Jeff Volek - As várias facetas da Ceto-adaptação: Saúde, Performance, e além.
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0:14 - 0:16Estou encantado de estar aqui
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0:17 - 0:19Estão me ouvindo bem?
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0:26 - 0:33Agradeço o convite para participar no ihmc
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0:33 - 0:36Há uma lista de pessoas impressionantes
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0:36 - 0:39de palestrantes que falaram antes de mim, então é uma honra estar aqui
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0:39 - 0:43Me impressiono com este instituto
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0:43 - 0:46na questão de sua cultura de inovação e pensar grande
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0:46 - 0:50Vivo principalmente no meio acadêmico e,
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0:50 - 0:54apesar de se falar muito em pesquisas interdisciplinares,
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0:54 - 0:58e todo o poder que ela tem,
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0:58 - 1:03as fundações do meio acadêmico são muito fortes...
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1:03 - 1:06fácil de se falar, difícil de fazer.
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1:06 - 1:08Logo, acho incrível o que acontece aqui
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1:08 - 1:12é um ótimo modelo para qualquer instituto
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1:12 - 1:19Estive estudando dietas very low-carb por cerca de 15 anos
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1:19 - 1:22O que aprendi nesse meio tempo foi que uma
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1:22 - 1:27dieta cetogênica very low-carb bem formulada
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1:27 - 1:29é um grande martelo.
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1:29 - 1:35E quando você entende como usar um martelo poderoso,
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1:35 - 1:38tudo começa a parecer pregos
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1:38 - 1:42O que falarei hoje é sobre cetoadaptação
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1:42 - 1:48que é o processo de se adaptar à uma dieta very low-carb
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1:48 - 1:54e as várias aplicações desse estado metabólico único
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1:54 - 1:58nessa última década houveram diversas pesquisas
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1:58 - 2:00sobre dietas low-carb
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2:00 - 2:07mas, ainda assim, dietas lowcarb continuam um conceito obscuro.
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2:07 - 2:11Quero falar disso primeiro, pois é uma das questões mais comuns que recebo
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2:11 - 2:15você mostra às pessoas toda a ciência, ele dizem
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2:15 - 2:17que é tudo muito impressionante, mas por quê essas
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2:17 - 2:21dietas não são mais discutidas e promovidas?
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2:21 - 2:25Não irei comentar todos, mas aqui estão sete
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2:25 - 2:29pontos importantes à se pensar sobre
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2:29 - 2:35porque eles não consideraram mais seriamente
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2:35 - 2:38essa dieta nas últimas três ou quatro décadas.
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2:38 - 2:42E talvez pensar nas forças políticas, pelo menos,
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2:42 - 2:47política supera ciência quase todo dia
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2:47 - 2:53e considere esse ponto de vista de um geneticista famoso
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2:53 - 2:58Haldane, falando sobre os estados que as teorias devem passar
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2:58 - 3:031) Isso é um absurdo sem qualquer utilidade,
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3:03 - 3:062) isso é interessante, mas sem propósito
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3:06 - 3:103) é verdade, mas é sem importância
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3:10 - 3:144) eu sempre disse isso :)
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3:14 - 3:22Alguns de meus colegas que nos últimos anos
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3:22 - 3:26conderam dietas low-carb, estão agora explorando
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3:26 - 3:31o low-carb e suspeito que alguns deles acabem
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3:31 - 3:36dizendo que invetaram o low-carb
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3:36 - 3:42Os suecos estão incrivelmente além de nós
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3:42 - 3:47isso é uma notícia das últimas 2 ou 3 semanas
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3:47 - 3:52que mostra: Suécia é o primeiro país a mudar
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3:52 - 3:57no sentido de ter adotado a dieta low-carb high fat
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3:57 - 3:59como a diretriz nacional.
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3:59 - 4:03Isso não foi um proceso trivial, de acordo com as notícias
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4:03 - 4:09eles revisaram 16000 estudos num período de 2 anos
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4:09 - 4:12e tiveram um debate vigoroso sobre isso
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4:12 - 4:14acho que isso não é trivial
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4:14 - 4:16mas não segure sua respiração, pois
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4:16 - 4:18duvido que os EUA irá mudar suas diretrizes
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4:18 - 4:21nutricionais tão cedo assim.
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4:21 - 4:23Isso foi apenas pra lher dar a ideia de que
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4:23 - 4:27isso realmente está ganhando força agora
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4:27 - 4:29Correndo risco de dizer o óbvio,
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4:29 - 4:34em termos de dizer o problema,
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4:34 - 4:38temos uma epidemia, na verdade uma pandemia
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4:38 - 4:41de obesidade, e junto com isso temos
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4:41 - 4:45ritmos alarmantes de diabetes e outras complicações da obesidade,
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4:45 - 4:54temos cerca de 1 em 3 adultos nos EUA sendo obesos, e o dobro desse número tem sobrepeso.
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4:54 - 5:02Isso acontece apesar da proliferação de programas e políticas para combater a obesidade.
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5:02 - 5:13Então, temos pouca ideia de como acabar com isso. E o que é preocupante é que se olharmos em tendências e projeções,
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5:13 - 5:22estamos em mal estado aqui. Metade dos americanos em 2030 estarão com sobrepeso.
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5:33 - 5:42Um das reais preocupações aqui é o custo associado da saúde. Estimativas podem superar
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5:42 - 5:47200 Bilhões de dólares anualmente para manejar a obesidade.
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5:47 - 5:53Então, quais as soluções? Bem, somos apenas um bando de preguiçosos, certo?
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5:53 - 5:58Deveríamos sair e se exercitar mais. Essa é uma mensagem universal.
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5:58 - 6:05Não quero falar muito sobre exercício, mas tenho esse slide que acho bem informativo
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6:05 - 6:10esse é um estudo relativamente pequeno mas incrivelmente bem controlado
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6:10 - 6:15publicado há mais de 15 anos.
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6:15 - 6:25Eles fizeram isso em gêmeos idênticos (mesmo DNA), e os fizeram exercitar 2 vezes ao dia por 2 horas
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6:25 - 6:29e eles queimaram 600+kcal extras por dia
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6:29 - 6:41e eles estavam sendo assistidos e alimentados uma dieta que deveria manter suas calorias se não estivessem se exercitando
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6:41 - 6:45então estavam basicamente queimando 600kcal extras ao dia
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6:45 - 6:52quando você olha para a perda de peso, aqui estão os resultados: tremenda variabilidade
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6:52 - 6:59nas condições mais controladas, ou seja, sem trapacear. Pense nesses coitados aqui embaixo
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6:59 - 7:06eles se exercitaram por 2h ao dia e basicamente não perderam peso.
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7:06 - 7:14E alguns pares de gêmeos foram muito bem, alguns foram ok, mas o ponto aqui é que
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7:14 - 7:21há uma tremenda variabilidade entre gêmeos, mas um grande nível de concordância entre os pares de gêmeos.
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7:21 - 7:27O que isso nos diz é que exercício não é uma ferramenta poderosa de perda de peso.
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7:28 - 7:33Não quero que vá pra casa pensando que não deveria se exercitar...
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7:35 - 7:41Mas não é uma mensagem particularmente boa a se dizer aos obesos para se exercitarem mais
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7:41 - 7:44na verdade, em muitos casos, é punitivo!
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7:44 - 7:47Mas exercício é uma boa ferramente de bem-estar, existem diversas razões para o exercício
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7:47 - 7:52possuir efeitos na saúde, mas para um obeso, deve-se consertar a dieta
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7:52 - 7:58corrigir o metabolismo, o problema de fluxo de energia, e assim que perderem o peso
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7:58 - 8:04e tiverem a energia de naturalmente querer se exercitar e ganhar alguns dos benefícios à saúde.
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8:04 - 8:10Mas depende sim do DNA, e se você responde ao exercício quanto à perda de peso.
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8:10 - 8:13Então, exercício não é algo que vai salvar todos.
