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Como criar filhos bem-sucedidos - sem envolvimento demasiado dos pais

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    Sabem, nunca me propus ser
    especialista em criação dos filhos.
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    De fato, não me interesso
    por habilidades parentais, per se.
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    Mas há atualmente um estilo
    de educação dos filhos
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    que está estragando as crianças,
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    impedindo suas chances
    de tornarem-se elas mesmas.
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    Hoje, há um certo estilo
    de educação dos filhos
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    que os está atrapalhando.
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    O que eu quero dizer é
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    que gastamos muito tempo preocupados
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    com pais que não se envolvem
    o suficiente com suas crianças,
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    sua educação e formação,
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    e com razão.
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    Mas do outro lado do espectro,
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    há muitos danos acontecendo também,
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    com pais achando que uma criança
    não pode ser bem-sucedida
  • 0:44 - 0:48
    a menos que eles a protejam,
    a previnam a cada momento,
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    a rodeiem em tudo o que acontece,
    a vistoriem a todo momento,
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    e guiem seus filhos a um pequeno
    subgrupo de faculdades e carreiras.
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    Quando criamos filhos dessa forma,
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    e direi nós,
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    porque Deus sabe,
    ao criar meus dois adolescentes,
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    eu mesma caí nessas tendências,
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    nossos filhos acabam tendo um tipo
    de infância com lista de afazeres.
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    Assim é uma infância
    com lista de afazeres:
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    nós os mantemos em segurança,
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    alimentados e hidratados,
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    então queremos ter certeza de que vão
    às escolas certas, mas não para aí.
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    Que façam as aulas certas,
    nas escolas certas,
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    com as notas certas
    nas aulas e nas escolas certas.
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    Mas não só notas, os pontos.
  • 1:32 - 1:34
    E não só notas e pontos,
    mas distinções e prêmios,
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    e esportes, e atividades, e liderança.
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    Dizemos a eles: não se afiliem
    a um grêmio, mas criem um,
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    porque é isso que faculdades querem ver.
  • 1:42 - 1:44
    Marquem o quadrado de serviço comunitário.
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    Digo, mostrem às faculdades
    que se importam com outros.
  • 1:47 - 1:48
    (Risos)
  • 1:48 - 1:53
    Tudo isso feito em vista
    de alcançar um grau de perfeição.
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    Esperamos que nossos filhos
    se desempenhem com nível de perfeição
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    que nunca foi pedido a nós,
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    e já que tanto é exigido, nós pensamos:
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    "Claro que nós, pais, temos
    que discutir com todos professores
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    e diretores e treinadores e juízes
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    e agir como assistentes de nossos filhos
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    e prestadores pessoais
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    e secretários".
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    Então com nossos filhos, tão preciosos,
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    passamos tanto tempo dando empurrões,
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    adulando, sugerindo, ajudando,
    brigando, persistindo conforme o caso,
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    para ter certeza de que não cometam erros,
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    de que não fechem portas,
  • 2:30 - 2:32
    arruinando seus futuros,
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    para alguma admissão sonhada
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    em um pequeno número de faculdades
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    que rejeita quase todos candidatos.
  • 2:40 - 2:42
    (Risos)
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    E isso é ser criança nesta infância
    com lista de afazeres.
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    Primeiro, não há tempo
    para brincar livremente.
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    Não há espaço nas tardes,
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    porque tudo tem que enriquecer
    as aulas, pensamos.
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    Como se cada lição de casa,
    cada teste, cada atividade
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    fosse decisivo nesse futuro
    que nós temos em mente para eles,
  • 3:03 - 3:06
    e nós os isentamos de ajudar em casa,
  • 3:06 - 3:10
    e nós até os isentamos
    de dormir o suficiente
  • 3:10 - 3:15
    contanto que marquem o quadrado
    dos itens em suas listas.
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    Nessa infância de lista de afazeres,
    só queremos que sejam felizes,
  • 3:18 - 3:21
    mas quando chegam da escola,
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    o que sempre perguntamos a eles primeiro
  • 3:24 - 3:27
    é sobre a lição de casa e notas.
  • 3:27 - 3:29
    E eles veem em nossos rostos
  • 3:29 - 3:31
    que nossa aprovação, nosso amor,
  • 3:31 - 3:33
    que eles merecem tanto,
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    vêm dos A's.
