Os 1s e 0s por trás do armamento cibernético
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0:01 - 0:03Isto é um monte de uns e zeros.
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0:03 - 0:06É o que chamamos de informação binária.
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0:06 - 0:08É como os computadores falam.
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0:08 - 0:10É como armazenam informação.
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0:10 - 0:11É como computadores pensam.
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0:11 - 0:13É como computadores fazem
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0:13 - 0:15tudo o que fazem.
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0:15 - 0:17Sou pesquisador de segurança cibernética,
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0:17 - 0:19e meu trabalho
é sentar com esta informação -
0:19 - 0:21e tentar decifrá-la,
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0:21 - 0:23tentar entender o que significam
estes zeros e uns. -
0:23 - 0:25Infelizmente, não estamos falando apenas
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0:25 - 0:28dos uns e zeros que estão na tela.
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0:28 - 0:30Não estamos falando
de umas poucas páginas de uns e zeros. -
0:30 - 0:33Estamos falando de bilhões e bilhões
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0:33 - 0:34de uns e zeros,
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0:34 - 0:37mais do que qualquer pessoa
poderia compreender. -
0:37 - 0:39Agora, tão excitante quanto parece,
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0:39 - 0:41quanto eu comecei com cibernética --
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0:41 - 0:43(Risos)
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0:43 - 0:45quando comecei, não tinha certeza
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0:45 - 0:47que peneirar uns e zeros
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0:47 - 0:49era o que eu queria fazer
pelo resto da minha vida, -
0:49 - 0:51porque na minha cabeça, cibernética
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0:51 - 0:55era manter os vírus
longe do computador da minha avó, -
0:55 - 0:58era evitar que páginas do Myspace
fossem invadidas, -
0:58 - 1:00e talvez, no meu dia mais glorioso,
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1:00 - 1:04era impedir que informações
de cartão de crédito fossem roubadas. -
1:04 - 1:05Essas eram coisas importantes,
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1:05 - 1:08mas não era como queria passar minha vida.
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1:08 - 1:10Mas depois de 30 minutos de trabalho
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1:10 - 1:11como um contratante de defesa,
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1:11 - 1:14logo descobri que minha ideia
de cibernética -
1:14 - 1:16estava um pouco ultrapassada.
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1:16 - 1:18De fato, em termos de segurança nacional,
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1:18 - 1:20afastar vírus do computador da vovó
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1:20 - 1:23surpreendentemente
tinha baixa prioridade na lista. -
1:23 - 1:25E isso é porque a cibernética
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1:25 - 1:28é muito maior que qualquer
uma destas coisas. -
1:28 - 1:31Cibernética é uma parte integral
de nossas vidas, -
1:31 - 1:34porque computadores são
uma parte integral de nossas vidas, -
1:34 - 1:36mesmo que você não tenha um computador.
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1:36 - 1:39Computadores controlam tudo no seu carro,
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1:39 - 1:41desde o GPS até os airbags.
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1:41 - 1:42Eles controlam o telefone.
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1:42 - 1:45Por isso você pode ligar
para 911 e ter alguém na outra linha. -
1:45 - 1:48Eles controlam toda a infraestrutura
da nossa nação. -
1:48 - 1:49São razão de se ter eletricidade,
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1:49 - 1:52calefação, água limpa, comida.
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1:52 - 1:54Eles controlam nossos
equipamentos militares, -
1:54 - 1:59desde armazéns de mísseis a satélites
e redes de defesa nucleares. -
1:59 - 2:01Tudo isso se tornou possível
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2:01 - 2:03por causa dos computadores,
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2:03 - 2:05e portanto, por causa da cibernética.
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2:05 - 2:06E quando algo dá errado,
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2:06 - 2:09a cibernética pode tornar
essas coisas impossíveis. -
2:09 - 2:11Mas é aqui que eu entro.
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2:11 - 2:14Grande parte do meu trabalho
é defender todas essas coisas, -
2:14 - 2:15mantê-las funcionando,
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2:15 - 2:18mas, às vezes, parte do meu trabalho
é quebrar uma dessas coisas, -
2:18 - 2:20porque a cibernética
não é só sobre defesa, -
2:20 - 2:22é também sobre ataque.
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2:22 - 2:25Estamos entrando em uma era em que
falamos de armas cibernéticas. -
2:25 - 2:29Na verdade, é tão grande o potencial
do ataque cibernético -
2:29 - 2:32que a cibernética é considerada
um novo domínio de armamento. -
2:32 - 2:34Armamento.
