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Avaliem a vossa intuição: A questão do aniversário — David Knuffle

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    Imaginem um grupo de pessoas.
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    Que tamanho pensam vocês
    que o grupo teria de ter
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    até haver mais de 50% de hipótese
    de duas pessoas desse grupo
  • 0:19 - 0:21
    terem o mesmo aniversário?
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    Suponham que não há gémeos no grupo,
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    que todos os aniversários
    são igualmente prováveis,
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    e ignorem os anos bissextos.
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    Pensem nisto por um momento.
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    A resposta pode parecer
    surpreendentemente baixa.
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    Num grupo de 23 pessoas,
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    há a hipótese de 50,73% de duas pessoas
    partilharem mesmo aniversário.
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    Mas com 365 dias num ano,
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    como é possível que precisemos
    apenas de um grupo tão pequeno
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    para termos hipóteses iguais
    de ter o mesmo aniversário?
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    Porque falha tanto a nossa intuição?
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    Para entender a resposta,
  • 1:00 - 1:01
    vamos ver como um matemático
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    pode calcular a probabilidade
    de aniversários coincidentes.
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    Podemos usar um campo da matemática
    conhecido como combinatória,
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    que lida com hipóteses
    de diferentes combinações
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    O primeiro passo é inverter o problema.
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    Tentar calcular a probabilidade
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    de uma coincidência
    diretamente pode ser difícil
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    uma vez que há muitas formas
    de haver o mesmo aniversário num grupo.
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    Em vez disso, é mais fácil calcular
    a probabilidade
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    de os aniversários serem todos diferentes
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    Como é que isso ajuda?
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    Ou há uma coincidência
    no grupo ou não há,
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    a probabilidade de uma coincidência
    e de não coincidência
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    têm de somar 100%.
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    Isto significa que temos
    a probabilidade de coincidência
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    subtraindo a probabilidade
    de não coincidência de 100%.
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    Para calcular a probabilidade
    de não coincidência comece pequeno.
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    Calcule a probabilidade de um par
    ter aniversários diferentes.
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    Um dia do ano será
    o aniversário da pessoa A,
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    o que deixa 364 dias possíveis para serem
    o aniversário da pessoa B.
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    A probabilidade de aniversários diferentes
    para A e B ou qualquer outro par,
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    é de 364 em 365,
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    cerca de 0,997 ou 99,7%, muito alta.
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    Vejamos a pessoa C.
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    A probabilidade de ela ter um aniversário
    único neste pequeno grupo
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    é de 363 em 365
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    uma vez que já estamos a contar
    com os aniversários de A e B.
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    A probabilidade de D
    será de 362 em 365 e por aí fora,
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    até chegarmos à probabilidade de W
    que é de 343 em 365.
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    Multipliquem todos os termos,
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    e vão ter a probabilidade de ninguém
    partilhar o aniversário.
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    O resultado é de 0,4927,
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    existe por isso 49,27%
    de probabilidade de ninguém
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    no grupo de 23 pessoas partilhar
    o mesmo aniversario.
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    Quando subtraímos esse valor de 100
    ficamos com 50,73% de probabilidade
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    de haver pelo menos
    um aniversário partilhado,
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    melhor que 50/50.
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    A chave para ter este resultado
    num grupo relativamente pequeno
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    é o número surpreendente
    alto de pares possíveis.
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    Á medida que o grupo cresce, o número
    de combinações cresce rapidamente.
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    Um grupo de cinco pessoas
    tem dez pares possíveis.
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    Cada pessoa do grupo pode fazer par
    com qualquer uma das outras quatro.
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    Metade dessas combinações
    são redundantes
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    o par da Pessoa A com a Pessoa B
    é o mesmo da Pessoa B com a Pessoa A,
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    então dividimos por dois.
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    Pela mesma lógica,
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    um grupo de dez pessoas tem 45 pares,
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    e um grupo de 23 tem 253 pares.
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    O número de pares cresce ao quadrado,
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    ou seja, é proporcional ao quadrado
    do número de pessoas no grupo.
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    Infelizmente, os nossos cérebros
    são famosos
  • 4:00 - 4:04
    por serem maus a entender
    intuitivamente funções não lineares.
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    Por isso parece improvável que 23 pessoas
    possam ter 253 pares possíveis.
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    Assim que o nosso cérebro aceita isso,
    a questão do aniversário faz mais sentido.
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    Cada um desses 253 pares é uma hipótese
    de um aniversário igual.
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    Pela mesma razão
    num grupo de 70 pessoas,
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    existem 2415 pares possíveis,
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    e a probabilidade de duas pessoas terem
    o mesmo aniversário é de mais de 99,9%.
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    A questão do aniversário é apenas
    um exemplo em que a matemática
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    nos mostra que coisas
    que parecem impossíveis
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    como a mesma pessoa ganhar
    a lotaria duas vezes,
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    na verdade não são improváveis.
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    Por vezes as coincidências não são
    tão casuais como parecem.
Title:
Avaliem a vossa intuição: A questão do aniversário — David Knuffle
Description:

Vejam a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/check-your-intuition-the-birthday-problem-david-knuffke

Imaginem um grupo de pessoas. Que tamanho teria de ter o grupo até haver mais de 50% de hipótese de duas pessoas desse grupo terem o mesmo aniversário? A resposta é... provavelmente menos do que imaginam. David Knuffle explica como este problema do aniversário revela a nossa intuição, muitas vezes pobre, no que diz respeito às probabilidades.

Lição de David Knuffle, animação de TED-Ed.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
05:07

Portuguese subtitles

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