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O estado do clima e o que podemos fazer a respeito

  • 0:00 - 0:04
    Estamos num momento maravilhoso.
  • 0:04 - 0:07
    Enfrentaremos ao longo
    das próximas duas décadas
  • 0:07 - 0:09
    duas transformações fundamentais
  • 0:09 - 0:12
    que vão determinar se os próximos 100 anos
  • 0:12 - 0:17
    serão o melhor ou o pior dos séculos.
  • 0:17 - 0:19
    Deixem-me ilustrar isso com um exemplo.
  • 0:19 - 0:23
    Visitei Pequim pela primeira vez
    25 anos atrás
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    para lecionar na
    People's University of China.
  • 0:26 - 0:28
    A China estava entrando seriamente
    na economia de mercado
  • 0:28 - 0:31
    e na educação superior,
  • 0:31 - 0:35
    então eles decidiram chamar
    especialistas estrangeiros.
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    Como a maioria das pessoas,
  • 0:37 - 0:40
    eu me locomovia em Pequim de bicicleta.
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    Além de evitar os veículos ocasionalmente,
  • 0:42 - 0:45
    era mais seguro e fácil de se locomover.
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    Pedalar em Pequim agora
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    tem uma perspectiva
    completamente diferente.
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    As estradas estão congestionadas
    por carros e caminhões.
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    O ar está perigosamente poluído
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    pela queima de carvão e diesel.
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    Quando eu estava la na última primavera,
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    havia um aviso para as pessoas
    da minha idade
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    acima dos 65 anos
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    para ficar em casa
    e não se locomover muito.
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    Como isso aconteceu?
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    Aconteceu pela maneira que
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    Pequim cresceu como uma cidade.
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    Ela dobrou nos últimos 25 anos,
    mais que dobrou,
  • 1:17 - 1:19
    de 10 milhões para 20 milhões .
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    Tornou-se uma área urbana extensa
  • 1:21 - 1:25
    dependente de combustível sujo,
    energia suja,
  • 1:25 - 1:27
    particularmente carvão.
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    China queima metade
    do carvão mundial todos os anos
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    e, por isso, é uma
    das principais razões por que
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    é o maior emissor do mundo
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    de gases de efeito estufa.
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    Ao mesmo tempo, temos que reconhecer
  • 1:43 - 1:46
    que nesse período
    a China cresceu notavelmente .
  • 1:46 - 1:48
    Tornando-se a segunda
    maior economia do mundo.
  • 1:48 - 1:50
    Centenas de milhares de pessoas
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    saíram da pobreza.
  • 1:52 - 1:54
    Isso é muito importante.
  • 1:54 - 1:58
    Ao mesmo tempo, os chineses se perguntam,
  • 1:58 - 1:59
    "Qual é o valor deste crescimento
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    se não se pode viver nas cidades?"
  • 2:02 - 2:04
    Eles analisaram, diagnosticaram
  • 2:04 - 2:07
    que este é um caminho de crescimento
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    e desenvolvimento insustentáveis.
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    A China planeja reduzir o uso do carvão.
  • 2:12 - 2:17
    Está planejando construir
    suas cidades de modo diferente.
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    O crescimento da China
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    faz parte de uma mudança
    tremenda e fundamental
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    na estrutura da economia global.
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    Há 25 anos, os países em desenvolvimento,
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    os países mais pobres do mundo,
  • 2:30 - 2:34
    apesar de serem
    a grande maioria de pessoas,
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    contavam por um terço
  • 2:36 - 2:38
    da emissão mundial.
  • 2:38 - 2:40
    Agora é mais da metade,
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    Daqui a 25 anos,
    será provavelmente dois terços
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    dos países que vimos há 25 anos
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    como em desenvolvimento.
  • 2:47 - 2:49
    É uma mudança incrível.
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    Significa que a maior parte dos países,
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    ricos ou pobres, enfrentarão
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    duas transformações fundamentais
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    que quero falar e enfatizar.
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    A primeira delas
  • 3:01 - 3:03
    é a mudança básica estrutural
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    das economias e sociedades
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    que começaram a se mostrar
  • 3:07 - 3:10
    como a descrição feita de Pequim.
