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Acordo climático de Paris: a história vista de dentro

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    Eu tenho mais uma razão para ser otimista:
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    a alteração climática.
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    Talvez não acreditem, mas é um facto.
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    A 12 de dezembro de 2015,
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    em Paris, sob a égide das Nações Unidas,
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    reuniram-se 195 governos,
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    e, por unanimidade,
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    — quem já trabalhou com governos,
    sabe como isso é difícil —
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    por unanimidade, decidiram
  • 0:28 - 0:33
    mudar intencionalmente
    o rumo da economia global
  • 0:33 - 0:36
    a fim de proteger os mais vulneráveis
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    e melhorar a vida de todos nós.
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    Bom, isso é um feito impressionante.
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    (Aplausos)
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    Mas é ainda mais impressionante
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    se pensarmos onde estávamos
    apenas há uns anos.
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    Copenhaga, 2009.
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    Quem se lembra de Copenhaga?
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    Após anos a trabalhar
    em prol de um acordo climático,
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    os mesmos governos
    reuniram-se em Copenhaga
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    e fracassaram redondamente.
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    Porque é que fracassaram?
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    Por diversas razões,
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    mas principalmente por causa
    da separação profunda
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    entre o Norte global e o Sul global.
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    Seis meses depois desse fracasso,
  • 1:23 - 1:26
    fui convidada para assumir
    a responsabilidade
  • 1:26 - 1:29
    das negociações globais
    sobre alteração climática.
  • 1:29 - 1:32
    Podem imaginar, o momento
    perfeito para assumir esta nova função.
  • 1:32 - 1:36
    A disposição mundial em torno
    da alteração climática era muito má.
  • 1:36 - 1:39
    Ninguém acreditava
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    que fosse possível um acordo mundial.
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    Na verdade, nem eu acreditava.
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    Se me prometerem que isto não sai
    desta maravilhosa plateia TED,
  • 1:50 - 1:52
    eu conto um segredo
  • 1:52 - 1:57
    que, felizmente,
    foi enterrado pela história.
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    Na minha primeira conferência de imprensa,
    um jornalista perguntou:
  • 2:02 - 2:04
    "Sra. Figueres,
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    "acha que alguma vez será possível
    um acordo mundial?"
  • 2:08 - 2:12
    Sem pensar, eu ouvi-me a dizer:
  • 2:13 - 2:15
    "Não, durante a minha vida".
  • 2:16 - 2:19
    Bem, podem imaginar a cara
    da minha equipa de imprensa.
  • 2:19 - 2:23
    Ficaram horrorizados com
    esta louca mulher costa-riquenha
  • 2:23 - 2:25
    que era a nova chefe deles.
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    Eu também fiquei horrorizada.
  • 2:27 - 2:31
    Não estava horrorizada comigo,
    porque já estou habituada.
  • 2:31 - 2:33
    Na verdade, eu estava horrorizada
  • 2:33 - 2:37
    com as consequências daquilo
    que tinha acabado de dizer,
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    com as consequências para o mundo
  • 2:39 - 2:43
    em que todos os nossos filhos
    terão de viver.
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    Sinceramente, foi um momento
    horrível para mim e pensei:
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    "Não. Esperem lá,
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    "esperem lá.
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    "Impossível não é um facto,
  • 2:55 - 2:56
    "é uma atitude.
  • 2:57 - 2:59
    "É apenas uma atitude".
  • 2:59 - 3:04
    E decidi ali, naquele momento,
    que ia mudar a minha atitude
  • 3:04 - 3:09
    e ia ajudar o mundo a mudar de atitude
    em relação à alteração climática.
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    Então, sei lá...
  • 3:13 - 3:15
    Não, só isso? Obrigada.
  • 3:15 - 3:16
    Não sei...
  • 3:18 - 3:20
    o que vocês fariam
  • 3:20 - 3:25
    se vos dissessem
    que a vossa função era salvar o planeta.
  • 3:26 - 3:28
    Ponham isso na descrição de funções.
