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Uma árvore genealógica para a Humanidade

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    Jambo, bonjour, zdravstvujtye, trayo:
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    estas são algumas das línguas
    de que falei algumas palavras
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    durante as últimas seis semanas,
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    quando estive em 17 países,
    neste circuito maluco que estou a fazer,
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    para verificar diversos aspetos
    do projeto que estamos a fazer.
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    Vou falar-vos um pouco dele
    daqui a bocado.
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    Visitei alguns locais espantosos,
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    locais como a Mongólia, o Camboja,
    a Nova Guiné, a África do Sul,
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    a Tanzânia duas vezes.
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    Estive aqui há um mês.
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    A oportunidade de fazer uma volta
    relâmpago ao mundo, como esta,
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    é uma coisa espantosa
    por muitas razões.
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    Vemos coisas incríveis.
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    E fazemos comparações pontuais
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    entre povos de todo o globo.
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    Aquilo que retiramos de tudo isso,
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    o tipo de coisa que, à primeira vista,
    retiramos disso,
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    é que não somos todos iguais,
    embora eu vá falar disso,
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    mas sobretudo como somos diferentes.
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    Há muita diversidade por todo o globo.
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    Há 6000 línguas diferentes
    faladas por 6500 milhões de pessoas,
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    de todas as cores, feitios, tamanhos.
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    Percorremos uma rua
    de qualquer grande cidade,
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    e ficamos espantados com a diversidade
    da espécie humana.
  • 1:15 - 1:17
    Como explicamos esta diversidade?
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    É sobre isso que vou falar hoje,
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    é como estamos a usar
    os instrumentos da genética,
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    a genética da população em especial,
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    para nos dizer como gerámos
    esta diversidade
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    e quanto tempo isso demorou.
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    O problema da diversidade humana,
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    tal como todas as grandes
    questões científicas
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    — como explicar uma coisa como esta? —
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    pode ser dividida em subquestões.
  • 1:38 - 1:41
    Podemos investigar
    essas pequenas subquestões,
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    A primeira é uma questão de origens.
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    Será que todos partilhamos
    uma origem comum?
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    Visto que assim é — e penso que esta
    é a premissa que todos fazemos —
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    quando é que isso aconteceu?
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    Quando ocorreu a nossa origem
    enquanto espécie?
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    Há quanto tempo andamos
    a divergir uns dos outros?
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    A segunda questão está relacionada,
    mas é ligeiramente diferente.
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    Se saímos todos de uma origem comum,
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    como é que acabámos por ocupar
    todo o globo,
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    e, nesse processo, gerámos
    toda esta diversidade,
  • 2:05 - 2:08
    as diferentes formas de vida,
    o aspeto diferente,
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    as línguas diferentes em todo o mundo?
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    A questão da origem, tal como com
    muitas outras questões da biologia,
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    parece ter sido respondida
    por Darwin, há cem anos.
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    Lemos em "A Origem do Homem":
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    "Em cada grande região do mundo,
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    "os mamíferos atuais estão relacionados
    com as espécies extintas da região.
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    "É provável que a África tenha sido
    habitada por primatas extintos
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    "intimamente relacionados com
    o gorila e o chimpanzé,
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    "Estas duas espécies
    são as mais próximas do homem,
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    "assim, é mais provável
    que os nossos progenitores iniciais
  • 2:34 - 2:35
    "tenham vivido em África".
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    Pronto, podemos voltar para casa
    — a questão da origem está arrumada.
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    Nem por isso. Porque Darwin estava
    a falar dos nossos antepassados distantes,
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    dos nossos antepassados
    comuns aos primatas.
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    E é sabido que os primatas
    tiveram origem no continente africano.
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    Há 23 milhões de anos, aparecem
    no registo fóssil.
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    A África estava desligada das outras
    massas terrestres naquela época,
  • 2:55 - 2:59
    dados os caprichos das placas tectónicas,
    flutuando pelo Oceano Índico,
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    colidindo com a Eurásia
    há cerca de 16 milhões de anos
  • 3:02 - 3:04
    e depois tivemos
    o primeiro êxodo africano.
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    Os primatas saíram naquela época
    e acabaram no sudeste asiático,
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    e deram os gibões e os orangotangos.
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    Os que se mantiveram em África
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    deram os gorilas, os chimpanzés e nós.
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    Olhando para os nossos antepassados
    comuns com os primatas
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    é muito claro que começámos aqui,
    olhando para o registo fóssil.
  • 3:19 - 3:21
    Mas essa não é a pergunta
    que estou a fazer.
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    Estou a falar dos nossos
    antepassados humanos,
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    de coisas que pudéssemos reconhecer
    como sendo como nós
  • 3:26 - 3:28
    se estivessem sentados aqui nesta sala.
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    Se estivessem a espreitar
    por cima do nosso ombro,
  • 3:30 - 3:32
    não nos assustariam.
