Como os "websites" gigantes desenham para nós (e para outros mil milhões, também)
-
0:01 - 0:04Em que é que pensam
quando eu digo a palavra "design"? -
0:05 - 0:07Provavelmente pensam em coisas como estas,
-
0:07 - 0:10objetos finamente trabalhados
que podem segurar na vossa mão -
0:10 - 0:13ou talvez logos e pósteres e mapas
-
0:13 - 0:16que explicam as coisas visualmente,
-
0:16 - 0:19ícones clássicos de "designs" intemporais.
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0:19 - 0:21Mas não estou aqui para falar
sobre esse tipo de "design". -
0:21 - 0:23Eu quero falar sobre aquilo
-
0:23 - 0:25que vocês provavelmente usam todos os dias
-
0:25 - 0:27e podem não dar muita atenção,
-
0:27 - 0:29"designs" que mudam a toda a hora
-
0:29 - 0:31e que vivem dentro do vosso bolso.
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0:31 - 0:33Estou a falar do "design"
-
0:33 - 0:35de experiências digitais
-
0:35 - 0:39e, especificamente, do "design"
de sistemas tão grandes -
0:39 - 0:41que a sua escala
pode ser difícil de compreender. -
0:42 - 0:44Considerem que o Google
-
0:44 - 0:47processa mais de mil milhões
de pesquisas todos os dias, -
0:47 - 0:50que a cada minuto,
mais de 100 horas de vídeo -
0:50 - 0:52são carregadas para o YouTube.
-
0:52 - 0:54Isto é mais num único dia
-
0:54 - 0:57do que as três maiores redes
dos EUA, em conjunto, -
0:57 - 0:59transmitiram nos últimos cinco anos.
-
0:59 - 1:02E o Facebook a transmitir as fotos,
-
1:02 - 1:03mensagens e histórias
-
1:03 - 1:06de muito mais de mil milhões de pessoas.
-
1:06 - 1:09Isso é quase metade
da população da Internet -
1:09 - 1:11e um sexto da Humanidade.
-
1:12 - 1:13Estes são alguns dos produtos
-
1:13 - 1:15que eu ajudei a desenhar
ao longo da minha carreira. -
1:15 - 1:17A escala deles é tão grande
-
1:17 - 1:21que produziram desafios
de "design" sem precedentes. -
1:22 - 1:24Mas o que é realmente difícil
-
1:24 - 1:26no "design" à escala é isto:
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1:26 - 1:28É difícil, em parte,
-
1:28 - 1:31porque requer uma combinação
de duas coisas, -
1:31 - 1:34audácia e humildade.
-
1:34 - 1:38Audácia para acreditar
que a coisa que estamos a fazer -
1:38 - 1:41é algo que toda a gente quer e precisa,
-
1:41 - 1:44e humildade para perceber
que, como "designer", -
1:44 - 1:47não se trata de nós ou do nosso portefólio.
-
1:47 - 1:49Trata-se das pessoas
para quem estamos a desenhar, -
1:49 - 1:51e de como o nosso trabalho
-
1:51 - 1:53as pode ajudar a viver vidas melhores.
-
1:53 - 1:55Agora, infelizmente, não há nenhuma escola
-
1:55 - 1:59com o curso "Introdução ao
'Design' para a Humanidade". -
1:59 - 2:01Eu e outros "designers"
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2:01 - 2:03que trabalhamos neste tipo de produtos
-
2:03 - 2:06tivemos de ir inventando
à medida que avançamos. -
2:06 - 2:08Estamos a ensinar a nós mesmos
-
2:08 - 2:10as mais recentes e melhores práticas
-
2:10 - 2:11para "design" à escala.
-
2:11 - 2:14Hoje gostaria de partilhar
algumas das coisas -
2:14 - 2:15que temos aprendido ao longo dos anos.
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2:15 - 2:17A primeira coisa que é preciso saber
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2:17 - 2:18acerca do "design" à escala
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2:18 - 2:21é que as pequenas coisas
são realmente importantes. -
2:21 - 2:22Aqui está um exemplo muito bom
-
2:22 - 2:26de como um elemento de "design"
muito pequeno pode ter um grande impacto. -
2:26 - 2:28A equipa do Facebook
-
2:28 - 2:31que gere o botão "Gosto" do Facebook
-
2:31 - 2:34decidiu que ele precisava
de ser redesenhado. -
2:34 - 2:36O botão, de certa forma,
ficou fora de sincronização -
2:36 - 2:38com a evolução da nossa marca
-
2:38 - 2:40e precisava de ser modernizado.