  • 3:35 - 3:37
    E andamos ao lado deles
  • 3:37 - 3:39
    e ofertamos elogios exagerados,
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    como um adestrador
    num show de cachorros de Westminster,
  • 3:42 - 3:43
    (Risos)
  • 3:43 - 3:49
    persuadindo-os a saltar mais alto
    e a subirem mais adiante,
  • 3:49 - 3:51
    dia após dia.
  • 3:52 - 3:54
    Quando chegam ao ensino médio, não dizem:
  • 3:54 - 3:58
    "Pelo que será que vou
    me interessar em estudar ou fazer?"
  • 3:58 - 4:00
    Eles vão aos conselheiros e dizem:
  • 4:00 - 4:03
    "O que eu preciso fazer
    para entrar na faculdade certa?"
  • 4:03 - 4:06
    E daí, quando as notas começam
    a rolar no ensino médio,
  • 4:06 - 4:08
    e eles tiram alguns B's,
  • 4:08 - 4:10
    ou Deus o livre, uns C's,
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    eles mandam mensagens
    para os amigos dizendo:
  • 4:12 - 4:17
    "Alguém já entrou na faculdade
    certa com essas notas?"
  • 4:18 - 4:20
    E nossos filhos,
  • 4:20 - 4:23
    independentemente de onde
    estejam no final do ensino médio,
  • 4:23 - 4:25
    estão sem fôlego,
  • 4:25 - 4:27
    sentindo-se frágeis,
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    um pouco esgotados.
  • 4:28 - 4:30
    Envelheceram um pouco antes do tempo,
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    querendo que os adultos
    em suas vidas tivessem dito:
  • 4:33 - 4:35
    "Você já fez o suficiente,
  • 4:35 - 4:37
    o tanto que você se esforçou
    na infância já está bom".
  • 4:37 - 4:42
    E agora estão murchando diante
    da ansiedade e depressão
  • 4:42 - 4:44
    e alguns estão se perguntando:
  • 4:44 - 4:48
    "Será que esta vida vai acabar
    valendo a pena?"
  • 4:50 - 4:55
    Nós pais temos toda certeza
    de que vale a pena.
  • 4:55 - 4:56
    Parece que nos comportamos
  • 4:56 - 4:59
    como se, literalmente,
    pensássemos que não haverá futuro
  • 4:59 - 5:04
    se eles não ingressarem numa faculdade
    ou carreira daquele grupo seleto,
  • 5:04 - 5:06
    que temos em mente para eles.
  • 5:06 - 5:09
    Ou talvez, temos medo
  • 5:09 - 5:12
    de que não terão um futuro
    do qual poderemos nos gabar
  • 5:12 - 5:15
    para nossos amigos e com adesivos
    na traseira dos nossos carros.
  • 5:15 - 5:17
    (Risos)
  • 5:18 - 5:19
    Sim!
  • 5:19 - 5:21
    (Aplausos)
  • 5:25 - 5:27
    Mas se olharmos para o que temos feito,
  • 5:27 - 5:31
    se temos a coragem de realmente observar,
  • 5:31 - 5:34
    veremos que não só nossas
    crianças pensam que seu valor
  • 5:34 - 5:36
    vem de notas e pontos,
  • 5:36 - 5:40
    mas que quando nós vivemos lá dentro
    dessas mentes preciosas em desenvolvimento
  • 5:40 - 5:44
    o tempo todo, como a nossa própria versão
    do filme "Quero ser John Malkovich",
  • 5:44 - 5:46
    mandamos uma mensagem às nossas crianças:
  • 5:46 - 5:51
    "Ei criança, não acho que você pode
    realizar nada disso sem mim".
  • 5:51 - 5:54
    E daí ajudamos demais,
  • 5:54 - 5:57
    com nossa superproteção,
    superdirecionamento e mãos dadas,
  • 5:57 - 6:01
    e privamos nossos filhos
    da oportunidade de criarem auto-eficácia,
  • 6:01 - 6:04
    certamente um pilar fundamental
    da psique humana,
  • 6:04 - 6:07
    muito mais importante
    do que a autoestima que conseguem
  • 6:07 - 6:09
    todas as vezes que os aplaudimos.
  • 6:09 - 6:15
    Auto-eficácia é criada quando
    vemos que nossas ações levam a resultados,
  • 6:15 - 6:17
    e não...
