Sarah Haider: Islam and the Necessity of Liberal Critique (AHA Conference 2015)
-
0:00 - 0:04[Sarah Haider:Islã, e a
Necesidade da Crítica Liberal] -
0:04 - 0:07(Moderador) Olá a todos e bem-vindos
a próxima sessão intitulada -
0:07 - 0:10"Islã e a Necesssidade de uma
Crítica Liberal". -
0:11 - 0:15Eu gostaria de saudar a Sarah Haider,
que é uma das co-fundadoras -
0:15 - 0:18do grupo Ex Muçulmanos
da América do Norte. -
0:18 - 0:20Então juntem-se a mim
na saudação a Sarah. -
0:20 - 0:26Aplausos
-
0:29 - 0:30(Sarah Haider) Olá todos.
-
0:30 - 0:32(Membro da audiência) Olá
-
0:32 - 0:33Eu sou Sarah e nos últimos dois anos trabalho para construiruma organização
-
0:38 - 0:40para ex-muçulmanos não-teístas,
-
0:40 - 0:44aqueles que se identificavam com o Islã, agora são ateus, agnósticos ou deístas;
-
0:48 - 0:49a organização é chamadaEx-Muçulmanos da América do Norte.
-
0:51 - 0:52Somos uma organização novomas crescendo rápido
-
0:55 - 0:57e temos comunidades
de ex-Muçulmanos -
0:57 - 0:58em mais de quinze cidades.
-
0:58 - 1:00Como vocês podem imaginar,
-
1:00 - 1:01é difícil encontrar ex-Muçulmanos como nós.
-
1:08 - 1:13Tentar construir amizades entre as pessoas
-
1:13 - 1:17que estão cerceadas e em dúvida
é incrivelmente difícil. -
1:17 - 1:18Em primeiro lugar,
como encontrar pessoas -
1:18 - 1:19que muitas vezes deliberadamente
-
1:19 - 1:23fazem o possível para ficar escondidos?
-
1:23 - 1:26Como organização provemos
aos ex muçulmanos suporte , -
1:26 - 1:27para liberta-los das
amarras da religião -
1:27 - 1:29para serem eles mesmos,
para aprenderem -
1:29 - 1:31a respeito doar o sofrimento uns dos outros,
-
1:33 - 1:36e acima de tudo, suportar.
-
1:36 - 1:40Estamos numa situação estranha,
meus colegas e eu, -
1:40 - 1:42estamos mais próximos
de ex-muçulmanos ateus -
1:42 - 1:46do que qualquer outra
pessoa no mundo. -
1:46 - 1:48Ouvi milhares de histórias
de centenas de pessoas -
1:49 - 1:50a respeito de sua
experiência com o Islã. -
1:50 - 1:51Alguns poucos
foram capazes -
1:52 - 1:57de deixar a fé com
pouca consequência,, -
1:57 - 1:58o relacionamento
com familiares, amigos -
1:58 - 1:59e comunidade permaneceu intato.Mas para a maioria, não foi este o caso
-
2:01 - 2:03Em viagens presenciamos
tremendas lutas. -
2:03 - 2:09Para alguns o custo foi apenas social,
perda de amigos e famílias. -
2:09 - 2:12Para outros, arriscaram sua saúde e
bem-estar mental -
2:12 - 2:17trancados em alas psiquiátricas,
longa violência física -
2:17 - 2:18contra todos os membros da família.
-
2:22 - 2:23Ex-muçulmanos conhecem
os problemas enraizados -
2:23 - 2:26no seio das comunidades muçulmanas e inerente as escrituras Islâmicas.
-
2:29 - 2:32Como a maioria de nós
é ao mesmo tempo pessoas de cor -
2:32 - 2:35da primeira ou segunda
geração de imigrantes -
2:35 - 2:37somos duplamente afetados.
-
2:37 - 2:39
tanto pelo ódio e pela violência
dos muçulmanos, -
2:39 - 2:42mas também pela
intolerância e xenofobia -
2:42 - 2:45de larga parte do público americano,
-
2:45 - 2:48Apesar de tudo isto, minha experiência
ao longo dos últimos dois anos -
2:48 - 2:52me fez cautelosa ao me manifestar,
mesmo para uma audiência como esta. -
2:53 - 2:54Eu sempre espero uma sensação indesejável
indesejável das audiências muçulmanas, -
2:57 - 3:00mas eu não antecipei tanta hostilidade
-
3:00 - 3:02dos meus aliados à esquerda.
-
3:03 - 3:05Quando publiquei
pela primeira vez um artigo, -
3:05 - 3:09revisado por Reza Aslan,
que é um erudito muçulmano, -
3:10 - 3:12sobre sua rejeição da
mutilação genital feminina -
3:12 - 3:16como um problema somente africano,
não muçulmano também, -
3:16 - 3:17Recebi reações de pessoas descontentes com o que escrevi,
-
3:20 - 3:22a maioria questionou meus motivos
-
3:22 - 3:25em vez de abordar minhas reivindicações
-
3:25 - 3:26Para minha surpresa, a maioria
-
3:26 - 3:28dos meus críticos
não eram mulçumanos. -
3:28 - 3:32
Ao contrário, eles se identificaram como liberais e às vezes até mesmo ateus. -
3:32 - 3:38Alguns obscuramente aludiram à minha "agenda" e os outros afirmaram que como uma antiga muçulmana,
-
3:39 - 3:42não havia nenhuma maneira que eu pudesse ser confiável com uma crítica justa.
-
3:43 - 3:45Agora lembrem-se, publiquei um fato revisado.
-
3:45 - 3:49Parece-me que seria mais fácil verificar as minhas reclamações,
-
3:49 - 3:51Mas em vez disso, muçulmanos e algumas pessoas na esquerda preferiram
-
3:52 - 3:56lançar suspeitas sobre o meu caráter e minhas intenções.
-
3:56 - 4:00Aqueles que se opõem ao autoritarismo Cristão
-
4:01 - 4:03vão achar que a ampla maioria
dos liberais, religiosos ou não-religiosos, -
4:03 - 4:08estão do seu lado e oferecerão seu apoio
-
4:08 - 4:10na luta para empurrar a moral religiosa
fora da nossa vida política e pública. -
4:10 - 4:14Até mesmo os liberais religiosos
às vezes consideram -
4:14 - 4:17a direita religiosa politicamente engajada
com desgosto -
4:17 - 4:20e tem algum trabalho com secularistas
para mantê-los fora da nossa política. -
4:20 - 4:24O diretor executivo para os Americanos Unidos
-
4:24 - 4:26para a Separação da Igreja e Estado, por exemplo
-
4:26 - 4:28É um ministro ordenado.