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8:13 - 8:15Qual seria (a solução?)
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8:16 - 8:21E eu acho que realmente tenho a resposta aqui, pessoal. Tive uma epifania ontem à noite...
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8:23 - 8:26E não vejo falhas nesse tipo de lógica:
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8:26 - 8:34(Nova obesidade nos EUA: 15% - Aumentar a classificação de obesidade por IMC de 30 a 35)
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8:34 - 8:36Aumentamos o IMC!
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8:36 - 8:46De 30 a 35, de um dia para a noite, cortamos a obesidade pela metade...
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8:46 - 8:50Falando sério: onde foi que erramos nesse trajeto?
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8:50 - 8:54Se você olhar para as últimas 4 décadas de políticas dietéticas, elas podem ser descritas basicamente
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8:54 - 8:56como uma falha épica.
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8:56 - 9:03E acho que parte disso se deve à estarmos promovendo uma intervenção dietética única
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9:03 - 9:07para uma população heterogênea.
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9:07 - 9:13Estamos usando uma estratégia única para todos, e eu diria que ela não funciona nem para
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9:13 - 9:17a maioria da população.
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9:17 - 9:21Precisamos de soluções melhores,
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9:27 - 9:37É isso que penso sobre o que precisa ser feito, e é incrivelmente complexo, mas é complexo pois não entendemos
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9:37 - 9:45as resposta está em personalizar a dieta e entender os fatores que contribuem para a variabilidade
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9:45 - 9:49e como as pessoas respondem às dietas. Mas isso significa pegar os profissionais
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9:49 - 9:54do exercício, nutrição, e experts trabalhando com geneticistas e microbiologistas,
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9:54 - 10:00e 'computational biologists', e pessoas da bioinformática, e
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10:00 - 10:07traduzir todas as descobertas em resultados verdadeiros que as pessoas podem usar
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10:07 - 10:12e estamos na infância de entender todas as complexidades aqui, mas
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10:12 - 10:17isso é parte da razão pela qual estou realmente intrigado pelo modelo de pesquisa interdisciplinar
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10:17 - 10:23pois é isso que vai levar para realmente ir pra frente nessa ideia de nutrição personalizada,
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10:23 - 10:30e pra deixar claro a complexidade, quando falamos sobre como as pessoas respondem à dieta
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10:30 - 10:38você meio que tem essa colisão cósmica entre todos os nutrientes que você come, mesmo numa
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10:38 - 10:45única refeição, você tem diferentes proporções de macronutrientes, sem mencionar dúzias de
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10:45 - 10:55vitaminas e minerais essenciais, e sem mencionar todas as formas bioativas, mas não-essenciais, de fitonutrientes nos alimentos,
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10:55 - 11:01você está comendo isso nas formas mais variadas, e ultimamente eles estão interagindo com seu
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11:01 - 11:08DNA, que é único, e isso está manifestando-se na forma de algum fenótipo, alguma resposta,
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11:08 - 11:14e isso é incrivelmente complexo, muito mais complexo que o trabalho sendo feito com remédios,
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11:14 - 11:20que é relativamente simples no sentido em que há um pequeno químico que geralmente age
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11:20 - 11:27em um pequeno alvo, ou alguns alvos, mas aqui você tem muito mais complexidade.
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11:27 - 11:29Isso aqui não é um assunto fácil.
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11:29 - 11:35O meu interesse inicial nessa área foi olhar para genes, e é aí onde muito do interesse
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11:35 - 11:45existente ainda está, e resumindo, não chegamos muito longe medindo uma alta variedade
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11:45 - 11:54de polimorfismos de um único nucleotídeo e genes, pois simplesmente não previa a resposta à dieta tão bem assim.
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11:54 - 12:01Onde começar, com toda essa complexidade? Eu diria que começar com carbs faz muito sentido,
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12:01 - 12:10começar a entender como personalizar o consumo de carboidratos é uma área em que acho que podemos
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12:10 - 12:16agir bastante, e parte disso é que carbs são mais que apenas combustível. Quer dizer, você lê isso
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12:16 - 12:26nos livros e é ensinado isso, e é verdade, mas mais do que isso: carbs são um potente regulador do metabolismo.
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12:26 - 12:33No sentido que controlam como seu corpo queima gordura. O que quero dizer com isso é que
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12:33 - 12:39quando ingerimos carbs, por não estarmos armazenando-os em quantidades altas,
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12:39 - 12:40(um pouco no glicogênio)
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12:40 - 12:46acabamos tendo que nos livrar deles de alguma forma, e a forma de fazer isso é queimá-los
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12:46 - 12:52na forma de combustível. Mas muitas pessoas não os queimam muito bem então acabam convertendo-os
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12:52 - 12:58em gordura também. Mas a chave aqui é que essa resposta metabólica prende as pessoas
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12:58 - 13:00no "modo de armazenamento".
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13:00 - 13:05Se você tem sobrepeso ou é obeso, seu problema não é "calorias entram, calorias saem",
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13:05 - 13:10seu problema é: você armazena uma quantidade de energia excessiva em seus adipócitos.
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13:10 - 13:14E isso é uma diferença sutil, mas incrivelmente importante, pois se esse é o problema,
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13:14 - 13:21logicamente a resposta envolveria entender o que controla acesso aos seus adipócitos.
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13:21 - 13:26E é a insulina. E insulina está relacionada com os carbs.
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13:26 - 13:35Carbs controlam o uso de energia, e particularmente inibem o acesso à gordura. Apesar disso,
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13:35 - 13:41na população, você vê uma ampla gama de tolerância aos carbs: algumas pessoas se dão bem
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13:41 - 13:48em high-carb, outras não. E se você está pensando que low-carb é extremo ou desbalanceada, ou
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13:48 - 13:55viola esse ideal de moderação que temos, pense nisso com uma perspectiva evolucional,
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13:55 - 14:03onde durante a maioria da história humana, evoluímos num contexto de uma dieta relativamente
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14:03 - 14:06limitada em carboidratos, pelo menos durante a maioria do ano.
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14:06 - 14:15Assim, não é tão difícil imaginar que ainda retemos toda essa maquinaria metabólica e
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14:15 - 14:19programações para lidar com dietas low-carb. Isso é o que estou tentando mostrar aqui:
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14:19 - 14:24quando descemos ou aumentamos o consumo de carbs das pessoas, basicamente você consegue
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14:24 - 14:30tremendas variações, mas você ganha muito mais variação nas respostas quando você aumenta os carbs.
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14:30 - 14:35No sentido que muitas pessoas desenvolverão síndrome metabólica e diabetes tipo II,
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14:35 - 14:40mas quando descemos as pessoas no nível de carbs (cetoadaptação), é uma resposta
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14:40 - 14:45basicamente uniforme, sugerindo que é uma característica bem preservada (a de responder
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14:45 - 14:48adequadamente à uma dieta cetogênica)
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14:48 - 14:51Mesmo se você possui profunda resistência insulínica.
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14:55 - 15:03Esse gráfico mostra os padrões alimentares pelas últimas 4 décadas (INHANES)
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15:07 - 15:14Nós não mudamos nosso consumo de proteínas e gorduras, na verdade baixamos o de gordura
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15:14 - 15:17(e é isso que nos mandaram fazer)
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15:17 - 15:28A maior mudança foi o aumento de carbs, em cerca de 200kcal ao dia, e provavelmente
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15:28 - 15:39não é na forma de vegetais fibrosos. É açúcar, e outras formas de carbs rapidamente absorvíveis.
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15:40 - 15:48A questão é: deveríamos estar preocupados sobre esse aumento de carbs? Eu diria que sim.
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15:48 - 15:59Deixe-me perguntar para essas pessoas da plateia: quanto açúcar total você tem em sua corrente sanguínea? Nesse momento?
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16:00 - 16:03Alguma ideia?
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16:08 - 16:17Em gramas de carbs, ou mesmo colheres de chá, etc.