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    E quanto aos antepassados humanos?
  • 3:34 - 3:35
    Se recuarmos bastante no tempo,
  • 3:35 - 3:38
    temos antepassados comuns
    com todas as coisas vivas na Terra.
  • 3:38 - 3:41
    O ADN liga-nos a todos, temos
    antepassados comuns com a barracuda.
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    com as bactérias e os cogumelos,
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    se recuarmos bastante no tempo
    — mais de mil milhões de anos.
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    Mas o que queremos saber
    são os antepassados humanos.
  • 3:49 - 3:50
    Como é que estudamos isso?
  • 3:50 - 3:54
    Historicamente, tem sido estudado
    usando a ciência da paleoantropologia.
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    Escavando coisas enterradas no solo
  • 3:56 - 3:58
    e baseando-nos, sobretudo, na morfologia
  • 3:58 - 4:01
    — na forma que as coisas têm,
    sobretudo na forma do crânio — e dizendo:
  • 4:01 - 4:05
    "Este é mais parecido connosco do que este
    portanto este deve ser meu antepassado.
  • 4:05 - 4:08
    "Deve ser deste
    que eu descendo diretamente".
  • 4:08 - 4:11
    Penso que o terreno da paleoantropologia
  • 4:11 - 4:14
    dá-nos muitas possibilidades
    fascinantes sobre a nossa ancestralidade,
  • 4:14 - 4:18
    mas não nos dá as probabilidades
    que queremos, enquanto cientistas.
  • 4:18 - 4:19
    O que é que eu quero dizer?
  • 4:19 - 4:21
    Vemos aqui um ótimo exemplo.
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    Estas são três espécies
    extintas de hominídeos,
  • 4:23 - 4:25
    potenciais antepassados humanos.
  • 4:25 - 4:28
    Todos escavados na garganta de Olduvai,
    pela família Leakey.
  • 4:28 - 4:30
    São todos, mais ou menos,
    da mesma época.
  • 4:30 - 4:33
    Da esquerda para a direita:
    o Homo erectus, o Homo habilis
  • 4:33 - 4:35
    e o Australopiteco — agora
    chamado Paranthropus boisei,
  • 4:35 - 4:37
    o australopitecíneo robusto.
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    Três espécies extintas,
    no mesmo local, na mesma época.
  • 4:41 - 4:44
    Ou seja, os três não podiam
    ser todos nossos antepassados diretos.
  • 4:44 - 4:46
    Com qual destes sujeitos
    estaremos relacionados?
  • 4:46 - 4:49
    É uma possibilidade
    quanto à nossa ancestralidade,
  • 4:49 - 4:52
    mas não são as probabilidades
    que procuramos.
  • 4:52 - 4:56
    Uma abordagem diferente tem sido
    observar a morfologia nos seres humanos,
  • 4:56 - 4:59
    usando os únicos dados que havia
    disponíveis até há pouco tempo
  • 4:59 - 5:01
    — mais uma vez, sobretudo
    a forma do crânio.
  • 5:01 - 5:04
    A primeira pessoa a fazer isso,
    sistematicamente, foi Linnaeus,
  • 5:05 - 5:07
    Carl von Linné, um botânico sueco,
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    que, no século XVIII, se encarregou
  • 5:09 - 5:11
    de categorizar todos
    os organismos vivos do planeta.
  • 5:11 - 5:13
    Vocês acham que têm um trabalho difícil?
  • 5:13 - 5:15
    Ele fez um ótimo trabalho.
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    Categorizou cerca de 12 000 espécies
    em "Systema Naturae".
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    Foi ele que usou o termo Homo sapiens
    — o "homem sábio" em latim.
  • 5:22 - 5:26
    Mas, olhando para o mundo
    da diversidade dos seres humanos, disse:
  • 5:26 - 5:30
    "Segundo parece, nós aparecemos
    em subespécies discretas, ou categorias".
  • 5:30 - 5:34
    E falou dos africanos, dos americanos
    e dos asiáticos e dos europeus
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    e de uma categoria flagrantemente racista
    a que chamou "Monstrosus",
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    que incluía, praticamente, todos
    os povos de que não gostava,
  • 5:40 - 5:43
    incluindo seres imaginários,
    como os duendes.
  • 5:43 - 5:44
    (Risos)
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    É fácil ignorar isto, como sendo talvez
    uma meditação bem intencionada
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    mas ignorante de um cientista
    do século XVIII
  • 5:52 - 5:54
    a trabalhar na era pré-Darwin.
