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Como escolher suas notícias - Damon Brown

  • 0:08 - 0:11
    Como você sabe o que está acontecendo
    no seu mundo?
  • 0:11 - 0:14
    A quantidade de informação a apenas
    um clique de distância
  • 0:14 - 0:15
    pode ser ilimitada,
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    mas o tempo e energia que temos
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    para absorvê-la e avaliá-la não é.
  • 0:20 - 0:23
    Toda a informação do mundo
    não será muito útil
  • 0:23 - 0:26
    a menos que você saiba como ler a notícia.
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    Para seus avós, seus pais,
  • 0:28 - 0:29
    ou mesmo para os irmãos mais velhos,
  • 0:29 - 0:31
    essa ideia teria soado estranha.
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    Há apenas algumas décadas,
    a notícia era de base ampla.
  • 0:34 - 0:36
    As opções se limitavam
  • 0:36 - 0:38
    a um par de revistas de interesse geral
  • 0:38 - 0:40
    e jornais de notícias públicas,
  • 0:40 - 0:42
    e três ou quatro redes de TV,
  • 0:42 - 0:45
    em que apresentadores confiáveis
    apresentavam as notícias do dia,
  • 0:45 - 0:49
    no mesmo horário de sempre,
    todas as noites.
  • 0:49 - 0:51
    Mas os problemas deste sistema
    logo tornaram-se evidentes
  • 0:51 - 0:53
    com a propagação da mídia de massa.
  • 0:53 - 0:55
    Embora todos soubessem
    que os países autoritários
  • 0:55 - 0:57
    controlavam e censuravam informações,
  • 0:57 - 0:59
    uma série de escândalos mostrou
  • 0:59 - 1:03
    que governos democráticos também
    estavam enganando o público,
  • 1:03 - 1:06
    muitas vezes com a cooperação da mídia.
  • 1:06 - 1:09
    Revelações de guerras encobertas,
    assassinatos secretos
  • 1:09 - 1:11
    e corrupção política
  • 1:11 - 1:14
    minaram a fé pública
    nas narrativas oficiais
  • 1:14 - 1:17
    apresentadas por fontes convencionais.
  • 1:17 - 1:19
    Esta quebra de confiança
    nos guardiões da mídia
  • 1:19 - 1:23
    fez com que jornais alternativos,
    programas de rádio e de televisão a cabo
  • 1:23 - 1:27
    competissem com os principais jornais e
    transmissoras de eventos
  • 1:27 - 1:28
    sob várias perspectivas.
  • 1:28 - 1:31
    Mais recentemente, a Internet
    multiplicou a quantidade
  • 1:31 - 1:33
    de informações e pontos de vista,
  • 1:33 - 1:36
    com as mídias sociais, blogs e
    vídeos online,
  • 1:36 - 1:39
    transformando cada cidadão
    em um repórter em potencial.
  • 1:39 - 1:42
    Mas se todo mundo for repórter,
    ninguém o é,
  • 1:42 - 1:43
    e fontes diferentes podem discordar
  • 1:43 - 1:46
    não apenas quanto às opiniões,
    mas sobre os próprios fatos.
  • 1:46 - 1:50
    Então, como obter a verdade,
    ou algo próximo a ela?
  • 1:50 - 1:53
    Uma das melhores formas é
    pegar a notícia original,
  • 1:53 - 1:55
    não filtrada por intermediários.
  • 1:55 - 1:58
    Em vez de artigos que interpretam
    um estudo científico
  • 1:58 - 1:59
    ou o discurso de um político,
  • 1:59 - 2:03
    geralmente você pode encontrar o material
    original e julgar por si mesmo.
  • 2:03 - 2:07
    Para os eventos atuais, siga as
    informações nas mídias sociais.
  • 2:07 - 2:09
    Durante grandes eventos,
    como a Primavera Árabe
  • 2:09 - 2:11
    ou os protestos na Ucrânia,
  • 2:11 - 2:14
    apresentadores e blogueiros postaram
    atualizações e gravações
  • 2:14 - 2:16
    diretamente do meio do caos.
  • 2:16 - 2:19
    Embora mais tarde, muitos destes apareçam
    em artigos ou transmissões,
  • 2:19 - 2:22
    tenha em mente que estas versões polidas
  • 2:22 - 2:24
    muitas vezes combinam
    a voz da pessoa que estava lá
  • 2:24 - 2:27