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16:21 - 16:3030g? Está alto. Na verdade, cerca de 2 colheres de chá (2 vezes 4g), então
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16:30 - 16:35você estaria bem diabético se estivesse realmente com 30g.
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16:35 - 16:43Mas não é tanto assim, considerando nem mesmo uma refeição grande, mas uma refeição média
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16:43 - 16:50do Starbucks, você chega à 10 vezes a quantidade sanguínea.
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16:52 - 16:57Isso resulta num stress do corpo para processar isso, porque não podemos armazenar tão bem
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16:57 - 17:05irei explicar um pouco do metabolismo, não irei muito longe, mas quando você ingere carbs
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17:05 - 17:11digamos que você teve aquela refeição que continha 10x o valor do sangue, uma pessoa saudável
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17:11 - 17:18primariamente pegaria os carbs e levaria aos músculos esqueléticos, onde seria eventualmente
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17:18 - 17:24oxidado. Poderia ser convertido em glicogênio antes. Isso seria considerada uma disposição saudável
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17:24 - 17:32dos carbs. Mas se você é resistente à insulina ou intolerante aos carbs, uma grande proporção
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17:32 - 17:37dos carboidratos que estão entrando vai ao fígado, onde é convertido em gordura.
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17:37 - 17:45Esse processo é chamado lipogênese (formação de gordura de fontes não gordurosas)
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17:45 - 17:51Carboidratos pode ser convertido em gordura, e isso acontece geralmente em pessoas com sobrepeso
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17:51 - 17:53ou resistência à insulina.
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17:53 - 17:58E quando isso acontece o fígado cria gordura e a libera na forma de partículas VLDL,
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17:58 - 18:03na verdade ele cria gorura saturada. Ácido palmítico.
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18:03 - 18:08Voltarei a falar nisso, mas em particular as gorduras saturadas sobem quando você consome
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18:08 - 18:15mais carbs do que você tolera e também o ácido palmítico. E isso não é algo benigno.
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18:15 - 18:21Você pode imaginar: continuamente tendo esse repetidos insultos onde se converte
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18:21 - 18:29mais e mais carboidratos em gordura, e ultimamente isso leva à uma cascata onde há diversos
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18:29 - 18:34efeitos colaterais ocorrendo, levando à síndrome metabólica e diabetes tipo II.
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18:34 - 18:41Eu diria que essa via secundária de carbs é uma forma de intolerância aos carboidratos,
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18:42 - 18:49e gostaria de usar esse termo para descrever essa condição, pois é praticamente intuitivo
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18:49 - 18:52o que seria a solução para isso.
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18:52 - 18:58A ideia aqui é que resistência à insulina, que é incrivelmente complexa, e existem bilhões de
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18:58 - 19:06dólares destinados a entendê-la, realmente se manifesta funcionalmente como uma
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19:06 - 19:08forma de intolerância aos carboidratos.
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19:08 - 19:15E se você é intolerante à lactose, o que você faria? Restringiria lactose para um nível que tolera.
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19:15 - 19:19Se for intolerante ao glúten, você restringiria o glúten.
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19:19 - 19:23Bem, se você é intolerante aos carbs, faz sentido restringir os carbs.
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19:24 - 19:29Um princípio importante é que as pessoas variam muito em sua habilidade de processar
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19:29 - 19:34carboidratos de uma forma saudável. Se você for uma pessoa que consegue metabolizá-lo,
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19:34 - 19:40você tem mais opções: pode se dar bem tanto em high carb quanto low carb, ou moderado.
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19:40 - 19:46Mas se você tem qualquer uma dessas condições, é provável que precisará restringir os carbs de alguma forma.
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19:46 - 19:57E seguindo esse princípio, você pode pensar em diabetes tipo II, em particular, cujo aspecto principal é resistência à insulina,
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19:57 - 20:06como um efeito colateral de consumir muitos carbs. - e essa parte é importante -: relativos à sua tolerância.
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20:06 - 20:12Então, não posso dizer que isso é um nível específico de carbs, universalmente,
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20:12 - 20:16pois depende no nível de tolerância à eles, que varia.
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20:16 - 20:20E isso não é algo trivial, em termos de quantas pessoas são afetadas por isso.
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20:20 - 20:27Se 3/4 ou 2/3 dos americanos possuem sobrepeso, é provável que tenham alguma resistência à insulina,
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20:27 - 20:33e eu diria que eles não são bons candidatos para as diretrizes alimentares vigentes hoje, que
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20:33 - 20:34promovem low-fat (high carb).
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20:34 - 20:38E olhando isso de forma global, estamos falando de centenas de milhões de pessoas
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20:38 - 20:45que provavelmente teriam benefícios significativos, especialmente diabéticos tipo II, ao restringir os carbs.
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20:45 - 20:50Existe alguma evidência que isso funciona em estudos científicos?
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20:50 - 20:52A resposta é: Sim. Vou lhe mostrar um exemplo aqui,
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20:52 - 21:01Esse é um estudo relativamente bem publicado, JAMA, chamado estudo A à Z,
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21:01 - 21:07feito por Chris Gardner em Stanford. Ele comparou Atkins com Ornish e outras dietas num período
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21:07 - 21:13de um ano, e eles basicamente mostraram que a dieta Atkins era superior à essas outras dietas
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21:13 - 21:19em termos de perda de peso, e foi interessante, mas o resultado que acho mais provocativo
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21:19 - 21:24saiu alguns anos mais tarde, quando os cientistas voltaram e fizeram uma análise retrospectiva
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21:24 - 21:33e separaram os participantes baseando-se no nível de resistência à insulina.
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21:33 - 21:39E compararam as duas dietas mais extremas: Atkins e Ornish (low-fat high-carb), e
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21:39 - 21:44basicamente, o que eles demonstraram, é que se você fosse randomizado para a low-carb
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21:44 - 21:49não importaria se você fosse resistente ou sensível à insulina, você perderia quantidades
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21:49 - 21:57significativas de peso. Mas se você fizesse a dieta Ornish (low-fat), você se daria bem sendo sensível
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21:57 - 22:01à insulina, mas se fosse resistente, não perderia muito peso.
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22:02 - 22:07Isso meio que confirma essa ideia de tolerância aos carbs, que basicamente você teria
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22:07 - 22:09de restringir os carbs em algum nível.
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22:09 - 22:14Outra forma de olhar para esse cenário é por uma perspectiva metabólica, e
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22:14 - 22:19de muitas formas, o que estamos falando aqui é mudar de um metabolismo baseado em carbs
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22:19 - 22:26para um que é quase que exclusivamente baseado em usar gordura ou lipídeos como combustível.
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22:26 - 22:30Em particular ácidos graxos e corpos cetônicos como seu combustível primário,
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22:30 - 22:36e um ponto importante aqui é que dieta, mais especificamente os carbs da dieta,
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22:36 - 22:47é de longe o fator dominante que pode alterar essa dominância em termos de uso energético.
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22:47 - 22:54E há muita pesquisa, de ciência básica, acontecendo em termos de uso energético, então sabemos,
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22:54 - 22:59por exemplo, que células cancerígenas, que são usam basicamente um metabolismo glicolítico,
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22:59 - 23:07e elas proliferam assim, nesse tipo de metabolismo.
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23:07 - 23:13Mas quando alteramos seu metabolismo para ácidos graxos e corpos cetônicos, nós basicamente
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23:13 - 23:22vemos regressão de tumores. E vemos todos os tipos de evidência de que esse tipo de alteração
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23:22 - 23:28metabólica está associada com aumento da longevidade, e redução de estresse oxidativo,
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23:28 - 23:31e é mais ou menos anti-aging.