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    Cinquenta por cento agora
    em áreas urbanas.
  • 3:13 - 3:17
    Em 2050, serão 70%.
  • 3:17 - 3:19
    Nas próximas duas décadas, veremos
  • 3:19 - 3:22
    a demanda de energia aumentar em 40%,
  • 3:22 - 3:26
    e o crescimento da economia e da população
  • 3:26 - 3:29
    coloca um aumento de pressão na terra,
  • 3:29 - 3:33
    na água e nas florestas.
  • 3:33 - 3:36
    É uma mudança estrutural profunda.
  • 3:36 - 3:38
    Se conduzirmos de maneira
  • 3:38 - 3:40
    negligente ou com pouca visão,
  • 3:40 - 3:44
    criaremos lixo, poluição,
    congestionamento,
  • 3:44 - 3:48
    destruição da terra e das florestas.
  • 3:48 - 3:50
    Se pensarmos nas três áreas que mostrei
  • 3:50 - 3:54
    com números: cidades, energia, terra,
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    se conduzirmos mal,
  • 3:56 - 3:58
    então a perspectiva das vidas
    e subsistências
  • 3:58 - 4:00
    das populações no globo
  • 4:00 - 4:03
    será de pobreza e destruição.
  • 4:03 - 4:04
    Além disso,
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    as emissões dos gases
    de efeito estufa aumentarão,
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    com um risco imenso ao clima.
  • 4:12 - 4:14
    As concentrações de gases do efeito estufa
  • 4:14 - 4:17
    na atmosfera já são mais altas
  • 4:17 - 4:20
    que milhões de anos atrás.
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    Se aumentarmos essas concentrações,
  • 4:24 - 4:27
    arriscamos a ter temperaturas
    no próximo século
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    que nunca vimos neste planeta
  • 4:29 - 4:32
    em dezenas de milhões de anos.
  • 4:32 - 4:34
    Estamos aqui como Homo sapiens,
  • 4:34 - 4:37
    uma definição muito generosa, sapiens,
  • 4:37 - 4:40
    por talvez uns 250 mil anos.
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    Arriscamos a ter temperaturas
    por um século
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    que não vimos em dezenas
    de milhões de anos.
  • 4:46 - 4:48
    Isso pode transformar a relação
  • 4:48 - 4:52
    entre o seres humanos e o planeta.
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    Levaria à mudança dos desertos,
  • 4:57 - 5:00
    dos rios, padrões de furacões,
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    níveis do mar,
  • 5:02 - 5:04
    centenas de milhões de pessoas,
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    talvez bilhões delas terão que se mudar,
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    se aprendemos algo da história,
  • 5:09 - 5:12
    isso significa conflitos
    severos e prolongados.
  • 5:12 - 5:14
    Não poderíamos apenas desligar.
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    Não tem como fazer
    um tratado de paz com o planeta.
  • 5:16 - 5:18
    Não dá para negociar
    com as leis da física.
  • 5:18 - 5:20
    Você está lá. Não tem para onde ir.
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    Esses são os riscos que corremos,
  • 5:22 - 5:24
    e por isso temos que fazer
    a segunda transformação,
  • 5:24 - 5:26
    a transformação climática,
  • 5:26 - 5:28
    e direcionar para
    uma economia de baixo carbono.
  • 5:28 - 5:31
    A primeira dessas transformações
  • 5:31 - 5:32
    vai sim acontecer
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    Temos de decidir se faremos bem ou mal
  • 5:34 - 5:36
    a transformação econômica ou estrutural.
  • 5:36 - 5:38
    Mas a segunda transformação,
  • 5:38 - 5:42
    a climática, temos que agir.
  • 5:42 - 5:45
    Enfrentaremos estas duas transformações
  • 5:45 - 5:47
    nas duas próximas décadas.
  • 5:47 - 5:50
    As próximas duas décadas serão decisivas
  • 5:50 - 5:53
    para saber o que temos que fazer.
  • 5:53 - 5:54
    Quanto mais penso a respeito
  • 5:54 - 5:56
    sobre as duas transformações,
  • 5:56 - 5:58
    mais percebo
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    que essa é uma grande oportunidade.