  • 6:17 - 6:18
    É isso aí...
  • 6:18 - 6:20
    (Aplausos)
  • 6:22 - 6:25
    não às ações dos pais em nosso benefício,
  • 6:25 - 6:28
    mas quando nossas próprias
    ações levam a resultados.
  • 6:28 - 6:30
    Em outras palavras:
  • 6:30 - 6:35
    se nossos filhos vão desenvolver
    auto-eficiência, e eles devem,
  • 6:35 - 6:40
    então têm que praticar muito mais
    do pensar, planejar, decidir,
  • 6:40 - 6:44
    fazer, esperar, lidar, tentar e errar,
  • 6:44 - 6:47
    sonhar e experimentar na vida
  • 6:47 - 6:48
    por si próprios.
  • 6:50 - 6:52
    Estou dizendo com isso
  • 6:52 - 6:54
    que toda criança trabalha
    duro e é motivada
  • 6:54 - 6:57
    e não precisa do envolvimento
    ou interesse dos pais em sua vida,
  • 6:57 - 7:00
    e que nós devemos
    nos afastar e abandoná-la?
  • 7:00 - 7:01
    De jeito nenhum.
  • 7:01 - 7:03
    (Risos)
  • 7:03 - 7:04
    Não é isso que estou dizendo.
  • 7:04 - 7:08
    O que eu digo é que quando tratamos
    notas e pontos, distinções e prêmios
  • 7:08 - 7:10
    como o propósito da infância,
  • 7:10 - 7:14
    tudo na esperança do ingresso
    num seleto número de faculdades
  • 7:14 - 7:17
    ou da entrada num seleto
    número de carreiras,
  • 7:17 - 7:21
    esta é uma definição de sucesso
    muito restrita para os nossos filhos.
  • 7:21 - 7:26
    E apesar de ajudá-los a atingir
    ganhos de curto prazo ajudando demais,
  • 7:26 - 7:30
    como tirar notas melhores
    se os ajudamos na lição de casa,
  • 7:30 - 7:34
    eles podem ter um currículo infantil
    mais longo quando os ajudamos.
  • 7:35 - 7:38
    O que estou dizendo é que tudo isso
    vem com um custo a longo prazo
  • 7:38 - 7:41
    em suas percepções de identidade.
  • 7:41 - 7:43
    O que eu digo é que devemos
    nos preocupar menos
  • 7:43 - 7:48
    com um grupo específico de faculdades
    em que possam se candidatar ou ingressar
  • 7:48 - 7:53
    e muito mais preocupados de eles terem
    os hábitos, a mentalidade, as habilidades,
  • 7:53 - 7:58
    e o bem-estar para terem sucesso
    onde quer que forem.
  • 7:58 - 8:04
    O que digo é que nossos filhos precisam
    de nós menos obcecados com notas e pontos
  • 8:04 - 8:06
    e muito mais interessados
  • 8:06 - 8:11
    em prover uma base
    para o seu sucesso na infância,
  • 8:11 - 8:14
    construída em coisas como amor
  • 8:15 - 8:17
    e tarefas domésticas.
  • 8:17 - 8:19
    (Risos)
  • 8:19 - 8:21
    (Aplausos)
  • 8:23 - 8:26
    Eu falei tarefas domésticas?
  • 8:26 - 8:28
    Sim, falei mesmo.
  • 8:28 - 8:30
    Aqui está o porquê:
  • 8:31 - 8:35
    o mais longo estudo longitudinal
    de humanos já feito
  • 8:35 - 8:37
    é chamado Harvard Grant Study.
  • 8:37 - 8:40
    Descobriram que o sucesso
    profissional na vida,
  • 8:40 - 8:42
    que é o que queremos para nossos filhos,
  • 8:42 - 8:46
    vem de eles terem feito tarefas
    domésticas quando crianças,
  • 8:46 - 8:48
    e quanto mais cedo começarem, melhor.
  • 8:48 - 8:51
    A mentalidade de arregaçar
    as mangas, contribuir, e dizer:
  • 8:51 - 8:55
    "Há uma tarefa desagradável, alguém
    precisa fazê-la, então que seja eu".
  • 8:55 - 8:56
    Uma mentalidade que diz:
  • 8:56 - 8:59
    "Vou contribuir com meu esforço
    para a melhoria do todo".
  • 8:59 - 9:02
    Isso é o que nos dá vantagens
    no ambiente de trabalho.
