Return to Video

Cidades submersas da vida real - Peter Campbell

  • 0:07 - 0:10
    Enquanto visitam as ruínas
    da antiga Alexandria, no Egito,
  • 0:10 - 0:14
    existem algumas coisas
    que os exploradores atuais devem procurar.
  • 0:14 - 0:17
    Primeiro, enquanto você viaja
    pelo Grande Porto,
  • 0:17 - 0:21
    mantenha os olhos abertos
    para as grandes colunas e estátuas.
  • 0:21 - 0:26
    Pela baía, à sua direita, está a ilha
    onde uma vez esteve o Grande Farol.
  • 0:26 - 0:29
    E enquanto você atravessa
    os palácios do Bairro Real
  • 0:29 - 0:32
    e chega na área onde uma vez
    esteve a Biblioteca de Alexandria,
  • 0:32 - 0:35
    fique de olho nos tubarões.
  • 0:35 - 0:38
    Porque se você visitar
    essa parte de Alexandria,
  • 0:38 - 0:41
    você estará a cinco metros
    de profundidade no Mar Mediterrâneo.
  • 0:41 - 0:45
    Embora tenhamos familiaridade
    com a fictícia Atlântida, de Platão,
  • 0:45 - 0:48
    muitas cidades submersas reais
    existem de fato.
  • 0:48 - 0:50
    Lugares como Alexandria,
  • 0:50 - 0:52
    Porto Real, na Jamaica,
  • 0:52 - 0:54
    e Pavlopetri, na Grécia.
  • 0:54 - 0:56
    Cidades submersas
    são estudadas por cientistas
  • 0:56 - 0:59
    para ajudar a entender as vidas
    de nossos ancestrais,
  • 0:59 - 1:01
    a natureza dinâmica do nosso planeta,
  • 1:01 - 1:03
    e o impacto entre elas.
  • 1:04 - 1:07
    A água é essencial para a vida,
    fontes de alimento e transporte,
  • 1:07 - 1:11
    por isso muitas cidades foram construídas
    pelas bordas costeiras e margens de rios.
  • 1:11 - 1:14
    No entanto, esses benefícios
    vêm com riscos
  • 1:14 - 1:17
    porque forças naturais,
    que podem afundar uma cidade,
  • 1:17 - 1:19
    estão logo ao lado.
  • 1:19 - 1:22
    Vejamos, por exemplo, um terremoto.
  • 1:22 - 1:26
    Sete de junho de 1692
    parecia uma manhã normal
  • 1:26 - 1:28
    em Porto Real, na Jamaica,
  • 1:28 - 1:31
    até então um dos portos
    mais ricos do mundo.
  • 1:31 - 1:34
    Mas, quando um grande terremoto aconteceu,
  • 1:34 - 1:38
    dois terços de Porto Real afundaram
    imediatamente até os telhados.
  • 1:38 - 1:41
    Hoje, muitas construções
    e elementos do dia a dia
  • 1:41 - 1:45
    se mantêm surpreendentemente intactos
    no fundo do mar, congelados no tempo.
  • 1:45 - 1:49
    Inclusive um relógio de bolso
    de 300 anos que parou às 11h43,
  • 1:49 - 1:54
    o momento em que Porto Real
    afundou abaixo do Caribe.
  • 1:54 - 1:57
    E, durante o inverno de 373 AC,
  • 1:57 - 2:01
    a cidade grega de Helike foi devastada
    por um terremoto tão forte
  • 2:01 - 2:05
    que liquefez o chão arenoso
    sobre o qual a cidade foi construída.
  • 2:05 - 2:07
    Minutos depois,
    um tsunami atingiu a cidade,
  • 2:07 - 2:12
    e Helike e seus habitantes
    afundaram no Mar Mediterrâneo.
  • 2:12 - 2:16
    Séculos depois, turistas romanos
    navegavam na laguna formada
  • 2:16 - 2:19
    e bisbilhotavam as ruínas da cidade.
  • 2:19 - 2:22
    Terremotos são desastres
    repentinos e inesperados
  • 2:22 - 2:24
    que afundam cidades num instante.
  • 2:24 - 2:26
    Felizmente, no entanto, historicamente,
  • 2:26 - 2:31
    a maioria das cidades submersas
