Os macacos pensam e sentem. Também deviam ter direitos.
-
0:01 - 0:03Gostava que olhassem para este lápis.
-
0:03 - 0:06É uma coisa, uma coisa jurídica.
-
0:07 - 0:09Tal como os vossos livros e carros.
-
0:10 - 0:12São tudo coisas jurídicas.
-
0:13 - 0:19Os hominídeos que veem aqui atrás
também são coisas jurídicas. -
0:20 - 0:24Eu posso fazer isto a uma coisa jurídica.
-
0:24 - 0:27Posso fazer o que quiser
com o meu livro ou o meu carro. -
0:27 - 0:30Estes hominídeos, veremos...
-
0:30 - 0:33As fotografias foram tiradas
por um homem chamado James Mollison, -
0:33 - 0:36que escreveu um livro
chamado "James & Other Apes". -
0:37 - 0:39Ele conta, no seu livro,
como cada um deles, -
0:39 - 0:45quase todos, são órfãos
que viram os pais morrer à sua frente. -
0:46 - 0:48São coisas jurídicas.
-
0:48 - 0:51Há séculos que existe
um grande muro jurídico -
0:51 - 0:54que separa as coisas jurídicas
das pessoas jurídicas. -
0:54 - 0:58Por um lado, as coisas jurídicas
são invisíveis para os juízes. -
0:58 - 1:01Não têm valor perante a lei.
Não têm direitos. -
1:01 - 1:06Não têm sequer essa capacidade.
São os escravos. -
1:06 - 1:09Do outro lado desse muro jurídico,
estão as pessoas jurídicas. -
1:09 - 1:11As pessoas jurídicas
são muito importantes para os juízes. -
1:12 - 1:15Têm valor perante a lei.
Podem ter muitos direitos. -
1:15 - 1:18Têm capacidade
para uma infinidade de direitos. -
1:18 - 1:20E são os amos.
-
1:21 - 1:26Neste momento, todos os animais
não-humanos são coisas jurídicas. -
1:26 - 1:29Todos os seres humanos
são pessoas jurídicas. -
1:29 - 1:32Mas ser humano
e ser uma pessoa jurídica -
1:32 - 1:37nunca foi nem é
sinónimo de pessoa jurídica. -
1:37 - 1:40Seres humanos e pessoas jurídicas
não são sinónimos. -
1:40 - 1:43Por um lado,
-
1:44 - 1:48houve muitos seres humanos
ao longo dos séculos -
1:48 - 1:50que foram coisas jurídicas.
-
1:50 - 1:52Os escravos eram coisas jurídicas.
-
1:52 - 1:55Por vezes, as mulheres,
as crianças foram coisas jurídicas. -
1:55 - 1:59Muita da luta pelos direitos humanos
dos últimos séculos -
1:59 - 2:04foi abrir um buraco nesse muro,
começar a alimentar -
2:04 - 2:09estas coisas humanas através dele
e torná-las pessoas jurídicas. -
2:09 - 2:12Mas, infelizmente,
esse buraco fechou. -
2:13 - 2:15Do outro lado, estão as pessoas jurídicas,
-
2:15 - 2:19mas estas nunca se limitaram
aos seres humanos. -
2:19 - 2:23Por exemplo, há muitas pessoas jurídicas
que nem sequer estão vivas. -
2:23 - 2:28Nos EUA, sabemos
que as sociedades são pessoas jurídicas. -
2:29 - 2:31Na Índia pré-independência,
o tribunal decidiu -
2:31 - 2:33que um símbolo hindu
era uma pessoa jurídica, -
2:33 - 2:35uma mesquita era uma pessoa jurídica.
-
2:35 - 2:37Em 2000, o Supremo Tribunal Indiano
-
2:37 - 2:41decretou que os livros sagrados
da religião Sikh eram pessoas jurídicas -
2:41 - 2:44e, em 2012, há pouco tempo,
-
2:44 - 2:47celebrou-se um tratado
entre os indígenas da Nova Zelândia -
2:47 - 2:51e a Coroa, onde se acordava
que um rio era uma pessoa jurídica, -
2:51 - 2:53que tinha um leito próprio.