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    Mas, se aprenderam antropologia física
  • 5:57 - 6:00
    há 20 ou 30 anos, em muitos casos
    terão aprendido
  • 6:00 - 6:03
    essa mesma classificação da humanidade,
  • 6:03 - 6:07
    as raças humanas que, segundo os
    antropólogos físicos de há 30 a 40 anos
  • 6:07 - 6:09
    — Carlton Coon é o melhor exemplo —
  • 6:09 - 6:13
    vêm divergindo umas das outras
    — isto é já na era pós-Darwin —
  • 6:13 - 6:16
    ao longo de um milhão de anos,
    desde a época do Homo erectus.
  • 6:17 - 6:18
    Mas em que dados se baseavam?
  • 6:18 - 6:22
    Muito poucos, muito poucos.
    Na morfologia e em muitos palpites.
  • 6:22 - 6:24
    O que eu quero dizer hoje
  • 6:24 - 6:27
    aquilo de que vou falar,
    é duma nova abordagem a este problema.
  • 6:27 - 6:30
    Em vez de dar palpites
    sobre a nossa ancestralidade,
  • 6:30 - 6:32
    de escavar coisas no terreno,
    possíveis antepassados,
  • 6:32 - 6:34
    e afirmar coisas com base
    na antropologia
  • 6:34 - 6:36
    — que não percebemos totalmente,
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    nem sabemos quais as causas genéticas
    desta variação morfológica —
  • 6:40 - 6:42
    o que precisamos de fazer
    é mudar o foco do problema.
  • 6:42 - 6:46
    Porque o que estamos a considerar
    é um problema genealógico,
  • 6:46 - 6:48
    ou seja, uma pergunta genealógica.
  • 6:48 - 6:51
    O que tentamos fazer é construir
    uma árvore genealógica
  • 6:51 - 6:53
    para todos os que vivem hoje.
  • 6:53 - 6:55
    Como qualquer genealogista vos dirá,
  • 6:55 - 6:57
    toda a gente tem um membro da família
  • 6:57 - 7:00
    que tentou construir uma árvore
    genealógica, saber o passado.
  • 7:00 - 7:03
    Começamos no presente, com
    as relações que conhecemos.
  • 7:03 - 7:04
    Os irmãos têm pais em comum.
  • 7:04 - 7:06
    Os primos têm avós em comum.
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    Pouco a pouco, vamos recuando
    no passado,
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    acrescentando parentes
    cada vez mais distantes.
  • 7:11 - 7:15
    Por fim, por mais que procuremos
    nos registos da igreja ou onde for,
  • 7:16 - 7:19
    encontramos aquilo a que os genealogistas
    chamam uma "parede de tijolo".
  • 7:19 - 7:22
    Daí em diante, não sabemos nada
    sobre os nossos antepassados
  • 7:22 - 7:26
    e entramos no reino misterioso
    e escuro, a que chamamos História,
  • 7:26 - 7:29
    em que pressentimos o nosso caminho
    com uma orientação sussurrada.
  • 7:29 - 7:31
    Quem eram estas pessoas
    que existiam antes?
  • 7:31 - 7:34
    Não temos registos escritos.
    Bom, temos sim senhor.
  • 7:34 - 7:37
    Escrito no nosso ADN,
    no nosso código genético,
  • 7:37 - 7:39
    temos um documento histórico
    que nos leva ao passado
  • 7:40 - 7:42
    aos primeiros dias da nossa espécie.
  • 7:42 - 7:43
    É isso que estudamos.
  • 7:43 - 7:45
    Agora, uma rápida introdução ao ADN.
  • 7:45 - 7:48
    Suponho que nem toda a gente
    na plateia é geneticista.
  • 7:48 - 7:51
    O ADN é uma molécula linear,
    muito comprida,
  • 7:51 - 7:54
    uma versão codificada de como fazer
    outra cópia de nós mesmos.
  • 7:54 - 7:55
    É o nosso esquema.
  • 7:55 - 7:58
    É composto por quatro subunidades:
    A, C, G e T, como lhe chamamos.
  • 7:58 - 8:01
    É a sequência destas subunidades
    que define esse esquema.
  • 8:01 - 8:03
    Qual é o seu comprimento?
  • 8:03 - 8:05
    São milhares de milhões de subunidades.
  • 8:05 - 8:08
    Um genoma haploide — temos
    duas cópias dos nossos cromossomas —
  • 8:08 - 8:12
    um genoma haploide tem uns 3200
    milhões de nucleótidos de comprimento.
  • 8:12 - 8:14
    Tudo junto, se juntarmos tudo,
  • 8:14 - 8:17
    são mais de 6000 milhões
    de nucleótidos de comprimento.
  • 8:17 - 8:19
    Se tirarmos todo o ADN
    de uma célula do corpo
  • 8:19 - 8:23
    e o esticarmos de uma ponta à outra
    terá cerca de dois metros de comprimento.
  • 8:23 - 8:26
    Se tirarmos todo o ADN
    de todas as células do corpo,
  • 8:26 - 8:28
    e o esticarmos de uma ponta à outra
  • 8:28 - 8:31
    atingirá daqui até à Lua
    e de volta à Terra, milhares de vezes.
