existência. -
10:15 - 10:17Vedanta diz isso.
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10:17 - 10:18Eckhart e Thomas Aquino diz isso.
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10:18 - 10:21O muçulmano Sufi Al-Ghazali diz isso.
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10:21 - 10:23O budismo diz isso. Tao e Zen diz isso.
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10:23 - 10:25A física quântica diz isso.
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10:25 - 10:28O que é emaranhamento quântico
ou colapso das funções de onda? -
10:28 - 10:32É a realidade divina em que o observador,
o observado e a observação se misturam. -
10:32 - 10:35Em que fenômeno se separa com sucesso
-
10:35 - 10:37uma partícula subatômica
de seu momento magnético? -
10:37 - 10:40Não é uma realidade na qual
a qualidade não é um atributo? -
10:40 - 10:42Perceber nossa unidade
com a realidade divina -
10:42 - 10:45é o objetivo principal
de toda vida humana. -
10:45 - 10:47Mas por que não conseguimos fazer isso?
-
10:47 - 10:50Porque, como Al Pacino diz
em "Perfume de Mulher", -
10:50 - 10:52"é difícil pra caramba".
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10:52 - 10:54(Risos)
-
10:54 - 10:55Hoo-ah!
-
10:56 - 11:00Na verdade, é difícil porque
é um território inexplorado. -
11:01 - 11:06E o que nos aflige ainda mais
nesse território inexplorado -
11:06 - 11:10é o fato de que somos totalmente
ignorantes de nossas limitações. -
11:10 - 11:16Não achamos que haja um limite
para nossos níveis de compreensão, -
11:16 - 11:19que compartilhamos 98%
do nosso DNA com chimpanzés, -
11:19 - 11:22e que os 2% que sobram
-
11:22 - 11:25não significam um salto infinito
na capacidade de nosso cérebro. -
11:26 - 11:29Assim como um chimpanzé
nunca entenderá teoria quântica, -
11:29 - 11:32há certas coisas que, mesmo
quando explicadas, não iremos entender. -
11:32 - 11:35Da mesma forma, não acreditamos
-
11:35 - 11:40que podem existir receptores de estímulos
e sensações diferentes dos que conhecemos. -
11:40 - 11:43Não acreditamos que linguagem e razão
-
11:43 - 11:46sejam ferramentas essenciais
de entendimento, -
11:46 - 11:48com algumas limitações incorporadas.
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11:49 - 11:50Wittgenstein em "Tractatus"
-
11:50 - 11:54e Immanuel Kant em "Crítica da Razão Pura"
-
11:54 - 11:57apresentaram explicações
muito válidas para essas limitações. -
11:58 - 12:00O que não quer dizer
que conhecimento e razão -
12:00 - 12:02não têm qualquer papel na ioga Gyan.
-
12:02 - 12:05Têm sim. É que, sozinhos,
eles são incompletos. -
12:05 - 12:07Não são suficientes.
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12:07 - 12:09É como se você fosse um pintor,
-
12:10 - 12:12então um bom livro
-
12:12 - 12:15contendo excelentes comentários sobre
pintura poderia ser ótimo para você, -
12:15 - 12:18mas o livro sozinho não te leva a nada.
-
12:18 - 12:20Uma hora você precisa pôr mãos à obra,
-
12:20 - 12:22pegar tinta e pincel.
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12:22 - 12:25Então, como você pega tinta e pincel?
-
12:25 - 12:28Como você põe mãos à obra na ioga Gyan?
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12:29 - 12:32Simples. "Mindfulness" e meditação.
-
12:32 - 12:34Não vou detalhar essas técnicas,
-
12:34 - 12:38mas vou dizer o que acontece com seu
cérebro e mente quando começa a meditar. -
12:38 - 12:42Seu cérebro começa a se alterar
de forma permanente. -
12:43 - 12:45Chama-se neuroplasticidade.
-
12:45 - 12:50Hormônios de bem-estar são liberados,
redes neurais são religadas -
12:50 - 12:54de maneira a ajudá-lo
a manter-se livre de estresse. -
12:54 - 12:56A espessura cortical aumenta,
-
12:56 - 13:01o que ajuda com resolução de problemas
e ajustes emocionais e de planejamento. -
13:01 - 13:03A densidade das células diminui,
-
13:03 - 13:05mas em áreas responsáveis pelo estresse.
-
13:05 - 13:09Resumindo, sentir-se bem após a meditação
não é apenas psicológico. -
13:10 - 13:11Certo?
-
13:11 - 13:13Isso me traz ao ponto em que...
-
13:13 - 13:17Então, deixe pra lá a neurociência.
