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A educação inclusiva e você | Fernando Botelho | TEDxPraçaSantosAndradeED

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    A educação inclusiva precisa de você.
  • 0:28 - 0:30
    É, você mesmo.
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    Mas não se preocupe, não é só de você.
  • 0:35 - 0:40
    A educação inclusiva é aquilo
    que muitos de vocês já conhecem:
  • 0:40 - 0:46
    é a ideia de que as crianças
    estudam e aprendem melhor
  • 0:46 - 0:52
    quando estão, crianças com e sem
    deficiência, na mesma sala de aula.
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    A educação inclusiva é um objetivo,
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    é um ideal que ainda está muito longe
    em muitas escolas de nosso país
  • 1:04 - 1:06
    e de muitos países,
  • 1:06 - 1:10
    mas ela é absolutamente necessária
    porque ela traz a diversidade,
  • 1:10 - 1:16
    a riqueza da humanidade,
    para a sala de aula,
  • 1:16 - 1:22
    e prepara melhor o aluno para isso aqui,
    para o mundo fora da sala de aula.
  • 1:24 - 1:30
    E, como todos os grandes desafios
    que temos em nossa sociedade,
  • 1:30 - 1:33
    não interessa se estamos falando
    de saúde pública,
  • 1:33 - 1:36
    do nível desemprego, de corrupção,
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    a educação inclusiva...
  • 1:39 - 1:45
    a gente tem a tendência
    a encontrar motivos únicos
  • 1:45 - 1:47
    e muitas vezes até simples
  • 1:47 - 1:51
    pelos quais ela ou qualquer
    desses problemas
  • 1:51 - 1:53
    não são solucionados.
  • 1:55 - 1:56
    Eu comecei assim também.
  • 1:56 - 2:01
    Eu comecei achando que a solução
    para a educação inclusiva
  • 2:01 - 2:03
    era a tecnologia.
  • 2:03 - 2:06
    Por quê? Eu acho até que dá pra entender.
  • 2:06 - 2:10
    E eu, quando não tinha
    acesso à tecnologia...
  • 2:10 - 2:15
    e eu estudava bastante,
    eu improvisava do jeito que desse...
  • 2:15 - 2:19
    e eu consegui chegar
    eu acho que em 11º lugar
  • 2:19 - 2:25
    em uma sala com 43 alunos,
    em termos de notas.
  • 2:26 - 2:31
    Depois que eu tive acesso
    à tecnologia assistiva...
  • 2:31 - 2:35
    É o tipo de tecnologia, pra quem não sabe,
    que permite, por exemplo,
  • 2:35 - 2:39
    que um computador leia
    o conteúdo da tela pra quem é cego
  • 2:39 - 2:45
    e, em geral, o que ela faz
    é ajudar você a superar
  • 2:45 - 2:47
    qualquer que seja a sua deficiência.
  • 2:47 - 2:52
    Bom, depois que eu tive acesso
    à tecnologia assistiva,
  • 2:52 - 2:57
    em vez de 11º, eu era o 4º,
    só que eu já estava na universidade,
  • 2:57 - 3:01
    e era 4º numa turma,
    incluindo todos os cursos,
  • 3:01 - 3:04
    de 904 alunos.
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    Então, pra mim,
    a tecnologia foi uma revolução.
  • 3:11 - 3:15
    Eu, como todo jovem,
    um pouco preocupado com o desemprego,
  • 3:15 - 3:19
    em vez de ficar desempregado,
    eu trabalhei em uma ONG,
  • 3:19 - 3:24
    eu trabalhei em uma microempresa,
    em uma agência das Nações Unidas,
  • 3:24 - 3:27
    em uma multinacional e assim por diante.
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    Então, claro, essa era a minha resposta
    simplista para a educação inclusiva,
  • 3:34 - 3:37
    mas será que é assim de simples?
