Como defender a Terra dos asteroides
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0:01 - 0:04Eu quero falar com você
sobre uma coisa bastante grande. -
0:07 - 0:09Vamos começar aqui.
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0:10 - 0:13Há 65 milhões de anos
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0:13 - 0:16os dinossauros tiveram um dia mau.
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0:16 - 0:18(Risos)
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0:18 - 0:22Um pedaço de rocha
com 9,5 km de diâmetro, -
0:22 - 0:24movendo-se a uma velocidade
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0:24 - 0:2650 vezes maior
do que uma bala de uma espingarda, -
0:26 - 0:28chocou com a Terra.
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0:28 - 0:30Libertou toda a sua energia de repente
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0:30 - 0:33e foi uma explosão totalmente arrasadora.
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0:33 - 0:35Se pegássemos em todas as armas nucleares
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0:35 - 0:38construídas no auge da Guerra Fria,
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0:38 - 0:40as juntássemos todas
e as fizéssemos deflagrar -
0:40 - 0:42ao mesmo tempo,
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0:42 - 0:46isso seria um milionésimo da energia
libertada naquele momento. -
0:47 - 0:51Os dinossauros tiveram
um dia mesmo péssimo. -
0:51 - 0:52Ok?
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0:52 - 0:54Um pedregulho de 9,5 km é muito grande.
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0:54 - 0:56Nós vivemos todos aqui em Boulder.
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0:56 - 0:58Se olharem pela janela
e puderem ver Long's Peak, -
0:58 - 1:00talvez tenham uma ideia.
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1:00 - 1:02Peguem em Long´s Peak
e ponham-no no espaço. -
1:03 - 1:05Peguem em Meeker, o Monte Meeker.
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1:05 - 1:08Juntem-no ao outro
e ponha-o também no espaço, -
1:08 - 1:11e o Monte Evereste, e o K2,
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1:11 - 1:13e os Indian Peaks.
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1:13 - 1:14Estão a começar a ter uma ideia
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1:14 - 1:17da quantidade de rocha
de que falamos. -
1:17 - 1:18Sabemos que era desse tamanho
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1:18 - 1:21por causa do impacto que teve
e da cratera que deixou. -
1:21 - 1:23Atingiu aquilo que conhecemos
agora por Iucatão, -
1:23 - 1:25o Golfo do México.
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1:25 - 1:27Podem ver, está ali
a Península do Iucatão, -
1:27 - 1:30devem reconhecer Cozumel
ali na costa leste. -
1:30 - 1:33Vejam aqui a enorme cratera que deixou.
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1:33 - 1:36Era gigantesca. Vou dar-vos uma ideia,
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1:37 - 1:39O tamanho aqui é de 80 km em cima
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1:39 - 1:41e cem quilómetros no fundo
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1:41 - 1:43Esta coisa tinha 300 km de diâmetro,
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1:43 - 1:47uma cratera gigantesca que escavou
porções enormes de terra -
1:47 - 1:49que foram projetadas pelo globo
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1:49 - 1:51e atearam fogos por todo o planeta,
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1:51 - 1:54levantou uma quantidade de poeira
que bloqueou a luz do sol. -
1:54 - 1:57Aniquilou 75% de todas
as espécies da Terra. -
1:58 - 2:01Nem todos os asteroides
são assim tão grandes. -
2:01 - 2:03Alguns são mais pequenos.
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2:03 - 2:05Aqui está um
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2:05 - 2:08que caiu nos EUA
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2:08 - 2:10em outubro de 1992.
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2:10 - 2:13Caiu numa sexta-feira à noite.
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2:13 - 2:14Porque é que isso é importante?
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2:14 - 2:16Porque nessa altura,
as máquinas de vídeo -
2:16 - 2:18começavam a ser populares,
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2:18 - 2:20e as pessoas — os pais —
andavam com elas, -
2:20 - 2:22para os jogos de futebol dos filhos,
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2:22 - 2:24para os filmarem a jogar futebol.
