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Como estou a trabalhar para a mudança dentro da minha igreja

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    A religião é mais que convicção.
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    É poder e também influência.
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    E esta influência afeta-nos a todos,
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    todos os dias, independentemente
    das nossas convicções.
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    Apesar da colossal influência
    da religião no mundo de hoje,
  • 0:17 - 0:21
    nós submetemo-la a padrões diferenciados
    de crítica e responsabilidade
  • 0:21 - 0:24
    quando comparada com qualquer
    outra área da nossa sociedade.
  • 0:24 - 0:28
    Por exemplo, se existisse hoje
    uma organização multinacional,
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    um governo ou uma corporação
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    que dissesse que nenhuma mulher
    poderia ocupar cargos importantes,
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    que nenhuma mulher teria
    autoridade para tomar decisões,
  • 0:40 - 0:44
    que nenhuma mulher iria ser
    responsável por questões financeiras,
  • 0:44 - 0:45
    nós ficaríamos escandalizados.
  • 0:45 - 0:48
    Haveria penalizações.
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    No entanto, esta é uma prática comum
    em quase todas as religiões atuais.
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    Aceitamos coisas
    na nossa vida religiosa
  • 0:55 - 0:58
    que não aceitaríamos
    na nossa vida laica.
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    Sei disto porque tenho-o
    feito durante 30 anos.
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    Sou daquelas raparigas
    que tiveram de lutar
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    contra todo o tipo de discriminação
    desde que cresci.
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    Eu jogava basquetebol com os rapazes
    e integrava-me bem.
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    Eu dizia que seria a primeira mulher
    a ser Presidente dos EUA.
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    Tenho lutado pela
    Emenda de Direitos Iguais,
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    que está na prateleira há 40 anos.
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    Sou a primeira mulher,
    dos dois lados da minha família
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    a trabalhar fora de casa,
    e a receber uma educação superior.
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    Nunca aceitei ser excluída
    por ser mulher,
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    exceto na minha religião.
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    Durante todo este tempo,
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    fiz parte de uma religião mórmon
    muito patriarcal e ortodoxa.
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    Cresci numa família
    extremamente tradicional.
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    Tenho oito irmãos,
    uma mãe doméstica.
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    O meu pai é um líder
    religioso da comunidade.
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    E eu cresci num mundo acreditando
    que o meu valor e a minha posição
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    consistia em manter estas regras
    que eu conheci durante toda a vida.
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    Casar virgem, nunca beber álcool,
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    não fumar, fazer sempre as tarefas,
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    ser uma boa criança.
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    Algumas das regras eram rigorosas
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    mas seguíamos as regras
    porque amávamos as pessoas,
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    amávamos a religião
    e acreditávamos.
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    Tudo no mormonismo
    determinava o que vestir,
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    com quem namorar, com quem casar.
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    Determinava que roupa interior usar.
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    Eu professava uma religião
    em que todas as pessoas que eu conhecia
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    doavam 10% de tudo
    o que ganhavam para a igreja,
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    incluindo eu.
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    Desde "peddy-papers" e "babysitting",
    eu doava 10%.
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    Eu professava uma religião
    em que ouvia os pais dizerem aos filhos,
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    quando eles partiam
    para missões de 2 anos de proselitismo,
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    que preferiam que eles morressem
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    do que regressassem a casa
    sem honra, tendo pecado.
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    Eu professava uma religião
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    em que, todos os anos,
    havia jovens que se suicidavam
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    porque estavam aterrorizados
    de se assumirem "gays" na comunidade.
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    Mas eu também professava uma religião
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    em que não importava
    em que parte do mundo vivia,
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    tinha amizade
    e interajuda instantânea.
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    Com isso sentia-me segura.
    Isto era certeza e clareza na vida.
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    Tive ajuda para criar a minha filha.
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    Por isso, aceitei sem questionar
    que apenas os homens pudessem liderar,
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    e aceitei sem questionar
  • 3:17 - 3:21
    que as mulheres não tivessem
    a autoridade espiritual de Deus na Terra,
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    a que chamamos sacerdócio.
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    E permiti discrepâncias de salário
    entre homens e mulheres,
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    conselhos disciplinares,
    na capacidade de decisão,
  • 3:30 - 3:33
    e dei livre trânsito à minha religião
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    porque a amava.
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    Até que parei,
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    e percebi que tinha permitido
    que me tratassem
  • 3:41 - 3:45
    como o suporte do trabalho dos homens.
  • 3:46 - 3:48
    Encarei esta contradição em mim,
  • 3:48 - 3:51
    e juntei-me a outras ativistas
    na minha comunidade.
  • 3:51 - 3:55
    Temos trabalhado muito, muito, muito
    durante a última década.
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    A primeira coisa que fizemos
    foi despertar a consciência.