  • 8:31 - 8:32
    É muita informação.
  • 8:33 - 8:38
    Assim, quando copiamos a molécula de ADN
    para o passarmos, é um trabalho difícil.
  • 8:38 - 8:42
    Imaginem o livro mais grosso
    que puderem, tipo "Guerra e Paz".
  • 8:42 - 8:44
    Agora, multipliquem-no por 100.
  • 8:44 - 8:46
    Imaginem copiá-lo à mão.
  • 8:46 - 8:48
    Trabalham sem parar
    até altas horas da noite,
  • 8:48 - 8:51
    são muito cuidadosos, bebem café
    e estão a prestar muita atenção,
  • 8:51 - 8:54
    mas, por vezes,
    quando estão a copiá-lo à mão,
  • 8:54 - 8:56
    fazem um pequeno erro,
    um erro de ortografia
  • 8:56 - 9:00
    — substituem um E por um I,
    ou um T por um C.
  • 9:00 - 9:04
    O mesmo acontece com o nosso ADN,
    quando passa de geração em geração.
  • 9:04 - 9:07
    Não acontece com frequência.
    Temos incorporado um mecanismo de revisão.
  • 9:08 - 9:11
    Mas se acontece e essa alteração
    é transmitida de geração em geração,
  • 9:11 - 9:12
    torna-se uma marca de descendência.
  • 9:13 - 9:15
    Se partilhamos
    uma dessas marcas com alguém,
  • 9:15 - 9:17
    significa que partilhamos
    um antepassado no passado,
  • 9:17 - 9:20
    a primeira pessoa
    que teve essa alteração no ADN.
  • 9:20 - 9:22
    É procurando o padrão
    da variação genética,
  • 9:22 - 9:25
    o padrão dessas marcas nas pessoas
    do mundo inteiro
  • 9:25 - 9:28
    e analisando as épocas relativas
    quando ocorreram na nossa história
  • 9:28 - 9:32
    que conseguimos construir uma árvore
    genealógica para todos os que vivem hoje.
  • 9:32 - 9:35
    Estes são dois pedaços de ADN
    usados amplamente no nosso trabalho.
  • 9:35 - 9:39
    O ADN mitocondrial, que traça uma linha
    puramente materna de ascendência.
  • 9:39 - 9:41
    Recebemos o nosso ADN da nossa mãe
    e da mãe da nossa mãe,
  • 9:41 - 9:43
    e por aí fora até à primeira mulher.
  • 9:43 - 9:46
    O cromossoma Y, a parte do ADN
    que dá origem a um homem,
  • 9:46 - 9:49
    traça uma linha puramente
    paterna da ascendência.
  • 9:49 - 9:53
    Toda a gente nesta sala,
    toda a gente do mundo inteiro,
  • 9:53 - 9:56
    encaixa numa linhagem
    algures nestas árvores.
  • 9:57 - 10:00
    Apesar de estas serem versões
    simplificadas das verdadeiras árvores,
  • 10:00 - 10:02
    são complicadas,
    por isso, vamos simplificá-las.
  • 10:02 - 10:05
    Combinamo-las, para ficarem
    com o aspeto de uma árvore,
  • 10:05 - 10:07
    com a raiz em baixo
    e os ramos virados para cima.
  • 10:07 - 10:09
    Qual é a mensagem importante?
  • 10:09 - 10:11
    A coisa que nos chama a atenção
    em primeiro lugar
  • 10:11 - 10:14
    é que as linhagens mais antigas
    nas árvores genealógicas
  • 10:14 - 10:18
    encontram-se em África,
    entre os africanos.
  • 10:19 - 10:22
    Isso significa que os africanos
    têm vindo a acumular
  • 10:22 - 10:25
    esta diversidade mutacional
    há mais tempo.
  • 10:25 - 10:27
    Isso significa que somos
    originários de África.
  • 10:27 - 10:29
    Está escrito no nosso ADN.
  • 10:29 - 10:31
    Cada pedaço de ADN que observamos
  • 10:31 - 10:34
    tem maior diversidade em África
    do que fora de África.
  • 10:34 - 10:37
    Em certa altura do passado,
    um subgrupo de africanos
  • 10:37 - 10:40
    saiu do continente africano
    e povoou o resto do mundo.
  • 10:41 - 10:43
    Mas há quanto tempo partilhamos
    esta ancestralidade?
  • 10:43 - 10:47
    Foi há milhões de anos,
    como podemos suspeitar
  • 10:47 - 10:50
    olhando para toda esta incrível variação
    por todo o mundo?
  • 10:50 - 10:52
    Não, o ADN conta uma história muito clara.