    com as entradas de editores
    que não estavam.
  • 2:27 - 2:29
    Ao mesmo tempo, quanto mais
    caótica a história,
  • 2:29 - 2:32
    menos você deve tentar seguí-la
    em tempo real.
  • 2:32 - 2:36
    Em eventos como ataques terroristas
    e desastres naturais,
  • 2:36 - 2:38
    a mídia atual tenta fazer
    uma cobertura contínua,
  • 2:38 - 2:41
    mesmo quando nenhuma nova informação
    confiável está disponível,
  • 2:41 - 2:44
    às vezes levando
    a uma informação incorreta,
  • 2:44 - 2:47
    ou a falsas acusações
    contra pessoas inocentes.
  • 2:47 - 2:50
    É fácil ficar ansioso em tais eventos,
  • 2:50 - 2:52
    mas tente verificar as informações
    mais recentes
  • 2:52 - 2:54
    em vários momentos durante o dia,
  • 2:54 - 2:56
    em vez de a cada poucos minutos,
  • 2:56 - 2:59
    dando tempo para que surjam
    detalhes mais completos
  • 2:59 - 3:02
    e para que falsas informações
    sejam refutadas.
  • 3:02 - 3:04
    Embora o bom jornalismo vise
    à objetividade,
  • 3:04 - 3:07
    a imprensa tendenciosa é muitas
    vezes inevitável.
  • 3:07 - 3:08
    Quando você não conseguir
    a história na fonte,
  • 3:08 - 3:11
    leia a cobertura em diversos canais,
  • 3:11 - 3:14
    que mostrem diferentes repórteres
    e entrevistem diferentes especialistas.
  • 3:14 - 3:17
    Sintonizar várias fontes
    e observar as diferenças
  • 3:17 - 3:19
    permite que você junte as peças
  • 3:19 - 3:21
    para ter um quadro mais completo.
  • 3:21 - 3:24
    Também é crucial
    separar o fato da opinião.
  • 3:24 - 3:27
    Palavras como "acho", "é possível",
    ou "provavelmente"
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    significam que o jornal
    está sendo cuidadoso
  • 3:30 - 3:32
    ou, pior ainda, dando um palpite.
  • 3:32 - 3:36
    E cuidado com as notícias baseadas
    em fontes anônimas.
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    Podem ser pessoas que têm
    alguma conexão com a história,
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    ou que têm interesse
    em influenciar a cobertura,
  • 3:41 - 3:43
    e o anonimato faz com que
    não assumam a responsabilidade
  • 3:43 - 3:46
    pela informação que fornecem.
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    Finalmente, e principalmente,
  • 3:48 - 3:50
    tente verificar a notícia
    antes de espalhá-la.
  • 3:50 - 3:52
    Embora as mídias sociais
    tenham possibilitado que a verdade
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    chegasse até nós mais rápido,
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    também permitiram que se espalhem boatos
  • 3:56 - 3:57
    antes que possam ser verificados
  • 3:57 - 3:59
    e que mentiras sobrevivam
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    muito tempo depois
    de terem sido refutadas.
  • 4:01 - 4:03
    Portanto, antes de compartilhar
    aquela notícia
  • 4:03 - 4:05
    inacreditável ou ultrajante,
  • 4:05 - 4:08
    faça uma pesquisa na internet
    para encontrar qualquer informação
  • 4:08 - 4:11
    ou contexto adicional
    que você pode ter perdido,
  • 4:11 - 4:13
    e o que os outros
    estão dizendo sobre isso.
  • 4:13 - 4:15
    Hoje, estamos mais livres do que nunca
  • 4:15 - 4:17
    dos velhos guardiões da mídia,
  • 4:17 - 4:20
    que antes controlavam
    o fluxo de informações.
  • 4:20 - 4:22
    Mas com a liberdade
    vem a responsabilidade:
  • 4:22 - 4:25
    a responsabilidade de cuidar
    da nossa própria experiência
  • 4:25 - 4:28
    e de garantir que esse fluxo
    não se torne uma inundação,
  • 4:28 - 4:32
    deixando-nos menos informados
    do que antes de darmos esse mergulho.
Title:
Como escolher suas notícias - Damon Brown
Speaker:
Damon Brown
Description:

Veja a lição completa em: http://ed.ted.com/lessons/how-to-choose-your-news-damon-brown

Com o advento da Internet e das mídias sociais, a notícia é distribuída a uma velocidade incrível, por meio de um número sem precedentes de diferentes meios de comunicação. Como vamos escolher qual notícia devemos aceitar? Damon Brown fala, em primeira mão, sobre como as opiniões e fatos (e às vezes não fatos) chegam aos noticiários e como o leitor inteligente pode distingui-los.

Lição de Damon Brown, animação de Augenblick Studios.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:49
  • Linha 77, tempo 00:03:24,216 --> 00:03:27,564
    Na legenda em Ingles, não havia aspas nas palavras. Por isso, ao traduzir, também não coloquei.

  • Linha 68, tempo 00:03:01,721 --> 00:03:03,838

    Utilização da crase.

    A regência do verbo "visar", nos sentidos de dirigir a pontaria ou mirar (que é o caso aqui tratado) é Transitivo Direto. Logo, não pede preposição, portanto não pode haver crase.

    Quem for fazer a próxima revisão, favor remover a crase do ( vise à objetividade).
    Obrigada.

  • As legendas em Português do Brasil para esta lição TED-Ed já foram aprovadas por mim. Havendo qualquer dúvida, sugestão ou pedido de correção para legendas já aprovadas, entre em contato com um dos LCs do nosso idioma (de preferência com o LC que aprovou as legendas). Qualquer “post-edit” que for necessário pode ser feito por nós.

    Quanto ao verbo “visar”: atualmente, a regência direta tem sido utilizada com o mesmo significado da indireta. Porém, tradicionalmente ele é transitivo direto (sem crase) quando tem sentido de “ver”, "apontar", "olhar", “mirar”, "dar visto em", e é transitivo indireto (com crase) quando tem sentido de “almejar”, "ter por objetivo", "ter por fim", "dispor-se", "propor-se a", e considero ser esse o sentido que se aplica ao presente caso. Por isso, não vejo como o uso da crase aqui possa estar incorreto. (http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/definicao/visar%20_1066135.html, http://www.nilc.icmc.usp.br/minigramatica/mini/aregenciaeoverbovisar.htm, http://www.portugues.com.br/gramatica/regencia-verbal-.html).

    Quanto às aspas: em português, normalmente são usadas aspas para distinguir “uso” de “menção”: quando se faz menção a uma palavra/expressão, usamos aspas; quando usamos de fato a palavra/expressão, não usamos aspas. (http://www.defnarede.com/u.html, http://www.marilia.unesp.br/Home/Instituicao/Docentes/RicardoTassinari/Intro.pdf). Talvez as aspas nas legendas em inglês não tenham sido usadas para evitar que aparecessem com erro no YouTube (o que andou acontecendo um tempo atrás). Mas esse erro já foi corrigido. Ou talvez, na transcrição, elas simplesmente tenham sido omitidas. Isso não impede que as coloquemos na tradução para o Português do Brasil, quando necessário (que é o caso).

    Portanto, não vejo incorreção nos pontos citados (regência indireta de “visar” e uso das aspas em menção de palavras/expressões).

    Havendo qualquer dúvida, fale e tentaremos resolver e, se for necessário, fazer um "post-edit".

    Observações adicionais: Algumas linhas tinham mais de 42 caracteres e não tinham sido quebradas (http://translations.ted.org/wiki/How_to_break_lines#What_are_line_breaks.3F). Evite "há" e "atrás" juntos na mesma frase. Opte por um ou por outro: "Há apenas algumas décadas..." ou "Apenas algumas décadas atrás...". Algumas palavras perderam a acentuação com o atual acordo ortográfico: "ideia" e não "idéia". Fora alguns destes pequenos ajustes, a tradução está muito boa.

  • Leonardo, obrigada pelo feedback.

    (As legendas em Português do Brasil para esta lição TED-Ed já foram aprovadas por mim): pensei que você só tinha aprovado a tradução, mas que agora, outra pessoa teria que aprovar a revisão.

    Pelo que eu tinha entendo do Workflow, são 3 fases: Tradução, Revisão, Aprovação.

    Quanto as aspas, entendo como funcionam, mas não sabia sobre "o erro do youtube". De qualquer forma, eu não sabia se poderia/deveria incluir algo que não estava na legenda original. Bem, agora já sei.

    Regra dos 42 caracteres: confesso que várias linhas eu contei, e quando passava "por pouco" eu deixei pois pensei que não haveria problema. Mas pelo que vejo, é terminantemente proibido né?

    (Evite "há" e "atrás" juntos na mesma frase): sei que é redundante, mas como no Brasil, a gente fala demais desse jeito, e inclusive leio várias notícias dessa forma, achei que não haveria problema.

    Estou começando no grupo, e estarei atenta a esses detalhes para as próximas traduções.

    Abraços. Andrea.

Portuguese, Brazilian subtitles

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