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O nascimento da realidade virtual como forma artística

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    Quando era miúdo,
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    senti algo tão poderoso,
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    que passei o resto da minha vida
    à procura disso,
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    nos lugares errados.
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    O que sentira não era realidade virtual.
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    Era música.
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    E é aqui que a história começa.
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    Este sou eu,
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    a ouvir o "White Album" dos Beatles.
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    A expressão na minha cara é o sentimento
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    de que tenho andado à procura desde então.
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    A música dirige-se à veia emocional,
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    entra na corrente sanguínea
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    direita ao coração.
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    Aprofunda cada experiência.
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    Rapazes?
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    (Música)
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    Estes são os espantosos
    McKenzie Stubbert e Joshua Roman
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    A música...
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    (Aplausos)
  • 0:54 - 0:56
    Sim.
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    A música faz com que tudo
    tenha uma maior ressonância emocional.
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    Vamos ver o que faz por esta palestra.
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    A peça musical certa, no momento certo,
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    funde-se connosco a nível celular.
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    Quando ouço aquela canção
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    daquele verão
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    com aquela rapariga,
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    sou imediatamente transportado
    para lá outra vez.
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    Olá Stacey.
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    Eis uma parte da história
    em que fiquei um pouco ganancioso.
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    Pensei que, se acrescentasse mais camadas
    em cima da música,
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    eu poderia tornar os sentimentos
    mais poderosos.
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    Por isso, interessei-me pela realização
    de videoclipes musicais.
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    Isto é como eles eram.
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    Aquele é o meu irmão Jeff.
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    Desculpa lá isto, Jeff.
  • 1:46 - 1:47
    (Risos)
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    Aqui estou eu, portanto, estamos quites.
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    Movimentos de dança incríveis.
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    Devia ter sido um bailarino.
  • 1:54 - 1:55
    (Risos)
  • 1:55 - 1:57
    Estas experiências evoluíram,
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    e, com o tempo, começaram a parecer isto.
  • 2:02 - 2:05
    Em ambos estou à procura da mesma coisa,
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    a tentar capturar aquele relâmpago
    numa garrafa.
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    Exceto que não estou a fazê-lo.
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    Adicionar um filme a uma música
    acrescentou uma dimensão narrativa, sim,
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    mas nunca equivalente ao poder
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    que a música por si só exercia sobre mim.
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    Não é fantástico perceber isto
    depois de se devotar a vida
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    e a carreira profissional
    à realização de videoclipes musicais.
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    Estava sempre a perguntar-me:
    "Segui o caminho errado?"
  • 2:30 - 2:34
    Então, comecei a pensar:
    "Se pudesse envolver mais a audiência,
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    "talvez conseguisse fazer-vos sentir
    algo mais também."
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    Por isso, Aaron Koblin e eu
    começámos a ver novas tecnologias
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    que pudessem meter mais de vocês
    dentro do trabalho,
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    como a vossa casa de infância
    em "The Wilderness Downtown",
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    os vossos retratos feitos à mão
    em "The Johnny Cash Project",
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    e os vossos sonhos interativos
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    em "3 Dreams of Black".
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    Estamos a tentar ir além do ecrã,
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    a tentar chegar mais profundamente
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    ao coração e à imaginação das pessoas.
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    Mas não era suficiente.
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    Ainda não tinha o poder experiencial
    da música pura para mim.
  • 3:15 - 3:18
    Por isso, comecei à procura
    de uma nova tecnologia
  • 3:18 - 3:21
    sobre a qual
    apenas tinha lido na ficção científica.
  • 3:21 - 3:24
    Depois de anos de pesquisa,
    encontrei um protótipo.
  • 3:24 - 3:29
    Era um projeto de Nonny de la Peña
    do Laboratório Mark Bolas, na USC.
  • 3:29 - 3:32
    E quando o experimentei,
    soube que o tinha encontrado.
  • 3:33 - 3:35
    Consegui saborear o relâmpago.
  • 3:35 - 3:38
    Isto chama-se Realidade Virtual.