-
2:40 - 2:41Podem pensar:
-
2:41 - 2:42"É um botão muito pequeno,
-
2:42 - 2:45"provavelmente é uma tarefa simples,
fácil de desenhar", -
2:45 - 2:47mas não era.
-
2:47 - 2:49Acontece que havia
muitos constrangimentos -
2:49 - 2:50para o "design" deste botão.
-
2:50 - 2:54Tinha de se trabalhar com parâmetros
específicos de altura e largura. -
2:54 - 2:56Tinha de se ter muito cuidado
para que funcionasse -
2:56 - 2:58numa série de linguagens diferentes,
-
2:58 - 3:01e ter cuidado com o uso de gradientes
e bordas extravagantes -
3:01 - 3:03porque tinha de esbater-se dignamente
-
3:03 - 3:05nos navegadores antigos.
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3:05 - 3:07A verdade é que desenhar
este botão tão pequenino -
3:07 - 3:10foi uma grande trabalheira.
-
3:10 - 3:12Esta é a nova versão do botão.
-
3:12 - 3:14O "designer" que liderou este projeto
-
3:14 - 3:18calcula que gastou mais de 280 horas
-
3:18 - 3:21a redesenhar este botão ao longo de meses.
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3:21 - 3:24Porque é que nós gastaríamos tanto tempo
-
3:24 - 3:26numa coisa tão pequena?
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3:26 - 3:28Porque, quando se está a desenhar à escala,
-
3:28 - 3:31não existe o "pequeno detalhe".
-
3:31 - 3:32Este pequeno e inocente botão
-
3:32 - 3:36é visto, em média, 22 mil milhões
de vezes por dia -
3:36 - 3:40em mais de 7,5 milhões de "websites".
-
3:40 - 3:44É um dos elementos de "design"
criados até hoje, mais visto. -
3:44 - 3:46É muita pressão para um botão pequenino
-
3:46 - 3:48e para o "designer" por trás dele.
-
3:48 - 3:50Mas com este tipo de produtos
-
3:50 - 3:52é preciso fazer bem até as coisas pequenas.
-
3:52 - 3:55A próxima coisa que precisam de perceber
-
3:55 - 3:57é como desenhar com dados.
-
3:57 - 3:59Quando trabalhamos com produtos como este,
-
3:59 - 4:02temos quantidades incríveis de informação
-
4:02 - 4:04sobre como as pessoas usam o produto
-
4:04 - 4:06que podemos usar para influenciar
-
4:06 - 4:07as nossas decisões de "design".
-
4:07 - 4:10Mas não é tão simples
como seguir os números. -
4:10 - 4:11Deixem-me dar-vos um exemplo
-
4:11 - 4:13para que consigam perceber
o que quero dizer. -
4:13 - 4:16O Facebook tem uma
ferramenta há muito tempo -
4:16 - 4:18que permite que as pessoas
denunciem fotografias -
4:18 - 4:20que possam violar as normas
da nossa comunidade, -
4:20 - 4:23coisas como "spam" e abusos.
-
4:23 - 4:25Havia imensas fotografias denunciadas,
-
4:25 - 4:28mas acontece que apenas
uma pequena percentagem -
4:28 - 4:31estava realmente a violar
essas normas da comunidade. -
4:31 - 4:34A maior parte delas eram apenas
fotografias normais de festas. -
4:34 - 4:37Para vos dar um exemplo
específico hipotético, -
4:37 - 4:39digamos que a minha amiga Laura,
hipoteticamente, -
4:39 - 4:44denuncia uma foto minha
de uma noite de bebedeira de "karaoke". -
4:44 - 4:47Isto é puramente hipotético,
posso garantir-vos. -
4:47 - 4:49(Risos)
-
4:49 - 4:50A propósito,
-
4:50 - 4:52vocês sabem como
algumas pessoas se preocupam -
4:52 - 4:54que o seu patrão ou empregados
-
4:54 - 4:57descubram fotos embaraçosas deles
no Facebook? -
4:57 - 4:59Sabem como é difcícil evitar isso
-
4:59 - 5:02quando se trabalha no Facebook?
