Mudança climática pela nebulosidade: Como as nuvens afetam a temperatura da Terra - Jasper Kirkby
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0:08 - 0:10Mudança Climática Nebulosa
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0:10 - 0:14Como as nuvens afetam
a temperatura da Terra. -
0:15 - 0:20A temperatura média da superfície da Terra
subiu 0,8 graus Celsius desde 1750. -
0:20 - 0:25Quando a concentração de dióxido
de carbono na atmosfera dobrar, -
0:25 - 0:28o que se espera acontecer antes
do fim do século 21, -
0:28 - 0:30os pesquisadores calculam
que as temperaturas globais -
0:30 - 0:35terão subido entre 1,5 e 4,5 graus Celsius.
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0:35 - 0:39Se o aumento for perto
do limite inferior de 1,5°C, -
0:39 - 0:43então já estamos no meio do caminho,
e poderíamos nos adaptar, -
0:43 - 0:46com algumas regiões ficando
mais secas e menos produtivas, -
0:46 - 0:50e outras ficando mais quentes,
úmidas e mais produtivas. -
0:50 - 0:55Por outro lado, um aumento de 4,5°C
teria magnitude semelhante -
0:55 - 1:01ao aquecimento que ocorreu desde o máximo
da última glaciação há 22 mil anos, -
1:01 - 1:03quando a maior parte
da América do Norte estava -
1:03 - 1:07sob uma camada de gelo
de 2 mil metros de espessura. -
1:07 - 1:11E isso representaria
uma mudança drástica do clima. -
1:11 - 1:15Então é vital para os cientistas
prever a mudança de temperatura, -
1:15 - 1:19com a maior precisão possível,
para a sociedade planejar o futuro. -
1:19 - 1:24A atual faixa de incerteza é muito grande
para termos confiança de como -
1:24 - 1:27responder melhor à mudança climática.
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1:27 - 1:33Mas a estimativa de 1,5°C a 4,5°C
para o dobro de dióxido de carbono -
1:33 - 1:36não muda há 35 anos.
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1:36 - 1:40Por que não fomos capazes de aprimorá-la?
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1:40 - 1:44É porque ainda não compreendemos bem
os aerossóis e as nuvens. -
1:44 - 1:47Mas um novo experimento no CERN
está estudando o problema. -
1:47 - 1:50A fim de prever como a temperatura
irá mudar, -
1:50 - 1:54os cientistas precisam conhecer algo
chamado sensibilidade climática da Terra, -
1:54 - 1:58a variação de temperatura em resposta
à forçante radiativa. -
1:58 - 2:00A forçante radiativa é
o desequilíbrio temporário -
2:00 - 2:06entre a energia recebida do Sol
e a energia irradiada de volta ao espaço, -
2:06 - 2:09como o desequilíbrio causado pelo
aumento dos gases de efeito estufa. -
2:09 - 2:13Para corrigir o desequilíbrio,
a Terra se aquece ou se resfria. -
2:13 - 2:16Podemos determinar a sensibilidade
climática da Terra -
2:16 - 2:18a partir do experimento que já fizemos
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2:18 - 2:21na era industrial, desde 1750,
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2:21 - 2:24e usar esse número para determinar
o quanto mais ela irá se aquecer -
2:24 - 2:29para várias projeções
de forçantes radiativas no século 21. -
2:29 - 2:32Para fazê-lo, precisamos saber
duas coisas: -
2:32 - 2:35Primeiro, o aumento da temperatura
global desde 1750; -
2:35 - 2:39e segundo, a forçante radiativa
do clima atual -
2:39 - 2:42em relação ao clima pré-industrial.
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2:42 - 2:45Para as forçantes radiativas, sabe-se que
as atividades humanas aumentaram -
2:45 - 2:47os gases de efeito estufa na atmosfera,
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2:47 - 2:49que aqueceram o planeta.
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2:49 - 2:53Mas, ao mesmo tempo, nossas atividades
aumentaram a quantidade -
2:53 - 2:57de partículas de aerossol nas nuvens,
que resfriaram o planeta. -
2:57 - 3:01A concentração de gases de efeito estufa
pré-industrial é bem conhecida -
3:01 - 3:05pelas bolhas presas em amostras de gelo
obtidas na Groenlândia e Antártica. -
3:05 - 3:09As forçantes radiativas de gases de efeito
estufa são conhecidas com precisão. -
3:09 - 3:14Mas não temos como medir diretamente
o grau de nebulosidade em 1750. -
3:14 - 3:19E essa é a fonte principal de incerteza
na sensibilidade climática da Terra. -
3:19 - 3:21Para compreender
a nebulosidade pré-industrial, -
3:21 - 3:24temos que usar modelos computadorizados
que simulam de modo confiável -
3:24 - 3:28os processos de formação
de aerossóis nas nuvens. -
3:28 - 3:32Para a maioria das pessoas, aerossol
é aquele spray para cabelos, -
3:32 - 3:34mas esse é apenas um tipo de aerossol.