  • 3:58 - 4:00
    Não podemos mudar o que não vemos.
  • 4:00 - 4:03
    Começámos a publicar na Internet,
    a usar blogues, a escrever artigos.
  • 4:03 - 4:06
    Criei listas de centenas de formas
  • 4:06 - 4:09
    em que homens e mulheres
    eram desiguais na comunidade.
  • 4:09 - 4:12
    O passo seguinte foi
    criar organizações de apoio.
  • 4:12 - 4:16
    Tentámos fazer coisas
    que eram impossíveis de ignorar,
  • 4:16 - 4:21
    como usar calças na igreja, e tentar
    participar em reuniões só de homens.
  • 4:22 - 4:24
    Parecem coisas simples,
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    mas para nós, as organizadoras,
    tiveram um preço elevado.
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    Perdemos relações. Perdemos empregos.
  • 4:32 - 4:35
    Recebíamos correio de ódio diariamente.
  • 4:35 - 4:37
    Fomos atacadas nas redes sociais
    e na imprensa nacional.
  • 4:37 - 4:39
    Recebemos ameaças de morte.
  • 4:39 - 4:43
    Perdemos posição na nossa comunidade.
    Algumas foram excomungadas.
  • 4:43 - 4:46
    Muitas foram postas perante
    um conselho disciplinar,
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    e foram rejeitadas
    das comunidades que amavam
  • 4:49 - 4:54
    porque queríamos torná-las melhores,
    porque acreditávamos que assim podiam ser.
  • 4:54 - 4:58
    Eu já esperava esta reação
    da minha gente.
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    Eu sei qual é a sensação quando alguém
    tenta mudar quem somos
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    ou nos critica.
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    Mas o que me chocou acima de tudo
    foi que, durante este processo,
  • 5:08 - 5:12
    recebi medidas iguais de desprezo
    da esquerda laica
  • 5:13 - 5:17
    com a mesma intensidade
    que da direita religiosa.
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    Os meus amigos laicos não percebiam
    que esta hostilidade religiosa,
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    frases como "Oh, todos os religiosos
    são doidos ou estúpidos".
  • 5:25 - 5:27
    "Não prestes atenção à religião".
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    "Eles são homofóbicos e sexistas".
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    O que eles não entendiam
  • 5:33 - 5:37
    era que este tipo de hostilidade
    não combatia o extremismo religioso,
  • 5:37 - 5:41
    alimentava o extremismo religioso.
  • 5:41 - 5:44
    Esses argumentos não funcionam,
    e eu sei porque lembro-me
  • 5:44 - 5:48
    de alguém me dizer
    que eu era estúpida por ser mórmon.
  • 5:50 - 5:54
    Isso levou a defender-me
    a mim e à minha gente
  • 5:54 - 5:57
    e a tudo em que acreditávamos,
    porque nós não éramos estúpidos.
  • 5:59 - 6:02
    A crítica e a hostilidade não funcionam,
  • 6:02 - 6:04
    e eu não dava ouvidos a estes argumentos.
  • 6:04 - 6:06
    Quando eu ouvia estes argumentos,
    continuava irritada,
  • 6:06 - 6:08
    porque tinha família e amigos.
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    Eram a minha gente,
    eu era a primeira a defendê-las,
  • 6:11 - 6:13
    mas a luta era real.
  • 6:13 - 6:16
    Como respeitar as crenças
    religiosas de alguém,
  • 6:16 - 6:20
    quando a responsabilizamos
    pelos danos ou prejuízos
  • 6:20 - 6:22
    que as suas crenças podem
    causar a outros?
  • 6:22 - 6:25
    É uma resposta difícil,
    e ainda não tenho a resposta perfeita.
  • 6:25 - 6:29
    Os meus pais e eu temos andado
    nesta corda bamba nos últimos 10 anos.
  • 6:29 - 6:32
    Eles são pessoas inteligentes.
    Eles são pessoas adoráveis.
  • 6:32 - 6:36
    Vou tentar ajudar-vos a
    compreender a perspetiva deles.
  • 6:36 - 6:39
    No mormonismo, acreditamos
    que, depois de morrermos,
  • 6:39 - 6:42
    se tivermos mantido todas as regras
    e seguido todos os rituais,
  • 6:42 - 6:45
    podemos estar juntos
    como uma família novamente.
  • 6:45 - 6:48
    Para os meus pais,
    eu fazer algo tão simples
  • 6:48 - 6:51
    como usar um top sem mangas
    neste momento, a mostrar os ombros,
  • 6:51 - 6:53
    torna-me indigna.
  • 6:53 - 6:56
    Não poderei estar com a minha
    família na eternidade.
  • 6:56 - 7:01
    Mas mais ainda, tive um irmão que morreu
    num acidente trágico aos 15 anos,
  • 7:01 - 7:05
    e algo tão simples como isto significa
    que não estaremos juntos como família.