-
5:02 - 5:05De qualquer forma,
há imensas destas fotografias -
5:05 - 5:08que são erradamente denunciadas
como "spam" e abuso. -
5:08 - 5:10Um dos engenheiros da equipa
teve um pressentimento. -
5:10 - 5:13Pensou que devia estar
a acontecer qualquer coisa -
5:13 - 5:14e estava certo.
-
5:14 - 5:16Quando olhou
para uma série de casos, -
5:16 - 5:19descobriu que a maior parte deles
eram de pessoas -
5:19 - 5:22que estavam a pedir
que retirassem essa fotografia deles. -
5:22 - 5:24Este foi um cenário
-
5:24 - 5:27que a equipa nunca antes
tinha tido em consideração. -
5:27 - 5:29Então adicionaram uma nova ferramenta
-
5:29 - 5:31que permitia às pessoas enviar
uma mensagem ao seu amigo -
5:31 - 5:33para pedir-lhe que retire a fotografia.
-
5:33 - 5:34Mas não resultou.
-
5:34 - 5:38Apenas 20% das pessoas
enviavam a mensagem ao seu amigo. -
5:38 - 5:40Então a equipa voltou ao problema.
-
5:40 - 5:43Consultaram especialistas
em resolução de conflitos. -
5:43 - 5:47Até estudaram os princípios universais
-
5:47 - 5:48de linguagem educada,
-
5:48 - 5:50coisa que eu nem sabia que existia
-
5:50 - 5:51até esta pesquisa acontecer.
-
5:51 - 5:54E encontraram algo realmente interessante.
-
5:54 - 5:56Tinham de ir mais longe do que
ajudar apenas as pessoas -
5:56 - 5:58a pedir ao seu amigo
para tirar a fotografia. -
5:58 - 6:01Tinham de ajudar as pessoas
a expressar ao seu amigo -
6:01 - 6:03a forma como a fotografia os fazia sentir.
-
6:03 - 6:05É assim que esta experiência funciona hoje.
-
6:05 - 6:08Eu encontro esta minha hipotética foto
-
6:08 - 6:11que não é "spam", não é abuso,
-
6:11 - 6:14mas que quero mesmo
que não esteja no "site". -
6:14 - 6:17Então eu denuncio-a e digo:
-
6:17 - 6:20"Apareço nesta foto e não gosto dela".
-
6:20 - 6:22Então nós aprofundamos mais:
-
6:22 - 6:25"Porque é que não gosta desta foto?"
-
6:25 - 6:27E eu seleciono: "É embaraçosa."
-
6:28 - 6:31Então eu sou encorajada
a enviar uma mensagem ao meu amigo, -
6:31 - 6:33e é aqui que está a diferença crítica.
-
6:33 - 6:36Fornecem-me uma sugestão
de linguagem específica -
6:36 - 6:39que me ajuda a comunicar à Laura
-
6:39 - 6:41como é que a foto me faz sentir.
-
6:41 - 6:44A equipa descobriu que esta mudança,
relativamente pequena, -
6:44 - 6:45teve um grande impacto.
-
6:45 - 6:48Antes, apenas 20% das pessoas
-
6:48 - 6:49estavam a enviar a mensagem.
-
6:49 - 6:51Agora eram 60%.
-
6:51 - 6:53Questionários mostraram que as pessoas,
-
6:53 - 6:55dos dois lados da conversa,
-
6:55 - 6:56sentiram-se melhor como resultado.
-
6:56 - 6:58O mesmo questionário
-
6:58 - 7:00mostrou que 90% dos nossos amigos
-
7:00 - 7:03querem saber se fizeram
alguma coisa para nos aborrecer. -
7:03 - 7:05Não sei quem são os outros 10%,
-
7:05 - 7:07mas, se calhar, é para isso
que pode ser útil -
7:07 - 7:09a ferramenta "Remover Amizade".
-
7:09 - 7:10Por isso, como podem ver,
-
7:10 - 7:13estas decisões têm cambiantes profundos.
-
7:13 - 7:15Claro que usamos imensos dados
-
7:15 - 7:16para dar forma às nossas decisões,
-
7:16 - 7:19mas também dependemos muito da iteração,
-
7:19 - 7:23de pesquisas, de testes,
da intuição, da empatia humana. -
7:23 - 7:26É ao mesmo tempo, arte e ciência.
-
7:26 - 7:28Por vezes os "designers"
que trabalham nestes produtos -
7:28 - 7:30são designados por "guiados por dados",
-
7:30 - 7:32que é um termo que nos deixa malucos.