  • 6:01 - 6:03
    Uma oportunidade que podemos aproveitar
  • 6:03 - 6:07
    ou uma que podemos perder.
  • 6:07 - 6:09
    Vou explicar pelas três questões chaves
  • 6:09 - 6:12
    que identifiquei: cidades, energia e terra
  • 6:12 - 6:14
    Vou começar pelas cidades.
  • 6:14 - 6:18
    Já descrevi os problemas de Pequim,
  • 6:18 - 6:21
    poluição, congetionamento,
    lixo e assim por diante.
  • 6:21 - 6:25
    Vemos isso em muitas cidades
  • 6:25 - 6:26
    em todo mundo.
  • 6:26 - 6:29
    Como na vida, especialmente as cidades,
  • 6:29 - 6:32
    há de se pensar antecipadamente.
  • 6:32 - 6:33
    As novas cidades construídas,
  • 6:33 - 6:35
    e há muitas, e grandes,
  • 6:35 - 6:37
    temos que pensar no planejamento delas,
  • 6:37 - 6:38
    de modo compacto
  • 6:38 - 6:42
    para que possamos economizar
    tempo de viagem e energia.
  • 6:42 - 6:46
    Para as cidades
    que já estão estabelecidas,
  • 6:46 - 6:49
    temos que pensar em
    renovação e investimento,
  • 6:49 - 6:51
    para que possamos nos conectar melhor
  • 6:51 - 6:54
    nessas cidades e facilitar,
  • 6:54 - 6:57
    encorajar mais pessoas
    a morar perto do centro.
  • 6:57 - 7:00
    Temos exemplos pelo mundo
  • 7:00 - 7:02
    de como podemos fazer isso.
  • 7:02 - 7:06
    O sistema de transporte rápido
    de ônibus em Bogotá na Colômbia
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    é um exemplo muito importante
    de como se mover
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    segura e rapidamente de forma a não poluir
  • 7:11 - 7:15
    uma cidade: ônibus com frequência,
  • 7:15 - 7:17
    rotas muito protegidas, o mesmo serviço,
  • 7:17 - 7:20
    que um sistema de metrô,
  • 7:20 - 7:21
    mas bem mais barato
  • 7:21 - 7:24
    e feito de forma mais rápida.
  • 7:24 - 7:26
    Uma ótima ideia de outras cidades
  • 7:26 - 7:28
    pelo mundo que está se desenvolvendo.
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    Algumas coisas nas cidades levam tempo.
  • 7:30 - 7:33
    Outras acontecem mais rápido.
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    Um exemplo é a minha cidade, Londres.
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    Em 1952, a poluição do ar
    matou 4 mil pessoas
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    e destruiu a vida de muita gente.
  • 7:43 - 7:44
    E aconteceu tudo de uma vez.
  • 7:44 - 7:47
    Quem morava no Reino Unido,
    fora de Londres,
  • 7:47 - 7:49
    vai lembrar que era chamada de A Fumaça.
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    Londres era assim.
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    Após regular o carvão,
    em poucos anos
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    os problemas do ar reduziram rapidamente.
  • 7:56 - 7:57
    Lembro o ar poluído muito bem.
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    Quando a visibilidade chegava a
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    alguns metros,
  • 8:02 - 8:04
    paravam os ônibus, eu tinha de ir a pé.
  • 8:04 - 8:06
    Era nos anos 50.
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    Eu tinha que voltar
    da escola a pé por 5km.
  • 8:10 - 8:13
    Respirar era perigoso.
  • 8:13 - 8:16
    Mas isso mudou. Mudou por uma decisão.
  • 8:16 - 8:19
    Boas decisões podem trazer
    bons resultados,
  • 8:19 - 8:22
    resultados impressionantes, rapidamente.
  • 8:22 - 8:24
    A taxa de congestionamento
    foi introduzida em Londres
  • 8:24 - 8:27
    de modo rápido e efetivo
  • 8:27 - 8:29
    e vimos grandes melhorias
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    no sistema de ônibus e o limpamos
  • 8:33 - 8:36
    Vocês percebem que
    as duas transformações descritas,
  • 8:36 - 8:38
    a estrutural e a climática,
  • 8:38 - 8:40
    vêm juntas.
