Por que é que os economistas não compreendem o sistema monetário? (Conferência em 2013)
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0:00 - 0:02Professora Victoria Chick
Professora Emérita de Economia
University College London -
0:02 - 0:06A questão é colocada de forma muito genérica: "por que é que os académicos não compreendem o sistema monetário?"
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0:06 - 0:10E, na verdade, eu escolhi, abordá-la do ponto de vista de uma economista académica,
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0:10 - 0:14porque é o que eu sou, e este é um assunto que eu conheço,
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0:14 - 0:17e porque penso que existem alguns aspetos interessantes para dizer sobre isto.
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0:19 - 0:23E porque os outros académicos voltar-se-iam para nós procurando respostas,
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0:23 - 0:26afirmando ser esta a nossa área de especialidade,
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0:26 - 0:30devendo sermos capazes de os elucidar.
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0:31 - 0:36E é um facto muito estranho do destino,
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0:36 - 0:39que tenha andado nesta vida o tempo suficiente,
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0:39 - 0:44para que, o tipo de conhecimento a que foram expostos hoje,
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0:44 - 0:48e através do (livro) De onde vem o dinheiro? (Where does money come from)
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0:48 - 0:51e este novo livro,
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0:51 - 0:57constituam um regresso ao que me foi ensinado quando eu era uma estudante universitária.
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0:57 - 1:00Dennis Robertson, um economista de Cambridge, costumava dizer:
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1:00 - 1:06Opiniões "intelectuais", são como caçar lebres: se ficarmos parados no mesmo local tempo suficiente, ela regressará.
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1:06 - 1:10(risos)
Bom, de facto regressou, -
1:10 - 1:17mas o mais chocante, para mim, é
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1:17 - 1:19a quantidade de energia
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1:19 - 1:22que pessoas como as do Positive Money e do NEF (New Economics Foundation)
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1:22 - 1:24e outros semelhantes, têm que dispender
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1:24 - 1:28para conseguir fazer chegar um ponto de vista que me fora ensinado quando eu era estudante
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1:28 - 1:31e que depois foi esquecido!
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1:31 - 1:38Portanto, tem havido um retrocesso propositado, bom... propositado... houve um retrocesso
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1:38 - 1:41do nível de entendimento com que foram presenteados hoje
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1:41 - 1:45que era o do final dos anos 50, início dos anos 60,
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1:45 - 1:50e agora estamos a lutar para restituir esse entendimento.
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1:52 - 1:54E estas são circunstâncias muito peculiares
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1:54 - 1:56e espero poder dar-vos
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1:56 - 1:59apenas algumas ideias -- não mais do que isso --
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1:59 - 2:02de como chegámos aqui.
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2:04 - 2:09A questão tem de ser abordada em duas partes:
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2:09 - 2:13de acordo com uma estranha divisão
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2:13 - 2:17na forma como o sistema monetário é discutido no seio académico na área da economia.
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2:17 - 2:22Em primeiro lugar, desempenha um papel naquilo que chamamos macroeconomia,
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2:22 - 2:26penso que a maior parte de vós tem uma boa compreensão do que é,
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2:26 - 2:28é a teoria da economia como um todo
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2:28 - 2:32e as políticas que poderão ser usadas
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2:32 - 2:38para mudar a economia em certos aspetos, de quando em vez.
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2:39 - 2:43E, de forma, relativamente separada da macroeconomia,
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2:43 - 2:46há sempre disciplinas sobre o sistema monetário e bancário.
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2:46 - 2:54E a macroeconomia é vista como a parte nuclear da economia e o sistema monetário e bancário visto como
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2:54 - 3:03uma matéria opcional e um pouco superficial sobre a qual algumas pessoas perdem algum tempo a pensar.
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3:03 - 3:08Portanto, aquilo que eu tenho para dizer dirá respeito a estas duas partes.
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3:08 - 3:12Mas estas estão, de facto, relacionadas.
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3:14 - 3:16Em macroeconomia,
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3:16 - 3:20o sistema monetário, no contexto da principal corrente da economia,
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3:20 - 3:25tem um domínio de influência muito restrito.