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    Teriam uma responsabilidade total
  • 3:32 - 3:35
    mas não teriam nenhuma autoridade,
  • 3:35 - 3:39
    porque os governos são soberanos
    em todas as decisões que tomam.
  • 3:43 - 3:44
    Bem, gostava muito de saber
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    o que vocês fariam na primeira
    segunda-feira de manhã.
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    mas eis o que eu fiz: entrei em pânico.
  • 3:49 - 3:51
    (Risos)
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    Depois, voltei a entrar em pânico,
  • 3:53 - 3:57
    porque percebi que não fazia ideia
    de como resolver este problema.
  • 3:58 - 4:02
    Percebi que não fazia ideia
    de como resolver este problema,
  • 4:02 - 4:05
    mas havia uma coisa que sabia:
  • 4:05 - 4:10
    temos que mudar o tom deste debate,
  • 4:10 - 4:13
    pois não há hipótese de sairmos vitoriosos
  • 4:13 - 4:15
    sem otimismo.
  • 4:15 - 4:17
    E aqui,
  • 4:17 - 4:21
    uso "otimismo" como
    uma palavra muito simples,
  • 4:21 - 4:24
    mas vamos entendê-la
    no seu sentido mais amplo.
  • 4:24 - 4:27
    Vamos entendê-la como coragem,
  • 4:27 - 4:31
    esperança, confiança, solidariedade,
  • 4:31 - 4:36
    a crença fundamental de que
    os seres humanos podem unir-se
  • 4:36 - 4:39
    e ajudar-se uns aos outros
    para melhorar o futuro da humanidade.
  • 4:40 - 4:42
    Devem calcular que eu pensei
    que, sem isso,
  • 4:42 - 4:46
    não haveria hipótese de sairmos
    da paralisia de Copenhaga.
  • 4:46 - 4:48
    E durante seis anos,
  • 4:48 - 4:54
    teimosa e implacavelmente
    tenho injetado otimismo no sistema,
  • 4:54 - 4:57
    independentemente
    das perguntas da imprensa
  • 4:57 - 4:59
    — e eu já melhorei nisso —
  • 4:59 - 5:02
    e independentemente
    dos indícios em contrário.
  • 5:02 - 5:08
    Podem crer, tem havido
    muitos indícios em contrário,
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    Mas há um otimismo incessante
    para dentro do sistema.
  • 5:15 - 5:17
    E em breve,
  • 5:17 - 5:22
    começámos a ver mudanças
    em muitas áreas,
  • 5:22 - 5:25
    provocadas por milhares de pessoas,
  • 5:26 - 5:28
    inclusivamente por muitos
    dos que estão aqui hoje,
  • 5:28 - 5:30
    e agradeço-vos.
  • 5:30 - 5:35
    Esta comunidade TED não ficará admirada
  • 5:35 - 5:38
    se eu disser que a primeira área
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    em que vimos mudanças impressionantes
  • 5:41 - 5:42
    foi...
  • 5:43 - 5:45
    a tecnologia.
  • 5:46 - 5:48
    Começámos a ver que as tecnologias limpas,
  • 5:48 - 5:51
    em especial as tecnologias
    das energias renováveis,
  • 5:51 - 5:54
    começaram a ter preços mais baixos
    e uma maior capacidade,
  • 5:54 - 5:57
    ao ponto de, hoje, já estarmos a construir
  • 5:57 - 5:59
    centrais de energia solar concentrada,
  • 5:59 - 6:03
    que têm a capacidade
    de fornecer energia a cidades inteiras,
  • 6:03 - 6:07
    sem falar no que estamos a fazer
    em termos de mobilidade
  • 6:07 - 6:09
    e de edifícios inteligentes.
  • 6:09 - 6:12
    Com esta mudança nas tecnologias,
  • 6:12 - 6:15
    pudemos começar a perceber
  • 6:15 - 6:19
    que havia uma mudança
    na equação económica,
  • 6:20 - 6:22
    porque fomos capazes de reconhecer
  • 6:22 - 6:25
    que sim, há custos elevados
    na alteração climática
  • 6:25 - 6:27
    e sim, há riscos agravados.