-
4:28 - 4:29Os ateus e secularistas podem sentir-se seguros em saber
-
4:30 - 4:33que os seus aliados de esquerda liberal
vai ficar com eles -
4:33 - 4:36quando seu alvo é
a extrema-direita cristã. -
4:36 - 4:39Faz sentido: os liberais não compartilham
muito, vários valores comuns -
4:40 - 4:43com a direita religiosa.
-
4:43 - 4:44Mas quando o mesmo escrutínio é aplicado ao Islã
-
4:44 - 4:47você encontra, inexplicavelmente, algumas pessoas da esquerda
-
4:47 - 4:52começando a alinhar-se com a direita religiosa Islâmica.
-
4:52 - 4:54A exceção consistente foram as comunidades seculares e atéias.
-
4:55 - 4:58Quando luminares de movimentos ceticistas
como Harris e Dawkins falam a respeito -
5:00 - 5:06dos horrores do cristianismo e escrevem
livros condenando-o, eles são aplaudidos, -
5:06 - 5:11seus trabalhos engrandecidos, sua presença solicitada em eventos e conferências.
-
5:11 - 5:15Mas quando fixam o mesmo olhar crítico em direção à religião da minha família,
-
5:17 - 5:19eles são instruídos a cessar tal conversa ofensiva,
-
5:19 - 5:21a abster-se de críticar as mesmas forças opressivas que criticavam no passado.
-
5:25 - 5:26Há um instinto de esconder qualquer um
-
5:27 - 5:30que diz algo negativo sobre o
Islã, para etiquetá-los largamente -
5:30 - 5:33de tal modo que quase garanta
-
5:33 - 5:35que a maioria da esquerda ignore o que eles têm a dizer.
-
5:35 - 5:37O primeiro método, foi o de pessoas recusando minhas reivindicações, foi que
-
5:38 - 5:42sendo uma pessoa morena eu não posso facilmente ser pintada como uma fanática,
-
5:42 - 5:45é que eu devo ser pró-guerra
-
5:45 - 5:48ou apoio amplamente a agenda da extrema-direita de alguma forma.
-
5:48 - 5:52Isto não é verdade.
-
5:52 - 5:53Às vezes eu sou chamada a um
Uncle Tom ou uma casa Árabe. -
5:54 - 5:58Outro termo lançado a volta dos ex-Mulçumanos
-
5:59 - 6:01e outros morenos críticos do Islã
-
6:01 - 6:03é "informantes nativos".
-
6:03 - 6:06Esta foi a minha primeira vez a ouvir isso.
-
6:06 - 6:07Não vou entrar nas muitas razões pelas quais isso é uma coisa impressionantemente repugnante
-
6:08 - 6:12denominar alguém, com a vaga implicação
-
6:12 - 6:15que sofreram lavagem cerebral de alguma forma, ou estão traindo a nossa própria classe.
-
6:15 - 6:18Embora seja pouco compreensível,
por que alguém como Myriam Francois, -
6:19 - 6:23que é uma convertida ao Islã branco, por que ela refere-se a nós como informantes nativos,
-
6:23 - 6:28é além da minha compreensão como
tal termo transparentemente racista -
6:28 - 6:33foi usada pelo jornalista Max Blumenthal
-
6:33 - 6:35em seu artigo condenando Ayaan Hirsi Ali
-
6:35 - 6:37para lançar uma sombra sobre
seu papel neste debate. -
6:37 - 6:40Eu me pergunto se Blumenthal
se sentiria confortável -
6:41 - 6:43usando termos racistas semelhante
contra os dissidentes anti-clericais -
6:43 - 6:46de afro-americanos ou outras comunidades minoritárias.
-
6:46 - 6:49Bill Maher é alguém
que foi pintado -
6:50 - 6:52pela Esquerda e pela Direita como um fanático.
-
6:52 - 6:54Uma vez em seu programa, Bill Maher
mencionou as altas taxas de apoio -
6:55 - 6:58a pena de morte pelo crime de
ateísmo em comunidades muçulmanas. -
6:58 - 7:01Em resposta, Dean Obeidallah,
-
7:02 - 7:04que é um comediante e autor
e liberal muçulmano, -
7:04 - 7:07tentou defender os países muçulmanos
apontando nossos erros -
7:08 - 7:12nas estatísticas usadas por Maher.
-
7:12 - 7:14Permitam-me citar seu artigo na CNN.
-
7:14 - 7:16Diz - "uma pesquisa de opinião pública de 2013 de fato encontrou
-
7:17 - 7:21que apenas 64% dos egípcios apoiaram isso"
-
7:21 - 7:25- Por "isso" ele quer dizer a pena de morte -
"ainda alarmante, mas não 90%" -
7:25 - 7:31e apenas treze nações muçulmanas têm
penalidades por apostasia, enquanto 34 não o fazem ". -
7:31 - 7:37Podemos realisticamente imaginar algo
assim sendo publicado -
7:39 - 7:42se fosse sobre qualquer outra minoria, em
um esforço honesto para minimizar o horror? -
7:42 - 7:48
E se fosse "apenas 64% dos norte-americanos -
7:49 - 7:52apoiar a pena de morte
para os convertidos ao Islã " -
7:52 - 7:54- Os muçulmanos não acham tão ruim -
-
7:55 - 7:57"apenas 64% dos cidadãos franceses apoiar
a pena de morte para imigrantes argelinos " -
7:57 - 8:01ou "apenas 64% dos americanos apóiam
a pena de morte para a homossexualidade?" -
8:02 - 8:06Quão ruim é a situação,
quão terríveis os abusos contra direitos humanos -
8:07 - 8:11e quão pouco o valor
da vida de um ser humano, -
8:11 - 8:14quando 64%, é visto como uma estatística defensável?
-
8:14 - 8:19Se a situação fosse que o total de um terço das nações ocidentais
-
8:21 - 8:23houvesse legalizado o assassinato de muçulmanos, quão consternado estaríamos?
-
8:23 - 8:26Qual seria a reação da Esquerda?