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3:25 - 3:30E não se relaciona bem, nem de forma alguma,
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3:30 - 3:37com os sistemas monetário e bancário ensinado na tal opção frívola de que falei.
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3:40 - 3:46Keynes -- John Maynard Keynes -- na sua carta famosa a George Bernard Shaw,
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3:46 - 3:52diz, quando escrevia a Teoria Geral (A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda), que ele pensou
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3:52 - 4:00que aquilo que ele estava a escrever iria revolucionar a forma como o mundo pensava os problemas económicos.
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4:00 - 4:08E mais tarde, num pequeno artigo, ele aprofundou aquilo que de diferente tinha a teoria económica
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4:08 - 4:11que ele estava a desenvolver daquilo que até então tinha sido. Ele disse:
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4:11 - 4:17"Eu quero discutir sobre a economia de produção de dinheiro.
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4:17 - 4:24E o tipo de teoria económia que temos vindo a desenvolver é sobre a economia real das transações."
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4:25 - 4:28Esta foi a sua maior divergência.
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4:28 - 4:30Era isto que ele julgava ter sido a sua grande revolução.
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4:30 - 4:37Era esta a sua teoria, de que a política monetária era transversal a toda a economia.
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4:37 - 4:40A mão-de-obra requer salários em dinheiro.
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4:40 - 4:44A poupança e o investimento foram analisados por ele em termos monetários.
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4:44 - 4:50A taxa de juro era um fenómeno monetário e era determinada por transações de ativos monetários.
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4:50 - 4:55Todos estes aspetos estão ausentes da principal corrente económica dos dias de hoje,
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4:55 - 5:01como o eram da teoria económica em que Keynes estava mergulhado enquanto escrevia.
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5:01 - 5:07Nós voltámos atrás, no contexto da teoria económica convencional, para voltar a falar da economia real/de transações,
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5:07 - 5:13a qual reconhece um papel extremamente limitado ao sistema monetário.
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5:16 - 5:20A economia clássica, ou a economia pré-Keynesiana,
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5:20 - 5:28modela tudo em termos concretos: salários reais, ou seja, a quantidade de bens que o dinheiro consegue comprar,
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5:28 - 5:31e por aí fora.
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5:31 - 5:37E o sistema monetário é apenas mencionado no fim para determinar os preços.
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5:37 - 5:43Por isso, a função do sistema monetário é à parte de toda a análise da economia real.
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5:43 - 5:49Onde tem esta pequena função de determinação do nível dos preços.
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5:49 - 5:56O termo economia pura, como utilizado por Alfred Marshall e Walras,
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5:56 - 6:03significa a economia desta economia real, a economia de troca.
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6:03 - 6:09Deste modo, o sistema monetário é profundamente "impuro", presumo eu.
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6:11 - 6:15E a ideia era de que o sistema monetário era neutro,
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6:15 - 6:17não tinha realmente influência nas relações económicas reais.
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6:17 - 6:19A sua função era apenas a da definição dos preços,
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6:19 - 6:21e os preços são arbitrários, pouco importam.
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6:21 - 6:30As relações reais eram definidas por outra parte do sistema, sem sistema monetário,
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6:30 - 6:35a economia pura, a economia da troca, a economia de transação.
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6:37 - 6:47E este tipo de sistema -- que divide a economia entre a economia real e a monetária -- é conhecido como a "Dicotomia Clássica".
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6:47 - 6:54Pelo lado monetário, tinha a Teoria Quantitativa da Moeda, a quantidade de moeda dita os preços,
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6:54 - 7:01ponto final, final de história. Não muito interessante, na verdade, para a função monetária.
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7:01 - 7:06Keynes mostrou que a Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) era baseada em pressupostos fortemente restritivos,
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7:06 - 7:12que eram muito pouco prováveis verificarem-se na prática.
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7:12 - 7:17Mas Milton Friedman -- cujo nome tenho a certeza conhecerem --
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7:17 - 7:29foi capaz de usar a TQM enquanto pilar da revolução monetária durante o final dos anos 60, início dos anos 70.
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7:29 - 7:33E, como presumo saberem,
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7:33 - 7:36a revolução monetária, foi um assunto ao qual Margaret Thatcher foi especialmente sensível
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7:36 - 7:40e acabou por chegar à política monetária.