  • 3:39 - 3:43
    Nos anos 80...
    tem uma organização na Europa
  • 3:43 - 3:48
    que é responsável por apoiar e ajudar
    cegos de todo aquele [continente],
  • 3:48 - 3:51
    que eu não vou especificar,
  • 3:51 - 3:57
    mas eles têm muito dinheiro,
    eles têm conhecimento sobre cegueira
  • 3:57 - 4:00
    e, nos anos 80, eles ficaram
    sabendo de uma tecnologia
  • 4:00 - 4:06
    que a gente informalmente
    chama de escâner, ou OCR.
  • 4:06 - 4:09
    O escâner é aquele mesmo
    equipamento que vocês já usaram
  • 4:09 - 4:12
    pra escanear fotografias
  • 4:12 - 4:16
    e permitir que vocês tenham
    a fotografia que estava em papel
  • 4:16 - 4:19
    em formato digital,
    dentro do seu computador.
  • 4:19 - 4:24
    Esse mesmo escâner, quando ele está
    sendo usado com o software correto,
  • 4:24 - 4:25
    ou o software adequado,
  • 4:25 - 4:29
    ele pode ler livros pra alguém que é cego.
  • 4:29 - 4:33
    E essa organização achou
    interessante a tecnologia,
  • 4:33 - 4:35
    foi e analisou o seu potencial
  • 4:36 - 4:39
    e resolveu... claro,
    eles tinham dinheiro...
  • 4:39 - 4:41
    resolveu não comprar.
  • 4:42 - 4:44
    Por quê?
  • 4:44 - 4:48
    Porque o escâner
    não conseguia ler jornais.
  • 4:49 - 4:51
    Então, vejam bem a lógica:
  • 4:51 - 4:57
    eu, cego, não vou ter acesso
    a milhares ou até milhões de livros,
  • 4:57 - 5:00
    de tudo quanto é biblioteca
    pública e privada,
  • 5:00 - 5:04
    porque o equipamento
    não consegue ler jornais.
  • 5:04 - 5:09
    Então, será que o único desafio
    que a gente tem é tecnologia?
  • 5:12 - 5:14
    Outra explicação clássica,
  • 5:14 - 5:18
    não só para o desafio
    da educação inclusiva,
  • 5:18 - 5:21
    mas pra muitos dos nossos desafios,
  • 5:21 - 5:23
    é a cultura.
  • 5:24 - 5:27
    Eu acho que é até sacrilégio, né,
    porque eu estudei sociologia,
  • 5:27 - 5:30
    então eu falar que cultura
    não é uma boa explicação
  • 5:30 - 5:35
    não é de se esperar,
    mas é uma explicação muito fraca,
  • 5:35 - 5:38
    porque a gente usa a cultura
    pra explicar tudo:
  • 5:38 - 5:40
    a pessoa jogando lixo na rua,
  • 5:40 - 5:45
    a pessoa fazendo barbeiragem no trânsito,
    ou a questão da corrupção,
  • 5:45 - 5:47
    é tudo "culpa da cultura".
  • 5:48 - 5:53
    E a nossa cultura
    é aquela coisa conveniente,
  • 5:53 - 5:56
    porque ninguém é responsável
    pela cultura; somos todos.
  • 5:56 - 5:59
    Então, de certa forma,
    não é culpa de ninguém,
  • 5:59 - 6:01
    não é fácil de se mudar...
  • 6:02 - 6:03
    Mas o que acontece?
  • 6:03 - 6:07
    A mesma pessoa que está ali,
    jogando o lixo na rua,
  • 6:07 - 6:10
    vai de turista pra Miami
    e, de um minuto a outro,
  • 6:10 - 6:13
    sem ninguém ter
    reprogramado o cérebro dele...
  • 6:13 - 6:15
    (Risos)
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    porque ele continua
    gostando das nossas músicas,
  • 6:19 - 6:21
    preferindo as nossas praias,
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    mas, na hora em que ele está lá
    de turista, ele faz tudo bonitinho.