  • 8:40 - 8:43
    Mas temos que investir nas cidades,
  • 8:43 - 8:46
    e investir sabiamente, e se assim fizermos
  • 8:46 - 8:50
    veremos cidades mais limpas,
    quietas, seguras,
  • 8:50 - 8:53
    mais atrativas, mais produtivas,
  • 8:53 - 8:56
    e com comunidades mais fortes,
  • 8:56 - 8:58
    transporte público,
    reciclagem, reutilização,
  • 8:58 - 9:02
    tudo que faça
    as comunidades se aproximarem.
  • 9:02 - 9:04
    Podemos fazer, mas temos que pensar,
  • 9:04 - 9:06
    investir e planejar.
  • 9:06 - 9:09
    Agora vou falar sobre energia.
  • 9:09 - 9:12
    Nos últimos 25 anos, a energia
  • 9:12 - 9:14
    aumentou por volta de 50%.
  • 9:14 - 9:17
    Oitenta por cento vêm
    dos combustíveis fósseis.
  • 9:17 - 9:18
    Nos próximos 20 anos,
  • 9:18 - 9:22
    talvez cresça outros 40%.
  • 9:22 - 9:25
    Temos que investir muito em energia,
  • 9:25 - 9:28
    temos que usá-la de modo eficiente
  • 9:28 - 9:30
    e limpo.
  • 9:30 - 9:31
    Podemos saber como fazer.
  • 9:31 - 9:33
    Tomemos o exemplo na Califórnia.
  • 9:33 - 9:35
    Ela estaria no top 10 dos países do mundo
  • 9:35 - 9:38
    se fosse independente.
  • 9:38 - 9:40
    Não quero começar nenhuma...
  • 9:40 - 9:44
    (Risos)
  • 9:44 - 9:46
    A Califórnia é grande.
  • 9:46 - 9:48
    (Risos)
  • 9:48 - 9:51
    Nos próximos cinco ou seis anos,
  • 9:51 - 9:53
    eles crescerão dos atuais
  • 9:53 - 9:56
    20% de renováveis,
  • 9:56 - 9:57
    vento, solar e outros,
  • 9:57 - 10:00
    para mais de 33%,
  • 10:00 - 10:02
    o que pode diminuir
    os índices da Califórnia
  • 10:02 - 10:05
    em emissões de gases
    de efeito estufa em 2020
  • 10:05 - 10:07
    para os de 1990,
  • 10:07 - 10:08
    quando a economia no estado
  • 10:08 - 10:10
    poderia ter dobrado.
  • 10:10 - 10:11
    É um feito extraordinário.
  • 10:11 - 10:13
    Mostra que pode ser feito.
  • 10:13 - 10:16
    Não apenas a Califórnia,
    o próximo governo da Índia
  • 10:16 - 10:19
    está planejando usar a tecnologia solar
  • 10:19 - 10:21
    para iluminar as casas
  • 10:21 - 10:22
    de 400 milhões de pessoas
  • 10:22 - 10:24
    que não têm eletricidade na Índia.
  • 10:24 - 10:27
    Eles deram um prazo de cinco anos.
  • 10:27 - 10:30
    Penso que eles têm uma boa chance
    de conseguir isso.
  • 10:30 - 10:33
    Veremos. Mas o que notamos agora
  • 10:33 - 10:35
    são as pessoas se movimentando
    rapidamente.
  • 10:35 - 10:37
    Quatrocentos milhões, mais do que
  • 10:37 - 10:39
    a população dos Estados Unidos.
  • 10:39 - 10:41
    Essas são os tipos de ambições
  • 10:41 - 10:43
    que as pessoas estabeleceram
  • 10:43 - 10:47
    na rapidez para mudanças.
  • 10:47 - 10:49
    Percebe-se de novo que
  • 10:49 - 10:51
    boas decisões podem ter efeito rápido,
  • 10:51 - 10:54
    e as duas transformações,
    a econômica e a estrutural,
  • 10:54 - 10:56
    e o clima e a baixa emissão de carbono
  • 10:56 - 10:58
    estão intimamente entrelaçados.
  • 10:58 - 11:00
    Faça bem a transformação estrutural,
  • 11:00 - 11:02
    que a climática
  • 11:02 - 11:05
    se torna mais fácil.