-
8:27 - 8:29Como um ex-muçulmana estou horrorizada que algo como isto seja publicado
-
8:29 - 8:33no web-site de uma grande organização de notícias
-
8:33 - 8:35e nem uma só voz ergueu-se em indignação.
-
8:35 - 8:38Por que minha vida vale menos?
-
8:39 - 8:41Se minha existência fosse simplesmente criada na tradição islâmica
-
8:41 - 8:44o direito religioso islâmico concederia
propriedade pública sobre mim e o meu corpo, -
8:44 - 8:49lhes ceoncederia a licença para assassinar-me e aos meus simpatizantes ateus ?
-
8:49 - 8:52A alegação que realmente está sendo feita
citando esta estatística foi que Maher -
8:53 - 8:57fez supostamente muito espalhafato a respeito da perseguição de ateus por muçulmanos
-
8:57 - 9:02Eu não quero denegrir o autor, Dean Obeidallah,
-
9:04 - 9:07mas ilustrar a profundidade do problema,
-
9:07 - 9:10que, ao tentar defender o que ele percebia como uma injustiça para com os muçulmanos,
-
9:10 - 9:13ele sequer percebeu a depravação do que escreveu.
-
9:13 - 9:16Como consequência uma audiência de esquerda agora me assusta
-
9:18 - 9:21quase tanto como um público de islamitas o faz.
-
9:21 - 9:25Eu tive que pensar muito sobre
se eu queria dar essa palestra hoje, -
9:25 - 9:29até que ponto devo medir as minhas palavras,
-
9:29 - 9:32e que consequências teria no meu trabalho.
-
9:32 - 9:34Não é minha intenção causar ofensa, mas firmemente creio
-
9:35 - 9:38que há coisas que precisam ser ditas, verdades óbvias ignoradas
-
9:38 - 9:41que ninguém, apenas alguns fanáticos na
extrema-direita estão dispostos a reconhecer. -
9:41 - 9:45Estamos todos, espero, familiarizados com o que aconteceu
-
9:46 - 9:48em 07 de janeiro na sede
Charlie Hebdo -
9:48 - 9:51Homens mascarados mataram doze pessoas, gritando Allahu Akbar !,
-
9:52 - 9:55mais tarde revelou-se serem dois irmãos,
cidadãos franceses de origem argelina. -
9:55 - 10:00Houve revolta global e um grande
demonstração de solidariedade para os cartunistas, -
10:00 - 10:05o que pareceu ser obviamente
justo fazer. -
10:05 - 10:08Até, claro, a religião começar a falar
-
10:08 - 10:10com alegações de "provocação"
e sentimentos feridos. -
10:10 - 10:14Mas era de se esperar, os islâmicos
têm dito isso durante anos, -
10:15 - 10:18e de fato, nenhuma religião realmente aceita
qualquer forma de zombaria -
10:18 - 10:21- se tiverem uma escolha na matéria, o dizem.
-
10:23 - 10:26Todavia, o mais angustiante para mim,
-
10:26 - 10:28foi a resposta de de muitos
dos meus aliados à Esquerda -
10:28 - 10:31Repetidamente ouvi a afirmação de que
Charlie Hebdo foi de alguma forma -
10:31 - 10:34uma publicação racista, e ao mesmo tempo,
é claro, é claro, -
10:34 - 10:38o assassinato é sempre errado
e deve ser condenado, -
10:38 - 10:41e todavia "compreensível"
-
10:41 - 10:43que os atiradores se sentiriam
provocados pelas caricaturas. -
10:43 - 10:45Agora, eu não sei quanto a vocês, mas eu não quero conhecer o homem
-
10:46 - 10:49que "entende" por que alguém o faria
se sentir compelido a matar outro homem -
10:49 - 10:52porque ele não gostou de uma caricatura
que o outro desenhou. (aplausos). -
10:52 - 11:02É importante perceber que a zombaria
e a crítica não são tão diferentes -
11:02 - 11:06aos olhos das pessoas mais religiosas.
-
11:06 - 11:09Não há montante justo de crítica justa e amigável.
-
11:09 - 11:13que o muito religioso aceite se
têm o poder de fechá-lo, -
11:13 - 11:16como evidenciado pela proibição
em discurso herético -
11:16 - 11:20em estados teocráticos ao longo da história.
-
11:20 - 11:22Há um curioso padrão duplo no momento em jogo.
-
11:22 - 11:25Quando os clérigos muçulmanos
e ativistas que são conhecidos, -
11:26 - 11:30anti-semitas e homófobos
são bem-vindos -
11:31 - 11:33em recintos universitários, a dar conferências
-
11:33 - 11:39enquanto feministas como Asra Nomani,
que tem lutado -
11:39 - 11:42para a igualdade dos sexos,
para o direito a entrada feminina -
11:42 - 11:45para a classe sacerdotal,
é marcada como fanática -
11:45 - 11:48pelas mesmas organizações estudantis muçulmanas
-
11:48 - 11:50e as autoridades
em universidades como Duke -
11:50 - 11:53sucumbam a essa tentativa descarada
para silenciá-la. -
11:53 - 11:55
Padrões semelhantes são repetidos
em todo o mundo ocidental. -
11:56 - 11:58Maryam Namazie, que é uma ativista ex-muçulmana,
-
11:59 - 12:02foi desconvidada para falar em Trindade,
Ayaan Hirsi Ali em Brandeis. -
12:02 - 12:07A união de estudantes britânica
agora largamente aliados -
12:07 - 12:10com organizações islâmicas,
tais como CAGE. -
12:10 - 12:13Para citar Nick Cohen em
seu artigo no Guardian -
12:14 - 12:15"Gestores universitários
não são melhores -
12:15 - 12:18que seus caçadores
de heresia adolescentes. -
12:18 - 12:21Eles dizem que querem se opor ao
Islã radical na argumentação. -
12:21 - 12:25A Secular Society dos Advogados
pegou-o pela palavra. -
12:25 - 12:28Ele tentou apresentar uma investigação
na Universidade de West London -
12:29 - 12:33em grupos islâmicos que estavam
todo campi, -
12:33 - 12:34apesar de seu recorde
em advogar contra -
12:34 - 12:36o ódio aos Judeu , homofobia e misoginia.