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23:31 - 23:40Há muita ciência básica e adaptações celulares associadas com esse tipo de metabolismo,
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23:40 - 23:47e são todas algo positivo. E é aqui que reside meu interesse: como tudo isso funciona quando você
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23:47 - 23:52troca uma pessoa para um metabolismo baseado em gorduras, em termos de vários marcadores de saúde
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23:52 - 23:58e mesmo performance. Então, me divirto muito no laboratório, pois estudamos pessoas que têm
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23:58 - 24:06diabetes tipo II, pre-diabetes, em um lado do espectro, mas no outro lado,
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24:06 - 24:14estamos estudando atletas de elite, de nível mundial, e como eles respondem ao mudar seu metabolismo.
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24:14 - 24:22E irei compartilhar um pouco com vocês, em termos de diferentes pontos naquele contínuo.
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24:22 - 24:26Se você não acredita que carbs regulam o metabolismo de gorduras, aqui está
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24:26 - 24:36um dos gráficos mais importantes, que mostra concentração insulínica no eixo X (horizontal),
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24:37 - 24:40- Isso aqui é basicamente queima de gordura (eixo Y)-,
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24:40 - 24:45e você vê que a relação não é uma linha reta. É na verdade uma relação curva
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24:45 - 24:51de forma que nessa zona (para esquerda), apenas pequenas reduções de insulina
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24:51 - 24:57se traduzem em gigantes mudanças na queima de gordura.
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24:57 - 25:01Então, se você abaixar sua insulina apenas um pouquinho, - e isso está muito bem na faixa
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25:01 - 25:08fisiológica -, você tem um impacto dramático na queima de gordura.
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25:10 - 25:17Quando você come açúcar ou amido, você recebe um rápido aumento na glicose sanguínea,
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25:17 - 25:25e, claro, isso faz o seu pâncreas secretar insulina (pico de insulina) e isso tende a resultar
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25:25 - 25:31nesse açúcar sanguíneo baixo por efeito rebote, e todos sabemos que isso não nos faz sentir bem,
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25:31 - 25:38e você fica cansado, e abaixa levemente sua cabeça após o almoço, tenta tirar uma sonequinha,
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25:38 - 25:44ou você procura mais carbs para aumentar o açúcar no sangue, então isso obviamente não é bom,
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25:44 - 25:48mas o que é mais insidioso aqui, é que o pico de insulina que acompanha o pico de açúcar,
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25:48 - 25:55pois, como eu disse, isso está bloqueando o acesso à gordura (como combustível), e para pessoas
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25:55 - 26:00que estão tentando perder peso, isso é exatamente o que você está tentando queimar...
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26:01 - 26:09Agora quero explicar sobre Cetose. Os corpos cetônicos metabólitos incrivelmente
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26:09 - 26:16mal-entendidos, mesmo por muitos médicos e outros profissinais da saúde.
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26:16 - 26:21A verdade é que corpos cetônicos são uma parte natural do metabolismo humano,
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26:21 - 26:25são um aspecto incrivelmente importante por uma perspectiva evolutiva, em termos de oferecer
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26:25 - 26:30um combustível ao cérebro durante períodos de fome prolongada, e isso basicamente
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26:30 - 26:34nos permitiu, como Homo sapiens, à desenvolver grandes cérebros.
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26:34 - 26:38O que é provavelmente o aspecto mais particular de nossa espécie.
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26:38 - 26:43Quando falo sobre corpos cetônicos, me refiro à beta-hidroxibutirato (BOHB), acetoacetato (AcAc),
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26:43 - 26:49que são produzidos no fígado quando carboidratos são limitados.
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26:49 - 26:55Todos nós temos a capacidade de produzir corpos cetônicos, mas o que acontece é que
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26:55 - 27:01a maioria de nós, a não ser que estejamos seguindo uma dieta low-carb, esse programa está sendo
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27:01 - 27:07suprimido por causa dos carbs que estamos consumindo, então nunca tem a chance de funcionar.
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27:07 - 27:14É um programa de software que está ali, dormente, a não ser que você o liberte restringindo os carbs.
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27:14 - 27:20Uma das mais importantes funções dos corpos cetônicos é prover combustível ao cérebro,
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27:20 - 27:25em um estado alimentado normal, o cérebro é um órgão dependente de glicose, captando
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27:25 - 27:28quase que exclusivamente toda sua energia via carbs - glicose.
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27:29 - 27:38Mas em cetose, mais da metade (chegando à 2/3 ou 3/4) da energia que o cérebro precisa,
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27:38 - 27:47vem de corpos cetônicos. E o cérebro é bem ativo metabolicamente. Queima cerca de 600kcal por dia
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27:47 - 27:50apenas sendo um cérebro.
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27:50 - 27:57Isso é cerca de 150g de glicose que ele requer - a não ser que você tenha corpos cetônicos circulando.
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27:57 - 28:01Esse é um efeito importante, pois agora você tem uma fonte de combustível
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28:01 - 28:05estável e sustentável para o cérebro.
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28:05 - 28:09Esses são apenas alguns termos, pois as pessoas ficarão confusas:
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28:09 - 28:17Corpos cetônicos: metabólitos formados no fígado quando carbs são limitados na dieta.
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28:17 - 28:23Cetose: Processo em que corpos cetônicos são gerados. E não há realmente um limiar aqui,
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28:23 - 28:29mas tendemos a usar 0.5mmol/L como um limiar para definir quando alguém está em cetose,
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28:29 - 28:37enquanto a maioria das pessoas num estado alimentado estão abaixo de 0.1, e agora estamos acima de 0.5.
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28:37 - 28:43E chamamos esse aumento gradual de corpos cetônicos de Cetose Nutricional, em contraste
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28:43 - 28:51com Cetoacidose, que é onde várias conotações negativas dos corpos cetônicos vêm.
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28:51 - 29:00Porque essa é uma condição muito séria, onde insulina não é suficiente (diabéticos tipo I),
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29:00 - 29:08os corpos cetônicos se acumulam à níveis que são ácidos e tóxicos.
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29:08 - 29:14Mas em Cetose Nutricional, em alguém que tem níveis basais de insulina,
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29:14 - 29:21isso nunca acontece. Então, a não ser que você seja um diabético tipo I, você não precisa se preocupar
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29:21 - 29:24com níveis altos assim (>10mmol/L).
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29:24 - 29:28A não ser que você esteja suplementando com altas doses de ésteres de cetonas, que é um outro
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29:28 - 29:31aspecto dessa pesquisa.
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29:31 - 29:41A cetoadaptação é esse processo de se adaptar à uma dieta low-carb, que aprendemos que leva tempo
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29:41 - 29:47leva algumas semanas, ou até meses, para todas essas adaptações acontecerem.
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29:47 - 29:53Isso mostra o espectro de corpos cetônicos: estamos falando de cetose nutricional iniciando em cerca de
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29:53 - 30:000,5 e se extendendo talvez até 5mmol/L.
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30:00 - 30:06Contrastando com cetoacidose, que é 10, 15 ou 20mmol/L.
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30:09 - 30:17Esse é um estudo fascinante que eu queria mostrar, pois você provavelmente não o verá reproduzido,
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30:24 - 30:28nesse estudo um grupo de pessoas ficaram sem alimentos por 4 semanas,
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30:28 - 30:35e você pode ver que eles tinham níveis muito altos de corpos cetônicos, cerca de 5mM, e então ele
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30:35 - 30:44injetou insulina nessas pessoas, de forma que a glicose sanguínea (que estavam normais: 70mg/dL),
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30:46 - 30:55despencaram para nívels, que em alguns casos, eles reportaram abaixo de 20mg/dL.
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30:56 - 31:08Botando isso em perspectiva, se você tiver um nível nessa faixa (20 a 25), você quase que certamente
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31:08 - 31:15estaria em coma e provavelmente morrer.
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31:15 - 31:18O corpo não tolera esse nível de hipoglicemia.
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31:18 - 31:25A NÃO SER que você tenha corpos cetônicos por perto. Essas pessoas, com esse nível de glicose,
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31:25 - 31:32não tiveram nenhum sinal ou sintoma de hipoglicemia. Estavam perfeitamente bem.