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7:41 - 7:45O Monetarismo -- podem não saber, mas deveriam saber --
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7:45 - 7:52está também na base da construção do Euro -- logo não pode ser muito bom, pois não? -- (risos)
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7:55 - 8:01e determina a forma pela qual o BCE está condenando a funcionar,
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8:01 - 8:07e é responsável pelo controlo da inflação no mundo ocidental, em geral.
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8:07 - 8:14E poder-se-ia dizer que está na base, também, da política quantitative easing, embora esta interpretação seja discutível.
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8:14 - 8:20O Monetarismo e a Teoria Quantitativa da Moeda e a Dicotomia Clássica estão por todo o lado
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8:20 - 8:27nas economias ocidentais como uma espécie de doença de pele... bastante impressionante... (risos)
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8:29 - 8:34E a história Keynesiana, em que a política monetária influencia tudo o que acontece,
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8:34 - 8:38foi esquecida, o que julgo, ser uma tragédia.
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8:40 - 8:52Agora, esta função isolada da moeda, no contexto de uma análise que presume a Dicotomia Clássica,
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8:52 - 8:57dá origem a uma retórica maravilhosa.
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8:57 - 9:08Afinal, deve ser mais interessante estudar a economia "real" do que a economia monetária.
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9:08 - 9:20E a economia "real" é a economia "pura". O sistema monetário presume-se ser apenas um fino véu à frente da economia real, não influenciando mais nada.
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9:20 - 9:30E quem julgar que este tem influência seja no que for, padece de ilusão monetária, uma doença mental terrível... (risos)
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9:32 - 9:39Bom, por que é que isto acontece? Qual é a atração em analisar a economia desta forma?
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9:39 - 9:46Quando nós sabemos, se mantivermos o senso-comum, que o sistema monetário, de facto, afeta tudo.
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9:46 - 9:53Uma das razões tem que ver com economia académica, e não com pessoas de senso-comum como vocês:
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9:53 - 9:57os académicos não compreendem que a economia tem um contexto histórico,
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9:57 - 10:03julgam que a economia tem por objeto a descoberta de verdades universais,
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10:03 - 10:09e assim são incapazes de reconhecer o carácter institucional que está na base das suas teorias.
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10:09 - 10:15A Teoria Quantitativa da Moeda foi elaborada no tempo da moeda baseada no ouro,
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10:15 - 10:23não no tempo em que os bancos eram, de longe, os maiores criadores de dinheiro.
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10:24 - 10:34E, apesar disto, a Teoria Quantitativa da Moeda continuou, e como vos disse, tem influenciado instituições muito importantes até aos dias de hoje.
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10:35 - 10:42A ideia de que a moeda tem uma certa relação com a determinação dos preços tem o seu lado apelativo.
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10:42 - 10:45E claro, tem alguma coisa haver com a determinação dos preços.
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10:45 - 10:53Mas a Teoria Quantitativa da Moeda diz que a única função é a determinação dos preços,
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10:53 - 10:58e que os preços são apenas determinados pela quantidade de moeda.
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10:58 - 11:02E isto é ir longe de mais!
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11:05 - 11:15E, outra explicação possível de como a macroeconomia chegou a este ponto é a pura preguiça.
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11:15 - 11:21Hayek (um economista liberal) uma fonte improvável daquilo que vos vou ler, fraseou a questão assim:
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11:21 - 11:26"A tarefa da teoria monetária tem um âmbito muito mais alargado do que comummente se assume.
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11:26 - 11:35A sua tarefa não é menos do que cobrir, por uma segunda vez, toda a matéria tratada pela teoria pura" -- teoria pura, teoria real, certo? --,
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11:35 - 11:45"sob o pressuposto de troca direta, e investigar que mudanças nas conclusões da teoria pura são necessárias fazer-se."
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11:45 - 11:50Ou seja, se querem levar a questão monetária a sério, têm que refazer tudo novamente!
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11:50 - 11:58Eu acho que Keynesfez tudo de novo, e foi eliminado da corrente convencional económica.