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    Então, quando a gente fala "cultura",
    na verdade não é cultura;
  • 6:29 - 6:33
    são os incentivos, são as multas
    que têm que ser altas o suficiente
  • 6:33 - 6:36
    e a fiscalização que tem que ser séria.
  • 6:37 - 6:43
    Mas então, tentemos essa explicação:
    cultura e incentivos.
  • 6:43 - 6:46
    Mas será que é uma boa explicação?
  • 6:48 - 6:52
    Num país como os Estados Unidos,
    ou até vários países da Europa,
  • 6:52 - 6:56
    que a gente considera
    como países mais inclusivos...
  • 6:57 - 7:01
    nos Estados Unidos, o nível de desemprego
    entre pessoas com deficiência
  • 7:01 - 7:04
    é mais de 70%.
  • 7:04 - 7:08
    No nosso país, é mais de 90%.
  • 7:08 - 7:11
    Mas será que a cultura lá,
    sendo mais inclusiva,
  • 7:11 - 7:13
    está resolvendo o desafio?
  • 7:13 - 7:18
    As estatísticas educacionais,
    pra quem tem deficiência lá e aqui,
  • 7:18 - 7:23
    estão bem abaixo da média
    de quem não tem deficiência.
  • 7:25 - 7:31
    Bom, se não é cultura, qual é a outra
    explicação clássica que a gente dá
  • 7:31 - 7:37
    para aquelas coisas que deveriam
    acontecer e não acontecem,
  • 7:37 - 7:40
    ou acontecem apesar de grandes obstáculos?
  • 7:41 - 7:44
    É a iniciativa do indivíduo.
  • 7:45 - 7:50
    E a gente vê todos os dias nas notícias,
    ou escuta de amigos,
  • 7:50 - 7:54
    histórias de pessoas que superaram tudo
  • 7:54 - 7:57
    e conseguiram coisas extraordinárias.
  • 7:57 - 8:00
    Então, eu estou de acordo:
  • 8:00 - 8:04
    a iniciativa do indivíduo,
    aquela força de vontade,
  • 8:04 - 8:07
    isso é absolutamente essencial,
  • 8:07 - 8:10
    mas é suficiente?
  • 8:10 - 8:13
    Quando nós estamos falando de um sistema
  • 8:13 - 8:17
    em que mais de 70% das pessoas,
    no caso dos Estados Unidos,
  • 8:17 - 8:22
    e mais de 90% das pessoas
    com deficiência, aqui no Brasil,
  • 8:22 - 8:23
    estão desempregadas,
  • 8:23 - 8:27
    estamos falando de um sistema
    que está quebrado...
  • 8:28 - 8:31
    porque, sim, se é uma porcentagem pequena
  • 8:31 - 8:35
    que não está conseguindo
    atingir os seus objetivos:
  • 8:35 - 8:39
    "Ah, tudo bem, faltou iniciativa pessoal";
  • 8:40 - 8:43
    podemos culpar o indivíduo, beleza.
  • 8:43 - 8:50
    Mas, se 70, 80, 90%
    não estão conseguindo,
  • 8:51 - 8:53
    aí o problema é o sistema.
  • 8:55 - 9:00
    Bom, é importante a gente lembrar
  • 9:00 - 9:03
    que a gente começou falando
    que ia ter uma explicação,
  • 9:03 - 9:06
    que eu comecei pensando
    que era a tecnologia....
  • 9:06 - 9:08
    Logo, comecei a considerar a cultura...
  • 9:08 - 9:11
    Logo, a iniciativa individual...
  • 9:11 - 9:14
    Então, qual é a receita mágica?