  • 10:53 - 10:55
    Nos último 200 000 anos
  • 10:55 - 10:58
    todos partilhávamos um antepassado,
    uma única pessoa,
  • 10:58 - 11:01
    a Eva Mitocondrial, já devem
    ter ouvido falar dela — em África,
  • 11:01 - 11:05
    uma mulher africana que deu origem a toda
    a diversidade mitocondrial do mundo atual.
  • 11:05 - 11:07
    Mas o mais espantoso
  • 11:07 - 11:09
    é que, se olharmos para o cromossoma Y,
  • 11:09 - 11:13
    o lado masculino da história,
    o Adão do cromossoma Y,
  • 11:13 - 11:15
    só apareceu há cerca de 60 000 anos.
  • 11:15 - 11:18
    São apenas cerca de 2000 gerações humanas,
  • 11:18 - 11:21
    um piscar de olhos num sentido evolutivo.
  • 11:22 - 11:25
    Isso diz-nos que ainda estávamos todos
    a viver em África nessa época.
  • 11:25 - 11:27
    Foi um homem africano que deu origem
  • 11:27 - 11:29
    à diversidade de cromossomas Y
    no mundo inteiro.
  • 11:29 - 11:32
    Foi só nos últimos 60 000 anos
    que começámos a gerar
  • 11:32 - 11:34
    esta incrível diversidade
    que observamos pelo mundo fora.
  • 11:35 - 11:37
    É uma história espantosa.
  • 11:37 - 11:40
    Todos fazemos parte duma
    alargada família africana.
  • 11:41 - 11:43
    Isto parece ser muito recente.
  • 11:43 - 11:45
    Porque é que não começámos
    a sair de África mais cedo?
  • 11:45 - 11:48
    Porque é que o Homo erectus
    evolui em espécies separadas,
  • 11:48 - 11:50
    ou melhor, subespécies, em todo o mundo?
  • 11:50 - 11:53
    Porque é que parece que saímos
    de África há tão pouco tempo?
  • 11:54 - 11:56
    Essa é a pergunta difícil
    — as perguntas "porquê?"
  • 11:56 - 11:59
    especialmente em genética
    e no estudo da história em geral,
  • 11:59 - 12:01
    são sempre as importantes,
  • 12:01 - 12:03
    as que são mais difíceis de responder.
  • 12:03 - 12:06
    Quando tudo o mais falha,
    fala-se do tempo.
  • 12:06 - 12:09
    O que se passava no clima mundial
    por volta de há 60 000 anos?
  • 12:09 - 12:12
    Vamos entrar na pior parte
    da última idade do gelo.
  • 12:12 - 12:15
    A última idade do gelo
    começou há cerca de 120 000 anos.
  • 12:15 - 12:19
    Aumentou e diminuiu e começou
    a acelerar por volta de há 70 000 anos.
  • 12:19 - 12:21
    Muitos indícios, de sedimentos
  • 12:21 - 12:24
    e de tipos de pólen,
    isótopos de oxigénio, etc.
  • 12:24 - 12:27
    Atingimos o auge do último glaciar
    há cerca de 16 000 anos
  • 12:27 - 12:30
    mas, a partir de há 70 000 anos,
    as coisas estavam a ficar muito feias,
  • 12:30 - 12:32
    estava a ficar muito frio.
  • 12:32 - 12:36
    O hemisfério norte tinha uma
    enorme massa crescente de placas de gelo.
  • 12:36 - 12:40
    A cidade de Nova Iorque, Chicago, Seattle,
    tudo estava sob uma placa de gelo.
  • 12:40 - 12:43
    A maioria da Grã-Bretanha,
    toda a Escandinávia, cobertas por gelo
  • 12:43 - 12:45
    com vários quilómetros de espessura.
  • 12:45 - 12:48
    A África é o continente
    mais tropical do planeta
  • 12:48 - 12:52
    — cerca de 85% situa-se entre
    os trópicos de Câncer e de Capricórnio —
  • 12:52 - 12:54
    e ali não há muitos glaciares,
  • 12:54 - 12:56
    exceto nas altas montanhas
    na África Oriental.
  • 12:56 - 12:59
    O que é que se passava aqui?
    Não estávamos cobertos de gelo em África.
  • 12:59 - 13:02
    Pelo contrário, a África estava
    numa seca, nessa época.
  • 13:02 - 13:04
    Isto é um mapa paleoclimatológico
  • 13:04 - 13:07
    do aspeto de África,
    há 60 a 70 mil anos,
  • 13:07 - 13:11
    reconstruído a partir
    de todos os indícios que já referi.
  • 13:11 - 13:14
    A razão para isso é que o gelo
    absorve a humidade da atmosfera.
  • 13:15 - 13:19
    Se pensarem na Antártida, tecnicamente
    é um deserto, muito pouca precipitação.
  • 13:19 - 13:21
    Todo o mundo estava a secar.
  • 13:21 - 13:25
    Os níveis do mar estavam a descer
    e a África estava a tornar-se um deserto.