  • 3:38 - 3:41
    Isto é o que era há cinco anos,
    quando me deparei com ela.
  • 3:42 - 3:44
    Isto é como se parece agora.
  • 3:45 - 3:49
    Comecei rapidamente a montar coisas
    neste novo meio,
  • 3:49 - 3:51
    e através desse processo,
    percebemos uma coisa:
  • 3:52 - 3:55
    a RV vai desempenhar
    um papel incrivelmente importante
  • 3:55 - 3:57
    na história dos meios.
  • 3:58 - 4:01
    Na verdade, vai ser o último.
  • 4:01 - 4:05
    Estou convicto disto porque é o primeiro
    meio que realmente faz a ponte
  • 4:05 - 4:08
    entre a nossa interiorização
    da expressão de um autor
  • 4:08 - 4:10
    de uma experiência,
  • 4:10 - 4:13
    e a nossa experiência em primeira mão.
  • 4:14 - 4:16
    Parecem confusos.
    Vou explicar, não se preocupem.
  • 4:16 - 4:17
    (Risos)
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    Se regressarmos à origem dos meios,
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    na melhor das hipóteses,
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    começa tudo em volta da fogueira,
    com uma boa história.
  • 4:26 - 4:28
    O líder do nosso clã está a contar-nos
  • 4:28 - 4:31
    como caçou o mamute lanudo
    na tundra naquele dia.
  • 4:32 - 4:34
    Ouvimos as suas palavras
  • 4:34 - 4:38
    e traduzimo-las
    para as nossas verdades internas.
  • 4:39 - 4:40
    A mesma coisa acontece
  • 4:40 - 4:43
    quando olhamos para a versão da história
    na pintura da caverna,
  • 4:44 - 4:46
    o livro sobre a caçada ao mamute,
  • 4:46 - 4:48
    a peça teatral,
  • 4:48 - 4:50
    a emissão de rádio,
  • 4:50 - 4:51
    o programa televisivo
  • 4:52 - 4:53
    ou o filme.
  • 4:54 - 4:57
    Todos estes meios requerem
    o que chamamos de "suspensão da descrença"
  • 4:57 - 5:01
    porque há um hiato na tradução
    entre a realidade da história
  • 5:01 - 5:05
    e a nossa consciência
    a interpretar a história
  • 5:05 - 5:07
    para a nossa realidade.
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    Estou a usar a palavra "consciência"
    como o sentimento de realidade
  • 5:11 - 5:15
    que vem dos nossos sentidos
    a experienciar o mundo à nossa volta.
  • 5:17 - 5:20
    A Realidade Virtual preenche esse hiato.
  • 5:20 - 5:24
    Agora, vocês estão na tundra
    a caçar com o líder do clã.
  • 5:24 - 5:27
    Ou vocês são o líder do clã.
  • 5:27 - 5:29
    Ou se calhar são o mamute lanoso.
  • 5:30 - 5:31
    (Risos)
  • 5:34 - 5:36
    Eis o que é tão especial na RV.
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    Em todo os outros meios,
  • 5:38 - 5:41
    a vossa consciência interpreta o meio.
  • 5:41 - 5:45
    Na RV, a vossa consciência é o meio.
  • 5:46 - 5:49
    Por isso, o potencial da RV é enorme.
  • 5:49 - 5:51
    Onde estamos agora?
  • 5:51 - 5:53
    Qual é o estado da arte?
  • 5:54 - 5:55
    Bem,
  • 5:57 - 5:58
    estamos aqui.
  • 5:59 - 6:02
    Somos o equivalente ao ano 1 do cinema.
  • 6:02 - 6:04
    Este é o filme dos Irmãos Lumière
  • 6:04 - 6:07
    que alegadamente fez com que toda a gente
    num cinema fugisse a sete pés
  • 6:07 - 6:10
    por pensarem que um comboio
    se estava a dirigir de encontro a eles.
  • 6:10 - 6:13
    Similarmente, na fase inicial deste meio,
  • 6:13 - 6:17
    na RV temos também de ultrapassar
    o espetáculo
  • 6:17 - 6:19
    e de mergulhar na narração.