  • 9:14 - 9:16
    Eu acho que o primeiro
    elemento da nossa receita,
  • 9:16 - 9:22
    se a gente quer avançar nesse e em todos
    os nossos grandes desafios sociais,
  • 9:22 - 9:25
    é não procurar uma receita mágica,
  • 9:27 - 9:31
    porque é um problema complexo,
  • 9:31 - 9:35
    e não vão ser um, dois ou três
    pontos que vão resolver
  • 9:35 - 9:41
    os desafios que são específicos
    pra cada escola, pra cada aluno.
  • 9:41 - 9:48
    Então... mas eu não estou aqui pra falar:
    "Olha, é bem difícil. Tchau tchau".
  • 9:48 - 9:49
    (Risos)
  • 9:49 - 9:52
    Não. Eu gosto de coisas práticas.
  • 9:52 - 9:56
    O que a gente pode fazer
    pra melhorar a situação?
  • 9:56 - 10:03
    Por que eu falei que a gente precisava
    contar com você, com cada um de vocês?
  • 10:03 - 10:06
    Porque, assim,
  • 10:06 - 10:10
    as grandes empresas, quando elas querem
    melhorar a qualidade de seus produtos
  • 10:10 - 10:14
    ou elas querem melhorar
    qualquer um de seus processos,
  • 10:14 - 10:16
    o que elas fazem?
  • 10:16 - 10:21
    Elas fazem algo que não exige
    conhecimentos avançados,
  • 10:21 - 10:23
    pelo menos pra começar o processo,
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    e é, vocês já sabem, perguntar por quê.
  • 10:29 - 10:34
    E é perguntar por quê, não só uma vez,
    mas no mínimo cinco vezes.
  • 10:34 - 10:36
    Então, na prática, o que quer dizer isso?
  • 10:36 - 10:42
    Vamos imaginar o aluno Fernando,
    ou qualquer aluno cego.
  • 10:42 - 10:45
    Ele não consegue fazer a prova.
  • 10:46 - 10:49
    "Por quê?", número um.
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    "Ah, é porque a prova
    não está disponível em braile,
  • 10:53 - 10:56
    não está disponível em formato digital,
  • 10:56 - 11:01
    não tem um computador
    com software leitor de tela..."
  • 11:01 - 11:04
    Aliás, eu recomendo F123.
  • 11:05 - 11:12
    "Ou o professor não gravou
    aquela prova num formato digital
  • 11:12 - 11:15
    pra estar disponível
    naquele momento...", etc., etc.
  • 11:15 - 11:19
    Segundo porquê: "Por que
    o Nando não sabe braile?"
  • 11:20 - 11:24
    Terceiro: "Por que não tem
    aquele computador com leitor de tela?"
  • 11:26 - 11:31
    Na hora em você começa a chegar
    lá pelo terceiro, quarto, quinto porquê,
  • 11:31 - 11:35
    você vê que estamos falando de um sistema.
  • 11:35 - 11:38
    Você saiu daquela coisa
    de receitas mágicas,
  • 11:38 - 11:43
    onde você tem um, dois ou três itens,
    ou cinco itens, ou oito itens,
  • 11:43 - 11:45
    que solucionam todos os problemas,
  • 11:45 - 11:50
    porque nenhum problema é igual,
    nenhuma pessoa é igual a outra.
  • 11:50 - 11:53
    Então, na hora em que você fala
    e faz aqueles porquês,
  • 11:53 - 11:56
    você não só identifica
    a situação específica
  • 11:56 - 11:59
    que está sendo enfrentada
    por aquele aluno, aquele professor,
  • 11:59 - 12:01
    aquele diretor,
  • 12:02 - 12:08
    mas você começa a enxergar
    o sistema ao redor de tudo isso.
  • 12:08 - 12:11
    Quando você chega lá
    pelo quinto, sexto porquê,
  • 12:11 - 12:16
    você já entendeu que não dá
    pra fazer nada sozinho nessa vida.
  • 12:16 - 12:19
    Aquele aluno vai precisar se esforçar.
  • 12:20 - 12:25
    Aquele professor vai precisar
    de algumas orientações específicas
  • 12:25 - 12:28
    pra aquele tipo de deficiência.