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11:58 - 12:02O seu trabalho já não é ensinado. Ninguém sabe o que ele disse. Ninguém lê o livro dele.
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12:02 - 12:08Nós regredimos ao modelo de economia pré-Keynesiana.
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12:11 - 12:22Permitam-me voltar à separação entre macroeconomia e o sist. monetário e bancário, que está endeusada no currículo académico.
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12:24 - 12:32Como disse, quando eu era uma estudante no final dos anos 50, início dos anos 60, era bem aceite,
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12:32 - 12:39tomado como uma verdade absoluta, que é do dinheiro dos empréstimos é que se criavam o dinheiro para os depósitos.
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12:39 - 12:41Os empréstimos criam os depósitos.
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12:41 - 12:47Agora, os estudantes aprendem que os bancos emprestam o dinheiro dos depósitos,
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12:47 - 12:51e que os depósitos é que criam a possibilidade para se emprestar, e que é assim que os bancos funcionam.
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12:51 - 13:00Isto é um retrocesso! que pessoas como o Ben estão a tentar corrigir ou reverter.
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13:05 - 13:10E mais uma vez, eu procurei pensar as razões do porquê desta ideia
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13:10 - 13:17dos depósitos pré-existentes e da determinação o volume de empréstimos, ser tão atrativa,
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13:17 - 13:25e por que é que o conceito de os empréstimos criarem depósitos é tão difícil para as pessoas entenderem.
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13:25 - 13:30Um dos fatores é o facto de existir uma grande falha na linguagem que nós usamos,
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13:30 - 13:36ou um grande preconceito na linguagem que usamos relativamente à atividade bancária.
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13:36 - 13:43A palavra "depósito" é um arcaísmo dos tempos em que os ourives recebiam sacos de ouro para serem guardados.
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13:43 - 13:46E vocês descobrirão, se virem com atenção,
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13:46 - 13:55que muita da teoria bancária neoclássica ainda vê os bancos como cofres glorificados,
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13:55 - 13:58coisa que eles claramente não são.
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13:58 - 14:04Adicionem a isto a incapacidade para entender os bancos como um sistema, um sistema de inter-relações.
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14:04 - 14:07Vocês ouviram bastante durante o início da crise
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14:07 - 14:14sobre a falta de compreensão sistémica, dos riscos que os bancos estavam a correr.
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14:15 - 14:17Se, de facto, tivéssemos pensado em termos sistémicos,
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14:17 - 14:24depressa se perceberia que o cheque que fora depositado no vosso banco veio de um depósito de outrem.
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14:24 - 14:29Não é dinheiro novo, de todo. Está apenas a circular.
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14:29 - 14:34Se depois pensarem sistemicamente, ou macro-economicamente, sobre os bancos,
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14:34 - 14:39aperceber-se-ão que há de facto poucas fontes de dinheiro novo no sistema,
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14:39 - 14:44excepto quando os bancos estão todos a expandir as suas contas simultaneamente,
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14:44 - 14:52e isso foi o que viram nos gráficos, esses gráficos tão poderosos, que vos foram mostrados.
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14:52 - 14:55Portanto, a linguagem é desadequada,
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14:55 - 15:00e nós também falamos de os bancos emprestarem dinheiro,
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15:00 - 15:02os bancos não emprestam dinheiro.
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15:02 - 15:08Pode parecer que o é, quando se contrai um empréstimo, mas não é isso que eles estão a fazer.
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15:08 - 15:12Eles não têm um saco de dinheiro que estejam a passar ao próximo.
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15:12 - 15:16O que eles estão a fazer é a aceitar a vossa nota promissória (IOU, I Owe You),
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15:16 - 15:22um acordo em pagarem as vossas despesas enquanto vocês não têm dinheiro na vossa conta,
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15:22 - 15:25num sistema a descoberto.
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15:25 - 15:30Num sistema de empréstimos, simplesmente aumentam o valor da vossa conta.
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15:31 - 15:34Nós passámos a manhã toda a falar disto e vocês sabem-no,
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15:34 - 15:38mas isto conduz-nos a outra questão que é muito poderosa,
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15:38 - 15:44que ilustra que é do interesse do banco que vocês não saibam o que eles estão a fazer
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15:44 - 15:47porque realmente não iriam gostar...