  • 6:28 - 6:30
    Mas também há vantagens económicas
  • 6:30 - 6:32
    e benefícios intrínsecos,
  • 6:32 - 6:35
    porque a disseminação
    das tecnologias limpas
  • 6:35 - 6:37
    vai proporcionar-nos um ar mais limpo,
  • 6:39 - 6:40
    uma saúde melhor,
  • 6:40 - 6:43
    transportes melhores,
    cidades mais habitáveis,
  • 6:43 - 6:44
    maior segurança energética,
  • 6:44 - 6:48
    maior acesso à energia por parte
    dos países em desenvolvimento.
  • 6:48 - 6:51
    Resumindo, um mundo melhor
    do que o que temos hoje.
  • 6:52 - 6:54
    Com essa compreensão,
  • 6:55 - 6:58
    vocês deviam ter presenciado,
    — alguns de vocês presenciaram —,
  • 6:58 - 7:03
    a disseminação do engenho e do entusiamo
  • 7:03 - 7:07
    que passou primeiro pelos poderes locais,
  • 7:07 - 7:11
    pelo setor privado, pelos capitães
    da indústria, pelas seguradoras,
  • 7:11 - 7:15
    pelos investidores, líderes municipais,
    pelas comunidades religiosas,
  • 7:15 - 7:21
    porque todos começaram a perceber
    que isso podia ser do seu interesse.
  • 7:21 - 7:24
    Isso pode melhorar os seus resultados.
  • 7:26 - 7:32
    Não se tratava apenas
    dos suspeitos de sempre.
  • 7:33 - 7:38
    Preciso dizer-vos que o diretor executivo
    de uma importante empresa petrolífera
  • 7:38 - 7:41
    me procurou, no início do ano passado
  • 7:41 - 7:42
    e disse
  • 7:43 - 7:45
    — em particular, é claro —
  • 7:45 - 7:49
    que não sabia
    como iria mudar a sua empresa,
  • 7:49 - 7:51
    mas que ia mudá-la,
  • 7:51 - 7:55
    porque estava interessado
    na viabilidade a longo prazo.
  • 7:55 - 8:00
    Bem, agora tínhamos uma mudança
    na equação económica
  • 8:00 - 8:04
    e, com isso, com o apoio
    mais amplo de todos,
  • 8:04 - 8:11
    não demorou muito
    até vermos que governos nacionais
  • 8:11 - 8:16
    se deram conta do facto
    de que isso era de interesse nacional.
  • 8:16 - 8:20
    Quando pedimos aos países
    que começassem a identificar
  • 8:20 - 8:24
    como podiam contribuir
    para o esforço global,
  • 8:24 - 8:26
    mas com base nos interesses nacionais,
  • 8:26 - 8:31
    houve 189 países, num total de 195,
  • 8:31 - 8:34
    houve 189 países que enviaram
    o seus planos gerais
  • 8:34 - 8:36
    de alteração climática,
  • 8:36 - 8:38
    com base nos seus interesses nacionais,
  • 8:38 - 8:40
    de acordo com as suas prioridades,
  • 8:40 - 8:44
    condizentes com os seus planos nacionais
    de desenvolvimento sustentável.
  • 8:45 - 8:46
    Bem,
  • 8:47 - 8:52
    ao proteger os interesses
    principais das nações,
  • 8:52 - 8:56
    podemos perceber
    que as nações estavam prontas
  • 8:56 - 8:59
    para começarem a convergir
    num caminho comum,
  • 8:59 - 9:03
    numa trajetória comum,
  • 9:03 - 9:06
    o que provavelmente
    vai demorar várias décadas,
  • 9:06 - 9:10
    mas que, ao longo dessas décadas,
    nos vai levar a uma nova economia,
  • 9:10 - 9:13
    uma economia altamente
    resistente, isenta de carbono.