-
2:54 - 2:57Eu li o livro do Peter Singer em 1980,
-
2:57 - 3:00quando ainda tinha
um cabelo farto e castanho, -
3:00 - 3:03e fiquei comovido,
-
3:03 - 3:06porque eu seguira advocacia
para falar pelos oprimidos, -
3:06 - 3:08defender os indefesos,
-
3:08 - 3:11e nunca me apercebera de quão
oprimidos e indefesos -
3:11 - 3:16são os biliões, os milhares de milhões
de animais não-humanos. -
3:16 - 3:19E comecei a trabalhar
como advogado protetor dos animais. -
3:19 - 3:24Em 1985, percebi
que estava a tentar fazer uma coisa -
3:24 - 3:28que era literalmente impossível,
uma vez que todos os meus clientes, -
3:28 - 3:32todos os animais cujos interesses
estava a tentar defender, -
3:32 - 3:34eram coisas jurídicas,
eram invisíveis. -
3:34 - 3:39Não ia resultar, por isso,
decidi que a única solução era que, -
3:39 - 3:40pelo menos alguns deles,
-
3:40 - 3:44passassem por um buraco
que voltássemos a abrir no muro -
3:44 - 3:48e, através dele, começar a alimentar
os devidos animais não-humanos, -
3:48 - 3:51para o lado das pessoas jurídicas.
-
3:51 - 3:57Naquela altura,
pouco se sabia ou falava -
3:57 - 3:59dos verdadeiros direitos dos animais,
-
3:59 - 4:03sobre a ideia de um animal não-humano
ter personalidade jurídica ou direitos -
4:03 - 4:05e eu sabia que ia levar muito tempo.
-
4:06 - 4:10Então, em 1985,
calculei que levaria cerca de 30 anos -
4:10 - 4:13para iniciarmos
uma litigância estratégica, -
4:13 - 4:19uma campanha a longo-prazo, para
podermos abrir outro buraco no muro. -
4:19 - 4:25Ao que parece, fui pessimista,
pois só levou 28 anos. -
4:27 - 4:33O que tivemos de fazer, para começar,
-
4:33 - 4:39não foi só escrever artigos,
dar aulas, escrever livros, -
4:39 - 4:43mas aprofundar os aspetos práticos
de como apresentar um caso como este. -
4:43 - 4:48Uma das primeiras coisas que fizemos
foi estabelecer qual era a ação judicial. -
4:48 - 4:51A ação judicial é um veículo
que os advogados usam -
4:51 - 4:57para levarem
os seus argumentos a tribunal. -
4:57 - 5:00Acontece que há um caso
muito interessante -
5:00 - 5:05que aconteceu há quase 250 anos,
em Londres, chamado Somerset vs. Stewart, -
5:05 - 5:08em que um escravo negro
recorrera ao sistema jurídico -
5:08 - 5:10e passara de coisa jurídica
para pessoa jurídica. -
5:10 - 5:15Fiquei tão interessado,
que escrevi um livro sobre isso. -
5:15 - 5:20James Somerset era um rapaz de oito anos,
quando foi raptado na África Ocidental. -
5:20 - 5:23Sobreviveu à travessia do Atlântico
-
5:23 - 5:28e foi vendido a um empresário escocês
chamado Charles Stewart, em Virginia. -
5:28 - 5:32Vinte anos depois, Stewart levou
James Somerset para Londres -
5:32 - 5:36e, quando lá chegou,
James decidiu que ia fugir. -
5:36 - 5:40Uma das primeiras coisas que fez
foi ser batizado, -
5:40 - 5:44porque queria ter padrinhos,
pois um escravo do século XVIII -
5:44 - 5:47sabia que uma das maiores
responsabilidades dos padrinhos -
5:47 - 5:49era ajudá-lo a escapar.