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2:24 - 2:27Como este caiu numa sexta-feira,
conseguiram uma excelente filmagem -
2:27 - 2:29desta coisa a desfazer-se,
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2:29 - 2:31ao cair na Virgínia Ocidental,
Maryland, Pensilvânia -
2:31 - 2:35e em Nova Jersey até fazer isto
a um carro em Nova Iorque. -
2:36 - 2:37(Risos)
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2:37 - 2:40isto não é uma cratera de 300 KM,
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2:40 - 2:42mas também podem ver o pedregulho
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2:42 - 2:44que está ali mesmo,
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2:44 - 2:46do tamanho de uma bola de futebol,
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2:46 - 2:48que atingiu o carro
e fez aqueles estragos. -
2:48 - 2:50Este devia ser do tamanho
de um autocarro escolar -
2:50 - 2:52antes de se desintegrar.
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2:52 - 2:54Partiu-se devido
à pressão atmosférica, -
2:54 - 2:56desfez-se e, depois,
os pedaços foram caindo -
2:56 - 2:58e fizeram alguns danos.
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2:58 - 3:00Mas, se caissem em cima dum pé
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3:00 - 3:02ou da cabeça, o resultado seria aquele.
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3:02 - 3:04E seria muito mau.
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3:04 - 3:08Mas não iria acabar com a vida na Terra,
por isso tudo bem. -
3:08 - 3:12Mas acontece que não é preciso
uma coisa de 9,5 km de diâmetro -
3:12 - 3:13para fazer grandes estragos.
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3:13 - 3:16Há um ponto intermédio
entre uma rocha pequenina -
3:16 - 3:17e uma rocha gigante.
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3:17 - 3:20Se já estiveram perto de Winslow,
no Arizona, -
3:20 - 3:24há lá uma cratera no deserto
que é tão icónica -
3:24 - 3:27que se chama a Cratera do Meteoro.
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3:27 - 3:30Para vos dar uma ideia do tamanho,
tem 1,5 km de diâmetro. -
3:30 - 3:33Vemos na parte de cima
um parque de estacionamento, -
3:33 - 3:36e aqueles são veículos de excursões.
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3:36 - 3:39Tem 1,6 km de diâmetro
e 180 m de profundidade. -
3:39 - 3:42O objeto que a formou devia ter,
provavelmente, -
3:42 - 3:44entre 30 a 40 m de diâmetro,
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3:44 - 3:48mais ou menos, o tamanho
do Auditório Mackey onde estamos. -
3:48 - 3:51Entrou na atmosfera
a uma velocidade tremenda, -
3:51 - 3:53chocou com o solo, rebentou,
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3:53 - 3:55e explodiu com a energia aproximada
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3:55 - 3:57de uma bomba nuclear
de 20 megatoneladas, -
3:57 - 3:59uma bomba muito potente.
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3:59 - 4:01Isto foi há 50 000 anos,
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4:01 - 4:04por isso talvez tenha morto
alguns búfalos ou antílopes, -
4:04 - 4:06ou qualquer coisa do género
ali no deserto, -
4:06 - 4:10mas provavelmente não teria causado
uma devastação global. -
4:10 - 4:14Acontece que estas coisas
não têm de atingir o solo -
4:14 - 4:15para causar grandes danos.
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4:15 - 4:19Em 1908, sobre a Sibéria,
perto da região de Tunguska -
4:19 - 4:22— para os que são fãs de Dan Aykroyd
e viram "Os Caça-Fantasmas", -
4:22 - 4:25quando ele fala
na maior falha interdimensional -
4:25 - 4:27causada pela explosão
na Sibéria "em 1909", -
4:27 - 4:30ele engana-se na data, mas tudo bem.
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4:30 - 4:33Foi em 1908. Tudo bem.
Posso viver com isso. -
4:33 - 4:35(Risos)
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4:35 - 4:38Outra rocha entrou na atmosfera da Terra
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4:38 - 4:40e esta explodiu sobre o solo,
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4:40 - 4:43a uns quilómetros acima
da superfície da Terra. -
4:43 - 4:47O calor da explosão pegou fogo
à floresta por baixo dela -
4:47 - 4:51e as ondas de choque desceram
e arrancaram árvores -
4:51 - 4:53em centenas de quilómetros quadrados.
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4:54 - 4:56Causou uma quantidade enorme de estragos.