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2:34 - 2:36Não é necessariamente uma coisa ruim.
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2:36 - 2:39Por um lado, significa
que temos um novo fronte -
2:39 - 2:40para nos defender,
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2:40 - 2:41mas por outro lado,
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2:41 - 2:44significa que temos
uma nova maneira de atacar, -
2:44 - 2:46um nova maneira de evitar que pessoas más
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2:46 - 2:48façam coisas más.
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2:48 - 2:50Vamos considerar um exemplo disso
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2:50 - 2:51que é completamente teórico.
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2:51 - 2:54Suponha que um terrorista
queira explodir um edifício, -
2:54 - 2:56e quer fazê-lo de novo e de novo
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2:56 - 2:57no futuro.
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2:57 - 3:00Ele não quer estar no edifício
quando ele explodir. -
3:00 - 3:01Ele usará um telefone celular
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3:01 - 3:04como um detonador remoto.
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3:04 - 3:06Agora, a única maneira que tínhamos
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3:06 - 3:07para impedir o terrorista
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3:07 - 3:10era com chuva de tiros
e perseguição de carros, -
3:10 - 3:12mas isso já não é mais o caso.
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3:12 - 3:14Entramos numa era
em que podemos detê-lo -
3:14 - 3:15com o apertar de um botão
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3:15 - 3:17de uma distância
de mais de 1600 km, -
3:17 - 3:19porque, saiba ele ou não,
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3:19 - 3:20tão logo decida usar seu celular,
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3:20 - 3:23ele entra no domínio da cibernética.
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3:23 - 3:26Um ataque cibernético bem elaborado
pode invadir o seu telefone, -
3:26 - 3:29desbloquear as proteções
de sobrecarga de sua bateria, -
3:29 - 3:30sobrecarregar o circuito,
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3:30 - 3:33e fazer a bateria superaquecer e explodir.
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3:33 - 3:35Sem telefone, sem detonador,
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3:35 - 3:37talvez sem terrorista,
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3:37 - 3:38tudo com o apertar de um botão
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3:38 - 3:41a mais de 1600 km de distância.
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3:41 - 3:43Então, como isso funciona?
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3:43 - 3:45Tudo volta àqueles uns e zeros.
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3:45 - 3:48Informação binária
faz seu telefone funcionar, -
3:48 - 3:51e usada corretamente,
pode fazer seu telefone explodir. -
3:51 - 3:54Quando você começa a olhar
a cibernética desta perspectiva, -
3:54 - 3:57passar sua vida
peneirando informação binária -
3:57 - 4:00começa a parecer excitante.
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4:00 - 4:02Mas há um problema: é difícil,
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4:02 - 4:04muito, muito difícil,
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4:04 - 4:06e aqui está o porquê.
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4:06 - 4:08Pense em tudo que você tem no celular.
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4:08 - 4:10Você tem as fotos que tirou.
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4:10 - 4:12Tem as músicas que ouve.
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4:12 - 4:14Sua lista de contatos, seu email
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4:14 - 4:15e provavelmente umas 500 apps
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4:15 - 4:18que nunca usou na vida,
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4:18 - 4:22e por trás de tudo isso
está o software, o código, -
4:22 - 4:24que controla o seu telefone,
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4:24 - 4:26e em algum lugar,
enterrado dentro do código, -
4:26 - 4:29está um pequeno pedaço
que controla sua bateria, -
4:29 - 4:31e é disso que estou atrás,
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4:31 - 4:35mas tudo isso, só um monte de uns e zeros,
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4:35 - 4:36todos misturados.
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4:36 - 4:40Em cibernética, isso se chama buscar
uma agulha em uma pilha de agulhas, -
4:40 - 4:42porque é assim mesmo que se parece.
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4:42 - 4:44Eu procuro por um pedaço chave,
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4:44 - 4:47mas ele se mistura com todo o resto.