  • 9:02 - 9:05
    Todos sabemos disso. Vocês sabem disso.
  • 9:05 - 9:07
    (Aplausos)
  • 9:08 - 9:12
    Sabemos disso, e ainda assim,
    na infância com lista de afazeres,
  • 9:12 - 9:16
    isentamos nossos filhos
    de fazer as tarefas domésticas,
  • 9:16 - 9:18
    e eles se tornam jovens adultos
    no ambiente de trabalho
  • 9:18 - 9:20
    ainda esperando por uma lista de afazeres,
  • 9:20 - 9:22
    mas não há uma,
  • 9:22 - 9:25
    e o mais importante,
    carecendo do impulso,
  • 9:25 - 9:27
    do instinto de arregaçar
    as mangas e colaborar,
  • 9:27 - 9:31
    olhar em volta e se perguntar:
    "Como posso ser útil aos meus colegas?
  • 9:31 - 9:36
    Como posso antecipar alguns passos
    de algo que o meu chefe pode precisar?"
  • 9:36 - 9:40
    Uma segunda descoberta importante
    do Harvard Grant Study
  • 9:41 - 9:43
    diz que felicidade na vida
  • 9:44 - 9:46
    vem do amor,
  • 9:46 - 9:47
    não do amor pelo trabalho,
  • 9:47 - 9:50
    do amor dos humanos:
  • 9:50 - 9:54
    do nosso cônjuge, parceiro,
    nossos amigos, família.
  • 9:54 - 9:58
    Então a infância precisa
    ensinar nossos filhos como amar,
  • 9:58 - 10:02
    e eles não podem amar os outros
    se não amarem a si mesmos primeiro,
  • 10:02 - 10:06
    e não amarão a si mesmos
    se não oferecermos amor incondicional.
  • 10:06 - 10:07
    (Aplausos)
  • 10:10 - 10:11
    Certo.
  • 10:12 - 10:14
    Então,
  • 10:14 - 10:16
    em vez de sermos obcecados
    com notas e pontos
  • 10:16 - 10:19
    quando nossos filhos
    vêm para casa da escola,
  • 10:19 - 10:21
    ou nós voltamos para casa do trabalho,
  • 10:21 - 10:24
    precisamos desligar nossa tecnologia,
    guardar os telefones,
  • 10:24 - 10:28
    olhá-los nos olhos e deixá-los ver
    a alegria que transparece em nossos rostos
  • 10:28 - 10:31
    quando vemos nossos filhos
    pela primeira vez após algumas horas.
  • 10:31 - 10:33
    Temos que dizer:
  • 10:33 - 10:35
    "Como foi o seu dia?
  • 10:36 - 10:39
    Do que você gostou hoje?"
  • 10:39 - 10:42
    E quando a sua adolescente responder:
    "Do almoço", como a minha,
  • 10:42 - 10:44
    e eu queria saber da prova de matemática,
  • 10:44 - 10:46
    não do almoço,
  • 10:46 - 10:49
    ainda temos que estar
    interessados no almoço.
  • 10:49 - 10:52
    Temos que perguntar: "O que foi
    tão bom no almoço de hoje?"
  • 10:52 - 10:56
    Precisam saber que eles importam
    para nós como humanos,
  • 10:56 - 10:59
    não por causa da sua média escolar.
  • 11:00 - 11:04
    Vocês estão pensando: "Tarefas e amor:
    me parece correto, mas me dá um tempo".
  • 11:04 - 11:07
    Faculdades querem ver
    notas e pontos altos,
  • 11:07 - 11:10
    distinções e prêmios, e eu lhes digo...
  • 11:10 - 11:13
    mais ou menos.
  • 11:13 - 11:17
    As escolas mais famosas exigem isso
  • 11:17 - 11:19
    dos nossos jovens adultos,
  • 11:19 - 11:21
    mas aqui está a boa notícia:
  • 11:21 - 11:26
    contrário do que os rankings
    de faculdades nos faria crer,
  • 11:26 - 11:29
    (Aplausos)
  • 11:32 - 11:34
    não temos que ir à uma
    das escolas mais famosas
  • 11:34 - 11:37
    para sermos felizes
    e bem-sucedidos na vida.