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4:56 - 4:58Mais uma vez, esta rocha era provavelmente
-
4:58 - 5:01do tamanho do auditório
em que estamos agora. -
5:01 - 5:03O da Cratera do Meteoro era de metal,
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5:03 - 5:05e o metal é mais duro,
por isso chegou ao solo. -
5:05 - 5:08O que caiu em Tunguska,
provavelmente, era de rocha -
5:08 - 5:10que se desfaz com mais facilidade,
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5:10 - 5:11por isso explodiu em pleno ar.
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5:11 - 5:15De qualquer forma, foram explosões
tremendas, de 20 megatoneladas. -
5:15 - 5:17Quando estas coisas explodem,
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5:17 - 5:21não vão fazer danos ecológicos globais.
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5:21 - 5:23Não vão causar os mesmos danos
que mataram os dinossauros. -
5:23 - 5:25Não são suficientemente grandes.
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5:25 - 5:28Mas causam estragos económicos globais,
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5:28 - 5:31porque não têm de cair, necessariamente,
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5:31 - 5:32para causar este género de danos.
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5:32 - 5:35não têm de causar uma devastação global.
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5:35 - 5:38Se uma destas coisas caisse
em qualquer lugar do mundo, -
5:38 - 5:39causaria pânico.
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5:39 - 5:41Mas se caisse numa cidade,
uma cidade importante -
5:41 - 5:44— não que uma cidade
seja mais importante que outras -
5:44 - 5:45mas dependemos mais
de umas que de outras -
5:45 - 5:47em termos de economia global —
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5:47 - 5:51isso poderia causar estragos enormes
para nós, enquanto civilização. -
5:53 - 5:56Agora que já vos assustei o suficiente...
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5:56 - 5:57(Risos)
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5:57 - 5:59... o que é que podemos fazer?
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5:59 - 6:01Isto é uma ameaça potencial.
-
6:01 - 6:03É bom que se diga que não temos
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6:03 - 6:06um grande impacto, como
o que extinguiu os dinossauros, -
6:06 - 6:08há 65 milhões de anos. São muito raros.
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6:08 - 6:10Os mais pequenos acontecem
mais frequentemente, -
6:10 - 6:13mas, provavelmente, um por milénio,
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6:13 - 6:16de séculos a séculos
ou de mil em mil anos. -
6:16 - 6:18mas é uma coisa que devemos ter presente.
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6:18 - 6:19O que é que fazemos?
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6:19 - 6:22A primeira coisa a fazer é encontrá-los.
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6:22 - 6:25Esta é uma imagem de um asteroide
que passou por nós em 2009. -
6:26 - 6:28Está ali mesmo.
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6:28 - 6:30Mas podem ver que está muito esbatido.
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6:30 - 6:32Nem sei se o conseguem ver lá atrás.
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6:32 - 6:34O resto são apenas estrelas.
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6:34 - 6:37Isto é uma rocha com cerca
de 30 metros de diâmetro, -
6:37 - 6:39do tamanho do que explodiu em Tunguska
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6:39 - 6:42e do que atingiu o Arizona
há 50 000 anos. -
6:42 - 6:43Estas coisas não são nítidas.
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6:43 - 6:45São difíceis de ver
e o céu é muito grande. -
6:45 - 6:47Primeiro, temos de encontrar estas coisas.
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6:47 - 6:50Felizmente, nós estamos à procura deles.
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6:50 - 6:52A NASA dedicou dinheiro para isso.
-
6:52 - 6:54A National Science Foundation
e outros países -
6:54 - 6:55estão muito interessados nisso.
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6:55 - 6:58Estamos a construir telescópios
que procuram a ameaça. -
6:58 - 7:01Este é o primeiro grande passo,
mas qual é o segundo passo? -
7:01 - 7:03O segundo passo é:
se virmos um a aproximar-se, -
7:03 - 7:05temos de o intercetar.
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7:05 - 7:06O que é que fazemos?
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7:06 - 7:08Devem ter ouvido falar
do asteroide Apophis. -
7:08 - 7:10Se não ouviram, vão ouvir.
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7:10 - 7:13Se ouviram falar
do apocalipse maia, de 2012, -
7:13 - 7:14vão ouvir falar do Apophis,
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7:14 - 7:17porque, aliás, vocês estão todos ligados
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7:17 - 7:18às redes que falam do fim do mundo.