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15:47 - 15:51Eles têm demasiado poder.
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15:51 - 15:56E outros, incluindo académicos da área da economia,
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15:56 - 16:01poderão não gostar de ver reconhecido este poder dos banqueiros,
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16:01 - 16:06eles (os académicos) sabem que se denunciarem os bancos, eles ficarão numa situação muita complicada,
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16:06 - 16:10o financiamento ser-lhes-á retirado e todo um conjunto de coisas terríveis acontecer-lhes-á,
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16:10 - 16:12por isso, eles continuam a fingir que nada se passa,
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16:12 - 16:17todos vocês viram o (filme) Inside Job, presumo... este é um problema do tipo do Inside Job.
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16:20 - 16:25Para além disto há uma longa história em querer acreditar que o dinheiro é algo real,
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16:25 - 16:33a ideia de que os banqueiros podem manufaturar dinheiro com um simples escrevinhar de uma caneta é demasiado execrável.
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16:33 - 16:37E isto conduz a que se rejeite.
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16:37 - 16:43A ideia de que a qualidade daquilo que constitui dinheiro só depende do facto de ser aceite por todos,
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16:43 - 16:46é demasiado assustador para ser tomado de forma literal.
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16:46 - 16:49E por isso não aparece nos livros académicos.
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16:50 - 16:57Também tornaria evidente que a moeda é muito frágil uma vez quebrada esta relação de confiança
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16:57 - 16:59tudo poderia colapsar.
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17:01 - 17:11Mas... depois... finalmente... existe uma relação entre essa separação macroeconómica da moeda e do resto da economia, e
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17:11 - 17:21a dificuldade em fazer as pessoas perceberem que os bancos criam dinheiro a partir do nada,
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17:22 - 17:28e que os empréstimos são o motor da criação do dinheiro.
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17:30 - 17:38Uma ideia muito bem estabelecida e de há muito tempo em macroeconomia é de que a poupança é necessária para poder haver investimento.
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17:38 - 17:44Leiam os relatórios do Banco Mundial e todos eles falam de poupanças insuficientes para haver desenvolvimento.
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17:44 - 17:49É um completo disparate! Se os bancos podem criar dinheiro.
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17:49 - 17:53E foi a capacidade dos bancos para criar dinheiro a partir do nada,
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17:53 - 17:58que levou Keynes a dizer que não, as poupanças não são o motor do crescimento na economia,
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17:58 - 18:03o investimento é que é, o investimento precede as poupanças.
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18:03 - 18:06E são os bancos que permitem isso aconteça.
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18:06 - 18:13E portanto isto traz-me de volta ao início, para ligar estas duas linhas de pensamento. Elas estão relacionadas.
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18:13 - 18:18E se a macroeconomia retrocedeu até uma forma pré-Keynesiana,
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18:18 - 18:22também o entendimento do sistema bancário teve de retroceder,
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18:22 - 18:24e foi isso que aconteceu.
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18:24 - 18:28E é isso que os nossos corajosos heróis estão a tentar reverter.
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18:28 - 18:32Obrigada.
(aplausos) -
18:32 - 18:43(tradução de Ramiro Magno, para mais informações
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- Title:
- Por que é que os economistas não compreendem o sistema monetário? (Conferência em 2013)
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http://www.positivemoney.org/
https://www.facebook.com/boamoedaA Professora Victoria Chick, professora emérita de Economia da University College London, abordou a questão: "Por que é que os economistas não compreendem o sistema monetário? " na conferência do grupo Positive Money em Janeiro de 2013. Ela discute que tem existido uma regressão na forma como a economia tem sido lecionada. Este video de 18 minutos oferece alguns esclarecimentos muito interessantes.
O livro referido na palestra pode ser encomendado aqui:
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http://www.positivemoney.org/conference/--------------------------
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https://www.facebook.com/boamoedaAjude-nos a legendar e traduzir este vídeo!
http://amara.org/v/Bi6L/
- Video Language:
- English, British
- Duration:
- 18:58
João Pedro Carreiras Sustelo edited Portuguese subtitles for Why don't Economists understand money? (Conference 2013) | ||
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