-
12:36 - 12:41As autoridades universitárias
baniram os secularistas. " -
12:41 - 12:45Deixe-me ser clara. Eu não acho que qualquer um,
-
12:46 - 12:49até mesmo fanáticos emergentes de comunidades muçulmanas
-
12:49 - 12:52ou de qualquer outro lugar,devam ser silenciados.
-
12:52 - 12:54O que eu peço é que nos levantemos
pelo o direito de falar de tudo, -
12:54 - 12:57incluindo tanto aqueles quanto estes
que estão conosco. -
12:57 - 13:00e aqueles que clamam pela morte
de nossos colegas descrentes. -
13:00 - 13:03Nossa sociedade funciona porque acreditamos que sentimentos feridos
-
13:04 - 13:07significam essencialmente nada aos olhos do nosso sistema de justiça.
-
13:07 - 13:10Mas é claro que se alega que este é um caso especial,
-
13:10 - 13:14porque estes não são apenas sentimentos pessoais feridos,
-
13:14 - 13:17estes são sentimentos religiosos feridos e não apenas somente qualquer religião
-
13:17 - 13:20mas da religião do vencido, do homem moreno.
-
13:20 - 13:23E a Esquerda decidiu há muito tempo
que os sentimentos feridos -
13:24 - 13:27da religião cristã importava pouco,
e era imperativo -
13:27 - 13:30que nos desiludissemos da noção
que o cristianismo -
13:30 - 13:33
nunca iria sentir-se a salvo de críticas
ou mesmo de zombaria sem rodeios. -
13:33 - 13:36Na verdade muitos dos nossos maiores pensadores tiveram prazer em exercer esse diireito.
-
13:36 - 13:40Quero citar Thomas Paine, do sua
livro, "The Age of Reason": -
13:41 - 13:46"Sempre que nós lemos as histórias obscenas, os deboches voluptuosos,
-
13:47 - 13:50as execuções cruéis e torturantes,
a vingança implacável, -
13:50 - 13:55com os quais mais da metade
da Bíblia está cheia, -
13:55 - 13:57seria mais consistente que a chamássemos
a palavra do demônio, -
13:57 - 14:00do que a palavra de Deus.
-
14:00 - 14:01É uma história de maldade, que tem
servido para corromper e brutalizar a humanidade; -
14:01 - 14:06e, de minha parte, eu sinceramente detesto isso, como detesto tudo que é cruel".
-
14:06 - 14:11Eu me pergunto se Paine tivesse sido assassinado por seu completo desprezo pelo cristianismo,
-
14:13 - 14:17quão diferente seria o Ocidente hoje?
-
14:17 - 14:20Que mensagem um ato tão horrível
teria enviado? -
14:21 - 14:24quantas pessoas ele teria silenciado
-
14:24 - 14:26com sua promessa de
mais derramamento de sangue por vir -
14:26 - 14:28se eles tivessem a audácia
para repetir o seu crime? -
14:28 - 14:31Teria o medo silenciado aqueles que
insistiam na liberdade de expressão? -
14:32 - 14:37Como isso teria afetado a cara de nossa nação?
-
14:38 - 14:40Agora eu espero que reflitam comigo, no fato de que
-
14:40 - 14:44não apenas ele não foi assassinado,
-
14:44 - 14:46tampouco seus conteporâneos que zombavam da religião
-
14:46 - 14:49também, apesar de há três séculos atrás, eu não acredito que ele contemplava a ideia
-
14:49 - 14:54de que escrever poderia realmente leva-lo a sua morte.
-
14:54 - 14:56e ainda assim, no século vinte e um
-
14:57 - 14:59esta é a realidade dos que falam contra o Islã em países muçulmanos
-
14:59 - 15:03e cada vez mais nos ocidentais.
-
15:03 - 15:05Não é incomum ouvir de
comentaristas em vários meios de comunicação -
15:06 - 15:09que as vítimas do Charlie Hebdo de alguma forma provocaram outros,
-
15:09 - 15:13com sua caricaturas ofensivas, a ceifar suas vidas.
-
15:13 - 15:16O sentimento parece ser que
os cartunistas deveriam de alguma forma -
15:17 - 15:22ser responsabilizados pelos seus próprios assassinatos,
-
15:22 - 15:25até dezenas de cartunistas
do Oriente desenharam painéis -
15:25 - 15:28em apoio dos seus colegas
no Oeste -
15:28 - 15:31arriscando suas próprias vidas pela liberdade de expressão
-
15:31 - 15:33Dois meses atrás, PEN, organização
que é sinónimo de liberdade de expressão -
15:35 - 15:38por quase um século, anunciou a sua
decisão de honrar -
15:38 - 15:43a revista Charlie Hebdo
-
15:43 - 15:44com o PEN:
Liberdade de Expressão Courage Award. -
15:44 - 15:46No entanto, entre aqueles que eram
membros do PEN, -
15:47 - 15:50havia alguns que se recusaram a ficar com
Charlie Hebdo, -
15:50 - 15:52inicialmente seis editores, e a partir de agora, 204 escritores.
-
15:52 - 15:56
Gostaria de lembrar a todos
que nós estivemos aqui antes. -
15:58 - 16:00Quando Salman Rushdie teve uma fatwa
pedindo a sua morte, -
16:01 - 16:04PEN América sob a gerência Susan Sontag
deu-lhe suporte, -
16:04 - 16:09mesmo enquanto uma percentagem significativa da intelectualidade deixou-o de lado.
-
16:09 - 16:13Figuras tão diversas como
o Arcebispo de Canterbury -
16:13 - 16:17a múltiplos membros
do Parlamento britânico, -
16:17 - 16:19um dos quais condenou Rushdie como,
(citação) "um vilão excelente", -
16:19 - 16:25cujo, citações, vida pública tem sido
um registro de atos desprezíveis de traição -
16:25 - 16:30de sua educação, religião,
lar adotivo e nacionalidade. -
16:30 - 16:34Como havia cartunistas orientais de pé
Charlie Hebdo, -
16:35 - 16:37havia escritores Iranianos do mundo muçulmano que permaneceram em desafio
-
16:37 - 16:40e defenderam Rushdie, alguns dos quais
foram subsequentemente atacados. -
16:40 - 16:44A luz dos recentes ataques em Garland, Texas,
-
16:45 - 16:48Eu gostaria de compartilhar as palavras proféticas de Norman Mailer,
-
16:48 - 16:51há mais de duas décadas atrás:
-
16:51 - 16:54"Nesta semana de turbulência podemos agora vislumbrar um tempo terrível no futuro
-
16:54 - 16:57quando grupos fundamentalistas na América,
-
16:57 - 16:59roubando sua página
desse episódio internacional -
16:59 - 17:03vão saber como aplicar os mesmos métodos
-
17:03 - 17:05
para escritores e livrarias americanas. -
17:05 - 17:08Se eles tiverem sucesso, será devido
ao fato que nós nunca encontramos -
17:08 - 17:11resistência honesta ao terrorismo imposto a Salman Rushdie."