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7:18 - 7:19(Risos)
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7:19 - 7:22O Apophis é um asteroide
que foi descoberto em 2004. -
7:22 - 7:25Tem cerca de 230 m de diâmetro,
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7:25 - 7:27é bastante grande... é enorme,
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7:27 - 7:29maior do que um estádio de futebol.
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7:29 - 7:32Vai passar pela Terra em abril de 2029.
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7:32 - 7:34Vai passar por nós muito perto,
-
7:34 - 7:38vai passar por baixo
dos nossos satélites de meteorologia. -
7:38 - 7:41A gravidade da Terra
vai dobrar tanto a órbita dele -
7:41 - 7:43que, se isso acontecer,
-
7:43 - 7:45se ele passar por esta região do espaço,
-
7:45 - 7:49esta região em forma de rim
chamada "buraco da fechadura", -
7:49 - 7:51a gravidade da Terra
desviá-lo-á o suficiente -
7:51 - 7:52para, sete anos mais tarde,
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7:52 - 7:55no dia 13 de abril
— que calha a uma sexta feira — -
7:55 - 7:56no ano de 2036...
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7:56 - 7:58(Risos)
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7:58 - 8:00— não podemos planear estas coisas —
-
8:00 - 8:02o Apophis vai chocar connosco.
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8:02 - 8:05Tem 230 metros de diâmetro,
por isso poderá causar -
8:05 - 8:06danos inacreditáveis.
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8:06 - 8:08Mas, felizmente, a possibilidade
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8:08 - 8:10de ele passar
por este buraco da fechadura, -
8:10 - 8:12de nos atingir, anda à roda
de um para um milhão, -
8:12 - 8:14uma possibilidade muito baixa
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8:14 - 8:16Não vou ficar acordado
a preocupar-me com isto. -
8:16 - 8:18Acho que o Apophis não é problema.
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8:18 - 8:21De facto, o Apophis
é uma bênção disfarçada, -
8:21 - 8:24porque nos desperta
para os perigos destas coisas. -
8:24 - 8:26Este objeto foi descoberto
apenas há uns anos -
8:26 - 8:28e pode atingir-nos daqui a alguns anos.
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8:28 - 8:31Não o fará, mas dá-nos
uma oportunidade de estudar -
8:31 - 8:32este género de asteroides.
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8:32 - 8:35Não compreendíamos bem
estes buracos de fechadura -
8:35 - 8:36mas agora compreendemos.
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8:36 - 8:38É muito importante, para sabermos
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8:38 - 8:40como parar um asteroide destes.
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8:40 - 8:41Vou perguntar-vos:
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8:41 - 8:44Se estiverem no meio da estrada
e virem um carro na vossa direção, -
8:44 - 8:45o que é que fazem?
-
8:45 - 8:47Fazem isto.
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8:47 - 8:49Certo? Desviam-se.
O carro passa por nós. -
8:49 - 8:51Não podemos mover a Terra,
pelo menos não é fácil. -
8:51 - 8:53mas podemos mover um pequeno asteroide.
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8:53 - 8:54Já o fizemos.
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8:55 - 8:57No ano 2005, a NASA lançou uma sonda
-
8:57 - 9:00chamada Deep Impact, que atingiu...
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9:00 - 9:03um pedaço dela atingiu
o núcleo de um cometa. -
9:03 - 9:05Os cometas são muito parecidos
com asteroides. -
9:05 - 9:08O objetivo não era afastá-lo da trajetória.
-
9:08 - 9:10O objetivo era fazer uma cratera
para escavar o material -
9:10 - 9:13e ver o que estava por baixo
da superfície daquele cometa -
9:13 - 9:15sobre o qual aprendemos bastante.
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9:15 - 9:17Deslocámos o cometa um bocadinho,
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9:17 - 9:19não muito, mas o objetivo não era esse.
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9:19 - 9:21No entanto, pensem nisto.
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9:21 - 9:24Esta coisa gira em volta do sol,
a 15 km por segundo, -
9:24 - 9:2630 quilómetros por segundo.
-
9:26 - 9:28Nós atingimo-lo com uma sonda espacial.