  • 7:05 - 7:08
    E os meus pais não conseguem compreender
  • 7:08 - 7:12
    porque é que algo tão simples
    como a moda ou os direitos das mulheres
  • 7:12 - 7:14
    podem impedir-me
    de ver o meu irmão novamente.
  • 7:14 - 7:17
    É esta a mentalidade
    com que estamos a lidar,
  • 7:17 - 7:20
    e a crítica não vai mudar isso.
  • 7:20 - 7:23
    Assim, os meus pais e eu
    temos andado nesta corda bamba,
  • 7:23 - 7:26
    a explicar os nossos lados,
    respeitando-nos mutuamente,
  • 7:26 - 7:30
    mas no fundo invalidando
    as crenças básicas uns dos outros
  • 7:30 - 7:33
    pela forma como vivemos a nossa vida,
    e isso tem sido difícil.
  • 7:33 - 7:36
    Só temos sido capazes de fazer isto
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    ultrapassando estas conchas protetoras
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    e vendo a suavidade interior
    da descrença e da crença
  • 7:42 - 7:46
    e tentar respeitar-nos mutuamente,
    embora mantendo os limites claros.
  • 7:47 - 7:51
    A outra coisa que os laicos de esquerda,
    os ateus e os ortodoxos
  • 7:51 - 7:55
    e os religiosos de direita
    não compreendem
  • 7:55 - 7:58
    é porque havemos de nos preocupar
    com o ativismo religioso.
  • 7:58 - 8:01
    Não posso dizer-vos as centenas
    de pessoas que têm dito:
  • 8:01 - 8:04
    "Se não gostas da religião, abandona-a."
  • 8:04 - 8:06
    "Porque é que a tentas mudar?"
  • 8:07 - 8:09
    Porque o que é ensinado no Sabat,
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    afeta a nossa política,
    a nossa saúde pública,
  • 8:12 - 8:14
    a violência no mundo.
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    Afeta a educação,
    o exército, as decisões fiscais.
  • 8:18 - 8:21
    Estas leis ficam legal
    e culturalmente codificadas.
  • 8:21 - 8:26
    De facto, a minha religião teve
    um efeito enorme nesta nação.
  • 8:26 - 8:29
    Por exemplo, durante a Proposta 8,
  • 8:29 - 8:31
    a minha igreja angariou
    mais de 22 milhões de dólares
  • 8:31 - 8:34
    para lutar contra os casamentos
    do mesmo sexo na Califórnia.
  • 8:35 - 8:39
    Há 40 anos,
    os historiadores políticos diriam
  • 8:39 - 8:43
    que, se não fosse a oposição dos mórmons
    à Emenda dos Direitos Iguais,
  • 8:43 - 8:47
    nós teríamos hoje na nossa Constituição
    a Emenda dos Direitos Iguais.
  • 8:47 - 8:50
    Quantas vidas isso afetou?
  • 8:51 - 8:53
    Podemos gastar tempo
  • 8:53 - 8:57
    a lutar contra cada uma
    destas pequenas leis e regras,
  • 8:57 - 8:58
    ou podemos perguntar-nos:
  • 8:58 - 9:04
    "Porque é que a desigualdade entre sexos
    é o padrão no mundo?
  • 9:05 - 9:07
    "Porque é que existe essa suposição?"
  • 9:07 - 9:13
    Porque a religião não cria apenas
    as raízes da moral,
  • 9:13 - 9:17
    ela cria as bases da normalidade.
  • 9:17 - 9:21
    As religiões podem libertar ou subjugar,
  • 9:21 - 9:24
    podem dar poder ou explorar,
    podem confortar ou destruir.
  • 9:24 - 9:28
    As pessoas que inclinam a balança
    sobre o que é ético e moral
  • 9:28 - 9:31
    muitas vezes não são os responsáveis.
  • 9:32 - 9:35
    As religiões não podem
    ser desdenhadas nem ignoradas.
  • 9:35 - 9:37
    Precisamos de levá-las a sério.
  • 9:37 - 9:42
    Mas não é fácil influenciar uma religião,
    como acabámos de dizer.
  • 9:42 - 9:44
    Mas vou dizer-vos
    o que a minha gente fez.
  • 9:44 - 9:46
    Os meus grupos são pequenos,
    somos centenas,
  • 9:46 - 9:49
    mas tivemos um grande impacto.
  • 9:49 - 9:52
    Neste momento, há fotos de mulheres
    penduradas ao lado das dos homens
  • 9:52 - 9:53
    pela primeira vez.
  • 9:53 - 9:57
    As mulheres agora podem rezar
    nos nossos encontros na igreja.
  • 9:57 - 9:59
    Nunca o puderam fazer
    antes nas reuniões gerais.