  • 13:25 - 13:28
    O Saara era muito maior
    nessa época do que é hoje.
  • 13:28 - 13:31
    O habitat humano estava reduzido
    a umas pequenas bolsas,
  • 13:31 - 13:33
    em comparação com o que temos hoje.
  • 13:33 - 13:35
    A evidência dos dados genéticos
  • 13:35 - 13:38
    é que a população humana nesta época,
    há cerca de uns 70 000 anos,
  • 13:38 - 13:41
    se reduziu para menos de 2000 indivíduos.
  • 13:41 - 13:45
    Quase nos extinguimos,
    Estávamos presos pela ponta dos cabelos.
  • 13:45 - 13:48
    Então, aconteceu uma coisa.
    Uma grande ilustração.
  • 13:48 - 13:50
    Reparem em alguns instrumentos de pedra.
  • 13:50 - 13:54
    Os da esquerda são de África,
    de há cerca de um milhão de anos.
  • 13:54 - 13:57
    Os da direita são dos neandertais,
    nossos primos distantes
  • 13:57 - 13:59
    — não são antepassados diretos —
    que viviam na Europa
  • 13:59 - 14:02
    e datam de há uns 50 ou 60 mil anos.
  • 14:03 - 14:06
    Correndo o risco de ofender
    qualquer paleoantropólogo
  • 14:06 - 14:09
    ou antropólogo físico aqui presente,
  • 14:09 - 14:13
    não há grande alteração entre
    os dois grupos de instrumentos de pedra.
  • 14:14 - 14:16
    Os da esquerda são quase iguais
    aos da direita.
  • 14:17 - 14:21
    Estamos num período de longa
    estase cultural de há um milhão de anos
  • 14:21 - 14:23
    até há uns 60 a 70 mil anos.
  • 14:23 - 14:25
    Os estilos não são muito diferentes.
  • 14:25 - 14:27
    Os indícios são que a forma de vida humana
  • 14:27 - 14:29
    não mudou muito durante este período.
  • 14:29 - 14:32
    Mas, depois, há 50, 60 ou 70 mil anos,
  • 14:32 - 14:34
    algures nesta região,
    ocorre uma coisa caótica.
  • 14:34 - 14:36
    Aparece a arte.
  • 14:37 - 14:40
    Os instrumentos de pedra
    passam a ser delicadamente trabalhados,
  • 14:40 - 14:43
    indicando que os seres humanos
    começam a especializar-se
  • 14:43 - 14:46
    em determinadas espécies de presas,
    em determinadas épocas do ano.
  • 14:46 - 14:48
    O tamanho da população começa a aumentar.
  • 14:48 - 14:50
    Provavelmente, segundo
    muitos linguistas pensam,
  • 14:50 - 14:53
    aparece nesta época a linguagem moderna,
    uma linguagem sintática
  • 14:53 - 14:57
    — sujeito, verbo, complemento direto —
    usada para transmitir ideias,
  • 14:57 - 14:58
    tal como estou a fazer agora.
  • 14:58 - 15:02
    Tornamo-nos muito mais sociais.
    As redes sociais expandem-se.
  • 15:02 - 15:07
    Esta mudança de comportamento permitiu-nos
    sobreviver nas condições piores em África
  • 15:07 - 15:11
    e permitiram-nos começar
    a expandirmo-nos pelo mundo.
  • 15:12 - 15:15
    Temos falado, nesta conferência,
    das histórias de êxito em África.
  • 15:15 - 15:18
    Querem ouvir a suprema história
    africana de êxito
  • 15:18 - 15:20
    Olhem para o espelho. Somos nós.
  • 15:21 - 15:22
    A razão de estarmos vivos
  • 15:22 - 15:25
    é que a alteração no nosso cérebro
    ocorreu em África
  • 15:25 - 15:28
    provavelmente algures na região
    onde nos encontramos aqui mesmo,
  • 15:28 - 15:31
    há cerca de 60 a 70 mil anos,
  • 15:31 - 15:34
    o que nos permitiu sobreviver em África
    e expandir-nos para fora dela.
  • 15:34 - 15:37
    Uma primeira migração costeira
    ao longo da costa sul da Ásia,
  • 15:37 - 15:39
    que partiu de África há uns 60 000 anos,
  • 15:39 - 15:43
    chegando à Austrália,
    muito rapidamente há 50 000 anos.
  • 15:43 - 15:45
    Uma migração, um pouco mais tarde,
    para o Médio Oriente.
  • 15:45 - 15:47
    Deviam ser caçadores da savana.
  • 15:47 - 15:49
    Quem for numa das visitas
    depois das palestras,
  • 15:49 - 15:51
    verá o que é uma verdadeira savana.
  • 15:51 - 15:53
    É basicamente um armário de carne.