-
17:11 - 17:15Quando, em 1989 e 2005 autores
e cartunistas considerado -
17:16 - 17:21uma vaga possibilidade de retaliação,
-
17:21 - 17:23agora diversificou-se numa ameaça sempre presente;
-
17:23 - 17:26como um relógio a violência
se intensifica e se repete. -
17:26 - 17:30A resposta covarde na década interveniente.
-
17:31 - 17:33tem também o tempo, e o tempo também foi repetido novamente, cada vez fortalecendo as vozes
-
17:33 - 17:38pedindo a redução da liberdade de expressão.
-
17:38 - 17:40A fatwa de Rushdie fonos i a primeira batalha ,uma batalha na qual nos rendemos,
-
17:41 - 17:44e continuamos a pagar o preço
para o apaziguamento hoje. -
17:44 - 17:48Então, por que é tão difícil para muitos
na esquerda criticar o Islã? -
17:49 - 17:54Por que eles evitam isso?
-
17:54 - 17:56Eu acredito que a principal razão é que
muitos estão simplesmente incapazes de separar -
17:56 - 18:01a crítica de uma idéia com o ódio
dirigido para um povo, -
18:01 - 18:04e chame imediatamente o primeiro "racismo".
-
18:04 - 18:06essa ideia ão deve ser entretida por muito tempo.
-
18:07 - 18:10como se não pudesse haver razões válidas
para criticar uma ideologia -
18:10 - 18:13enraizadas no sétimo século de normas patriarcais
-
18:13 - 18:15com exceção de ódio contra as mesmas pessoas presas por essas ideologias.
-
18:15 - 18:20Há pessoas que usam a frase "islamofobia"
-
18:22 - 18:25tanto no sentido de crítica do povo
e da religião. -
18:25 - 18:28Eu sei que muitos muçulmanos fazer isso,
-
18:29 - 18:31é uma maneira fácil de parar os outros
de criticar a sua religião, -
18:31 - 18:33mas eu acredito que muitos no Ocidente
usam esta palavra -
18:33 - 18:37porque eles não têm pensado muito
do por que ele pode ser prejudicial. -
18:37 - 18:39Islamofobia é um termo sem sentido.
-
18:39 - 18:42Ele serve para confundir e atrapalhar duas
formas muito diferentes de intolerância, -
18:42 - 18:47baseadas em duas diferentes razões,
-
18:47 - 18:49no sentido de que deve haver
duas recções muito diferentes. -
18:49 - 18:52Às vezes é alegado
que a crítica da religião -
18:53 - 18:55é a crítica da identidade
do crente, -
18:55 - 18:58e por isso é fanatismo.
-
18:58 - 18:59Identidade dessa pessoa
baseia-se em ideologia, -
18:59 - 19:03
por isso, se você criticar sua ideologia, -
19:03 - 19:05você está necessariamente gerando
odio contra essa pessoa. -
19:05 - 19:08
Mas eu me pergunto o que aconteceria -
19:08 - 19:10se nós aplicarmos esse tipo de pensamento
para tudo? -
19:10 - 19:12E se adeptos da Nova Era decidissem que a crítica a cura espiritual da New Age
-
19:13 - 19:17fosse uma forma de ódio contra pessoas
que escolheram se identificar dessa maneira? -
19:17 - 19:20O que aconteceria se hindus decidissem
que a crítica ao sistema de castas -
19:20 - 19:23fosse uma profunda forma de racismo contra os hindus?
-
19:23 - 19:27Quanto disso iria retardar a reforma?
-
19:27 - 19:30Há uma outra versão para este argumento
-
19:31 - 19:33que afirma que criticar ou ridicularizar o Islã
-
19:33 - 19:35alimenta o fanatismo
pela extrema-direita -
19:35 - 19:39e, portanto, causa danos,
-
19:39 - 19:40e eu quero que todos saibam que
o argumento é quase nunca -
19:41 - 19:44que o Islã não merece a crítica
ou ridicularização como uma religião, -
19:44 - 19:47mas que é prejudicial exprimir isto
pelos danos que ele faria. -
19:47 - 19:52Agora, um dos escritores que se opunham à
prêmio para Charlie Hebdo alegou que -
19:53 - 19:57(Citação), a narrativa
dos assassinatos Charlie Hebdo -
19:57 - 20:01-a narrativa dos assassinatos Charlie Hebdo-
-
20:01 - 20:04brancos europeus mortos em seus escritórios por extremistas muçulmanos
-
20:04 - 20:07é aquele que alimenta ordenadamente
os preconceitos culturais -
20:07 - 20:11
que permitiram que os nossos governos -
20:11 - 20:12fizessem tantos erros desastrosos no Oriente Médio
-
20:12 - 20:15- A narrativa dos assassinatos Charlie Hebdo!
-
20:16 - 20:19Eu li essa declaração e percebi que
para alguns escritores -
20:19 - 20:22o problema não era apenas
que as caricaturas eram ofensivas, -
20:22 - 20:26foi que a reação dos muçulmanos
às charges alimentados em -
20:26 - 20:30estereotipada imagem muçulmana reação muito inconveniente ao grupo
-
20:32 - 20:35que tentava pintar uma imagem
pacífica do Islã. -
20:38 - 20:41apesar do aumento evidente contrário.
-
20:42 - 20:45É bastante claro que as alianças aqui não são a verdade,
-
20:45 - 20:50em vez disso, o objetivo é esconder
seletivamente verdades inconvenientes, -
20:50 - 20:53verdades prejudiciais não devem ser reconhecidas.
-
20:54 - 20:59Quem assiste Fox sabe que
usam táticas de imposição do medo -
20:59 - 21:02Mas a liberdade de um bilhão e meio
de muçulmanos no mundo, -
21:02 - 21:04Muçulmanos que sofrem sob o jugo
de uma -
21:05 - 21:09Autoridade teológica sempre presente,
-
21:09 - 21:11deve estar na vanguarda das nossas mentes.