-
9:28 - 9:31Imaginem como deve ser difícil,
mas nós fizemo-lo. -
9:31 - 9:33Isto quer dizer
que podemos fazê-lo de novo. -
9:33 - 9:35Se necessário, se virmos um asteroide
-
9:35 - 9:37na nossa direção,
se ele vier direito a nós, -
9:37 - 9:40se tivermos dois anos para lá chegar, bum!
Acertamos-lhe. -
9:40 - 9:42Vocês podem pensar...
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9:42 - 9:44Se viram os filmes, podem pensar:
-
9:44 - 9:46"Porque não usar uma arma nuclear?"
-
9:46 - 9:48Podíamos tentar,
mas é um problema de precisão. -
9:48 - 9:50Disparamos uma arma nuclear contra ele,
-
9:50 - 9:53e temos de a fazer explodir
com milissegundos de tolerância, -
9:53 - 9:54senão, falhamos.
-
9:54 - 9:57E há muitos outros problemas.
É muito difícil. -
9:57 - 9:59Mas atingi-lo apenas? Isso é muito fácil.
-
9:59 - 10:02Acho que até a NASA o consegue fazer,
e já provaram que conseguem. -
10:02 - 10:03(Risos).
-
10:03 - 10:06O problema é que,
quando atingimos o asteroide -
10:06 - 10:08modificamos-lhe a órbita,
-
10:08 - 10:10calculamos a órbita e depois descobrimos
-
10:10 - 10:12que o empurrámos
para o buraco da fechadura -
10:12 - 10:14e agora vai-nos acertar daqui a três anos.
-
10:14 - 10:16A minha opinião é "Ótimo!
-
10:16 - 10:19"Não vai atingir-nos
daqui a seis meses". O que é bom. -
10:19 - 10:21Agora temos três anos
para fazer outra coisa. -
10:21 - 10:24Podemos atingi-lo de novo.
É um bocado disparatado. -
10:24 - 10:27Podemos empurrá-lo para
um terceiro buraco de fechadura, -
10:27 - 10:28por isso não fazemos isso.
-
10:28 - 10:31Esta é a parte que eu adoro.
-
10:31 - 10:33(Risos)
-
10:33 - 10:38Depois de pensar à macho:
"Rrrrrrr BAM! Vamos atingi-lo em cheio!" -
10:38 - 10:41temos de usar as luvas de veludo.
-
10:41 - 10:43(Risos)
-
10:43 - 10:46Há um grupo de cientistas,
engenheiros e astronautas -
10:46 - 10:48que se designam por Fundação B612.
-
10:48 - 10:50Espero que, quem já leu "O Principezinho",
-
10:50 - 10:52perceba a referência.
-
10:52 - 10:54O principezinho vivia
num asteroide chamado B612. -
10:54 - 10:57São pessoas inteligentes
— homens e mulheres — -
10:57 - 10:59astronautas, como disse, engenheiros.
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10:59 - 11:02Rusty Schweickart, que foi astronauta
na Apollo 9, faz parte do grupo. -
11:02 - 11:05Dan Durda, meu amigo
— que fez esta imagem — -
11:05 - 11:08trabalha no Southwest Research Institute
em Boulder, na Walnut Street. -
11:08 - 11:10Ele criou esta imagem para isto,
-
11:10 - 11:12e é um dos astrónomos
que trabalha para eles. -
11:12 - 11:15Se nós virmos um asteroide
que vai atingir a Terra -
11:15 - 11:17e tivermos tempo suficiente,
-
11:17 - 11:19podemos empurrá-lo
para uma órbita melhor. -
11:19 - 11:21Mas temos de lançar uma sonda
-
11:21 - 11:24que tem de pesar
uma ou duas toneladas. -
11:24 - 11:25Não precisa de ser enorme
-
11:25 - 11:28— umas toneladas,
não é assim tão grande — -
11:28 - 11:29e aproximam-na do asteroide.
-
11:29 - 11:31Não aterram nele, porque
ele anda às cambalhotas. -
11:31 - 11:33É muito difícil aterrar neles.
-
11:33 - 11:35Em vez disso, aproximamo-nos.