  • 15:53 - 15:56
    Pessoas que se tinham especializado
    em matar animais,
  • 15:56 - 15:59
    em caçar animais nestas savanas
    repletas de carne,
  • 15:59 - 16:02
    foram subindo, seguindo as pradarias
    até ao Médio Oriente
  • 16:02 - 16:03
    há cerca de 45 000 anos,
  • 16:03 - 16:05
    durante uma das raras
    fases húmidas no Saara,
  • 16:05 - 16:07
    migrando para leste,
    seguindo as pradarias,
  • 16:07 - 16:10
    porque era a isso que se tinham
    adaptado para subsistir.
  • 16:10 - 16:12
    Quando chegaram à Ásia central,
  • 16:12 - 16:15
    chegaram ao que era efetivamente
    uma estepe de alta qualidade,
  • 16:15 - 16:17
    uma pradaria de alta qualidade.
  • 16:17 - 16:19
    Naquela época
    — durante a última idade do gelo —
  • 16:19 - 16:22
    as pradarias estendiam-se
    desde a Alemanha até à Coreia
  • 16:22 - 16:24
    e todo o continente estava cheio delas.
  • 16:24 - 16:26
    Entraram na Europa
    há cerca de 35 000 anos.
  • 16:26 - 16:28
    e, por fim, um pequeno grupo migrou
  • 16:28 - 16:31
    através do pior clima imaginável
    — a Sibéria —
  • 16:31 - 16:34
    no interior do Círculo Ártico,
    durante a última idade do gelo
  • 16:34 - 16:38
    — a temperatura era talvez
    de -70, -80, ou mesmo -100 C —
  • 16:38 - 16:42
    migrando para a América,
    chegando finalmente à última fronteira.
  • 16:42 - 16:46
    Uma história impressionante
    que aconteceu a partir de África.
  • 16:46 - 16:48
    As mudanças que nos permitiram fazer isso,
  • 16:48 - 16:51
    a evolução deste cérebro altamente
    adaptável que todos temos hoje,
  • 16:51 - 16:53
    que nos permitiu criar novas culturas,
  • 16:53 - 16:56
    que nos permitiu desenvolver a diversidade
  • 16:56 - 16:59
    que vemos numa viagem turbilhão
    como a que eu acabo de fazer.
  • 17:00 - 17:04
    Esta história que vos contei
    é literalmente uma viagem turbilhão
  • 17:04 - 17:06
    de como povoámos o mundo
  • 17:06 - 17:09
    — as grandes andanças paleolíticas
    da nossa espécie.
  • 17:09 - 17:12
    É a história que contei, há uns anos,
    no meu livro "The Journey of Man"
  • 17:12 - 17:15
    e num filme que fizemos,
    com o mesmo título.
  • 17:15 - 17:17
    Quando estávamos a terminar esse filme
  • 17:17 - 17:20
    — produzido em conjunto
    com a National Geographic —
  • 17:20 - 17:23
    comecei a falar com gente
    da National Geographic sobre este livro.
  • 17:23 - 17:27
    Ficaram muito interessados.
    Gostaram do filme mas disseram:
  • 17:27 - 17:29
    "Sabem, vemos isto como o tipo
    duma nova vaga
  • 17:29 - 17:33
    "no estudo das origens humanas;
    de onde viemos todos nós,
  • 17:33 - 17:38
    "usando os instrumentos do ADN
    para mapear as migrações em todo o mundo.
  • 17:38 - 17:40
    "O estudo das origens do homem
    está no nosso ADN
  • 17:40 - 17:42
    "e queremos elevá-lo ao próximo nível.
  • 17:42 - 17:44
    "O que queremos fazer a seguir?"
  • 17:44 - 17:47
    Esta é a grande questão
    que a National Geographic vai abordar.
  • 17:47 - 17:50
    Eu disse: "Sabem, o que eu fiz aqui
  • 17:50 - 17:54
    "foi um esboço muito grosseiro
    de como migrámos por todo o planeta.
  • 17:54 - 17:57
    "Baseia-se em poucos milhares
    de pessoas que serviram de exemplo,
  • 17:57 - 17:59
    "meia dúzia de populações
    do mundo inteiro.
  • 17:59 - 18:03
    "Estudei alguns marcadores genéticos
    e há imensos buracos neste mapa.
  • 18:03 - 18:05
    "Estamos a ligar os pontos.
  • 18:05 - 18:09
    "Precisamos de reforçar
    muito mais a nossa amostra
  • 18:09 - 18:12
    "— centenas de milhares de amostras
    de ADN, de pessoas do mundo inteiro".
  • 18:13 - 18:16
    Foi esta a génese do Projeto Genográfico.
  • 18:16 - 18:19
    O projeto arrancou em abril de 2005.
  • 18:19 - 18:23
    Tem três componentes.
    Obviamente, a ciência é um dos principais.
