Por que é tão divertido sentir medo? - Margee Kerr
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0:07 - 0:08Bem agora, em algum lugar,
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0:08 - 0:11há pessoas fazendo fila para sentir medo,
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0:11 - 0:14seja entrar num trem-fantasma
ou assistir a um filme de terror. -
0:14 - 0:17De fato, somente em outubro de 2015,
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0:17 - 0:22cerca de 28 milhões de pessoas visitaram
uma casa assombrada nos Estados Unidos. -
0:23 - 0:26Mas muitos ficam perplexos
com esse comportamento -
0:26 - 0:27e se perguntam:
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0:27 - 0:30"Qual seria a graça de sentir medo?"
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0:31 - 0:34O medo tem uma má reputação,
mas não é de todo mau. -
0:35 - 0:38Para iniciantes, o medo pode
na verdade ser bem agradável. -
0:38 - 0:41Quando uma ameaça desencadeia
a reação de lutar ou de fugir, -
0:41 - 0:43nosso corpo se prepara para o perigo,
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0:43 - 0:48liberando substâncias químicas que mudam
o funcionamento do cérebro e do corpo. -
0:48 - 0:51Essa reação automática ativa sistemas
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0:51 - 0:53que podem ajudar na nossa sobrevivência.
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0:53 - 0:56Elas fazem isso para assegurar
que tenhamos energia suficiente -
0:56 - 0:58e evitar que sintamos dor,
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0:58 - 1:02enquanto desativam sistemas secundários,
como o pensamento crítico. -
1:02 - 1:05Sentir-se livre da dor e cheio de energia,
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1:05 - 1:09sem as preocupações que normalmente
ocupam nosso cérebro, -
1:09 - 1:11parece uma coisa ótima,
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1:11 - 1:15e a explicação talvez
esteja na semelhança disso -
1:15 - 1:20com o que experimentamos nos estados
positivos, de grande excitação, -
1:20 - 1:23como a empolgação, a felicidade,
e mesmo durante o sexo. -
1:24 - 1:26A diferença está no contexto.
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1:27 - 1:31Diante de um perigo real, focamos
a sobrevivência, e não a diversão. -
1:31 - 1:35Mas, se essa resposta de grande excitação,
for desencadeada num lugar seguro, -
1:35 - 1:40podemos desfrutar da euforia
natural de sentir medo. -
1:40 - 1:46Eis por que nas montanhas-russas
passa-se dos gritos ao riso em segundos. -
1:46 - 1:49O corpo já está num estado eufórico.
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1:49 - 1:52Simplesmente reinterpretamos
a experiência. -
1:52 - 1:54E, apesar de ser universal
a reação à ameaça, -
1:54 - 1:57pesquisas mostram
diferenças entre indivíduos -
1:57 - 2:02na forma como as substâncias químicas
ligadas a essa reação funcionam. -
2:02 - 2:07Isso explica por que alguns são mais
propensos a buscar emoção do que outros. -
2:07 - 2:09Outras diferenças físicas normais explicam
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2:09 - 2:13por que alguns amam a vertigem que sentem
no trecho vertical da montanha-russa, -
2:13 - 2:17mas odeiam sentir o estômago
saindo pela boca no resto do percurso. -
2:17 - 2:20ou por que alguns gritam de prazer
numa casa assombrada, -
2:20 - 2:24mas fogem aterrorizados
se levados a um cemitério real. -
2:25 - 2:28O medo traz mais do que apenas
uma euforia natural divertida. -
2:28 - 2:33Fazer coisas que nos causam medo
pode estimular a autoestima. -
2:33 - 2:34Como qualquer desafio pessoal,
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2:34 - 2:37seja correr uma corrida
ou terminar um livro longo, -
2:37 - 2:39ao fazermos isso até o fim,
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2:39 - 2:42temos um sentimento de realização.
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2:42 - 2:45Isso é válido mesmo quando sabemos
que não experimentamos perigo real. -
2:45 - 2:48Nosso cérebro racional sabe
que os zumbis não são reais, -
2:48 - 2:51mas nosso corpo nos diz o contrário.
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2:51 - 2:52O medo parece real,
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2:52 - 2:54por isso, quando sobrevivemos a ele,
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2:54 - 2:58a satisfação e a realização
também parecem reais. -
2:58 - 3:01Essa é uma importante
adaptação evolucionária. -
3:01 - 3:04Os que tiveram o correto equilíbrio
entre bravura e inteligência -
3:04 - 3:07para saber quando superar o medo
e quando bater em retirada -
3:07 - 3:09foram recompensados com a sobrevivência,
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3:09 - 3:10novos alimentos
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3:10 - 3:12e novas terras.
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3:12 - 3:15Por fim, o medo pode provocar
a união entre as pessoas. -
3:15 - 3:17As emoções podem ser contagiosas
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3:17 - 3:20e, quando vemos um amigo gritar e rir,
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3:20 - 3:22nos sentimos compelidos a fazer o mesmo,
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3:22 - 3:25pois compreendemos o que
nossos amigos experimentam -
3:25 - 3:29ao recriar essa experiência nós mesmos.
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3:29 - 3:32Na verdade, quando nosso amigo grita,
as partes que ficam ativas no cérebro dele -
3:32 - 3:36também ficam ativas no nosso
quando o observamos. -
3:36 - 3:39Isso não apenas intensifica
nossa própria experiência, -
3:39 - 3:43mas nos aproxima daqueles
que estão ao nosso lado. -
3:43 - 3:45O sentimento de proximidade
durante momentos de medo -
3:45 - 3:50é favorecido pelo hormônio oxitocina,
liberado durante a luta ou a fuga. -
3:51 - 3:53O medo é uma poderosa
experiência emocional, -
3:53 - 3:56e qualquer coisa que provoque
uma forte reação -
3:56 - 4:00vai ficar bem viva em nossa memória.
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4:00 - 4:02Não queremos nos esquecer
do que pode nos machucar. -
4:02 - 4:06Assim, se a experiência de um filme
de terror com seus amigos foi positiva -
4:06 - 4:09e deixou um sentimento de satisfação,
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4:09 - 4:12certamente você vai querer repeti-la.
- Title:
- Por que é tão divertido sentir medo? - Margee Kerr
- Description:
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Assista à lição completa em: http://ed.ted.com/lessons/why-do-we-like-to-scare-ourselves-margee-kerr
Neste exato instante, em algum lugar, há pessoas numa fila esperando para sentir medo, seja para embarcar num trem-fantasma, seja para assistir a um filme de terror. De fato, em outubro de 2015 somente, cerca de 28 milhões de pessoas visitaram uma casa assombrada nos Estados Unidos. Mas você pode estar pensando: qual será a graça de sentir medo? Margee Kerr examina a biologia e a psicologia por trás do que faz o medo tão divertido.
Lição de Margee Kerr; animação de Meduzaz animation studio.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TED-Ed
- Duration:
- 04:29
Leonardo Silva approved Portuguese, Brazilian subtitles for Why is being scared so fun? - Margee Kerr | ||
Ruy Lopes Pereira accepted Portuguese, Brazilian subtitles for Why is being scared so fun? - Margee Kerr | ||
Ruy Lopes Pereira edited Portuguese, Brazilian subtitles for Why is being scared so fun? - Margee Kerr | ||
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