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31:32 - 31:39Há essa profunda proteção contra alguns sinais e sintomas de hipoglicemia, quando se está em cetose.
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31:39 - 31:45E isso funciona de maneiras importantes para atletas, em termos de evitar queda de energia (hitting the wall),
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31:45 - 31:51que é essencialmente uma crise energética no cérebro, e acontece mesmo em diabéticos tipo I,
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31:51 - 32:06cujos maiores problemas é hipoglicemia noturna, e outras condições clínias.
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32:06 - 32:11Nós também aprendemos muito sobre corpos cetônicos recentemente, em termos de seu
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32:11 - 32:18metabolismo e outros efeitos provocativos. Uma forma de pensar em corpos cetônicos, -
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32:18 - 32:24eu gosto de descrevê-los como combustível de queima limpa -, quero dizer, eles não geram
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32:24 - 32:31tantos radicais livres quanto outros nutrientes quando são queimados.
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32:31 - 32:37Então há essa menor produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) - radicais livres,
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32:37 - 32:46também foi mostrado que eles são mais eficientes em fornecer ATP (energia), então você ganha mais ATP
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32:46 - 32:51e mais trabalho feito quando você está queimando corpos cetônicos relativamente com outros combustíveis.
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32:51 - 33:00E outro estudo extremamente importante, publicado dezembro passado, numa pequena revista
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33:00 - 33:06chamada Science, que mostrou que essencialmente corpos cetônicos estavam agindo
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33:06 - 33:10como MODULADORES EPIGENÉTICOS do metabolismo.
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33:10 - 33:17Basicamente, o que isso quer dizer, é que corpos cetônicos estavam agindo como sinais para,
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33:17 - 33:27nesse caso, aumentar expressão gênica, de uma ampla gama de genes antioxidantes, que protegiam
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33:27 - 33:29contra estresse oxidativo.
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33:29 - 33:32Então, independentemente de sua função como combustível para o cérebro e outros tecidos,
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33:32 - 33:35eles estavam regulando o metabolismo.
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33:35 - 33:41E claro, os cientistas pesquisaram o mecanismo - por inibidor de histona deacetilase, e deixe-me lhe dizer
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33:41 - 33:49uma coisa: quase toda indústria farmacêutica está tentando desenvolver remédios para inibirem
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33:49 - 33:56histona deacetilases. E eu sei que vocês não conseguem exergar direito, mas
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33:56 - 34:05os efeitos dos corpos cetônicos nesse estudo foram profundos, de forma que, se isso fosse um remédio,
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34:05 - 34:07seria um campeão de vendas.
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34:09 - 34:16Entrando um pouco na ciência das dietas low-carb, estive nesse negócio por um tempo,
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34:16 - 34:21e é legal ver que as pessoas estão de certa forma chegando lá, e esses são todos
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34:21 - 34:27artigos revisados dos últimos anos, acho que são todos de 2013, e são todos mais ou menos
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34:27 - 34:33chegando na mesma conclusão de que dietas low-carb são, pelo menos tão efetivas quanto,
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34:33 - 34:38e normalmente mais efetivas que dietas low-fat para tratar uma variedade de condições:
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34:38 - 34:44não apenas perda de peso, mas melhoras no metabolismo do colesterol, sensibilidade à insulina,
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34:44 - 34:51pressão arterial, inflamação. E isso acontece apesar da maioria dos estudos serem desleixados.
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34:51 - 34:57Sabe, na verdade é bem difícil fazer uma boa pesquisa sobre dietas, porque é difícil de controlar
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34:57 - 35:03isso em uma população de vida livre. Sem mencionar que muitos desses cientistas não entendem
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35:03 - 35:12muito bem várias das nuances de formular uma dieta low-carb. Mas mesmo com todos esses problemas,
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35:12 - 35:16dietas low-carb normalmente se saem melhor que as low-fat.
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35:16 - 35:20E quando você acha estudos que são bem controlados, os resultados são ainda mais fortes
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35:20 - 35:22em relação aos benefícios.
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35:23 - 35:29Eu não quero lhe mostrar muitos dados, mas apenas para lhe dar um senso da gama de
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35:29 - 35:37diferentes biomarcadores que olhamos. Esse é um estudo comparando uma dieta muito low-carb
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35:37 - 35:42com uma dieta low-fat, em um grupo de pacientes com síndrome metabólica, e eles perderam
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35:42 - 35:49mais peso, mais gordura, tiveram uma profunda redução nos triglicerídeos, o HDL subiu,
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35:49 - 35:58fizemos um extensivo perfil de lipoproteínas, glicose baixou, insulina baixou, sensibilidade à insulina sobe
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35:58 - 36:04níveis de leptina baixam, e isso é realmente fascinante e quero gastar um pouco de tempo aqui:
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36:04 - 36:07níveis de gordura saturada no corpo abaixaram.
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36:08 - 36:12Vou voltar a falar nisso. Mas basicamente qualquer biomarcador que medimos tende a melhorar mais
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36:12 - 36:14no low-carb do que no low-fat.
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36:14 - 36:18E fizemos vários trabalhos pós-prandiais (após refeição), em que alimentamos pessoas com gordura
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36:18 - 36:24medimos a gordura no sangue por 6 a 8 horas, e você vê: antes de entrarem na dieta, essas
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36:24 - 36:28pessoas ficam altamente hiperlipidêmicas quando você as alimenta - demos a eles cerca de
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36:28 - 36:331000kcal de gordura. E vemos como eles as processam. Demos a mesma quantidade de gordura
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36:33 - 36:3712 semanas mais tarde, e você vê um processamento muito mais eficiente.
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36:37 - 36:41Então, claramente há uma importante adaptação acontecendo ao longo do tempo.
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36:41 - 36:48Nós olhamos vários medidos de função vascular, esse é uma vista longitudinal da artéria braquial,
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36:48 - 36:53e olhamos para a função da artéria nessas condições lipidêmicas, e mostramos que melhoravam
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36:53 - 36:56nas dietas low-carb.
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36:56 - 37:02Nós já vimos múltiplas vezes que uma dieta low-carb reduz marcados pro-inflamatórios.
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37:02 - 37:09Parece ser uma dieta inerentemente antiinflamatória.
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37:09 - 37:14Voltando à história da gordura saturada: apesar de toda essa ciência impressionante, ainda há
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37:14 - 37:20muita preocupação sobre gorduras saturadas, pois você tende a comer mais delas em dietas low-carb
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37:20 - 37:28e gostaria de tomar alguns minutos para explicar um ponto importante, pois poucos dos experts
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37:28 - 37:32realmente entendem essa parte. Mas não é algo tão difícil.
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37:33 - 37:42Se você olhar para as recentes metanálises que viam a questão da correlação entre gordura saturada e doença cardíaca:
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37:42 - 37:50Aqui estão 3 dessas metanálises - um grande número de estudos e pacientes estudados nelas -
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37:50 - 37:57todas chegaram à mesma conclusão: não havia aumento em doença cardíaca - sem associação
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37:57 - 38:00entre consumo de gordura saturada e doença cardíaca.
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38:01 - 38:06Isso aí já acaba com toda essa Diet-heart hypothesis.
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38:06 - 38:12Nessa metanálise, eles fizeram a pergunta: "Se você restringir a gordura saturada, será que importa
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38:12 - 38:17com o que ela será substituída?" - e nesse caso eles mostraram que se você substituir a gordura
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38:17 - 38:22saturada com carboidratos, não apenas você não ganhará benefícios, mas aumentará seu
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38:22 - 38:26risco relativo de ter um evento coronariano.
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38:26 - 38:34E isso não é nenhuma hipótese bizarra: isso é o que basicamente a maioria dos americanos fizeram,
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38:34 - 38:37eles reduziram o consumo de gordura saturada e aumentaram o de carbs.