  • 9:13 - 9:17
    As contribuições nacionais
    que estão atualmente em cima da mesa
  • 9:17 - 9:19
    por parte dos governos nacionais
  • 9:19 - 9:23
    são insuficientes para nos levar
    a um clima estável,
  • 9:23 - 9:26
    mas são apenas o primeiro passo
  • 9:26 - 9:28
    e hão de melhorar com o tempo.
  • 9:28 - 9:32
    E a medição, o acompanhamento
    e a verificação de todos esses esforços
  • 9:32 - 9:34
    é legalmente obrigatório.
  • 9:34 - 9:37
    Realizar-se-ão controlos
    de cinco em cinco anos,
  • 9:37 - 9:42
    para avaliar o progresso coletivo
    em relação ao objetivo vinculativo.
  • 9:42 - 9:47
    O caminho para uma economia
    mais resistente e isenta de carbono
  • 9:47 - 9:49
    é legalmente obrigatório.
  • 9:49 - 9:51
    Esta é a parte mais importante.
  • 9:51 - 9:52
    O que é que tínhamos antes?
  • 9:52 - 9:55
    Um pequeno número de países
  • 9:55 - 9:59
    que tinham assumido
    compromissos muito reduzidos
  • 9:59 - 10:02
    de redução de emissões a curto prazo
  • 10:02 - 10:06
    que eram totalmente insuficientes
  • 10:06 - 10:09
    e além disso, considerados como um fardo.
  • 10:09 - 10:11
    E agora, o que é que temos?
  • 10:11 - 10:16
    Temos todos os países do mundo
    a contribuir, em intensidades diferentes
  • 10:16 - 10:19
    a partir de abordagens
    e de setores diferentes,
  • 10:19 - 10:22
    mas todos a contribuir
    para um objetivo comum
  • 10:23 - 10:28
    seguindo pelo caminho
    da integridade ambiental.
  • 10:29 - 10:32
    Bem, depois de tudo isto
    ser posto em prática
  • 10:32 - 10:35
    e de haver uma mudança de entendimento,
  • 10:35 - 10:39
    os governos puderam ir a Paris
  • 10:39 - 10:42
    e adotar o acordo de Paris.
  • 10:42 - 10:45
    (Aplausos)
  • 10:50 - 10:53
    Portanto, quando olho para trás,
  • 10:57 - 10:59
    ao longo dos últimos seis anos,
  • 11:02 - 11:05
    primeiro lembro-me
  • 11:05 - 11:08
    do dia em que foi adotado
    o acordo de Paris.
  • 11:09 - 11:12
    Não consigo explicar a euforia na sala,
  • 11:12 - 11:15
    5000 pessoas a saltar da cadeira,
  • 11:15 - 11:19
    chorando, aplaudindo, gritando, berrando,
  • 11:19 - 11:22
    divididos entre a euforia
    e a incredulidade
  • 11:22 - 11:24
    com o que tinham acabado de ver,
  • 11:24 - 11:29
    porque muita gente trabalhou para isto
    durante tantos anos,
  • 11:29 - 11:32
    e finalmente era realidade.
  • 11:33 - 11:37
    E não foram só
    os que tinham participado diretamente.
  • 11:38 - 11:40
    Há semanas, estive com um colega
  • 11:40 - 11:43
    que estava a tentar escolher
  • 11:43 - 11:48
    uma pérola taitiana que queria
    oferecer à sua maravilhosa mulher Natasha.
  • 11:49 - 11:54
    Depois de ter decidido
    o que ia comprar,
  • 11:55 - 11:56
    o joalheiro disse-lhe:
  • 11:56 - 11:59
    "Sabe, tem muita sorte
    em poder comprar isto hoje,
  • 11:59 - 12:04
    "porque as pérolas vão desaparecer em breve
    por causa da alteração climática".
  • 12:04 - 12:08
    "Mas", disse o joalheiro,
    já ouviu dizer
  • 12:08 - 12:11
    "que os governos chegaram a uma decisão
  • 12:11 - 12:14
    "e o Taiti pode vir a ter
    uma oportunidade."