-
5:49 - 5:53Então, no outono de 1771,
-
5:53 - 5:56James Somerset
teve um desacato com Charles Stewart. -
5:56 - 6:00Não sabemos o que aconteceu ao certo,
mas, depois disso, James desapareceu. -
6:00 - 6:03O enraivecido Charles Stewart
contratou captores de escravos, -
6:03 - 6:05para percorrerem a cidade de Londres,
-
6:05 - 6:08encontrá-lo e trazê-lo
não de volta a Charles Stewart, -
6:08 - 6:14mas para um navio, o Ann and Mary,
que estava atracado no porto de Londres. -
6:14 - 6:18Ele foi acorrentado no convés
e o navio ia partir para a Jamaica, -
6:18 - 6:21onde James seria vendido
no mercado de escravos -
6:21 - 6:24e condenado aos três a cinco anos
de vida que um escravo tinha, -
6:24 - 6:27colhendo cana de açúcar, na Jamaica.
-
6:27 - 6:31Aqui, os padrinhos de James
entraram em ação. -
6:31 - 6:33Dirigiram-se ao juiz mais poderoso,
-
6:33 - 6:37Lord Mansfield, que era o juiz-chefe
do tribunal de King's Bench, -
6:37 - 6:40e exigiram que emitisse
um mandado de "habeas corpus" -
6:40 - 6:42a favor de James Somerset.
-
6:42 - 6:46O direito comum é o tipo de direito
que os juízes ingleses podem exercer -
6:46 - 6:50quando não são limitados
pelos estatutos e pelas constituições. -
6:50 - 6:53E um "habeas corpus"
é "O Grande Mandado" -
6:53 - 6:55"G" maiúsculo, "M" maiúsculo,
-
6:55 - 6:59e serve para proteger todos aqueles
que são detidos contra a sua vontade. -
7:00 - 7:04É emitido um mandado de "habeas corpus",
é exigido ao detentor que traga o detido -
7:04 - 7:09e dê um motivo legal
para o ter privado da sua liberdade. -
7:10 - 7:14Lord Mansfield tinha de tomar
uma decisão imediatamente, -
7:14 - 7:18porque, se James Somerset
era uma coisa jurídica, -
7:18 - 7:20não era elegível
para um mandado de "habeas corpus". -
7:20 - 7:23Só se fosse uma pessoa jurídica.
-
7:23 - 7:26Então, Lord Mansfield decidiu assumir,
-
7:26 - 7:29sem decidir, que James Somerset
era, de facto, uma pessoa jurídica, -
7:29 - 7:35emitiu o mandado de "habeas corpus"
e o capitão do navio trouxe James. -
7:35 - 7:38Depois, houve uma série de audiências.
-
7:38 - 7:43A 22 de junho de 1772, Lord Mansfield
declarou que a escravatura era tão odiosa -
7:43 - 7:45— e usou o termo "odiosa" —
-
7:45 - 7:49que o direito comum não iria permiti-la
e declarou James um homem livre. -
7:49 - 7:53Nesse momento, James Somerset
passou por uma transubstanciação legal. -
7:53 - 7:57O homem livre que saiu do tribunal
era exatamente igual ao que entrara, -
7:57 - 8:02mas aos olhos da lei,
não tinham nada em comum. -
8:03 - 8:06A seguir, fundei o Nonhuman Rights Project
-
8:06 - 8:09e começámos a considerar
que tipo de valores e princípios -
8:09 - 8:12queríamos apresentar aos juízes.
-
8:13 - 8:16Quais os valores e princípios
que absorveram do leite materno, -
8:16 - 8:19que aprenderam na faculdade,
que usavam todos os dias, -
8:19 - 8:21em que acreditavam piamente?
-
8:21 - 8:23E escolhemos a liberdade e a igualdade.
-
8:23 - 8:28O direito à liberdade é-nos devido
por causa da nossa integridade -
8:28 - 8:34e o direito fundamental à liberdade
protege um interesse fundamental. -
8:34 - 8:37O supremo interesse do direito comum
-
8:37 - 8:41são os direitos à autonomia
e à autodeterminação. -
8:42 - 8:46São tão poderosos,
que, num país de direito comum, -
8:46 - 8:50se formos a um hospital e recusarmos
um tratamento que nos pode salvar a vida, -
8:50 - 8:53um juiz não pode obrigar-nos a fazê-lo,
-
8:53 - 8:57pois respeita a nossa autonomia
e autodeterminação. -
8:57 - 9:00O direito à igualdade
é um direito que nos é devido -
9:00 - 9:03porque nos parecemos com alguém
de uma forma relevante -
9:03 - 9:06— eis a questão, de uma forma relevante.