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3:34 - 3:36Os aerossóis atmosféricos são
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3:36 - 3:39minúsculas partículas, líquidas
ou sólidas, suspensas no ar. -
3:39 - 3:40Eles podem ser primários,
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3:40 - 3:44de poeira, sal marinho disperso
e biomassa em combustão; -
3:44 - 3:48ou secundários, formados pela conversão
de gás em partícula na atmosfera, -
3:48 - 3:52também chamado de nucleação de partícula.
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3:52 - 3:55Os aerossóis estão
em toda parte na atmosfera, -
3:55 - 3:58e eles podem bloquear o Sol
em ambientes urbanos poluídos, -
3:58 - 4:01ou banhar montanhas distantes
em uma neblina azul. -
4:01 - 4:04Mais importante, uma gotícula de nuvem
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4:04 - 4:07não pode se formar
sem uma partícula de aerossol. -
4:07 - 4:11Logo, sem partículas de aerossol
não haveria nuvens, -
4:11 - 4:14e sem nuvens, não haveria água doce.
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4:14 - 4:18O clima seria muito mais quente
e não existiria vida. -
4:18 - 4:22Portanto, devemos nossa existência
às partículas de aerossol. -
4:22 - 4:24Contudo, apesar de sua importância,
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4:24 - 4:27a formação de partículas de aerossol
na atmosfera -
4:27 - 4:30e seus efeitos sobre as nuvens
são pouco conhecidos. -
4:30 - 4:33Mesmo os vapores responsáveis
pela formação de partículas de aerossol -
4:33 - 4:35não estão bem estabelecidos
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4:35 - 4:38porque eles estão presentes
apenas em quantidades minúsculas, -
4:38 - 4:42perto de uma molécula por trilhão
de moléculas de ar. -
4:42 - 4:45Essa falta de conhecimento
é a principal razão -
4:45 - 4:48da grande incerteza na
sensibilidade climática -
4:48 - 4:52e na correspondente ampla faixa
de projeções para o futuro climático. -
4:52 - 4:55Contudo, uma experiência em curso no CERN,
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4:55 - 4:58chamada simplesmente de “Cloud” (Nuvem),
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4:58 - 5:02conseguiu construir um contêiner de aço
suficientemente grande -
5:02 - 5:05e com baixa contaminação, de modo
que a formação de aerossol -
5:05 - 5:12pode ser medida em condições atmosféricas
precisamente controladas em laboratório. -
5:12 - 5:17Nos primeiros cinco anos de operação,
Cloud identificou os vapores -
5:17 - 5:20responsáveis pela formação
de partículas de aerossol na atmosfera, -
5:20 - 5:24que incluem ácido sulfúrico,
amônia, aminas -
5:24 - 5:27e vapores biogênicos das árvores.
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5:27 - 5:31Usando um feixe de partículas ionizantes
do síncrotron de prótons do CERN, -
5:31 - 5:35Cloud também está investigando
se os raios cósmicos galáticos -
5:35 - 5:38melhoram a formação
de aerossóis nas nuvens. -
5:38 - 5:42Foi sugerido que isso pode ser
um agente natural não considerado -
5:42 - 5:44das forçantes radiativas do clima,
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5:44 - 5:47já que o fluxo de raios cósmicos
que atingem a atmosfera -
5:47 - 5:50varia com a atividade solar.
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5:50 - 5:53Cloud está cuidando
de duas grandes questões: -
5:53 - 5:58Em primeiro lugar, qual era o nível
de nebulosidade do clima pré-industrial? -
5:58 - 6:02E, daí, quanto as nuvens
mudaram devido às atividades humanas? -
6:02 - 6:08Esse conhecimento tornará mais nítidas
as projeções para o clima do século 21. -
6:08 - 6:10Em segundo lugar,
será que as curiosas observações -
6:10 - 6:12sobre a variabilidade do clima solar,
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6:12 - 6:16no clima da era pré-industrial,
poderiam ser explicadas pela influência -
6:16 - 6:19de raios cósmicos galáticos
sobre as nuvens? -
6:19 - 6:23São metas ambiciosas, porém realistas,
quando sua cabeça está nas nuvens.
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- Mudança climática pela nebulosidade: Como as nuvens afetam a temperatura da Terra - Jasper Kirkby
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Assista à aula completa: http://ed.ted.com/lessons/cloudy-climate-change-how-clouds-affect-earth-s-temperature-jasper-kirkby
Tendo em vista que a temperatura da superfície da Terra aumenta gradualmente, tornou-se vital prever a velocidade desse aumento com a maior precisão possível. Para fazê-lo, os cientistas precisam compreender melhor os aerossóis e as nuvens. Jasper Kirkby analisa um experimento no CERN que visa exatamente isso.
Aula de Jasper Kirkby, animação de Cedric Richer.
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- English
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