  • 6:19 - 6:21
    Levou décadas a este meio
  • 6:21 - 6:24
    para perceber a sua linguagem
    preferida de narração,
  • 6:24 - 6:25
    na forma de um filme.
  • 6:25 - 6:29
    Hoje, na RV, estamos mais
    a aprender uma gramática
  • 6:29 - 6:30
    do que a escrever uma linguagem.
  • 6:31 - 6:35
    Fizemos 15 filmes no ano passado
    na nossa empresa de RV, Vrse,
  • 6:35 - 6:36
    e aprendemos algumas coisas.
  • 6:37 - 6:40
    Descobrimos que temos uma única via
    direta para os nossos sentidos,
  • 6:40 - 6:43
    as nossas emoções,
    até para o nosso corpo.
  • 6:44 - 6:46
    Deixem-me mostrar-vos
    algumas coisas.
  • 6:46 - 6:47
    Para o propósito desta demonstração,
  • 6:47 - 6:50
    vamos tomar todas as direções possíveis
    em que possam olhar,
  • 6:50 - 6:53
    e esticá-las neste retângulo gigante.
  • 6:53 - 6:55
    Ok, aqui vamos nós.
  • 6:58 - 7:02
    Primeiro: o movimento de câmara
    é difícil em RV.
  • 7:02 - 7:05
    Se for mal feito,
    pode mesmo causar enjoo.
  • 7:05 - 7:09
    Descobrimos que se moverem a câmara
    a uma velocidade constante, em linha reta,
  • 7:09 - 7:12
    conseguem fazê-lo sem problemas.
  • 7:12 - 7:13
    No primeiro dia na escola de cinema,
  • 7:13 - 7:16
    disseram-me que temos de aprender
    todas as regras
  • 7:16 - 7:18
    antes de as podermos quebrar.
  • 7:18 - 7:20
    Não aprendemos todas as regras.
  • 7:20 - 7:22
    Quase não aprendemos regras nenhumas,
  • 7:22 - 7:24
    mas já estamos a tentar quebrá-las
  • 7:24 - 7:26
    para vermos que coisas criativas
    conseguimos realizar.
  • 7:26 - 7:29
    Nesta filmagem, quando nos afastávamos
    do chão, acrescentei aceleração.
  • 7:29 - 7:33
    Fiz isso porque queria dar-vos
    a sensação física
  • 7:33 - 7:34
    de nos afastarmos do chão.
  • 7:34 - 7:37
    Na RV, posso dar-vos isso.
  • 7:38 - 7:42
    (Música)
  • 7:44 - 7:48
    Sem surpresa, a música também tem
    muita importância neste meio.
  • 7:48 - 7:50
    Orienta-nos no modo de sentir.
  • 7:50 - 7:53
    Neste projeto que fizemos com
    o New York Times,
  • 7:53 - 7:55
    com Zach Richter e o nosso amigo, JR,
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    vamos levar-vos de helicóptero,
  • 7:57 - 8:01
    e, embora estejam a voar a 61 km
    de altura sobre Manhattan,
  • 8:01 - 8:03
    não sentem medo.
  • 8:03 - 8:06
    Sentem-se triunfantes pela personagem JR.
  • 8:07 - 8:09
    A música orienta-vos aqui.
  • 8:09 - 8:12
    (Música)
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    Contrariamente à crença popular,
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    há composição na realidade virtual,
  • 8:22 - 8:24
    mas é diferente dos filmes,
  • 8:24 - 8:26
    onde temos um enquadramento
    retangular.
  • 8:26 - 8:28
    A composição está
    onde a nossa consciência existe
  • 8:28 - 8:31
    e como o mundo se move à nossa volta.
  • 8:31 - 8:34
    Neste filme, "Waves of Grace",
    que foi uma colaboração entre a Vrse,
  • 8:34 - 8:37
    as Nações Unidas, Gabo Arora
    e Imraan Ismail,
  • 8:37 - 8:41
    vemos também a mudança do uso
    do plano aproximado na realidade virtual.