-
9:06 - 9:12Se assim é, se eles têm um direito,
nós também o temos. -
9:12 - 9:15Os tribunais e os legisladores
estão sempre a traçar limites. -
9:15 - 9:17Alguns são incluídos,
outros são excluídos. -
9:18 - 9:22Mas, no mínimo, devemos...
-
9:24 - 9:28Esse limite tem de ser um meio razoável
para um fim legítimo. -
9:28 - 9:31O Nonhuman Rights Project
defende que traçar um limite -
9:31 - 9:34para escravizar um ser
autónomo e autodeterminado, -
9:34 - 9:39como veem aqui atrás,
é uma violação do direito à igualdade. -
9:39 - 9:42Depois, procurámos em 80 jurisdições.
-
9:42 - 9:44Levámos sete anos
a encontrar a jurisdição -
9:44 - 9:46onde queríamos iniciar
o primeiro processo. -
9:46 - 9:48Escolhemos Nova Iorque.
-
9:48 - 9:50Depois, decidimos
quem seriam os nossos queixosos. -
9:50 - 9:52Escolhemos os chimpanzés,
-
9:52 - 9:55não porque a Jane Goodall
fazia parte da administração, -
9:55 - 9:59mas porque a Jane e os outros
-
9:59 - 10:02estudaram os chimpanzés
intensivamente durante décadas. -
10:02 - 10:05Sabemos que têm capacidades
cognitivas extraordinárias, -
10:05 - 10:08que também se assemelham
às dos seres humanos. -
10:09 - 10:13Então, escolhemos os chimpanzés
e começámos a correr o mundo -
10:13 - 10:16em busca de especialistas
na cognição dos chimpanzés. -
10:16 - 10:19Encontrámo-los no Japão,
na Suécia, na Alemanha, -
10:19 - 10:21na Escócia, na Inglaterra e nos EUA
-
10:21 - 10:24e, entre eles, escreveram
100 páginas de depoimentos, -
10:24 - 10:26onde descrevem mais de 40 maneiras
-
10:26 - 10:29em como a sua complexa
capacidade cognitiva, -
10:29 - 10:31quer individualmente quer em conjunto,
-
10:31 - 10:35contribuiu para a autonomia
e a autodeterminação. -
10:35 - 10:39Um dos exemplos
era que tinham uma consciência. -
10:39 - 10:41Mas também têm consciência disso.
-
10:41 - 10:44Sabem que têm um cérebro.
Sabem que os outros também têm. -
10:44 - 10:47Sabem que são indivíduos
e que podem viver. -
10:47 - 10:50Compreendem que viveram ontem
e que viverão amanhã. -
10:50 - 10:53Viajam no tempo através da mente.
Lembram-se do que aconteceu ontem. -
10:53 - 10:55Conseguem antecipar o amanhã,
-
10:55 - 11:00e é por isso que é horrível prender
um chimpanzé, sobretudo sozinho. -
11:00 - 11:02Isso é o que fazemos
aos piores criminosos -
11:02 - 11:07e fazemo-lo aos chimpanzés,
sem pensar duas vezes. -
11:08 - 11:11Eles têm capacidade moral.
-
11:11 - 11:13Quando jogam jogos económicos
com seres humanos, -
11:13 - 11:17fazem ofertas justas espontaneamente,
mesmo quando não lhes é pedido. -
11:17 - 11:19Reconhecem os números.
Compreendem-nos. -
11:19 - 11:21Fazem exercícios simples.
-
11:21 - 11:25Podem interessar-se pela linguagem
ou manter-se fora das suas guerras. -
11:25 - 11:28Empenham-se na comunicação
intencional e referencial, -
11:28 - 11:32onde prestam atenção às atitudes
daqueles com quem estão a falar. -
11:32 - 11:34Têm cultura.
-
11:34 - 11:37Têm cultura material, cultura social.
-
11:37 - 11:39Têm uma cultura simbólica.
-
11:39 - 11:43Cientistas das Florestas Taï,
na Costa do Marfim, -
11:43 - 11:46encontraram chimpanzés
que usavam pedras para abrir -
11:46 - 11:49as duras cascas das nozes.