-
21:11 - 21:14Como tem sido repetidas centenas
de vezes por críticos como eu, -
21:14 - 21:16as principais vítimas do Islamismo
são os muçulmanos -
21:16 - 21:20seja em termos de terrorismo, violência,
misoginia, -
21:20 - 21:23liberdade de expressão e religião,
e declínio econômico. -
21:23 - 21:27No entanto, curiosamente, para alguns, estas preocupações
-
21:27 - 21:31são secundárias ainda e não apresentam ofensa.
-
21:31 - 21:33Ainda há outros que acreditam que
que as pessoas no Ocidente não têm -
21:33 - 21:36
o direito de falar sobre problemas de "cultura morena" -
21:36 - 21:37devido ao legado do colonialismo
e outras formas de violência -
21:39 - 21:42que Ocidente tem lançado sobre o Oriente.
-
21:42 - 21:44Este é um argumento estranho, porque
ignora a história do mundo, -
21:44 - 21:46história na qual várias nações,
Muçulmanas e não -
21:46 - 21:49sucumbiram no vai-e-vem
das conquistas, repetidamente -
21:49 - 21:51em todo a história registrada.
-
21:52 - 21:56Muitos países islamicos tinham
leis terríveis antes do colonialismo -
21:56 - 22:00Dois dos epicentros do pensamento islâmico, Irã pelo islamismo xiita,
-
22:00 - 22:04
-
22:04 - 22:05e Arábia Saudita pelo islamismo sunita,
resistiram ao colonialismo. -
22:06 - 22:10-Desculpem-me-
-
22:11 - 22:14De fato, Arabia Saudita
foi fundada em 1744 -
22:14 - 22:19como um estado extremista.
-
22:21 - 22:22A primeira reiteração foi destruida pelos Otomanos
-
22:22 - 22:26devido ao seu fanatismo religioso.
-
22:26 - 22:27Os primeiros sauditas na verdade
atacaram e profanaram -
22:27 - 22:30alguns dos siteslugares islâmicos
mais sagrados e foram parados, -
22:30 - 22:32Não pela intervenção do Ocidente
mas por outros muçulmanos -
22:33 - 22:36que os viram como fanáticos perigosos.
-
22:36 - 22:39Não havia então Imperialismo Americano,
-
22:39 - 22:41Não havia guerra contra
outros muçulmanos, -
22:41 - 22:43E ainda assim , fundamentalistas
Wahabbis existiam, -
22:44 - 22:46e atacavam outros muçulmanos,
-
22:46 - 22:48de modo bem parecido com como
o ISIS os ataca hoje. -
22:48 - 22:51
A reforma é impossível -
22:51 - 22:53quando você constantemente
muda a conversa -
22:53 - 22:56do fundamentalismo Islâmico e volta para violência e imperialismo ocidental.
-
22:57 - 22:59Mas não me interpretem mal.
É importante discutir esta questão, -
22:59 - 23:02É importante discutir o imperialismo
e mal que ele causa -
23:02 - 23:06Ma viol~encia em nome do Islã tem aterrorizado o Oeriente Médio
-
23:07 - 23:10desde a sua criação,
e é importante -
23:10 - 23:13que nós não inviabilizemos essa conversa.
-
23:13 - 23:16A paralisia moral por medo do
direito, -
23:16 - 23:19por medo de promover a intolerância,
-
23:19 - 23:20por vergonha dos crimes anteriores
cometidos por outras pessoas brancas -
23:21 - 23:27não de triunfar sobre todas as considerações
-
23:27 - 23:31Quando leio artigos de
por que os muçulmanos -
23:31 - 23:34não devem ser ridicularizados
-
23:35 - 23:37Eu tenho uma noção de
condescendência, um sentido -
23:37 - 23:43que existem aqueles que acreditam
-
23:43 - 23:46que a característica mais essencial das
pessoas morenasé a sua religião, -
23:46 - 23:49uma característica definidora de fato,
e devido a isso -
23:49 - 23:52eles presumem que não vamos mudar
ou não podemos, -
23:52 - 23:55que a religião é algo inerente
a quem nós somos -
23:55 - 23:58e que isso não reagirá a pressões para mudança
-
23:58 - 24:01do modo como os cristãos reagiram aos secularistas.
-
24:01 - 24:05Enquanto eles acreditam
apoiar tolerância, -
24:05 - 24:08o que eles estão realmente apoiando é
a direita religiosa do Oriente, -
24:09 - 24:12e não apenas qualquer direita religioso,
e não a direita religiosa que temos aqui -
24:12 - 24:15é uma direita religiosa que Ocidente
não vê há séculos. -
24:15 - 24:21Para mim, qualquer que se oponha ao direito fundamental
-
24:21 - 24:22a liberdade de expressão
-
24:22 - 24:26a fim de proteger a sensibilidade
do direito religioso islâmico -
24:26 - 24:28é um liberal apenas no nome.
-
24:29 - 24:33Na verdade, que tipo de pessoa admite
dois grupos diferentes responsáveis -
24:33 - 24:36por dois padrões diferentes de
comportamento aceitável, -
24:37 - 24:39senão um fanático?
-
24:39 - 24:43Islã, como toda religião patriarcal,
é uma ferramenta -
24:44 - 24:47usada para justificar o abuso de
mulheres e minorias -
24:47 - 24:50Nosso conceito de tolerância
se extende de subjugação sistemática -
24:50 - 24:54de mulheres e minorias?
-
24:54 - 24:57O que mais pode desculpar o abuso feito
em nome da tolerância ser chamado -
24:59 - 25:02senão de um benevolente,
forma de fanatismo? -
25:02 - 25:04Não importa o quão aparentemente
compassivas as motivações, -
25:04 - 25:08não devemos hesitar em ser honestos.
-
25:10 - 25:14em mostrar aos nossos aliados sua
hipocrisia e seus costumes liberais. -
25:14 - 25:18Às vezes eu sinto como se as pessoas
vissem o secularismo e o livre-pensamento -
25:18 - 25:21de serem conceitos de propriedade do Ocidente,algo intrinsecamente ocidental.