  • 11:05 - 11:07
    Observem a terra,
  • 11:07 - 11:10
    particularmente as florestas.
  • 11:10 - 11:13
    As florestas são os lares
  • 11:13 - 11:15
    de plantas e espécies animais únicos.
  • 11:15 - 11:18
    Elas retêm a água no solo
  • 11:18 - 11:21
    e retiram o dióxido de carbono
    da atmosfera,
  • 11:21 - 11:24
    o que é fundamental
    para enfrentar a mudança climática.
  • 11:24 - 11:26
    Mas estamos perdendo as florestas.
  • 11:26 - 11:29
    Na última década, perdemos florestas
  • 11:29 - 11:31
    do tamanho de Portugal,
  • 11:31 - 11:33
    e muito mais foi degradado.
  • 11:33 - 11:35
    Já observamos
  • 11:35 - 11:38
    que podemos fazer tanto a respeito.
  • 11:38 - 11:40
    Podemos reconhecer o problema, mas também
  • 11:40 - 11:42
    entender como enfrentá-lo.
  • 11:42 - 11:44
    No Brasil, a taxa de desmatamento
  • 11:44 - 11:46
    foi reduzida em 70%
  • 11:46 - 11:49
    nos últimos dez anos.
  • 11:49 - 11:52
    Como? Envolvendo as comunidades locais,
  • 11:52 - 11:55
    investindo na agricultura e economia,
  • 11:55 - 11:57
    monitorando com cuidado,
  • 11:57 - 12:00
    aplicando a lei com mais rigor.
  • 12:00 - 12:02
    E não é apenas parar o desmatamento.
  • 12:02 - 12:05
    Claro que é de fundamental importância,
  • 12:05 - 12:08
    mas também recuperar a terra degradada,
  • 12:08 - 12:13
    regenerando e reabilitando-a.
  • 12:13 - 12:17
    Estive na Etiópia,
    pela primeira vez, em 1967.
  • 12:17 - 12:19
    Era muito pobre. Nos anos seguintes,
  • 12:19 - 12:21
    sofreu inanições devastadoras
  • 12:21 - 12:25
    e um profundo conflito social destrutivo.
  • 12:25 - 12:28
    Nos últimos anos,
  • 12:28 - 12:31
    a Etiópia cresceu rapidamente.
  • 12:31 - 12:32
    Quer ser um país de renda média
  • 12:32 - 12:35
    em 15 anos
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    e ter uma emissão de carbono neutra.
  • 12:37 - 12:40
    Acho que é uma grande ambição
  • 12:40 - 12:43
    mas é plausível.
  • 12:43 - 12:44
    Vejam este comprometimento.
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    Vejam o que pode ser feito
  • 12:45 - 12:48
    A Etiópia investe em energia limpa.
  • 12:48 - 12:51
    Está trabalhando na recuperação da terra.
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    Em Humbo, no sudoeste da Etiópia,
  • 12:54 - 12:55
    um projeto maravilhoso
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    de plantar árvores em terras degradadas
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    e trabalhar com comunidades locais
  • 12:59 - 13:02
    na gerência da
    sustentabilidade da floresta
  • 13:02 - 13:05
    têm levado a um grande aumento
    no padrão de vida.
  • 13:05 - 13:08
    Podemos observar, de Pequim a Londres,
  • 13:08 - 13:11
    da Califórnia a Índia,
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    do Brasil a Etiópia,
  • 13:14 - 13:18
    entendemos como gerenciar
    as duas transformações,
  • 13:18 - 13:20
    a estrutural e a climática.
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    Entendemos como gerenciá-las muito bem.
  • 13:24 - 13:27
    E a tecnologia está mudando rapidamente.
  • 13:27 - 13:29
    Não preciso listar todas essas coisas
  • 13:29 - 13:31
    a um público como este,
  • 13:31 - 13:33
    mas podem ver os carros elétricos,
  • 13:33 - 13:36
    podem ver os novos materiais em baterias.
  • 13:36 - 13:39
    Podem ver que podemos
    gerenciar remotamente
  • 13:39 - 13:42
    nossos aparelhos domésticos por celulares
    quando estamos fora de casa.