  • 18:23 - 18:26
    Fazemos investigação no terreno
    no mundo inteiro, com povos indígenas,
  • 18:26 - 18:29
    pessoas que viveram no mesmo local
    durante um longo período de tempo
  • 18:29 - 18:31
    e mantêm uma ligação
    com o local onde vivem
  • 18:31 - 18:33
    coisa que muitos de nós perderam.
  • 18:34 - 18:36
    Os meus antepassados vêm de todo
    o norte da Europa.
  • 18:36 - 18:39
    Eu vivo na costa leste dos EUA,
    quando não ando a viajar.
  • 18:39 - 18:42
    De onde sou? De parte alguma.
    Os meus genes estão todos misturados.
  • 18:42 - 18:45
    Mas há pessoas que mantêm esse elo
    com os seus antepassados
  • 18:45 - 18:48
    que nos permitem contextualizar
    os resultados do ADN.
  • 18:48 - 18:50
    É esse o foco da investigação no terreno.
  • 18:50 - 18:52
    Instituímos 10 centros
    por todo o mundo,
  • 18:53 - 18:54
    com geneticistas de topo.
  • 18:55 - 18:58
    Mas, além disso, queremos abrir
    este estudo a toda a gente, no mundo.
  • 18:58 - 19:01
    Quantas vezes já participaram
    num grande projeto científico?
  • 19:01 - 19:04
    No Projeto do Genoma Humano,
    ou na missão da Sonda a Marte.
  • 19:04 - 19:06
    Neste caso, também podem.
  • 19:06 - 19:10
    Podem ir à nossa página "web"
    Nationalgeographic.com/genographic.
  • 19:10 - 19:13
    Podem encomendar um "kit",
    Podem testar o vosso ADN.
  • 19:13 - 19:16
    Podem apresentar esses resultados
    a uma base de dados,
  • 19:16 - 19:18
    e falar-nos um pouco do vosso
    passado genealógico,
  • 19:18 - 19:22
    mandar analisar os dados
    dentro do esforço científico.
  • 19:23 - 19:25
    Isto é um empreendimento
    sem fins lucrativos,
  • 19:25 - 19:27
    o dinheiro que angariamos,
    depois de cobrarmos
  • 19:27 - 19:30
    o custo dos testes
    e dos componentes do "kit"
  • 19:30 - 19:31
    é introduzido no projeto.
  • 19:31 - 19:33
    A maior parte vai para um Legacy Fund.
  • 19:33 - 19:37
    É uma entidade de beneficência,
    uma entidade que concede bolsas
  • 19:37 - 19:39
    que dão dinheiro a grupos indígenas
    por todo o mundo
  • 19:39 - 19:43
    para projetos educativos
    e culturais, da iniciativa deles.
  • 19:43 - 19:45
    Usam esses fundos para fazerem
    diversos projetos
  • 19:45 - 19:47
    e vou mostrar-vos alguns exemplos.
  • 19:47 - 19:50
    Como fazemos o projeto?
    Temos cerca de 25 000 amostras,
  • 19:50 - 19:52
    recolhidas em povos indígenas
    de todo o mundo.
  • 19:52 - 19:55
    O mais espantoso tem sido
    o interesse por parte do público:
  • 19:55 - 19:58
    210 000 pessoas encomendaram
    "kits" de participação
  • 19:58 - 20:00
    desde que arrancámos há dois anos,
  • 20:00 - 20:03
    o que significa cerca
    de cinco milhões de dólares.
  • 20:03 - 20:06
    A maior parte — pelo menos metade —
    vai para o Legacy Fund.
  • 20:06 - 20:10
    Já atribuímos as primeiras bolsas Legacy
    no total de uns 500 000 dólares.
  • 20:10 - 20:11
    Projetos em todo o mundo
  • 20:11 - 20:14
    — documentação de poesia oral
    na Serra Leoa,
  • 20:14 - 20:16
    preservação de padrões de tecidos
    tradicionais em Gaza,
  • 20:16 - 20:19
    revitalização da língua
    no Tajiquistão, etc., etc.
  • 20:19 - 20:22
    O projeto está a andar muito bem
  • 20:22 - 20:26
    e aconselho-vos a visitar
    a página "web" e ver esse espaço.
  • 20:26 - 20:27
    Muito obrigado.
  • 20:27 - 20:30
    (Aplausos)
Title:
Uma árvore genealógica para a Humanidade
Speaker:
Spencer Wells
Description:

Todos os seres humanos partilham pedaços comuns de ADN, que nos foram passados pelos nossos antepassados africanos. O geneticista Spencer Wells fala-nos de como o seu Projeto Genográfico vai usar este ADN partilhado para sabermos como é que estamos realmente relacionados, apesar de toda a nossa diversidade.

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English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
20:30
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for A family tree for humanity
Mafalda Ferreira accepted Portuguese subtitles for A family tree for humanity
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Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for A family tree for humanity
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