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38:37 - 38:46Mas, se você for olhar estudos que correlacionaram quanta gordura saturada havia no corpo
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38:46 - 38:52com risco de doença cardiovascular, existe uma consistente relação aí.
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38:52 - 38:58Então, a quantidade de gordura saturada no sangue e nas membranas É importante.
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38:58 - 39:05E aqui estão 4 estudos que mostram que mais gordura saturada nos fosfolipídeos e sangue
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39:05 - 39:10se correlacionam com maior risco para doenças cardíacas. E eu posso lhe mostrar mais meia dúzia
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39:10 - 39:15que mostram risco aumentado para diabetes e síndrome metabólica.
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39:15 - 39:23Então, a história é um pouco mais complexa que apenas isso: o problema mesmo é quanta gordura
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39:23 - 39:26saturada você tem no corpo, não necessariamente quanto você está comendo.
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39:26 - 39:31Nós fizemos esse estudo de 12 semanas, botamos pessoas em grupos low-fat ou low-carb,
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39:31 - 39:36o que eu realmente quero focar aqui é que a dieta low-carb teve 3 vezes a quantidade de
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39:36 - 39:45gordura saturada que o grupo low-fat. 36g versus 12g. Apesar disso, quando medimos a
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39:45 - 39:50gordura saturada no sangue, ela baixou mais.
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39:52 - 39:57E olhamos em diferentes frações lipídicas, meu colega fez estudos em animais olhando para
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39:57 - 40:02o músculo e os adipócitos, e o fígado, além de outros tecidos, e é o mesmo efeito: a gordura
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40:02 - 40:05não está apenas fugindo para outro lugar.
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40:05 - 40:10Isso é algo profundo.
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40:10 - 40:16Em particular, esse ácido graxo - o qual comentarei depois - ácido palmitoleico, provavelmente
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40:16 - 40:21baixa mais consistentemente numa dieta low-carb do que qualquer outro biomarcador que medi,
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40:21 - 40:26e ele é um indicador de conversão de carbs para gordura. Ele baixa.
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40:26 - 40:31Aqui está mais ou menos o paradigma que eu quero explicar:
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40:31 - 40:38Digamos que você saiu para comer fora, e quer desfrutar de seu bife, e na maioria das vezes você
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40:38 - 40:43costuma pedir uma batata cozida junto com o bife. Então você está consumindo uma dose de carbs.
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40:43 - 40:49Nesse caso, você está basicamente se programando para um estado metabólico - devido à insulina -,
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40:49 - 40:54onde você poderá estar processando aquela gordura saturada de uma forma prejudicial, onde ela tende
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40:54 - 41:01a ser armazenada e acumulada, e talvez até promover a conversão de alguns carbs em
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41:01 - 41:06gordura saturada. E isso é que está associado com vários problemas metabólicos.
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41:06 - 41:16Como síndrome metabólica, e além. Mas se você disser: "Por favor, não quero batatas, me dê
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41:16 - 41:22uns vegetais em vez disso." - então você não tem uma alta resposta insulínica, e agora você tem uma
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41:22 - 41:27resposta completamente diferente em termos da gordura saturada, porque agora você está em um
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41:27 - 41:31estado em que você queima a gordura saturada como combustível. E é realmente difícil de imaginar
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41:31 - 41:35a gordura saturada da dieta sendo prejudicial quando você está prontamente convertendo-a
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41:35 - 41:37em gás carbônico e água.
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41:37 - 41:39Você está queimando-a, oxidando-a.
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41:39 - 41:41Você tem uma resposta totalmente diferente.
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41:41 - 41:47A questão aqui é que os efeitos da gordura saturada ingerida é altamente dependente dos carbs que
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41:47 - 41:51você está ingerindo. E o que entendemos disso é que
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41:51 - 41:58Não somos o que comemos, apesar de nossa fascinação com esse aforismo.
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41:58 - 42:04Nós precisamos mudá-lo para: "Você é o que você armazena do que você come."
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42:04 - 42:10Então, gordura saturada da dieta tem pouca correlação aos niveis plasmáticos da mesma.
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42:10 - 42:16Carboidratos são muito mais moduladores dos níveis plasmáticos de gordura saturada.
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42:16 - 42:22Vamos falar um pouco sobre algumas das aplicações clínias, rapidamente.
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42:22 - 42:31A mais óbvia é diabetes tipo II. E os resultados de uma dieta cetogênica bem-formulada em diabetes
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42:31 - 42:37não são nada menos que extraordinários. Você pode não apenas prevenir diabetes tipo II, mas pode revertê-la.
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42:37 - 42:44Eu vou lhe dar um exemplo: é um estudo do Kuwait - o centro-leste tem um das maiores taxas
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42:44 - 42:48de diabetes, quase o dobro daquela dos EUA.
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42:48 - 42:54Essa foi uma verdadeira dieta cetogênica bem-formulada, eles providenciaram gordura extra,
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42:54 - 42:59que a maioria dos estudos não faz, e os resultados eu considero fiéis ao que é possível conseguir
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42:59 - 43:05com dieta. E foi um estudo longo-prazo, então sugere sustentabilidade dessa terapia.
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43:05 - 43:12Eles perderam quantidade substancial de peso, substancial melhora na glicose, lipídeos, HbA1C,
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43:12 - 43:17profundas melhoras na diabetes tipo II.
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43:17 - 43:22Eu acho que o que é ainda mais interessante agora é o câncer.
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43:22 - 43:27Agora estamos aprendendo muito mais sobre a ciência básica do câncer, e que a maioria dos
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43:27 - 43:35cânceres possuem tumores que estão associados com problemas na sinalização insulínica, e eles
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43:35 - 43:41possuem receptores de insulina, e então faz muito sentido que se você diminuir o fluxo de glicose
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43:41 - 43:44por essas células tumorais, que isso seria uma coisa boa.
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43:44 - 43:50Não pesquisaram muito em humanos em estudos clínicos, mas meu colega publicou esse pequeno
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43:50 - 43:55estudo em mulheres com câncer de mamas, e mostrou resultados positivos com dietas low-carb.
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43:55 - 44:01Eu acho que o que é ainda mais importante é que Lewis Cantley - um proeminente cientista
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44:01 - 44:09sobre o câncer, escreveu esse editorial sobre a necessidade de se fazer mais pesquisas com
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44:09 - 44:12dietas low-carb e câncer.
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44:12 - 44:16E existe uma enorme gama de aplicações em doenças neurodegenerativas.
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44:17 - 44:24Sabemos por décadas, ou mesmo séculos, que dietas cetogênicas não são nada menos que
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44:24 - 44:29milagrosas quando usadas em epilepsias intratáveis. Mas estamos agora aprendendo que há uma gama
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44:29 - 44:37de outras doenças neurológicas desde Alzheimer, Parkinson, Lou Gehrig, até mesmo autismo e enxaquecas.
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44:37 - 44:44Onde a ciência básica é muito empolgante e acho que nos próximos anos, vocês começarão a ver
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44:44 - 44:49alguns ensaios clínicos em humanos que realmente vão dar suporte ao que estamos vendo
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44:49 - 44:53nos trabalhos mais básicos.
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44:53 - 44:59Nesses últimos slides, quero passar a falar sobre a outra extremidade do espectro,
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44:59 - 45:02onde estamos estudando pessoas realmente saudáveis - atletas.
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45:07 - 45:13Fui a Western States, 2012, que possui uma corrida de 100 milhas pelas montanhas.
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45:13 - 45:18Esses homens eram um pouco diferentes, desde o início...
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45:18 - 45:23Mas parece que há uma legião crescente desses atletas que estão mudando para low-carb.
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45:23 - 45:27E o vencedor dessa corrida naquele ano foi um homem chamado Tim Olsen - e você pode ver o
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45:27 - 45:38tempo dele - 14h 46min. Ele parece bem revigorado aí, alguns outros parecem que estavam morrendo,
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45:38 - 45:45esse foi um recorde - ele quebrou o recorde da pista em 30 ou 40 minutos, se não me engano.