    não afundaram devido a um único evento,
  • 2:31 - 2:34
    mas pela combinação
    de processos mais graduais.
  • 2:34 - 2:38
    Por exemplo, Pavlopetri, a mais antiga
    cidade submersa conhecida,
  • 2:38 - 2:42
    foi construída na costa do sul
    da Grécia, há 5 mil anos.
  • 2:42 - 2:44
    É um exemplo de uma cidade
    que ficou submersa
  • 2:44 - 2:47
    devido ao que é chamado
    de mudança isostática do nível do mar.
  • 2:47 - 2:50
    Há 18 mil anos,
    quando terminou a Era Glacial,
  • 2:50 - 2:53
    as geleiras começaram a derreter
    e o nível do mar elevou globalmente
  • 2:53 - 2:56
    até cerca de 5 mil anos atrás.
  • 2:56 - 3:00
    A mudança isostática do nível do mar
    não é causada pela água derretida,
  • 3:00 - 3:03
    mas pela crosta terrestre
    lentamente elevando-se
  • 3:03 - 3:05
    pelo peso liberado das geleiras,
  • 3:05 - 3:09
    fazendo alguns locais subirem,
    e outros afundarem.
  • 3:09 - 3:12
    O terreno em volta de Pavlopetri
    ainda está afundando
  • 3:12 - 3:15
    em ritmo médio
    de um milímetro por ano.
  • 3:15 - 3:18
    Mas os antigos habitantes puderam
    se mudar para o interior gradualmente,
  • 3:18 - 3:20
    durante muitas gerações,
  • 3:20 - 3:24
    antes de finalmente abandonarem a cidade,
    cerca de 3 mil anos atrás.
  • 3:24 - 3:27
    Hoje, mergulhadores nadam
    pelas ruas de Pavlopetri
  • 3:27 - 3:29
    e espiam pelas antigas entradas
  • 3:29 - 3:33
    para as fundações das casas
    e prédios comunitários.
  • 3:33 - 3:37
    Eles aprendem sobre as pessoas
    que viveram lá, observando o que restou.
  • 3:37 - 3:41
    Eventos geológicos naturais,
    como terremotos e tsunamis,
  • 3:41 - 3:42
    continuarão a moldar os continentes,
  • 3:42 - 3:45
    assim como fizeram por milhões de anos.
  • 3:45 - 3:49
    À medida que o aquecimento global derrete
    nossas calotas polares em ritmo acelerado
  • 3:49 - 3:51
    e o nível do mar se eleva,
  • 3:51 - 3:52
    seremos forçados a nos adaptar,
  • 3:52 - 3:55
    como os habitantes de Pavlopetri.
  • 3:55 - 3:57
    Sem dúvida, pelos próximos séculos,
  • 3:57 - 4:00
    algumas das regiões costeiras
    onde moramos atualmente
  • 4:00 - 4:02
    acabarão sendo tomadas pela água, também.
  • 4:02 - 4:04
    Cidades como Veneza,
  • 4:04 - 4:05
    Nova Orleans,
  • 4:05 - 4:06
    Amsterdã,
  • 4:06 - 4:06
    Miami,
  • 4:06 - 4:08
    e Tóquio.
  • 4:08 - 4:11
    Imagine o que as futuras civilizações
    vão aprender sobre nós
  • 4:11 - 4:15
    enquanto nadam pelas ruínas antigas
    das cidades onde moramos atualmente.
Title:
Cidades submersas da vida real - Peter Campbell
Description:

Veja a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/real-life-sunken-cities-peter-campbell

Embora muitas pessoas estejam mais familiarizadas com a fictícia Atlântida, de Platão, muitas cidades submersas realmente existem. Peter Campbell explica como as cidades submersas são estudadas por cientistas para nos ajudar a entender as vidas de nossos ancestrais, a dinâmica natural do planeta e o impacto entre elas.

Lição de Peter Campbell, animação de TED-Ed.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:31

Portuguese, Brazilian subtitles

Revisions