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A hierarquia da velocidade | Keven Bloomfield | TEDxUKY

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    Eu gosto de dirigir. Gosto de carros.
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    Tenho certeza que todos aqui
    também gostam.
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    Mas gostaria de perguntar algo:
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    "O que acontece quando você
    não tem mais um carro?"
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    Esta é a situação em que me encontrava.
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    Não tinha mais veículo, perdi meu carro.
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    Percebi, naquele momento,
    que precisava fazer algo diferente.
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    Teria que caminhar ou andar de ônibus
    ou, ouso dizer, usar minha bicicleta.
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    Foi praticamente quando comecei a perceber
    que Lexington, o bairro onde moro,
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    tem uma ótima variedade de recursos.
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    Quando digo recursos,
    quero dizer ciclovias.
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    Também significa outras coisas,
    mas estamos falando de ciclovias.
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    E percebi que temos
    ótima infraestrutura em Lexington.
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    Mas algumas vezes
    não nos damos muito bem com isso.
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    Eu me vi em muitas situações
    nas quais pensei:
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    "Nossa! Isso é muito perigoso,
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    isso não é legal".
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    Então, vejamos, por que as pessoas
    andam de bicicleta?
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    E por que as pessoas escolhem
    outras formas de transporte?
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    E percebi que, no meu caso,
    era porque eu precisava.
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    Eu me encontrei em situações
    em que era minha única opção.
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    Mas depois descobri o tanto que gostava,
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    como era saudável e outros benefícios
    que vêm junto com o pedalar,
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    principalmente, ir a todos
    os lugares bem rápido.
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    Você sabia que, em média, em Lexington,
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    você dirige a 40 km por hora,
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    não importa se você vai a 130
    para pegar o sinal verde,
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    você vai chegar ao seu destino
    no mesmo horário:
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    de Hamburg até o centro da cidade
    leva cerca de 30 minutos.
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    Leva o mesmo tempo de carro.
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    Decidi que precisava repensar a ordem,
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    a hierarquia da velocidade
    do transporte, como eu chamo.
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    Não significa que valorizamos
    mais o carro, o ônibus,
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    a bicicleta ou a caminhada.
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    Precisava repensar o que acho
    do meu meio de transporte.
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    Porque agora valorizamos mais o carro
    e o resto parece ser só um auxiliar.
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    Então, 90% das pessoas
    dirigem carros para o trabalho
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    e somente 0,6% vão de bicicleta.
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    Mesmo assim, 70% das viagens de carro
    são mais curtas do que 3 km.
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    Em média, é possível andar
    40 km por hora de bicicleta,
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    o mesmo que pode fazer de carro.
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    Não há razão para isso,
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    talvez a bicicleta se torne tão importante
    ou viável quanto um carro.
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    Então quando começamos a pesar
    nosso processo de decisão
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    para decidir qual veículo usar: bicicleta,
    caminhar, carro, sobretudo bicicletas,
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    começamos a pensar mais criticamente
    sobre como chegar a algum lugar
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    e escolher a forma correta de transporte.
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    É sobre não pedalar porque precisamos,
    mas pedalar porque queremos.
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    Isso também me fez pensar sobre os tipos
    de pessoas que andam de bicicleta,
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    porque isso é importante.
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    Se há pessoas que pedalam o tempo todo
    e pessoas que não pedalam,
  • 3:00 - 3:01
    como obter uma infraestrutura melhor?
  • 3:01 - 3:05
    Como fazer com que mais pessoas pedalem?
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    Então pensei: "Quem faz parte desse grupo?
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    Quem são as pessoas
    que não estão pedalando?"
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    Isso me fez pensar em todos,
    os que estão ou não pedalando.
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    Então, há esta pessoa.
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    Esta pessoa representa todo mundo:
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    um universitário, um colega
    de trabalho, a vida cotidiana.
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    E depois há, claro, os "hipsters",
    que pedalam sempre.
  • 3:27 - 3:29
    Pedalam na neve, na rodovia,
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    provavelmente pedalam na sua frente,
    te deixando com raiva, às vezes.
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    E claro, há os profissionais que pedalam
    para manter a forma, para triátlons,
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    pedalam como estilo de vida,
    como entregadores e profissionais.
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    Lance Armstrong, Tour de France,
    essas coisas todas.
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    E há as pessoas que pedalam
    somente por lazer.
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    Aqui vemos um aposentado.
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    De repente, podem decidir retirar
    a bicicleta da garagem.
  • 4:00 - 4:03
    Mas não precisa ser
    nenhum desses casos em particular.
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    Parece que se conversarmos com a população
    que para de usar as bicicletas,
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    sobretudo os que se formam na universidade
    e começam uma família,
  • 4:13 - 4:15
    querem crescer na vida
    e começam a trabalhar.
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    Eles guardam, colocam
    as bicicletas deles na garagem
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    e não as retiram até se aposentarem.
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    Então começamos a pegar esses grupos:
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    aposentados, pessoas que pedalam
    somente por lazer,
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    pedalam no fim de semana para se divertir,
    e as pessoas comuns que só andam de carro.
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    Eles precisam trabalhar.
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    Estão iniciando a carreira.
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    E essas pessoas precisam pedalar.
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    Quando começamos a pensar nisso
    e começamos a escolher
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    e pensar em nosso sistema
    de transporte completo
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    como uma série de opções viáveis,
    dependendo do que você vai fazer,
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    aonde e por que está indo,
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    qual a distância
    e se precisa chegar rápido.
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    Então podemos começar a descobrir
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    como podemos ir de um lugar a outro
    somente com a bicicleta
  • 4:57 - 5:00
    e como podemos escolher a bicicleta
    para ir a esses lugares,
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    ao invés de usar o carro
    ou outra forma de transporte.
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    E fazendo isso,
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    começaremos a ver um aumento na quantidade
    de ciclistas em nossa comunidade.
  • 5:09 - 5:12
    Assim, conseguiremos infraestruturas
    melhores e não será tão perigoso.
  • 5:13 - 5:15
    Gostaria de desafiar todos
    aqui neste salão
  • 5:15 - 5:18
    a pensarem antes de entrar
    no carro ou no ônibus,
  • 5:18 - 5:20
    tentem levar em conta,
    como poderiam escolher a bicicleta
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    para que possam melhorar a vida
    de todos os ciclistas da nossa comunidade.
  • 5:25 - 5:26
    Obrigado.
  • 5:26 - 5:28
    (Aplausos)
Title:
A hierarquia da velocidade | Keven Bloomfield | TEDxUKY
Description:

O palestrante discute a infraestrutura para bicicletas em Lexington, KY.

Kevin Bloomfield é aluno do quarto ano de arquitetura e membro da Associação Gaines na Universidade do Kentucky, de Las Vegas, Nevada. Como membro da Associação Gaines, tem trabalhado com questões envolvendo bicicletas ao longo do último ano e meio, investigando vários aspectos da cultura dos ciclistas e da infraestrutura urbana.
Seu trabalho de conclusão de curso para a Associação Gaines envolve estudos de casos locais (Avenida Virgínia e Via Martin Luther King) em Lexington e planos da Universidade do Kentucky e da cidade de Lexington para a renovação urbana, nos quais ele aplica "design thinking" para desenvolver uma série de propostas tipológicas para a infraestrutura de bicicletas.
O objetivo final é propor categorias (ciclovias separadas, ruas compartilhadas, caixas para bicicletas, etc.) que dependem de variáveis específicas do local (largura da rua, população, volume de tráfego, etc.), em vez de qualquer condição individual.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
05:33

Portuguese, Brazilian subtitles

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