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45:45 - 45:51E ele é um auto-proclamado atleta low-carb. E não foi um acidente: ele voltou ano passado
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45:51 - 45:58e venceu novamente. Um pouco mais devagar, mas estava incrivelmente quente (mais de 32 celcius),
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45:58 - 46:01então é incrível que esses homens conseguiram terminar essa corrida.
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46:01 - 46:07E ele não é o único. Como eu disse, há uma contingência desses atletas que não estão
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46:07 - 46:12apenas competindo e vencendo corridas, eles estão criando recordes.
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46:12 - 46:20E estão fazendo isso usando uma estratégia que diz o completo oposto daquilo que vemos como sendo
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46:20 - 46:24óptimo para nutrição esportiva, que diz que deveríamos estar realizando carb-loading
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46:24 - 46:27e tomando todos essas bebidas esportiveis e géis.
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46:27 - 46:32Sabemos muito pouco sobre isso, em termos do que faz esses atletas funcionar, então estamos
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46:32 - 46:38fazendo um estudo na UCAN, onde está meu laboratório, e estamos levando esses atletas
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46:38 - 46:45ao laboratório por 3 dias e fazendo uma bateria de testes, que são até mesmo invasivos,
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46:45 - 46:49mas incrivelmente, esses caras não se importam de serem picados e examinados: eles na verdade
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46:49 - 46:54adoram serem cobaias. Nós estamos pegando biópsias de músculos e gordura, injetando
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46:54 - 47:02isótopos estáveis para estudar a cinética lipídica, e além. Não é nada menos que impressionante o que
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47:02 - 47:07estamos encontrando. Irei mostrar apenas um resultado aqui: esse estudo não é nosso, mas
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47:07 - 47:17é um estudo bem publicado que olhou a taxa máxima de oxidação lipídica em 300 indivíduos,
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47:17 - 47:26incluindo atletas de elite, com altos VO2máx, e basicamente você dificilmente encontrará
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47:26 - 47:36qualquer dado na literatura que mostra taxas de pico de oxidação lipídica durante exercício maior que 1g por minuto.
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47:36 - 47:41Esse parece ser o teto. É considerado a maior taxa que humanos podem alcançar...
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47:41 - 47:48Então trouxemos três homens - ultramaratonistas de alto calibre, ao nosso laboratório,
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47:49 - 47:54e esses eram seus picos de taxa de oxidação lipídica:
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47:54 - 48:01Então, eles estão literalmente fora do gráfico. Esses dois estavam em 1,5 e esse em cima, que testamos
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48:01 - 48:10semana passada, gerou 1,8 gramas por minuto. Então 50 a 80% maior que o "máximo".
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48:11 - 48:17Isso é realmente interessante: todo esse processo de cetoadaptação e alterar-se para um estado
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48:17 - 48:24de queima de gordura para fornecer energia, possui tremendas aplicações para atletas, doenças clínicas,
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48:24 - 48:31e eu diria que o soldado, especialmente das forças especiais (que saem em longas missões),
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48:31 - 48:41eles estão aptos a ficar sem combustível, e isso seria ruim. Mas existem muitas outras potenciais
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48:41 - 48:48razões, tanto físicas e cognitivas, em que estar em um estado cetótico poderia beneficiar o soldado de elite.
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48:48 - 48:52E não irei comentar tudo isso, devido ao tempo que resta.
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48:52 - 48:57Mas eu quero trazer novamente esse conceito de personalização da dieta. Todos me perguntam o
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48:57 - 49:01quanto de carbs eles deveriam comer, e a resposta é que depende.
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49:01 - 49:08Algumas pessoas precisam restringir os carbs à 50g ao dia para elevar seus corpos cetônicos para
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49:08 - 49:15o nível de cetose nutricional. Outras pessoas, que são mais profundamente intolerantes aos carbs,
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49:15 - 49:20precisação restringir à 30g. Alguns desses atletas talvez sejam capazes de comer 70g.
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49:20 - 49:25Isso realmente varia de pessoa pra pessoa, e é por isso que achamos uma boa ideia medir corpos cetônicos.
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49:25 - 49:32E o que eu realmente ando interessado é tentar achar meios de entender como podemos testar
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49:32 - 49:39biomarcadores para saber como as pessoas estão processando carboidratos: se estão convertendo-os
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49:39 - 49:43em gordura ou se estão gerando muito estresse oxidativo devido aos carbs que estão ingerindo,
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49:43 - 49:49e nós identificamos alguns ácidos graxos bem responsivos e sensíveis que conseguem
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49:49 - 49:55rastrear isso muito bem. E estamos no processo de desenvolver eles como testes diagnósticos
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49:55 - 49:57que possam estar disponíveis para as pessoas.
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49:57 - 50:01Vou pular isso porque é um pouco técnico, mas eu só gostaria de deixá-los com o pensamento,
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50:01 - 50:06porque eu não quero que saiam daqui pensando "Ok, isso é ótimo, mas eu nunca conseguiria seguir
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50:06 - 50:13essa dieta." Porque isso não é verdade. Existem alguns desafios, e você precisa ter certo conhecimento
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50:13 - 50:20sobre como navegar entre as minas de carbs que são ubíquos nas lojas e restaurantes,
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50:20 - 50:27mas isso é um dia típico, e é bastante restritivo (em carbs), e não sei se vocês podem ver, mas não acho
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50:27 - 50:31que comer isso seria um grande sacrifício. E isso é um dos nossos estudos alimentares,
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50:31 - 50:38um dia de refeição. E as pessoas amam isso. Na verdade, elas preferem isso à dieta high carb.
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50:38 - 50:46Isso é algo que um dos pacientes falou, e não é uma resposta anormal que ganhamos das pessoas
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50:46 - 50:49que estão comendo esse tipo de dieta. ("Comecei a notar que não tinha vontade de lanchar, acordava sem fome, e me sentida ótimo, até mesmo eufórico")
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50:49 - 50:50(Prazer! A nova "boa gordura")
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50:50 - 50:55Então quem iria reclamar? Todas aquelas comidas que estavam proibidas, agora você pode comê-las.
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50:55 - 51:00Quero dizer, isso não é sacrifício, isso é luxuoso.
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51:00 - 51:06Em resumo, acho que a chave para nossa crise no sistema de saúde e melhorar a saúde das pessoas
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51:06 - 51:13e performance, é tentar achar caminhos para individualizar os carbs e individualizar o perfil
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51:13 - 51:19de macronutrientes. Mas precisamos de algum ajuda objetiva em diversos casos. As pessoas não acham
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51:19 - 51:28isso naturalmente, e acho que no futuro teremos muita ajuda em termos de feedback, e eu gostaria
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51:28 - 51:32de usar a analogia de que devemos conseguir para as pessoas um GPS personalizado, então:
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51:32 - 51:38você não deixaria sua casa sem saber para onde ir, sem algumas direções, e você precisa saber
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51:38 - 51:44a direção, curva por curva, sobre quais alimentos consumir que são compatíveis com seu metabolismo.
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51:44 - 51:49Então irei terminar com essa citação de um famoso vencedor de prêmio nobel.
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51:49 - 51:55("Metade do que sabemos está errado, e o propósito da ciência é determinar qual das metades").
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51:55 - 51:59E eu diria que, quando o assunto é nutrição, ele está bem conservador: é algo como 90%
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51:59 - 52:02do que achamos que sabemos está errado.
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52:02 - 52:12Finalizando, como Henry Kissinger dizia: "Vocês têm alguma pergunta para minhas respostas?"
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52:28 - 52:37Você poderia nos dar um exemplo do que seria 30g e 50g de carbs. Quanto teria uma batata cozida?
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52:37 - 52:39Isso iria acabar com você logo de primeira.