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4:47 - 4:49Vamos sair dessa situação teórica
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4:49 - 4:52de fazer o celular
de um terrorista explodir, -
4:52 - 4:54e olhar uma que realmente
aconteceu comigo. -
4:54 - 4:56Não importa o que eu faça,
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4:56 - 5:00meu trabalho sempre começa por sentar
com um monte de informação binária, -
5:00 - 5:03e procuro sempre por um pedaço chave
para fazer algo específico. -
5:03 - 5:07No caso, eu procurava por um código
de alta tecnologia, muito avançado, -
5:07 - 5:08que era possível hackear,
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5:08 - 5:10mas que estava enterrado em algum lugar
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5:10 - 5:12no meio de bilhões de uns e zeros.
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5:12 - 5:13Infelizmente, eu não sabia
-
5:13 - 5:15exatamente pelo que procurava.
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5:15 - 5:19Não sabia ao certo como se pareceria,
o que torna a busca realmente difícil. -
5:19 - 5:21Quando tenho que fazer isso,
-
5:21 - 5:24tenho que olhar para vários pedaços
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5:24 - 5:25da informação binária,
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5:25 - 5:28e tentar decifrar cada pedaço
e ver se é -
5:28 - 5:28o que procuro.
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5:28 - 5:31Depois de um tempo,
achei que tinha encontrado -
5:31 - 5:32o pedaço que estava procurando.
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5:32 - 5:34Pensei: talvez seja isso.
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5:34 - 5:36Parecia estar certo,
mas não tinha certeza. -
5:36 - 5:39Não sabia o que aqueles
uns e zeros representavam. -
5:39 - 5:42Gastei um tempo tentando entender,
-
5:42 - 5:44mas não estava tendo sorte,
-
5:44 - 5:45finalmente decidi,
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5:45 - 5:47vou conseguir passar por isso,
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5:47 - 5:48vou vir no fim de semana,
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5:48 - 5:49e não vou sair
-
5:49 - 5:51até descobrir o que isso representa.
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5:51 - 5:53E foi o que fiz. Vim na manhã de sábado,
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5:53 - 5:57e depois de umas 10 horas, eu tinha
todas as peças do quebra-cabeças. -
5:57 - 5:58Só não sabia como juntá-las.
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5:58 - 6:01Não sabia o que
esses uns e zeros significavam. -
6:01 - 6:03No marco de 15 horas,
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6:03 - 6:06comecei a ter uma ideia melhor do que era,
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6:06 - 6:08mas tinha uma estranha suspeita
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6:08 - 6:09que aquilo que olhava
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6:09 - 6:12não tinha relação com o que procurava.
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6:12 - 6:15Depois de 20 horas,
as peças começaram a se encaixar -
6:15 - 6:18bem devagar -- (Risos) --
-
6:18 - 6:20naquele momento, eu tinha certeza
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6:20 - 6:22que estava indo pelo caminho errado,
-
6:22 - 6:24mas não iria desistir.
-
6:24 - 6:27Depois de 30 horas no laboratório,
-
6:27 - 6:29descobri exatamente
para o que estava olhando, -
6:29 - 6:32e eu estava certo,
não era o que procurava. -
6:32 - 6:33Despendi 30 horas juntando
-
6:33 - 6:36os uns e zeros que formavam
a figura de um gatinho. -
6:36 - 6:38(Risos)
-
6:38 - 6:42Perdi 30 horas da minha vida
procurando por este gatinho -
6:42 - 6:44que não tinha relação alguma
-
6:44 - 6:46com o que estava tentando realizar.
-
6:46 - 6:49Eu estava frustrado e exausto.
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6:49 - 6:53Após 30 horas de laboratório,
provavelmente eu estava cheirando mal. -
6:53 - 6:55Mas em vez de ir para casa
-
6:55 - 6:57e dar por encerrado,
dei um passo para trás -
6:57 - 7:00e me perguntei: "O que deu errado?
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7:00 - 7:02Como pude cometer um erro tão idiota?
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7:02 - 7:04Eu sou bom nisso.
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7:04 - 7:05Eu trabalho com isso.
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7:05 - 7:07Então o que aconteceu?"
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7:07 - 7:10Bem, pensei, quando se procura
por informação nesse nível, -
7:10 - 7:12é fácil se desviar do que se está fazendo.
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7:12 - 7:14É fácil não ver a floresta
através das árvores. -
7:14 - 7:17É fácil entrar na toca de coelho errada
-
7:17 - 7:18e perder um tempo tremendo
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7:18 - 7:20fazendo a coisa errada.
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7:20 - 7:22Mas tive essa epifania.
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7:22 - 7:25Estávamos olhando para os dados
de maneira completamente errada -
7:25 - 7:26desde o primeiro dia.