  • 8:41 - 8:46
    Um plano aproximado em RV significa
    que se está mesmo próximo de alguém.
  • 8:46 - 8:49
    Traz essa personagem
    para o vosso espaço pessoal,
  • 8:49 - 8:52
    um espaço que usualmente reservaríamos
    para as pessoas que amamos.
  • 8:52 - 8:56
    E sentimos uma proximidade emocional
    com a personagem
  • 8:56 - 8:59
    por causa do que sentimos
    ser uma proximidade física.
  • 9:05 - 9:09
    Realizar com a RV não é parecido
    com a realização para o retângulo.
  • 9:09 - 9:12
    É mais uma coreografia
    da atenção do espectador.
  • 9:13 - 9:15
    Uma ferramenta que podemos usar
    para guiar a nossa atenção
  • 9:15 - 9:17
    chama-se "som espacializado".
  • 9:17 - 9:20
    Posso pôr um som em qualquer lado,
    na vossa frente, à esquerda ou à direita,
  • 9:20 - 9:21
    até atrás de vocês,
  • 9:21 - 9:24
    e quando virarem a cabeça,
    o som vai rodar também.
  • 9:24 - 9:27
    Posso usar isso para dirigir
    a vossa atenção
  • 9:27 - 9:28
    para o que quero que vejam.
  • 9:28 - 9:31
    Da próxima vez que ouvirem alguém
    a cantar por cima do vosso ombro,
  • 9:31 - 9:33
    pode ser o Bono.
  • 9:33 - 9:35
    (Risos)
  • 9:39 - 9:41
    A RV faz-nos sentir
    que fazemos parte de alguma coisa.
  • 9:42 - 9:46
    Durante a maior parte da História Humana,
    vivemos em pequenas unidades familiares.
  • 9:46 - 9:48
    Começámos nas cavernas,
  • 9:48 - 9:51
    depois mudámos para clãs e tribos,
    depois aldeias e cidades,
  • 9:51 - 9:54
    e agora somos todos cidadãos globais.
  • 9:54 - 9:58
    Mas acredito que ainda somos feitos
    para nos importarmos ao máximo
  • 9:58 - 10:01
    com as coisas que nos são locais.
  • 10:01 - 10:06
    E a RV faz com que qualquer sítio
    e qualquer pessoa se sinta local.
  • 10:06 - 10:09
    É por isso que funciona
    como uma máquina de empatia.
  • 10:09 - 10:13
    O nosso filme "Clouds over Sidra"
    leva-nos a um campo de refugiados sírios,
  • 10:13 - 10:17
    e, em vez de assistirmos a uma história
    sobre as pessoas, ali,
  • 10:17 - 10:21
    é agora uma história sobre nós, aqui.
  • 10:22 - 10:24
    Mas, a partir daqui, vamos para onde?
  • 10:24 - 10:27
    O difícil é que,
    com todos estes preciosos meios,
  • 10:27 - 10:30
    o formato está fixo
    desde o seu nascimento.
  • 10:30 - 10:32
    Um filme tem sido uma sequência
    de retângulos,
  • 10:32 - 10:35
    desde Muybridge e os seus cavalos,
    até agora.
  • 10:35 - 10:37
    O formato nunca mudou.
  • 10:38 - 10:41
    Mas a RV, como formato, como meio,
  • 10:42 - 10:44
    ainda não está completa.
  • 10:45 - 10:48
    Não usa o filme celuloide físico
    ou papel ou sinais de rádio.
  • 10:48 - 10:52
    Ela emprega o que usamos
    para compreender o mundo.
  • 10:53 - 10:57
    Estamos a usar os nossos sentidos
    como tintas sobre tela,
  • 10:57 - 10:58
    mas apenas duas, neste momento.
  • 11:00 - 11:03
    Eventualmente, vamos ver se teremos
    todos os sentidos humanos empregues,
  • 11:04 - 11:08
    e se vamos ter meios para viver a história
    qualquer que seja a via escolhida.