-
11:49 - 11:51É preciso muito tempo
para aprender a fazê-lo. -
11:51 - 11:53Eles fizeram escavações
-
11:53 - 11:57e descobriram que esta cultura material,
esta forma de o fazer, -
11:57 - 12:00estas pedras, foram transmitidas,
por, pelo menos, 4300 anos, -
12:00 - 12:04a 225 gerações de chimpanzés.
-
12:05 - 12:07Agora, precisávamos
de encontrar o nosso chimpanzé. -
12:07 - 12:11Encontrámos o nosso chimpanzé...
-
12:11 - 12:13Primeiro, encontrámos dois
no estado de Nova Iorque. -
12:13 - 12:17Ambos viriam a morrer, antes de
conseguirmos avançar com o processo. -
12:17 - 12:18Depois, encontrámos o Tommy.
-
12:18 - 12:21O Tommy é um chimpanzé.
Podem vê-lo aqui atrás. -
12:21 - 12:24Encontrámo-lo naquela jaula.
-
12:24 - 12:28Encontrámo-lo numa sala pequena
cheia de jaulas, -
12:28 - 12:33num grande armazém, num parque
de autocaravanas no centro de Nova Iorque. -
12:33 - 12:35Encontrámos o Kiko,
que é parcialmente surdo. -
12:35 - 12:40O Kiko estava nas traseiras de uma loja,
em Massachusetts. -
12:40 - 12:42E encontrámos o Hercules e o Leo.
-
12:42 - 12:44São dois jovens chimpanzés,
-
12:44 - 12:47que estão a ser usados num estudo
biomédico e anatómico em Stony Brook. -
12:47 - 12:49Encontrámo-los.
-
12:49 - 12:51Na última semana de dezembro de 2013,
-
12:51 - 12:55o Nonhuman Rights Project
apresentou três queixas em Nova Iorque, -
12:55 - 12:59recorrendo ao mesmo argumento
do mandado de "habeas corpus" -
12:59 - 13:02que tinha sido usado com James Somerset.
-
13:02 - 13:07Exigimos que os juízes emitissem
os mandados de "habeas corpus". -
13:07 - 13:09Queríamos libertar os chimpanzés
-
13:09 - 13:12e queríamos que os levassem
à Save the Chimps, -
13:12 - 13:16um enorme santuário
de chimpanzés no Sul da Flórida, -
13:16 - 13:21que tem um lago artificial,
com 12 ou 13 ilhas. -
13:21 - 13:24Tem cerca de 12 mil m2
onde vivem 24 chimpanzés. -
13:24 - 13:27E estes chimpanzés
viveriam a vida de um chimpanzé, -
13:27 - 13:32com outros chimpanzés, num ambiente
o mais aproximado a África possível. -
13:33 - 13:36Estes processos continuam a correr.
-
13:37 - 13:40Ainda não encontrámos
o nosso Lord Mansfield. -
13:41 - 13:42Mas vamos encontrá-lo.
-
13:42 - 13:46Esta é uma campanha estratégica
de litigância a longo-prazo. -
13:46 - 13:49Nas palavras de Winston Churchill,
-
13:49 - 13:52"não olhamos para os nossos casos
como se fossem o fim, -
13:52 - 13:58"não são sequer o início do fim,
mas talvez sejam o fim do início." -
13:59 - 14:00Obrigado.
-
14:00 - 14:04(Aplausos)
- Title:
- Os macacos pensam e sentem. Também deviam ter direitos.
- Speaker:
- Steven Wise
- Description:
-
Os chimpanzés também são pessoas, sabiam? Quer dizer, não propriamente. Mas o advogado Steven Wise passou os últimos 30 anos a tentar alterar o estatuto destes animais de "coisas" para "pessoas". Não é uma questão de semântica jurídica; como ele descreve — e bem — nesta conferência fascinante, reconhecer que os animais como os chimpanzés têm capacidades cognitivas extraordinárias e repensar a forma como os tratamos — juridicamente — é nada mais nada menos do que um dever moral.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 14:17
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Ana Lopo edited Portuguese subtitles for Chimps have feelings and thoughts. They should also have rights |