-
7:32 - 7:36O certo é que seria
irresponsável da nossa parte -
7:36 - 7:38não testar os nossos
"designs" rigorosamente -
7:38 - 7:41quando tantas pessoas estão
a contar connosco para o fazer bem. -
7:41 - 7:43Mas a análise de dados
-
7:43 - 7:47nunca substituirá a intuição de "design".
-
7:47 - 7:50Os dados podem tornar fantástico
um bom "design", -
7:50 - 7:53mas nunca tornarão bom um mau "design".
-
7:54 - 7:57A próxima coisa que precisam
de perceber, como um princípio, -
7:57 - 7:58é que, quando se introduz uma mudança,
-
7:58 - 8:01é preciso fazê-lo de uma forma
extraordinariamente cuidadosa. -
8:01 - 8:02Eu frequentemente faço piadas
-
8:02 - 8:05que dizem que gasto quase tanto tempo
-
8:05 - 8:06a desenhar a introdução duma mudança
-
8:06 - 8:08como a fazer a mudança em si.
-
8:08 - 8:11Tenho a certeza de que
todos nos confrontamos com isso -
8:11 - 8:14quando muda algo que usamos imenso
-
8:14 - 8:15e nós temos de nos ajustar.
-
8:15 - 8:19A verdade é que as pessoas
podem tornar-se muito eficazes -
8:19 - 8:20a usar um mau "design"
-
8:20 - 8:23e portanto, mesmo se a mudança
for boa a longo prazo, -
8:23 - 8:26continua a ser incrivelmente
frustrante quando acontece. -
8:26 - 8:28Isto é particularmente verdade
-
8:28 - 8:30com plataformas de conteúdo
gerado pelo utilizador -
8:30 - 8:34porque as pessoas podem legitimamente
reivindicar um sentido de propriedade. -
8:34 - 8:37Apesar de tudo, é o seu conteúdo.
-
8:37 - 8:40Há uns anos, quando eu estava
a trabalhar no YouTube, -
8:40 - 8:42estávamos à procura de formas
-
8:42 - 8:45de encorajar mais pessoas
a avaliarem os vídeos. -
8:45 - 8:47Foi interessante porque,
quando olhámos para os dados, -
8:47 - 8:50descobrimos que quase toda a gente
estava a usar exclusivamente -
8:50 - 8:52a avaliação mais alta de cinco estrelas,
-
8:52 - 8:56algumas pessoas
estavam a usar só uma estrela, -
8:56 - 8:58e praticamente ninguém estava a usar
-
8:58 - 9:00duas, três ou quatro estrelas.
-
9:00 - 9:02Então decidimos simplificar
-
9:02 - 9:05para uma espécie de modelo
binário de voto para cima/para baixo. -
9:05 - 9:08Seria muito mais fácil
para as pessoas se envolverem. -
9:08 - 9:10Mas as pessoas estavam muito presas
-
9:10 - 9:12ao sistema de avaliação de cinco estrelas.
-
9:12 - 9:14Os criadores dos vídeos
adoravam as suas avaliações. -
9:14 - 9:18Milhões e milhões de pessoas
estavam habituadas ao "design" antigo. -
9:18 - 9:20Então, para ajudar as pessoas
-
9:20 - 9:22a estarem preparadas para a mudança
-
9:22 - 9:24e a adaptarem-se ao novo "design"
mais rapidamente, -
9:24 - 9:26publicámos um gráfico de dados
-
9:26 - 9:28partilhando com a comunidade
-
9:28 - 9:30a base lógica para o que íamos fazer.
-
9:30 - 9:33Até envolveu a indústria maior
-
9:33 - 9:36numa conversa que resultou
no meu título preferido -
9:36 - 9:37da TechCrunch:
-
9:37 - 9:41"O YouTube Chega
a uma Conclusão 5 Estrelas: -
9:41 - 9:44"As suas Avaliações são Inúteis."
-
9:44 - 9:44(Risos)
-
9:44 - 9:47É impossível evitar completamente
-
9:47 - 9:49a aversão à mudança
quando se fazem mudanças -
9:49 - 9:51em produtos que tantas pessoas usam.