-
11:35 - 11:37A gravidade do asteroide atrai a sonda,
-
11:37 - 11:39mas a sonda tem uma
ou duas toneladas de massa. -
11:39 - 11:44É uma gravidade pequena,
mas suficiente para atrair o asteroide. -
11:44 - 11:46Os foguetões estão ajustados...
-
11:46 - 11:49— não se consegue ver bem aqui,
são os jatos dos foguetões — -
11:49 - 11:52basicamente, estas coisas estão ligadas
pela sua própria gravidade. -
11:52 - 11:55Se movermos a sonda muito devagar,
muito delicadamente, -
11:55 - 12:00podemos facilmente afastar
aquela rocha para uma órbita segura. -
12:01 - 12:03Até o podemos pôr em órbita
à volta da Terra -
12:03 - 12:04e explorar o minério,
-
12:04 - 12:07mas isso é uma história diferente,
não vou falar nisso. -
12:07 - 12:08(Risos)
-
12:08 - 12:10Mas ficaríamos ricos!
-
12:10 - 12:13(Risos)
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12:15 - 12:17Pensem nisto, está bem?
-
12:17 - 12:20Há rochas gigantes destas
a voar lá no alto. -
12:20 - 12:22Estão a atingir-nos,
provocam muitos estragos, -
12:22 - 12:25mas encontrámos o meio
de fazer alguma coisa -
12:25 - 12:27e está tudo preparados para o fazer.
-
12:27 - 12:30Temos astrónomos a postos
com telescópios à procura deles. -
12:30 - 12:33Temos gente muito inteligente,
que se preocupa com isto -
12:33 - 12:36e procura soluções para o problema.
-
12:36 - 12:38Temos a tecnologia para o fazer.
-
12:38 - 12:40Esta sonda não pode usar
foguetes químicos. -
12:40 - 12:43Os foguetes químicos
têm demasiado impulso, demasiada força. -
12:43 - 12:45A sonda sairia disparada.
-
12:45 - 12:47Inventámos uma coisa chamada motor a iões
-
12:47 - 12:49que é um motor de muito baixo impulso.
-
12:49 - 12:52Gera a força que uma folha de papel
geraria na nossa mão, -
12:52 - 12:54incrivelmente suave,
-
12:54 - 12:56mas pode funcionar durante meses e anos,
-
12:56 - 12:59proporcionando aquele empurrão delicado.
-
12:59 - 13:01Se alguém aqui é fã
da série original do "Star Trek", -
13:01 - 13:03eles encontraram uma nave alienígena
-
13:03 - 13:05que tinha um motor a iões,
e o Spock disse: -
13:05 - 13:06"Têm uma técnica sofisticada.
-
13:06 - 13:09"Estão cem anos à nossa frente
com este motor". -
13:09 - 13:11Sim, nós agora temos um motor a iões.
-
13:11 - 13:14Não temos a Enterprise
mas temos um motor a iões. -
13:14 - 13:17(Aplausos)
-
13:18 - 13:19O Spock.
-
13:19 - 13:22(Risos)
-
13:24 - 13:26Esta é a diferença
entre nós e os dinossauros. -
13:28 - 13:30Isto aconteceu-lhes.
-
13:31 - 13:33Não tem de nos acontecer a nós.
-
13:33 - 13:36A diferença entre os dinossauros e nós
-
13:36 - 13:38é que nós temos um programa espacial
-
13:38 - 13:40e podemos votar,
-
13:40 - 13:42para podermos mudar o nosso futuro.
-
13:42 - 13:44(Risos)
-
13:44 - 13:46Nós temos a capacidade
de mudar o nosso futuro. -
13:46 - 13:48Daqui a 65 milhões de anos,
-
13:48 - 13:52não temos de ter os nossos ossos
a apanhar pó num museu. -
13:52 - 13:53Muito obrigado.
-
13:53 - 13:56(Aplausos)
- Title:
- Como defender a Terra dos asteroides
- Speaker:
- Phil Plait
- Description:
-
O que é que tem nove quilómetros e meio e pode acabar com a civilização num segundo? Um asteroide — e há muitos deles por aí. Com humor e excelentes imagens, Phil Plait cativa o público da TEDxBoulder ao explicar todas as maneiras como os asteroides podem matar, e o que temos de fazer para os evitar.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 13:56
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for How to defend Earth from asteroids | ||
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