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52:39 - 52:46Em termos de quais comidas você poderia comer, você poderia comer uma variedade de
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52:46 - 52:57vegetais não-amiláceos, uma variedade de diferentes tipos de folhas verdes, saladas, e
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52:57 - 53:01as pessoas acham que não se pode comer eles. Mas eles são majoritariamente fibras.
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53:01 - 53:12Todos os tipos de carnes, como frango, boi, peixe, ovos, queijo, cremes - manteiga, azeite de oliva,
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53:12 - 53:20óleo de coco, oleaginosas, sementes. Ou seja, é uma impressionante variedade, e você ainda pode
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53:20 - 53:25ter uma seleção desses grupos de alimentos e estar abaixo de 50g ao dia.
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53:25 - 53:30Você obviamente estará evitando grãos, pães, macarrão, doces. Você pode até mesmo incluir
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53:30 - 53:34um pouco de frutas, alguns berries (frutas vermelhas) que possuem menos de 10% do peso em
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53:34 - 53:39carbs, com moderação, normalmente podem se encaixar numa dieta com menos de 50g de carbs ao dia.
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53:39 - 53:48Então, não é tão ruim assim, e acredite ou não: você pode viver sem pão. É verdade.
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53:52 - 53:57É possível exagerar na dieta e perder muito peso, ou você alcança um platô?
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54:07 - 54:16Você vai perceber que a dieta tem um efeito bem forte no apetite, ela é bem saciente.
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54:16 - 54:21Que é uma das razões pelas quais funciona tão bem - você não está tão esfomeado. E é por isso que
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54:21 - 54:32as dietas low-fat falham: você acaba com tanta fome. Mas geralmente o peso meio que se regula sozinho.
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54:32 - 54:42Alcança um ponto em que pessoas não continuam perdendo peso até se tornarem anoréxicas ou algo assim,
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54:42 - 54:54parece que existe algo, que quando você se aproxima de seu set point, o apetite aumenta um pouco,
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54:54 - 55:02e essa é uma transição importante: é aqui que muitas pessoas falham, porque quando perdem
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55:02 - 55:08o peso, e então entram em manutenção de peso, você precisa aumentar as calorias.
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55:08 - 55:14O erro que muitos fazem é adicionar carbs de volta, e então eles acabam com os mesmos problemas que
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55:14 - 55:20tinham antes. Então o que você precisa fazer é ficar confortável com a gordura, porque você
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55:20 - 55:24não vai realmente aumentar as proteínas, então você precisa aumentar as gorduras, precisa ficar
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55:24 - 55:30confortável com isso, e aprender como incorporar mais gordura sem adicionar carbs e proteína.
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55:40 - 55:48Então, esse negócio de ingerir poucas calorias para aumentar longevidade,
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55:48 - 56:00Eu vejo os benefícios dessa dieta high fat low carb, mas se você tivesse qualquer outra dieta,
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56:00 - 56:09que talvez não fosse high fat low carb, mas fosse muito menor em calorias, ela seria igualmente efetiva?
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56:11 - 56:17Bem, não estudamos isso diretamente, mas é uma ótima questão. O que eu acho, e o que
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56:17 - 56:25eu li na ciência básica sobre o que foi feito com restrição calórica, é que está ativando os mesmos
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56:25 - 56:33fatores de transcrição e rede de sinalização nas células que a redução de carboidratos faz.
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56:33 - 56:40Então sinto que você pode conseguir o mesmo efeito - em termos de aumento de longevidade, redução de
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56:40 - 56:49estresse oxidativo - que está ligado com todo o processo, restringindo carbs SEM restringir calorias.
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56:49 - 56:52E acho que as pessoas estão começando a fazer esses experimentos agora, você pode imaginar como
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56:52 - 56:58seria fácil fazer, independente do modelo: C. elegans, minhocas, ou ratos - você alimentaria
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56:58 - 57:09um grupo com uma dieta com baixas calorias low-fat, e outro grupo sem reduzir calorias, mas low-carb,
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57:09 - 57:13e fazer esses tipos de experimentos. Mas não vejo muitas dessas comparações diretas ainda, mas
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57:13 - 57:19muito do sinalização que conhecemos é mediada pela insulina, que é mediada por carbs,
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57:19 - 57:27então eu diria que os resultados seriam os mesmos, ou até melhores, com restrição de carboidratos.
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57:29 - 57:32O homem acenando ali no fundo.
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57:36 - 57:43Algum de seus pacientes teve problema com gota? Das cetonas competindo com ácido úrico?
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57:47 - 57:55A resposta curta é: Não. O ácido úrico sobe temporariamente numa dieta cetogênica,
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57:55 - 58:00mas há uma distinção importante aqui: o problema do ácido úrico é quando ele é produzido
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58:00 - 58:09intracelularmente, e a razão do ácido úrico subir numa dieta cetogênica é porque compete
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58:09 - 58:15pela excreção nos rins com corpos cetônicos, pois compartilham os mesmos transportadores orgânicos.
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58:15 - 58:22O que vemos é que pode ser um aumento considerável, até cerca de 50%, que alarma
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58:22 - 58:31algumas pessoas, mas depois de 4 a 6 semanas, ele tende a reduzir-se e voltar ao normal,
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58:31 - 58:37então não é porque sua produção é aumentada, mas porque não está sendo eliminado na mesma velocidade,
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58:37 - 58:44então não vemos nenhuma exacerbação de gota em pessoas predispostas à ela,
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58:44 - 58:48não vemos gota como uma contraindicação para realizar a dieta.
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58:56 - 59:02(Traduzido por: http://paleodisseia.blogspot.com.br/)
- Title:
- Jeff Volek - As várias facetas da Ceto-adaptação: Saúde, Performance, e além.
- Description:
-
Obesity is a condition of excess fat accumulation in adipocytes where the person is literally stuck in storage mode diverting a disproportionate amount of calories into fat cells as opposed to oxidation. Thus it is more productive to think of obesity as a problem in 'energy flow' rather than energy expenditure (i.e., calories in, calories out). The most efficient approach to accelerate the body's ability to access and burn body fat is to restrict dietary carbohydrate while increasing fat intake for a period of several weeks, after which fatty acids and ketones become the primary fuel at rest and during submaximal exercise. The coordinated set of metabolic adaptations that ensure proper inter-organ fuel supply in the face of low carbohydrate availability is referred to as keto- adaptation. This unique metabolic state has recently been shown to have widespread and profound therapeutic and performance-enhancing effects ranging from reversing type 2 diabetes to shrinking tumors to allowing ultra-endurance runners to set course records. This presentation will discuss the physiologic effects of very low carbohydrate diets with an emphasis on their unique effects on both features of metabolic syndrome and human performance.
Dr. Jeff Volek is a Full Professor in the Department of Kinesiology at the University of Connecticut where he teaches and leads a research team that explores the physiologic impact of various dietary and exercise regimens and nutritional supplements. Dr. Volek's most significant line of work has been a series of studies aimed at better understanding what constitutes a well formulated low carbohydrate diet and the physiological impact on obesity, body composition, fatty acid composition and lipoprotein metabolism, gut micro-biome, adaptations to training and overall metabolic health. This line of work has shown profound effects of ketogenic diets on overall health and well-being, as well as peak performance. He has published more than 250 peer-reviewed manuscripts, many of which were longitudinal interventions of carbohydrate restricted diets. Specific to low carbohydrate diets, Dr. Volek has authored/co-authored 4 books, 60 peer-reviewed manuscripts and reviews, and delivered over 100 invited presentations on low carbohydrate diets in half a dozen countries at scientific and industry meetings. Through more than a decade of research dedicated to better understanding low carbohydrate diets, Dr. Volek has accumulated an enormous amount of laboratory and clinical data on how carbohydrate restricted diets affects human physiology, and acquired a unique knowledge pertaining to the individualization and formulation of safe, effective and sustainable low carbohydrate diets.
- Video Language:
- English
- Duration:
- 59:05