  • 12:15 - 12:18
    Que confirmação fantástica
  • 12:18 - 12:22
    de que talvez ainda haja esperança,
  • 12:22 - 12:24
    talvez ainda haja uma oportunidade.
  • 12:26 - 12:30
    Sou a primeira a reconhecer
    que ainda temos muito trabalho a fazer.
  • 12:31 - 12:34
    Só agora começámos o nosso trabalho
    sobre a alteração climática.
  • 12:34 - 12:38
    Na verdade, temos que nos assegurar
    que duplicamos os nossos esforços
  • 12:38 - 12:41
    durante os próximos cinco anos
    que são os cinco anos urgentes.
  • 12:43 - 12:46
    Mas acredito
  • 12:46 - 12:48
    que, nos últimos seis anos,
  • 12:48 - 12:50
    passámos do impossível
  • 12:50 - 12:53
    para o que agora é imparável.
  • 12:53 - 12:54
    Como é que conseguimos?
  • 12:54 - 12:59
    Injetando o otimismo transformador
    que nos permitiu passar
  • 12:59 - 13:01
    da confrontação para a colaboração,
  • 13:01 - 13:05
    que nos permitiu compreender
    que os interesses nacionais e locais
  • 13:05 - 13:08
    não estão necessariamente em confronto
    com as necessidades globais
  • 13:08 - 13:11
    e que, se percebermos isso,
    podemos juntá-los
  • 13:11 - 13:13
    e fundi-los harmoniosamente.
  • 13:13 - 13:17
    Enquanto eu antevejo
    outros problemas globais
  • 13:17 - 13:21
    que vão exigir a nossa atenção
    neste século
  • 13:21 - 13:25
    — segurança de alimentos, de água,
    segurança interna, migração forçada —
  • 13:27 - 13:30
    vejo que certamente ainda não sabemos
  • 13:30 - 13:33
    como vamos resolver esses problemas.
  • 13:33 - 13:38
    Mas podemos agarrar no exemplo
    do que fizemos na alteração climática
  • 13:38 - 13:39
    e podemos perceber
  • 13:39 - 13:45
    que temos que reinterpretar
    a mentalidade de soma zero.
  • 13:46 - 13:50
    Porque fomos habituados a acreditar
    que há sempre vencedores e perdedores,
  • 13:50 - 13:53
    e que a perda de uns
    é o ganho de outros.
  • 13:53 - 13:55
    Mas, agora que vivemos num mundo
  • 13:55 - 13:58
    em que atingimos os limites planetários,
  • 13:58 - 14:01
    em que estamos muito interligados
  • 14:01 - 14:04
    e cada vez mais interdependentes
    uns dos outros,
  • 14:04 - 14:07
    aquilo que uns perdem
    já não é o ganho dos outros.
  • 14:07 - 14:10
    Ou somos todos perdedores
  • 14:10 - 14:13
    ou podemos ser todos vencedores.
  • 14:13 - 14:15
    Mas vamos ter que decidir
  • 14:15 - 14:19
    entre o zero e o total.
  • 14:19 - 14:24
    Vamos ter que decidir
    entre um benefício zero para todos
  • 14:24 - 14:28
    ou viver a vida como a soma de todos nós.
  • 14:28 - 14:30
    Já o fizemos uma vez.
    Podemos voltar a fazê-lo.
  • 14:31 - 14:32
    Obrigada.
  • 14:32 - 14:35
    (Aplausos)
Title:
Acordo climático de Paris: a história vista de dentro
Speaker:
Christiana Figueres
Description:

Que fariam se a vossa função fosse salvar o planeta? Quando Christiana Figueres foi contratada pela ONU para liderar a conferência climática em Paris (COP 21) em dezembro de 2015, ela reagiu da mesma forma que muita gente reagiria: pensava que seria impossível que 195 países entrassem em acordo sobre o abrandamento da alteração climática. Vejam como ela mudou o seu ceticismo em otimismo — e ajudou o mundo a atingir o mais importante acordo sobre o clima da História.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
14:51

Portuguese subtitles

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