-
25:21 - 25:24
Empurrar o secularismo e o pensamento livre para os muçulmanos, -
25:25 - 25:27é empurrar uma identidade
ocidental sobre eles. -
25:27 - 25:31Não é mais do que ignorância da história a sensação de que os ideais do iluminismo
pudessem ser compartilhados apenas por esta civilização -
25:31 - 25:34a sensação de que os ideais iluministas
só podem ser compartilhados por esta civilização, -
25:34 - 25:35ao invés de espalhar-se por toda a humanidade
-
25:35 - 25:38De fato tem havido campeões desses ideais em todas as culturas,
-
25:38 - 25:41tem havido inúmeros livres pensadores desafiando a fé, que tentaram mas
-
25:41 - 25:43que infelizmente falharam ao interpretar as escrituras de modo menos misógeno ,
-
25:44 - 25:46mesmo nas sociedades islâmicas patriarcais.
-
25:46 - 25:52Um exemplo o príncipe da dinastia Mughal, dara Shikoh,
-
25:52 - 25:54que comprometeu-se com os direitos de todoas as religiões, Hindu, Sikh , similares
-
25:55 - 25:57aos muçulmanos, trabalhando para preencher as lacunas entre todas as fés.
-
25:57 - 26:00Como podem imaginar, não durou muito. Dara foi assassinado por seu irmão.
-
26:00 - 26:05irmão que agora é reverenciado nos
círculos muçullmanos -
26:05 - 26:09como sendo um guardião da fé. Igualmente, tem havido mulheres que
-
26:10 - 26:12Do mesmo modo, tem havido mulheres
que lutaram por seus direitos. -
26:12 - 26:14Há duzentos anos, Fatima Baraghani nascida no Iran,
-
26:14 - 26:19Muito inteligente, que de acordo com o costume, casou-se muito jovem,
-
26:19 - 26:24sem ter acesso à educação, foi atraída por um movimento radical em seu país
-
26:25 - 26:26que pregava a igualdade entre os gêneros. Juntou-se a ele e tornou-se a liderum dos
-
26:26 - 26:28luminares do movimento.Para simbolizar uma ruptura da Shariah, numa reunião,
-
26:28 - 26:32arrancou o próprio véu e o brandiu como uma espada
-
26:33 - 26:37em frente a uma assembleia de homens.
-
26:37 - 26:40Isto causou tamanho choque entre os presentes que muitos gritaram,
-
26:41 - 26:44um homem, horrorizado, cortou a própria garganta
-
26:44 - 26:47Fugindo como o sangue que fluiu de seu pescoço. (risadas)
-
26:47 - 26:52Mas ela não aproveitou a liberdade viveu nem muito depois disso.
-
26:53 - 26:56A tragédia do passado do Oriente, não criou reformadores.
-
26:56 - 26:59A violência de nossos opresores continua nos eliminando.
-
26:59 - 27:02Mesmo nos tempos modernos,
um autor da Somália, -
27:03 - 27:06Abdisai Abdi Ismail, escreveu um livro
onde ele demonstrou audaciosamente -
27:06 - 27:09que o Islã na verdade não clama pela pena de morte por apostasia.
-
27:10 - 27:13Sua vida foi ameaçada e ameaçaram queimar seus livros
-
27:13 - 27:17como prêmio por seus esforços. Um reformista britânico, Maajid Nawaz,
-
27:19 - 27:22teve sua morte pedida por simplesmente postar um "tweet" dizendo que
-
27:24 - 27:28a caricatura de Muhammad,
não o ofendia pessoalmente -
27:28 - 27:32Os direitos religiosos tem assassinado reformadores por séculos,
-
27:33 - 27:36Mas continuamos aqui
lutando pos nosso futuro -
27:36 - 27:40a mesma luta em que
Ocidente teve sucesso. -
27:40 - 27:44É estranho que as mesmas pessoas que desejaram conter o direito Cristão de usar
-
27:44 - 27:48os avanços do Ocidente, insistam
que devamos ser definidos -
27:48 - 27:49por nosso direito religioso.
-
27:49 - 27:51Vamos supor, para bem do argumento,
que o Islã, como religião, -
27:51 - 27:51precise de reforma. Ou, no mínimo,
as comunidades muçulmanas -
27:51 - 27:52tanto no Ocidente como no exterior pratiquem sua fé como quiserem.
-
27:52 - 27:53Eu acredito nisto. Todos os
dados que temos corroboram isto. -
27:53 - 27:56Há uma grande quantidade de evidências, que claramente manifestam
-
27:56 - 27:59misoginia excessiva. Atitudes ruins em relação aos homossexuais
-
27:59 - 28:01e apostasia dentro do mundo muçulmano,
-
28:02 - 28:05apoiadas pela lei e largamente
aceito pela população. -
28:05 - 28:08Em um esforço para desviar a atenção
do papel da religião em tudo isso, -
28:08 - 28:11alguns optaram por usar
desculpas variadas, -
28:12 - 28:16nenhuma das quais faz sentido,
porquê países muçulmanos -
28:16 - 28:21não compartilham nada, exceto a religião.
-
28:21 - 28:24não compartilham posição
socioeconômica, educação -
28:25 - 28:26ou níveis de alfabetização, nem PIB
-
28:26 - 28:30nem contexto cultural ou histórico,
racial, etnico, linguístico, -
28:30 - 28:34Nem sistema político, ou a história
da colonização ocidental. -
28:34 - 28:37O que compartilham é teologia.
-
28:37 - 28:41Obviamente, o Islã não é a raiz de
todo o mal, mas é um fator importante. -
28:42 - 28:43Temos uma direita no
Ocidente, acreditando -
28:43 - 28:46que o Islã
personifica o mal, -
28:46 - 28:50a esquerda recusa-se
olhar-lo como danoso. -
28:50 - 28:53A questão, é como
vamos reforma-lo -
28:54 - 28:55Sem realmente falar
de problemas no Islã -
28:55 - 28:58Como progrediremos
nos afastando -
28:58 - 28:59
partindo de aspectos
fundamentais de que -
28:59 - 29:01as práticas prejudiciais
são justificadas? -
29:01 - 29:02A maioria das
culturas é sensível -
29:02 - 29:04a pressões seletivas,
-
29:04 - 29:06E insistindo em
não pressionar -
29:06 - 29:09agimos como um freio
no progresso -
29:09 - 29:10Temos abundância
de provas que -
29:10 - 29:10um impulso para
o secularismo -
29:10 - 29:11ou a presença dentro
de culturas seculares -
29:11 - 29:16pode mudar a conduta,
e as crenças dos -
29:16 - 29:20Muçulmanos. Opondo os
que vivem nos USA -
29:20 - 29:24aos que vivem no
Oriente Médio -
29:24 - 29:26encontra-se em todas
as medidas, que suas -
29:27 - 29:31opiniões são menos
extremas e alinhadas -
29:32 - 29:34com valores liberais
-
29:34 - 29:36do que a população
em países de origem. -
29:36 - 29:40Muitos Muçulmanos
creem ser sua religião -
29:41 - 29:44imutável, que cada
palavra é verdade, -
29:44 - 29:47que reformistas
os insultam quando -
29:48 - 29:50exigem mudanças.