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7:26 - 7:28É assim que computadores pensam,
uns e zeros. -
7:28 - 7:30Não é assim que pessoas pensam,
-
7:30 - 7:32mas estávamos tentando
adaptar nossas mentes -
7:32 - 7:34para pensar mais como computadores
-
7:34 - 7:35para poder entender a informação.
-
7:35 - 7:38Em vez de fazer nossas mentes
se adaptarem ao problema, -
7:38 - 7:40deveríamos fazer o problema se adaptar
-
7:40 - 7:41às nossas mentes,
-
7:41 - 7:43porque os cérebros
têm um potencial tremendo -
7:43 - 7:46para analisar grandes quantidades
de informação, -
7:46 - 7:47só não como esta.
-
7:47 - 7:49E se pudéssemos
liberar nosso potencial -
7:49 - 7:50traduzindo isso
-
7:50 - 7:52para o tipo certo de informação?
-
7:52 - 7:54Com essas ideias em mente,
-
7:54 - 7:57corri do laboratório do trabalho
para o meu laboratório de casa, -
7:57 - 7:58que é bem parecido.
-
7:58 - 8:00A principal diferença é que,
-
8:00 - 8:02no trabalho estou rodeado
de materiais cibernéticos, -
8:02 - 8:05e a cibernética parecia ser
o problema nessa situação. -
8:05 - 8:08Em casa, estou rodeado
de tudo mais que já aprendi. -
8:08 - 8:10Então vasculhei
pelos livros que encontrei, -
8:10 - 8:12pelas ideias que me deparei,
-
8:12 - 8:14para ver como poderíamos
traduzir um problema -
8:14 - 8:16de um domínio para outro
completamente diferente. -
8:16 - 8:18A maior questão era,
-
8:18 - 8:20para o quê queremos traduzir?
-
8:20 - 8:23O que nossos cérebros fazem
de maneira perfeitamente natural -
8:23 - 8:24que podemos explorar?
-
8:24 - 8:26Minha resposta foi: visão.
-
8:26 - 8:29Temos uma tremenda capacidade
para analisar informação visual. -
8:29 - 8:32Podemos combinar
gradientes de cores, profundidade, -
8:32 - 8:34todo tipo de sinais diferentes
-
8:34 - 8:36em uma imagem coerente
do mundo a nossa volta. -
8:36 - 8:37É incrível.
-
8:37 - 8:39Se conseguíssemos
uma forma de traduzir -
8:39 - 8:41esses padrões binários
para sinais visuais, -
8:41 - 8:44poderíamos liberar
o poder de nossos cérebros -
8:44 - 8:46para processar esse negócio.
-
8:46 - 8:48Comecei a olhar
para a informação binária, -
8:48 - 8:51e me perguntei, o que faço primeiro
quando encontro algo assim? -
8:51 - 8:52E a primeira coisa que faço,
-
8:52 - 8:54a primeira questão que quero responder é:
-
8:54 - 8:55o que é isso?
-
8:55 - 8:57Não me importa o que faz e como funciona.
-
8:57 - 9:00Tudo que quero saber é: o que é isso?
-
9:00 - 9:02E a maneira para descobrir isso
-
9:02 - 9:06é olhar para pedaços sequenciais
de informação binária, -
9:06 - 9:09e olhar para o relacionamento
entre esses pedaços. -
9:09 - 9:10Quando junto sequencias suficientes,
-
9:10 - 9:12começo a ter uma ideia do que exatamente
-
9:12 - 9:15essa informação deve ser.
-
9:15 - 9:16Então vamos voltar àquela situação
-
9:16 - 9:18de explodir o telefone do terrorista.
-
9:18 - 9:21É assim que texto em inglês se parece
-
9:21 - 9:22em nível binário.
-
9:22 - 9:24É assim que sua lista
de contatos se parece -
9:24 - 9:26se estivesse examinando-a.
-
9:26 - 9:28É muito difícil analisar nesse nível,
-
9:28 - 9:30mas se pegarmos
esses pedaços binários -
9:30 - 9:31que venho tentando encontrar,
-
9:31 - 9:33e os traduzir para
-
9:33 - 9:35uma representação visual,
-
9:35 - 9:37traduzir os relacionamentos,
-
9:37 - 9:38isto é o que teria.