  • 11:09 - 11:11
    Podemos chamar-lhe realidade virtual
    neste momento,
  • 11:11 - 11:15
    mas o que acontece quando ultrapassarmos
    as realidades simuladas?
  • 11:15 - 11:17
    O que lhe vamos chamar, então?
  • 11:18 - 11:20
    E se, em vez de vos contar
    verbalmente um sonho,
  • 11:20 - 11:24
    vos permitisse viverem dentro desse sonho?
  • 11:24 - 11:27
    E se, em vez de apenas experimentarem
    visitar alguma realidade na Terra,
  • 11:28 - 11:32
    vocês pudessem surfar ondas gravitacionais
    no limite de um buraco negro,
  • 11:32 - 11:35
    ou pudessem criar galáxias do nada,
  • 11:35 - 11:38
    ou pudessem comunicar uns com os outros
    sem usar palavras,
  • 11:38 - 11:40
    usando o pensamento?
  • 11:41 - 11:44
    Isso já não é realidade virtual.
  • 11:44 - 11:47
    E, sinceramente, não sei como se chama.
  • 11:47 - 11:49
    Mas espero que vejam
    para onde estamos a ir.
  • 11:51 - 11:54
    Mas, aqui estou eu, a intelectualizar
    um meio que digo ser experimental.
  • 11:55 - 11:57
    Então, vamos experimentá-lo.
  • 11:57 - 12:00
    Nas vossas mãos,
    espero que esteja um pedaço de cartão.
  • 12:01 - 12:03
    Vamos abrir a tampa.
  • 12:03 - 12:06
    Pressionem o botão de ligar
    para desbloquear o telemóvel.
  • 12:06 - 12:08
    Para as pessoas
    que estão a assistir em casa,
  • 12:08 - 12:10
    vamos levantar um cartão, agora,
  • 12:10 - 12:13
    para vos mostrar como descarregar
    esta experiência no vosso telemóvel,
  • 12:13 - 12:17
    e obter um cartão da Google vosso,
    para tentarem fazer isto com ele.
  • 12:17 - 12:20
    Brincámos em caixas de cartão
    quando éramos miúdos,
  • 12:20 - 12:24
    e como adultos, espero que possamos todos
    encontrar um pouco daquele relâmpago
  • 12:24 - 12:27
    ao metermos a nossa cabeça
    num cartão, outra vez.
  • 12:30 - 12:31
    Estão prestes a participar
  • 12:31 - 12:36
    na maior visão coletiva de RV da História.
  • 12:36 - 12:40
    E no clássico estilo antiquado
    do passado,
  • 12:40 - 12:42
    vamos todos assistir a uma coisa
  • 12:42 - 12:44
    ao mesmo tempo, juntos.
  • 12:45 - 12:47
    Esperemos que funcione.
  • 12:47 - 12:49
    Onde vai a contagem decrescente?
    Não consigo ver.
  • 12:53 - 12:59
    Audiência: ...15, 14, 13, 12, 11, 10, 9
  • 12:59 - 13:07
    8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1!
  • 13:10 - 13:13
    (Pássaros a cantar)
  • 13:23 - 13:25
    (Som de comboio em andamento)
  • 13:33 - 13:35
    Audiência: (Gritos)
  • 13:51 - 13:53
    (Vídeo) JR: Deixem-me dizer-vos
  • 13:53 - 13:55
    como filmei a capa
    da New York Times Magazine.
  • 13:55 - 13:58
    "Andando por Nova Iorque".
  • 14:07 - 14:10
    Fui atado ao exterior do helicóptero,
  • 14:10 - 14:14
    e tinha de estar absolutamente vertical
    para o conseguir fazer.
  • 14:14 - 14:16
    Quando estava exatamente por cima
  • 14:16 - 14:19
    — sabem, com o vento,
    tivemos de o refazer algumas vezes —
  • 14:19 - 14:21
    mantive-me a filmar.
  • 14:28 - 14:29
    (Vídeo) Voz de mulher: Meu Deus,
  • 14:30 - 14:32
    protege-nos do mal,
  • 14:33 - 14:34
    Tu és o Senhor,
  • 14:35 - 14:36
    a luz.