  • 13:42 - 13:44
    Há melhores isolamentos.
  • 13:44 - 13:46
    E ainda há muito mais por vir.
  • 13:46 - 13:48
    Porém, e aqui é um grande porém,
  • 13:48 - 13:50
    o mundo como um todo
  • 13:50 - 13:53
    move-se muito devagar.
  • 13:53 - 13:55
    Não estamos cortando as emissões
    como deveríamos.
  • 13:55 - 13:58
    Não estamos gerenciando
    as transformações estruturais
  • 13:58 - 14:00
    como podemos.
  • 14:00 - 14:03
    O profundo entendimento dos riscos imensos
    da mudança climática
  • 14:03 - 14:07
    ainda não atingimos.
  • 14:07 - 14:09
    O profundo entendimento
  • 14:09 - 14:12
    de que o feito é atraente
  • 14:12 - 14:14
    ainda não atingimos.
  • 14:15 - 14:19
    Precisamos de pressão política
    para construir.
  • 14:19 - 14:22
    Precisamos de líderes que se engajem.
  • 14:22 - 14:26
    Podemos ter um crescimento melhor,
  • 14:26 - 14:30
    um clima melhor, um mundo melhor.
  • 14:30 - 14:32
    Podemos tornar,
  • 14:32 - 14:35
    ao administrar bem as duas transformações,
  • 14:35 - 14:39
    os próximos cem anos o melhor dos séculos.
  • 14:39 - 14:40
    Se fizermos besteira,
  • 14:40 - 14:43
    nós, vocês e eu, se fizermos besteira,
  • 14:43 - 14:46
    se não administrarmos bem
    as duas transformações.
  • 14:46 - 14:49
    os próximos cem anos
  • 14:49 - 14:51
    serão o pior dos séculos.
  • 14:51 - 14:53
    Essa é a conclusão principal
  • 14:53 - 14:56
    do relatório de economia e clima
  • 14:56 - 15:00
    comandado pelo ex-presidente
    do México Felipe Calderón
  • 15:00 - 15:02
    e por mim,
  • 15:02 - 15:04
    entregamos o relatório ontem
  • 15:04 - 15:07
    aqui em Nova Iorque,
    no prédio das Nações Unidas
  • 15:07 - 15:09
    ao Secretário Geral da ONU,
  • 15:09 - 15:10
    Ban Ki-moon
  • 15:10 - 15:13
    Sabemos que podemos fazer isso.
  • 15:14 - 15:18
    Duas semanas atrás,
  • 15:18 - 15:21
    eu me tornei avô pela quarta vez.
  • 15:21 - 15:23
    Nossa filha...
  • 15:23 - 15:32
    (Choro de criança) (Risos) (Aplausos)
  • 15:34 - 15:37
    Nossa filha deu a luz a Rosa,
    aqui em Nova Iorque
  • 15:37 - 15:40
    há duas semanas. Aqui estão Helen e Rosa.
  • 15:40 - 15:44
    (Aplausos)
  • 15:47 - 15:50
    Duas semanas de vida.
  • 15:50 - 15:56
    Vamos olhar dentro dos olhos
    de nossos netos
  • 15:56 - 15:59
    e dizer-lhes que entendemos os problemas,
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    que reconhecemos perigos e oportunidades.
  • 16:03 - 16:06
    e assim mesmo deixamos de agir?
  • 16:07 - 16:10
    Claro que não. Vamos fazer
    os próximos 100 anos
  • 16:10 - 16:12
    o melhor dos séculos.
  • 16:12 - 16:16
    (Aplausos)
Title:
O estado do clima e o que podemos fazer a respeito
Speaker:
Lord Nicholas Stern
Description:

Como podemos começar a lidar com o problema global e traiçoeiro da mudança climática, um problema que é muito grande para um só país resolver? O economista Nicholas Stern traça um plano, apresentado no Encontro sobre o Clima das Nações Unidas em 2014, mostrando como os países podem trabalhar juntos na questão do clima. É uma visão enorme de cooperação, com uma recompensa que vai além do que apenas evitar o desastre. Ele pergunta: Como podemos usar esta crise para estimular vidas melhores para todos?

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
16:33

Portuguese, Brazilian subtitles

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