-
9:38 - 9:40É assim que texto em inglês se parece
-
9:40 - 9:42de uma perspectiva de abstração visual.
-
9:42 - 9:43De repente,
-
9:43 - 9:45ela nos mostra a mesma informação
-
9:45 - 9:47que estava nos uns e zeros,
-
9:47 - 9:49mas mostra de uma maneira
completamente diferente, -
9:49 - 9:51uma maneira que
compreendemos imediatamente. -
9:51 - 9:54Podemos ver instantaneamente
os padrões aqui. -
9:54 - 9:56Leva segundos para distinguir
padrões aqui, -
9:56 - 9:59mas horas, dias, para distingui-los
-
9:59 - 9:59em uns e zeros.
-
9:59 - 10:02Leva minutos para qualquer pessoa aprender
-
10:02 - 10:03o que estes padrões representam aqui,
-
10:03 - 10:05mas anos de experiência em cibernética
-
10:05 - 10:07para aprender
o que os mesmos padrões -
10:07 - 10:09representam em uns e zeros.
-
10:09 - 10:10Este pedaço é causado por
-
10:10 - 10:12letras minúsculas seguidas
por letras minúsculas -
10:12 - 10:14dentro de uma lista de contatos.
-
10:14 - 10:16Isso é maiúscula
seguida por maiúscula, -
10:16 - 10:18maiúscula por minúscula,
minúscula por maiúscula. -
10:18 - 10:21Isto é causado por espaços.
Isto por trocas de linha. -
10:21 - 10:22Podemos passar por cada detalhe
-
10:22 - 10:25da informação binária em segundos,
-
10:25 - 10:29no lugar de semanas, meses, nesse nível.
-
10:29 - 10:30É assim que uma imagem se parece
-
10:30 - 10:32no seu celular.
-
10:32 - 10:33Mas é assim que ela se parece
-
10:33 - 10:35em abstração visual.
-
10:35 - 10:37É assim que sua música se parece,
-
10:37 - 10:39mas aqui está sua abstração visual.
-
10:39 - 10:41Mais importante para mim,
-
10:41 - 10:44é assim que o código se parece
no seu celular. -
10:44 - 10:47É por isso que procuro,
-
10:47 - 10:49mas essa é sua abstração visual.
-
10:49 - 10:51Se puder encontrar isso,
posso fazer o telefone explodir. -
10:51 - 10:54Eu poderia levar semanas
tentando encontrar isso -
10:54 - 10:55em uns e zeros,
-
10:55 - 10:57mas levo segundos para distingui-lo
-
10:57 - 11:00em uma abstração visual como essa.
-
11:00 - 11:02Uma das coisas notáveis disso
-
11:02 - 11:06é que nos dá uma maneira inteiramente
nova de entender informações novas, -
11:06 - 11:09coisas que nunca vimos antes.
-
11:09 - 11:11Sei como inglês se parece
no nível binário, -
11:11 - 11:13e como sua abstração visual se parece,
-
11:13 - 11:17mas nuca vi russo binário
em toda minha vida. -
11:17 - 11:18Levaria semanas para descobrir
-
11:18 - 11:21para o que estou olhando em uns e zeros,
-
11:21 - 11:24mas porque nossos cérebros
podem instantaneamente distinguir -
11:24 - 11:26esses padrões sutis
-
11:26 - 11:27dessas abstrações visuais,
-
11:27 - 11:29podemos inconscientemente aplicar isso
-
11:29 - 11:31a novas situações.
-
11:31 - 11:32É assim que russo se parece
-
11:32 - 11:34na abstração visual.
-
11:34 - 11:36Porque sei como uma linguagem se parece,
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11:36 - 11:37posso reconhecer outras linguagens
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11:37 - 11:39mesmo quando não sou familiar à elas.
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11:39 - 11:41É assim que uma fotografia se parece,
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11:41 - 11:43mas um clip art se parece com isso.
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11:43 - 11:45É assim que o código
em seu telefone se parece, -
11:45 - 11:48mas é assim que se parece
o código em seu computador. -
11:48 - 11:50Nossos cérebros podem distinguir
esses padrões -
11:50 - 11:52de maneiras que nunca conseguiríamos
-
11:52 - 11:54olhando para os uns e zeros.
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11:54 - 11:56Mas nós apenas arranhamos a superfície
-
11:56 - 11:58do que pode ser feito com essa abordagem.