-
29:56 - 29:59Ainda assim mudanças
profundas ocorreram -
29:59 - 30:01em como Muçulmanos
praticam sua religião -
30:01 - 30:04Muitos países
muçulmanos eram -
30:04 - 30:07escravagistas até
o século vinte, -
30:07 - 30:11alguns aboliram
a escravidão em 1981, -
30:11 - 30:13citando sanção
religiosa da prática -
30:14 - 30:17como justificativa
-
30:17 - 30:21A população escrava
da Arábia Saudita era -
30:21 - 30:25estimada em 300.000
há 50 anos atrás. -
30:29 - 30:32E foi a pressão
internacional -
30:32 - 30:36que forçou a
abolição. -
30:36 - 30:38Sob pressão do
Império Britânico -
30:38 - 30:41pela abolição
um século passado -
30:44 - 30:47O Sultão do Marrocos
citou a eficácia do -
30:48 - 30:52Alcorão em sancionar
a escravidão. -
30:52 - 30:55Mais tarde o
Ministro do marrocos, -
30:56 - 31:01Muhammad Idris,
respondeu ao esforço -
31:01 - 31:04abolicionista,"nós não
interferimos -
31:04 - 31:07em seus princípios
religiosos, vocês -
31:08 - 31:11não deveriam intervir
em nossa religião". -
31:11 - 31:13Diante da falta de
vontade Otomana -
31:13 - 31:16para condenar
o status de escravos -
31:16 - 31:19tal como consagrado
na Shariah, -
31:19 - 31:22um político britânico
disse sarcasticamente -
31:25 - 31:29que o Sultão deveria
tornar-se cristão.
. -
31:29 - 31:32Hoje,a maioria senão
todos os Muçulmanos -
31:32 - 31:36repudiam a escravidão.
-
31:36 - 31:42Será que abandonaram
o Alcorão que -
31:42 - 31:45claramente tolerava
a escravidão há um -
31:46 - 31:51século, ou mudamos
o consenso geral -
31:52 - 31:56defendendo os nossos
princípios morais? -
31:56 - 31:57Imagino o que aconteceu,
se fanáticos benevolentes -
31:57 - 32:00
-
32:00 - 32:02
-
32:02 - 32:04
-
32:04 - 32:07
-
32:07 - 32:10
-
32:10 - 32:14
-
32:14 - 32:16
-
32:18 - 32:22
-
32:22 - 32:25
-
32:25 - 32:28
-
32:28 - 32:32
-
32:32 - 32:36
-
32:36 - 32:39
-
32:39 - 32:43
-
32:44 - 32:47
-
32:47 - 32:52
-
32:52 - 32:54
-
32:54 - 32:57
-
32:58 - 33:00
-
33:00 - 33:02
-
33:03 - 33:08
-
33:08 - 33:11
-
33:12 - 33:15
-
33:15 - 33:17
-
33:17 - 33:21
-
33:22 - 33:24
-
33:24 - 33:28
-
33:29 - 33:31
-
33:31 - 33:34
-
33:34 - 33:38
-
33:38 - 33:40
-
33:41 - 33:43
-
33:43 - 33:45
-
33:45 - 33:50
-
33:51 - 33:55
-
33:55 - 33:59
-
34:00 - 34:06
-
34:06 - 34:10
-
34:11 - 34:14
-
34:14 - 34:17
-
34:17 - 34:22
-
34:22 - 34:25
-
34:26 - 34:29
-
34:29 - 34:33
-
34:34 - 34:37
-
34:37 - 34:41
-
34:42 - 34:45
-
34:45 - 34:47
-
34:47 - 34:50
-
34:50 - 34:53
-
34:53 - 34:56
-
34:56 - 34:58
-
34:58 - 35:00
-
35:01 - 35:04
-
35:04 - 35:08
-
35:08 - 35:12
-
35:12 - 35:15
-
35:15 - 35:18
-
35:18 - 35:21
-
35:21 - 35:22
-
35:22 - 35:26
-
35:26 - 35:30
-
35:31 - 35:34
-
35:34 - 35:36
-
35:36 - 35:39
-
35:39 - 35:40
-
35:40 - 35:43
-
35:43 - 35:46
-
35:48 - 35:51
-
35:51 - 35:55
-
35:55 - 35:59
-
36:00 - 36:02
-
36:02 - 36:04
-
36:05 - 36:07
-
36:07 - 36:09
-
36:10 - 36:11
-
36:11 - 36:35
-
36:40 - 36:43
-
36:43 - 36:45
-
36:45 - 36:48
-
36:49 - 36:50
-
36:50 - 36:52
-
36:52 - 36:56
-
36:56 - 36:57
-
36:57 - 37:03
-
37:03 - 37:05
-
37:05 - 37:11
-
37:11 - 37:14
-
37:14 - 37:16
-
37:17 - 37:21
-
37:21 - 37:25
-
37:25 - 37:30
-
37:30 - 37:33
-
37:33 - 37:39
-
37:39 - 37:41
-
37:42 - 37:45
-
37:45 - 37:47
-
37:48 - 37:52
-
37:52 - 37:55
-
37:55 - 37:57
-
37:57 - 38:04
-
38:04 - 38:06
-
38:06 - 38:10
-
38:10 - 38:15
-
38:15 - 38:19
-
38:19 - 38:24
-
38:24 - 38:26
-
38:26 - 38:30
-
38:30 - 38:36
-
38:36 - 38:39
-
Not Synced
-
Not Synced
- Title:
- Sarah Haider: Islam and the Necessity of Liberal Critique (AHA Conference 2015)
- Description:
-
- Video Language:
- English
- Team:
- Captions Requested
- Duration:
- 38:42
Show all