-
13:17 - 13:22Vamos voltar para o fato do que está
acontecendo em termos de experiência real. -
13:22 - 13:25Bem, numa experiência real
quando você está consciente -
13:25 - 13:28você aprende a responder
ao invés de reagir. -
13:28 - 13:29Quando você medita,
-
13:29 - 13:32você aprende a aumentar
o controle sobre sua atenção. -
13:32 - 13:34Então você se torna cada vez
menos vulnerável -
13:34 - 13:38a qualquer estímulo perdido
que possa te atingir. -
13:38 - 13:41Com os estímulos perdidos
e as reações não controladas -
13:41 - 13:42fora do seu caminho,
-
13:42 - 13:45a poeira começa a baixar,
a mente se torna mais clara. -
13:45 - 13:48Você pode portanto se ver,
se conhecer mais claramente. -
13:48 - 13:53Seus preconceitos, suas preferências,
seus desejos, suas aversões. -
13:53 - 13:56Pode claramente ver as maquinações
e manipulações desses sentimentos. -
13:57 - 13:59Muito mais importante que tudo isso,
-
13:59 - 14:01quando você está consciente,
-
14:01 - 14:04você começa a aproveitar o show
como um espectador ou testemunha. -
14:04 - 14:10Sabe, o ator, eu, eu mesmo,
gradualmente começa a perder importância. -
14:10 - 14:12E quando você começa a ver o mundo
-
14:12 - 14:15com um pouco menos de auto-referência,
-
14:15 - 14:20as coisas automaticamente começam
a parecer mais calmas, mais agradáveis. -
14:21 - 14:23Bem, isso foi sobre felicidade
e o paradoxo. -
14:23 - 14:25Se me permitir só mais um minuto,
-
14:25 - 14:28vou te ensinar todos os clichês
relacionados a felicidade. -
14:29 - 14:31Os clichês, aquelas frases
que ouvimos o tempo todo, -
14:31 - 14:34e param de ter qualquer
significado para nós. -
14:35 - 14:39Quando consideramos um clichê,
nós o vemos como um ponto vermelho, -
14:39 - 14:41no meio do nosso entendimento.
-
14:41 - 14:42Olhando por outro ângulo,
-
14:42 - 14:46percebemos que o que pensamos
ser um círculo, é de fato uma espiral. -
14:46 - 14:48Certo?
-
14:49 - 14:52Depois nos é revelado,
isso está ficando técnico, -
14:52 - 14:55depois nos é revelado que o clichê,
-
14:55 - 14:57que a partir da nossa visão
parece estar fixo, -
14:58 - 15:03tem o potencial de existir nos planos
mais altos de profundidade. -
15:04 - 15:08Por exemplo, as palavras simples,
o clichê simples: -
15:08 - 15:10"Faça o seu melhor, esqueça o resto"
-
15:10 - 15:14é verdadeiro tanto para uma criança
quanto para o grande filósofo Spinoza. -
15:14 - 15:18Mas a visão que cada um tem dessas
palavras é extremamente diferente. -
15:18 - 15:21Estou tentando dizer que,
-
15:21 - 15:24quando se fala em clichês relacionados
a felicidade e espiritualidade, -
15:24 - 15:26eles tendem a ter mais de um significado.
-
15:27 - 15:29Então o pensamento
que quero deixar para vocês é: -
15:32 - 15:35não sejamos tímidos
ao revisitar nossos clichês. -
15:35 - 15:38Não sejamos tímidos ao tentar desvendá-los
-
15:38 - 15:40usando qualquer combinação
de técnicas dos três caminhos. -
15:40 - 15:43E sim, ao usar os três caminhos,
-
15:43 - 15:45não esqueça, vamos sempre manter em mente
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15:45 - 15:47o princípio básico que está na base.
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15:47 - 15:51O princípio de que, antes
de procurarmos pela felicidade, -
15:52 - 15:55vamos nos tornar mais
receptivos para recebê-la. -
15:55 - 15:56Obrigado.
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15:56 - 15:58(Aplausos)
- Title:
- Felicidade: o paradoxo e o clichê | Sachin Jha | TEDxRTU
- Description:
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Os caminhos que levam à felicidade são conhecidos, mas poucos escolhem trilhá-los. A palestra explora as razões escondidas neste paradoxo. Além disso, o autor revela como as palavras de sabedoria ditas clichês podem esconder múltiplas camadas de significados.
Sachin Jha é um tecnocrata (B.Tech, IIT Delhi) que administra uma fábrica de produtos químicos em Rajasthan. Ávido leitor, com uma mente sintética, ele é autor de um livro sobre felicidade chamado "The Ordinary, the Enchanted and the Quaintly Happy". Outro livro de sua autoria é uma biografia de Mr. V.K.Bansal chamado "It All Adds Up". Seu estilo de escrever é aquele que flerta com o humor mesmo quando os esforços são para entregar uma mensagem pertinente.
Jha é ex-aluno da escola Scindia, Gwalior, e está atualmente buscando especialização em direito.
Em seu tempo livre, ele gosta de pintar a óleo e acrílico e teve algumas exposições bem recebidas no The India Habitat Centre, em Nova Delhi.Esta palestra foi dada num evento TEDx usando formato de conferência TED mas organizado de forma independente pela comunidade local. Aprenda mais em https://www/ted/com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 16:02
Claudia Sander approved Portuguese, Brazilian subtitles for Happiness: the paradox and the cliché. | Sachin Jha | TEDxRTU | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for Happiness: the paradox and the cliché. | Sachin Jha | TEDxRTU | ||
Claudia Sander accepted Portuguese, Brazilian subtitles for Happiness: the paradox and the cliché. | Sachin Jha | TEDxRTU | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for Happiness: the paradox and the cliché. | Sachin Jha | TEDxRTU | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for Happiness: the paradox and the cliché. | Sachin Jha | TEDxRTU | ||
Claudia Silva edited Portuguese, Brazilian subtitles for Happiness: the paradox and the cliché. | Sachin Jha | TEDxRTU | ||
Claudia Sander declined Portuguese, Brazilian subtitles for Happiness: the paradox and the cliché. | Sachin Jha | TEDxRTU | ||
Claudia Sander edited Portuguese, Brazilian subtitles for Happiness: the paradox and the cliché. | Sachin Jha | TEDxRTU |