-
11:58 - 12:00Só começamos a liberar as capacidades
-
12:00 - 12:03de nossas mentes
para processar informação visual -
12:03 - 12:05Se pegarmos os mesmos conceitos
e os traduzirmos -
12:05 - 12:07para três dimensões,
-
12:07 - 12:10encontramos maneiras inteiramente novas
de dar sentido à informação. -
12:10 - 12:13Em segundos, podemos
distinguir um padrão aqui. -
12:13 - 12:15Podemos ver a cruz associada a código.
-
12:15 - 12:16Podemos ver cubos associados a texto.
-
12:16 - 12:19Podemos distinguir
os menores artefatos visuais. -
12:19 - 12:21Coisas que levariam semanas,
-
12:21 - 12:23meses para encontrar em uns e zeros,
-
12:23 - 12:25são imediatamente aparentes
-
12:25 - 12:27em algum tipo de abstração visual.
-
12:27 - 12:28Conforme continuamos a avançar
-
12:28 - 12:30e a jogar mais e mais informação,
-
12:30 - 12:33o que descobrimos
é que somos capazes de processar -
12:33 - 12:35bilhões de uns e zeros
-
12:35 - 12:36em questão de segundos
-
12:36 - 12:40apenas utilizando a habilidade
inata de nossos cérebros -
12:40 - 12:42para analisar padrões.
-
12:42 - 12:43Então isso é realmente bom e útil,
-
12:43 - 12:46mas tudo que isso me diz
é o que estou olhando. -
12:46 - 12:48Neste ponto, baseado em padrões visuais,
-
12:48 - 12:50posso encontrar o código no telefone.
-
12:50 - 12:52Mas não é o suficiente
para explodir a bateria. -
12:52 - 12:54A próxima coisa que tenho que encontrar
-
12:54 - 12:56é o código que controla a bateria,
-
12:56 - 12:58voltamos ao problema das agulhas.
-
12:58 - 13:00Esse código é muito parecido
a qualquer outro código -
13:00 - 13:02dentro do sistema.
-
13:02 - 13:05Posso não conseguir encontrar
o código que controla a bateria, -
13:05 - 13:07mas há várias coisas similares a ele.
-
13:07 - 13:09Você tem código para controlar a tela,
-
13:09 - 13:11para controlar os botões, o microfone,
-
13:11 - 13:13mesmo que não encontre
o código para a bateria, -
13:13 - 13:15aposto que posso encontrar um desses.
-
13:15 - 13:17O próximo passo no meu processo
de análise binária -
13:17 - 13:19é olhar os pedaços de informação
-
13:19 - 13:21que são similares entre si.
-
13:21 - 13:25É muito, muito difícil
fazer isso no nível binário, -
13:25 - 13:29mas se traduzimos estas similaridades
para uma abstração visual, -
13:29 - 13:31não tenho nem que peneirar os dados.
-
13:31 - 13:33Tudo que tenho que fazer
é esperar a imagem aparecer -
13:33 - 13:35para ver quando são pedaços similares.
-
13:35 - 13:39Sigo estas linhas de similaridade
como uma trilha de migalhas de pão -
13:39 - 13:42para encontrar exatamente o que procuro.
-
13:42 - 13:43Neste ponto do processo,
-
13:43 - 13:44localizei o código
-
13:44 - 13:46responsável por controlar sua bateria,
-
13:46 - 13:49mas isso ainda não é suficiente
para explodir um telefone. -
13:49 - 13:51A última peça do quebra-cabeças
-
13:51 - 13:53é entender como esse código
-
13:53 - 13:54controla sua bateria.
-
13:54 - 13:57Para isso, preciso identificar
-
13:57 - 13:59relacionamentos muito sutis e detalhados
-
13:59 - 14:01dentro da informação binária,
-
14:01 - 14:02outra coisa muito difícil de fazer,
-
14:02 - 14:05olhando para uns e zeros.
-
14:05 - 14:06Mas se traduzimos a informação
-
14:06 - 14:08para uma representação física,
-
14:08 - 14:11podemos sentar e deixar nosso
córtex visual fazer todo o trabalho duro. -
14:11 - 14:14Ele pode encontrar
todos os padrões detalhados, -
14:14 - 14:15todos pedaços importantes, para nós.
-
14:15 - 14:18Ele pode descobrir exatamente
como os pedaços desse código -
14:18 - 14:21trabalham juntos para controlar a bateria.