  • 14:42 - 14:45
    Tu, que nos deste a vida, levaste-a.
  • 14:46 - 14:48
    Seja feita a Tua vontade.
  • 14:49 - 14:54
    Por favor, traz a paz aos muitos
    que perderam entes queridos.
  • 14:54 - 14:56
    Ajuda-nos a viver outra vez.
  • 14:59 - 15:02
    (Música)
  • 15:17 - 15:19
    (Vídeo) (Vozes de crianças)
  • 15:20 - 15:24
    Voz de criança: Há mais miúdos em Zaatari
    do que há adultos, agora.
  • 15:30 - 15:34
    Às vezes, penso que somos nós
    que mandamos.
  • 15:39 - 15:41
    Chris Milk: Que tal foi?
  • 15:41 - 15:44
    (Aplausos) (Gritos)
  • 15:45 - 15:47
    Esta foi uma forma manhosa de conseguir
    uma ovação de pé.
  • 15:47 - 15:50
    Fiz-vos levantarem-se.
    sabia que iriam aplaudir no final.
  • 15:50 - 15:52
    (Aplausos)
  • 15:52 - 15:56
    Acredito que toda a gente na Terra
    precisa de viver a experiência
  • 15:56 - 15:58
    que acabaram de viver.
  • 15:58 - 16:01
    Assim, podemos começar
    coletivamente a dar forma a isto,
  • 16:01 - 16:03
    não como uma plataforma técnica
  • 16:03 - 16:05
    mas como uma plataforma humana.
  • 16:05 - 16:09
    E, para esse fim,
    em novembro do ano passado,
  • 16:09 - 16:12
    o New York Times e a Vrse fizeram
    um projeto chamado "Os deslocados".
  • 16:12 - 16:14
    Foi lançado com um milhão
    de cartões da Google
  • 16:14 - 16:18
    enviados a cada subscritor
    junto com o seu jornal de domingo.
  • 16:18 - 16:21
    Mas aconteceu uma coisa engraçada
    nessa manhã de domingo.
  • 16:21 - 16:23
    Muitas das pessoas que os receberam
  • 16:23 - 16:26
    não eram os destinatários constantes
    do endereço de correio nos jornais.
  • 16:26 - 16:30
    Começámos a ver isto
    por todo o Instagram.
  • 16:33 - 16:35
    Parece-vos familiar?
  • 16:36 - 16:38
    A música conduziu-me
    por um caminho de procura
  • 16:38 - 16:41
    do que parecia ser inatingível
  • 16:41 - 16:43
    durante muito tempo.
  • 16:43 - 16:47
    Agora, milhões de miúdos acabaram de ter
    a mesma experiência formativa
  • 16:47 - 16:49
    na sua infância
  • 16:49 - 16:52
    que eu tive na minha.
  • 16:52 - 16:56
    Só que eu penso que esta a ultrapassa.
  • 16:56 - 16:58
    Vamos ver
  • 16:58 - 16:59
    aonde isto
  • 16:59 - 17:01
    os vai conduzir.
  • 17:01 - 17:03
    Obrigado.
  • 17:03 - 17:06
    (Aplausos)
Title:
O nascimento da realidade virtual como forma artística
Speaker:
Chris Milk
Description:

Chris Milk usa tecnologias inovadoras para fazer histórias humanas pessoais, interativas. Acompanhado por Joshua Roman no violoncelo e McKenzie Stubbert ao piano, Chris Milk relata-nos a sua relação com a música e a arte — desde o primeiro momento em que pôs os auscultadores até ao seu trabalho atual de criação de projetos que usam a realidade virtual (RV) de forma inovadora. Segundo ele, a RV é o derradeiro meio de contar histórias, porque preenche a distância entre a audiência e o contador de histórias. Para o ilustrar, ele proporcionou à audiência TED a maior experiência coletiva de RV do mundo. Junte-se a eles e participe nesta palestra interativa com um cartão da Google e descarregando a experiência em with.in/TED.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
17:34

Portuguese subtitles

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