  • 12:29 - 12:31
    Então, a gente começa a falar de parcerias
  • 12:31 - 12:37
    entre a escola e alguma ONG
    especializada, local,
  • 12:37 - 12:39
    que possa dar uma assistência direta.
  • 12:39 - 12:44
    Estamos falando já em pensar
    em políticas públicas adequadas àquilo,
  • 12:44 - 12:49
    em decisões orçamentárias.
  • 12:49 - 12:52
    E não interessa se é
    escola pública ou particular.
  • 12:52 - 12:57
    No momento em que a gente começa
    a perguntar esses porquês,
  • 12:57 - 13:02
    a gente começa a ver que existem
    elementos, em vários níveis,
  • 13:02 - 13:06
    que contribuem
    pra aquele obstáculo enorme.
  • 13:06 - 13:12
    Então, a solução vai requerer
    vários elementos,
  • 13:12 - 13:14
    que vão variar de caso a caso.
  • 13:14 - 13:18
    Mas essa visão sistêmica,
    que não é mais simplista,
  • 13:18 - 13:23
    vai permitir que a gente comece
    a construir um sistema
  • 13:23 - 13:28
    que não vai ajudar só aquele aluno cego,
    naquela situação, naquele ano.
  • 13:28 - 13:34
    Esse sistema vai começar a ser mais
    eficiente em ajudar milhares de alunos.
  • 13:36 - 13:42
    Eu já vi uma moça cega
  • 13:44 - 13:49
    liderando um workshop
    no Fórum Econômico Mundial.
  • 13:50 - 13:54
    Eu já vi cadeirante
  • 13:56 - 14:01
    desenhando um sistema pra fazer exercício,
  • 14:01 - 14:05
    máquinas pra se usar em academias
    totalmente computadorizadas.
  • 14:05 - 14:12
    Eu já vi uma pessoa, um jovem,
    com deficiência intelectual
  • 14:12 - 14:15
    usando computador em seu trabalho.
  • 14:15 - 14:22
    Eu acho que vocês merecem
    ter essa riqueza no seu dia a dia.
  • 14:23 - 14:25
    Há trinta anos,
  • 14:25 - 14:29
    eu tive a sorte de que
    a diretora da minha escola
  • 14:31 - 14:33
    lia as provas pra mim,
  • 14:34 - 14:40
    a sorte de que meus pais compraram
    o equipamento de que eu precisava
  • 14:41 - 14:43
    e me desafiaram.
  • 14:43 - 14:49
    Mas nós estamos falando
    de mais de 10% da população brasileira.
  • 14:49 - 14:54
    Nós estamos falando
    de uma montanha de talento
  • 14:54 - 14:57
    que hoje está sendo desperdiçada.
  • 14:58 - 15:05
    Não podemos deixar que esses
    10% ou mais dependam da sorte.
  • 15:06 - 15:11
    Eu prefiro muito mais
    que a gente possa contar com você,
  • 15:11 - 15:15
    que possamos contar com todos nós.
  • 15:15 - 15:16
    Muito obrigado.
  • 15:16 - 15:18
    (Aplausos) (Vivas)
Title:
A educação inclusiva e você | Fernando Botelho | TEDxPraçaSantosAndradeED
Description:

Inspirado por sua própria história de vida, Fernando Botelho questiona os obstáculos que dizemos existir para a inclusão de pessoas com deficiência, a partir de sua história pessoal, e propõe uma solução simples e prática para promover a inclusão.

Fernando Botelho, bolsista da Ashoka, lidera a F123, uma iniciativa para aumentar o acesso à educação e ao emprego para pessoas com deficiência visual. Ele tem ampla experiência com projetos nas áreas de redução de pobreza, tecnologia e deficiência.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
Portuguese, Brazilian
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
15:20

Portuguese, Brazilian subtitles

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