  • 9:59 - 10:02
    Na semana passada,
    num acontecimento histórico,
  • 10:02 - 10:05
    três mulheres foram convidadas
    para três cargos de liderança
  • 10:05 - 10:07
    que supervisionam toda a igreja.
  • 10:07 - 10:09
    Temos visto mudanças sensíveis
    na comunidade mórmon
  • 10:09 - 10:12
    que permitem que se fale
    da desigualdade entre sexos.
  • 10:12 - 10:15
    Abrimos espaço,
    apesar de termos sido desprezadas,
  • 10:15 - 10:19
    para mulheres mais conservadoras
    intervirem e fazerem mudanças reais.
  • 10:19 - 10:21
    As palavras "mulheres" e "sacerdócio"
  • 10:21 - 10:24
    podem ser agora
    pronunciadas na mesma frase.
  • 10:24 - 10:26
    Eu nunca tive isso.
  • 10:27 - 10:31
    A minha filha e as minhas sobrinhas estão
    a herdar uma religião que eu nunca tive,
  • 10:31 - 10:34
    que é mais igual — nós tivemos efeito.
  • 10:35 - 10:38
    Não foi fácil estar nestas linhas
  • 10:38 - 10:41
    a tentar entrar
    naquelas reuniões de homens.
  • 10:42 - 10:44
    Éramos centenas,
  • 10:44 - 10:47
    e diziam-nos, uma a uma,
    quando chegávamos à porta:
  • 10:47 - 10:50
    "Desculpem, esta reunião
    é só para homens".
  • 10:50 - 10:55
    Tínhamos de recuar
    e ver os homens a entrar nas reuniões,
  • 10:55 - 10:58
    mesmo que só tivessem 12 anos,
  • 10:58 - 11:01
    escoltados e a passar por nós
    enquanto nós nos mantínhamos alinhadas.
  • 11:01 - 11:04
    Nenhuma mulher naquela linha
    esquecerá aquele dia.
  • 11:04 - 11:08
    Nenhum miúdo que passou por nós
    esquecerá aquele dia.
  • 11:10 - 11:15
    Se fôssemos uma corporação multinacional
    ou um governo, e isso tivesse acontecido,
  • 11:15 - 11:17
    teria sido um escândalo,
  • 11:17 - 11:19
    mas somos apenas uma religião.
  • 11:19 - 11:22
    Somos todos apenas parte de religiões.
  • 11:23 - 11:26
    Não podemos continuar a olhar
    para a religião desta forma,
  • 11:26 - 11:29
    porque não me afeta apenas a mim,
    afeta a minha filha
  • 11:29 - 11:32
    e todas as nossas filhas
    e as oportunidades que elas têm,
  • 11:32 - 11:34
    o que elas podem vestir,
    quem podem amar e com quem casar,
  • 11:34 - 11:37
    se elas têm acesso
    ao sistema de saúde reprodutivo.
  • 11:37 - 11:40
    Precisamos de reclamar uma moral
    num contexto laico
  • 11:41 - 11:43
    que crie um escrutínio ético
    e prestação de contas
  • 11:43 - 11:45
    em religiões de todo o mundo,
  • 11:45 - 11:48
    mas precisamos de fazer isso
    de uma forma respeitadora
  • 11:48 - 11:51
    que crie cooperação
    e não extremismo.
  • 11:51 - 11:55
    Podemos fazer isto através
    de atos memoráveis de bravura,
  • 11:55 - 11:58
    defendendo a igualdade de sexos.
  • 11:59 - 12:01
    É tempo de metade
    da população mundial
  • 12:01 - 12:04
    ter voz e igualdade
    dentro das religiões do mundo,
  • 12:04 - 12:08
    igrejas, sinagogas, mesquitas
    e santuários em todo o mundo.
  • 12:09 - 12:11
    Estou a trabalhar com a minha gente.
  • 12:11 - 12:13
    E vocês, o que estão a fazer com a vossa?
  • 12:14 - 12:17
    (Aplausos)
Title:
Como estou a trabalhar para a mudança dentro da minha igreja
Speaker:
Chelsea Shields
Description:

Como respeitar as crenças religiosas de alguém, embora os responsabilizemos pelos danos ou prejuízos que as suas crenças possam causar a outros? Chelsea Shields tem uma resposta ousada para esta questão. Ela foi criada numa tradição mórmon ortodoxa, e passou o seu início de vida a ver as mulheres serem excluídas de posições importantes dentro da Igreja. Agora, esta antropóloga, ativista e TED Fellow está a trabalhar para reformar a desigualdade de sexos institucionalizada na sua igreja. "A religião pode libertar ou subjugar, pode dar poder ou explorar, dar conforto ou destruir," diz ela. "O que é ensinado no Sabat afeta a nossa política, a nossa saúde pública, a violência no mundo".

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
12:36

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