-
14:21 - 14:23Tudo isso pode ser feito
em questão de horas, -
14:23 - 14:25enquanto o mesmo processo
-
14:25 - 14:28levaria meses no passado.
-
14:28 - 14:29Tudo isso é muito bom
-
14:29 - 14:32numa situação teórica
de explodir o telefone de um terrorista. -
14:32 - 14:35Eu queria descobrir
se isso funcionaria de verdade -
14:35 - 14:37no trabalho que faço todos os dias.
-
14:37 - 14:40Então eu estava brincando
com esses mesmos conceitos -
14:40 - 14:44com alguns dados que olhei no passado,
-
14:44 - 14:46e de novo, tentando encontrar
-
14:46 - 14:48um pedaço de código específico
muito detalhado -
14:48 - 14:52dentro de um pedaço massivo
de informação binária, -
14:52 - 14:53Olhei nesse nível,
-
14:53 - 14:56pensando que estava olhando
para a coisa certa, -
14:56 - 14:58só que percebi que não tinha
-
14:58 - 15:00a conectividade que eu esperava
-
15:00 - 15:01para o código que procurava.
-
15:01 - 15:04De fato, não tenho certeza do que é isso,
-
15:04 - 15:05mas quando voltei um nível
-
15:05 - 15:07e olhei para as similaridades
dentro do código -
15:07 - 15:09vi, isso não tem similaridades
-
15:09 - 15:11com nenhum outro código existente.
-
15:11 - 15:13Não poderia nem ser um código.
-
15:13 - 15:15De fato, desta perspectiva,
-
15:15 - 15:17eu pude dizer: isso não é código.
-
15:17 - 15:19Isso é algum tipo de imagem.
-
15:19 - 15:21E daqui posso ver,
-
15:21 - 15:24não é apenas uma imagem, é uma fotografia.
-
15:24 - 15:25Agora que sei que é uma fotografia,
-
15:25 - 15:28Tenho dúzias de técnicas
de tradução binária -
15:28 - 15:30para visualizar e entender a informação,
-
15:30 - 15:33e em uma questão de segundos,
podemos pegar essa informação, -
15:33 - 15:36passá-la por outra dúzia de técnicas
de tradução visual -
15:36 - 15:39para descobrir exatamente
para o que estamos olhando. -
15:39 - 15:41Eu vi -- (Risos) --
-
15:41 - 15:44era o maldito gatinho de novo.
-
15:44 - 15:46Tudo isso é possível
-
15:46 - 15:47porque pudemos encontrar um modo
-
15:47 - 15:49de traduzir problemas muito difíceis
-
15:49 - 15:52para algo que nossos cérebros fazem
com muita naturalidade. -
15:52 - 15:54Então, o que isso significa?
-
15:54 - 15:55Bem, para gatinhos, significa
-
15:55 - 15:58que não podem mais se esconder
em uns e zeros. -
15:58 - 16:01Para mim, significa não ter mais
fins de semana desperdiçados. -
16:01 - 16:04Para a cibernética, significa que temos
uma maneira radicalmente nova -
16:04 - 16:07para lidar com os mais
impossíveis problemas, -
16:07 - 16:08significa que temos uma nova arma
-
16:08 - 16:11no cenário em evolução
dos armamentos cibernéticos. -
16:11 - 16:12Mas para todos nós,
-
16:12 - 16:14significa que a engenharia cibernética
-
16:14 - 16:17agora tem a habilidade
de ser uma das primeiras a atender -
16:17 - 16:18a situações de emergência.
-
16:18 - 16:20Quando os segundos contam,
-
16:20 - 16:23liberamos os meios para parar os vilões.
-
16:23 - 16:25Obrigado.
-
16:25 - 16:28(Aplausos)
- Title:
- Os 1s e 0s por trás do armamento cibernético
- Speaker:
- Chris Domas
- Description:
-
Chris Domas é um pesquisador de segurança cibernética, operando no que se tornou um novo fronte de guerra, "cibernética". Nessa engajadora palestra, ele mostra como pesquisadores usam padrões de reconhecimento e engenharia reversa (e algumas noites em claro) para entender blocos de código binário cujo propósito e conteúdo não são conhecidos.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 16:45
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Tulio Leao
A qualidade da legenda está excelente, parabéns pela tradução e revisão!
Abraços!