  • 11:37 - 11:40
    Pessoas felizes e bem-sucedidas
    estudaram em faculdades estaduais,
  • 11:40 - 11:42
    em faculdades pequenas
    que nunca ouvimos falar,
  • 11:42 - 11:46
    estudaram numa faculdade da comunidade
    ou numa faculdade aqui e bombaram.
  • 11:46 - 11:48
    (Aplausos)
  • 11:53 - 11:56
    A evidência está nesta sala,
    nas nossas comunidades,
  • 11:56 - 11:58
    esta é a verdade.
  • 11:58 - 12:00
    E se pudermos ampliar nossa visão
  • 12:00 - 12:02
    e nos dispusermos a considerar
    algumas outras faculdades,
  • 12:02 - 12:06
    talvez remover nossos
    próprios egos da equação,
  • 12:06 - 12:09
    aceitaríamos e acolheríamos
    esta verdade e daí perceberíamos
  • 12:09 - 12:11
    que não é exatamente o fim do mundo
  • 12:11 - 12:15
    se nossos filhos não estudarem
    numa daquelas faculdades famosas.
  • 12:16 - 12:17
    E o mais importante,
  • 12:17 - 12:19
    se a infância deles
    não foi vivida de acordo
  • 12:19 - 12:22
    com uma lista de afazeres tirana
  • 12:22 - 12:24
    quando chegam à faculdade,
  • 12:24 - 12:26
    qualquer que seja,
  • 12:26 - 12:30
    eles chegarão lá por sua própria vontade,
  • 12:30 - 12:32
    impulsionados pelo seu próprio desejo,
  • 12:32 - 12:35
    capazes e prontos a prosperar lá.
  • 12:37 - 12:39
    Tenho que admitir algo.
  • 12:40 - 12:43
    Eu disse que tenho dois filhos,
    Sawyer e Avery.
  • 12:43 - 12:45
    São adolescentes.
  • 12:45 - 12:46
    Conta a lenda,
  • 12:46 - 12:49
    que eu acho que tratava
    meu Sawyer e minha Avery
  • 12:49 - 12:51
    um pouco como árvores bonsai,
  • 12:51 - 12:53
    (Risos)
  • 12:53 - 12:56
    que eu iria aparar e podar com cuidado
  • 12:56 - 13:00
    e dar forma de um tipo perfeito de humano
  • 13:00 - 13:04
    que fosse perfeita o suficiente
    para garantir a entrada deles
  • 13:04 - 13:06
    numa das faculdades mais seletivas.
  • 13:07 - 13:11
    Mas passei a entender, após trabalhar
    com milhares de filhos dos outros,
  • 13:12 - 13:13
    (Risos)
  • 13:14 - 13:17
    e criar os meus dois,
  • 13:18 - 13:20
    que meus filhos não são árvores bonsai.
  • 13:22 - 13:24
    Eles são flores selvagens
  • 13:24 - 13:27
    de gênero e espécie desconhecidos.
  • 13:27 - 13:29
    (Risos)
  • 13:29 - 13:33
    E a minha tarefa é proporcionar
    um ambiente propício,
  • 13:33 - 13:35
    para fortalecê-los com tarefas domésticas,
  • 13:35 - 13:39
    e amá-los, para que possam
    amar outros e receber amor.
  • 13:39 - 13:44
    E a faculdade, a especialização
    e a carreira fica por conta deles.
  • 13:44 - 13:47
    Não é minha tarefa fazer
  • 13:47 - 13:50
    com que eles se tornem
    o que eu faria com que se tornassem,
  • 13:50 - 13:55
    mas apoiá-los para que se tornem
    os seres gloriosos que serão.
  • 13:55 - 13:57
    Obrigada.
  • 13:57 - 13:59
    (Aplausos)
Title:
Como criar filhos bem-sucedidos - sem envolvimento demasiado dos pais
Speaker:
Julie-Lythcott-Haims
Description:

Ao carregar os filhos com expectativas altas e micro-monitorar suas vidas o tempo todo, pais na verdade não estão ajudando. Pelo menos, é isso que Julie Lythcott-Haims constata. Com paixão e humor, a ex-reitora dos calouros de Stanford argumenta que pais devem parar de definir o sucesso de seus filhos por meio de notas e pontuação em testes. Ao invés, ela diz, eles deveriam se concentrar em proporcionar uma das ideias mais antigas: amor incondicional.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
14:16

Portuguese, Brazilian subtitles

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