-
9:51 - 9:53Apesar de tentarmos fazer bem
todas as coisas, -
9:53 - 9:55ainda recebemos a inundação normal
-
9:55 - 9:58de protestos em vídeo e "e-mails" zangados
-
9:58 - 10:02e até um embrulho que teve de ser
examinado pela segurança. -
10:02 - 10:04Mas temos de nos lembrar
-
10:04 - 10:07que as pessoas preocupam-se
intensamente com estas coisas. -
10:07 - 10:09Isso porque estes produtos, este trabalho,
-
10:09 - 10:12são mesmo importantes para eles.
-
10:13 - 10:15Sabemos que temos de ser cuidadosos
-
10:15 - 10:17em prestar atenção aos detalhes.
-
10:17 - 10:20Temos de ser conscientes acerca
de como usamos os dados -
10:20 - 10:21no nosso processo de "design".
-
10:21 - 10:25Temos de introduzir as mudanças
muito, muito cuidadosamente. -
10:25 - 10:27Estas coisas são realmente úteis.
-
10:27 - 10:30São as melhores práticas
para o "design" à escala. -
10:30 - 10:32Mas não significam nada
-
10:32 - 10:33se não se perceber uma coisa
-
10:33 - 10:36muito mais fundamental.
-
10:36 - 10:40Temos de perceber
para quem estamos a desenhar. -
10:40 - 10:42Quando definimos um objetivo para desenhar
-
10:42 - 10:43para toda a raça humana,
-
10:43 - 10:47e começamos a envolver-nos nesse
objetivo de uma forma séria, -
10:47 - 10:49há sempre uma altura em que esbarramos
-
10:49 - 10:51numa parede da bolha em que vivemos.
-
10:51 - 10:53Em São Francisco, ficámos
um pouco aborrecidos -
10:53 - 10:55quando chegámos a uma zona sem rede
-
10:55 - 10:57porque não podíamos usar os telefones
-
10:57 - 10:59para chegar ao novo café "hipster".
-
11:00 - 11:02Mas, e se tivéssemos de
conduzir durante quatro horas -
11:02 - 11:04para carregar o telemóvel
-
11:04 - 11:07porque não havia nenhuma
fonte de eletricidade disponível? -
11:07 - 11:10E se não tivéssemos acesso
a bibliotecas públicas? -
11:10 - 11:13E se o país não tivesse
liberdade de imprensa? -
11:13 - 11:17O que é que estes produtos
começariam a significar? -
11:17 - 11:20É assim que o Google,
o YouTube e o Facebook -
11:20 - 11:21são considerados por muita gente,
-
11:21 - 11:23e é assim que vão ser considerados
-
11:23 - 11:25pela maior parte dos
5 mil milhões de pessoas -
11:25 - 11:26que vão ficar "online".
-
11:26 - 11:29Desenhar para telemóveis baratos
-
11:29 - 11:31não é um trabalho de "design" fascinante
-
11:31 - 11:33mas, se quisermos desenhar
para toda a gente, -
11:33 - 11:35temos de desenhar
para onde as pessoas estão, -
11:35 - 11:37e não para onde nós estamos.
-
11:37 - 11:40Como é que mantemos esta
grande imagem na nossa mente? -
11:40 - 11:42Tentamos viajar para fora
da nossa bolha -
11:42 - 11:45para ver, ouvir e perceber as pessoas
para quem estamos a desenhar. -
11:45 - 11:48Usamos os nossos produtos
em línguas diferentes do inglês -
11:48 - 11:50para ter a certeza
de que eles funcionam bem. -
11:50 - 11:53E tentamos usar um destes
telemóveis de vez em quando -
11:53 - 11:56para estarmos em contacto
com a realidade deles. -
11:56 - 12:00Então o que é que significa
desenhar à escala global? -
12:00 - 12:04Significa trabalho difícil
e por vezes exasperante -
12:04 - 12:08para tentar melhorar e evoluir produtos.
-
12:08 - 12:11Encontrar a audácia e a humildade
para fazer a coisa certa por eles -
12:11 - 12:12pode ser muito desgastante.
-
12:12 - 12:14A parte da humildade
-
12:14 - 12:16é um pouco difícil no ego do "design".
-
12:16 - 12:19Porque estes produtos
estão sempre a mudar. -
12:19 - 12:21Tudo o que eu desenhei na minha carreira
-
12:21 - 12:22praticamente já desapareceu.
-
12:22 - 12:25Tudo o que eu vou desenhar
vai desaparecer. -
12:25 - 12:27Mas isto é o que fica:
-
12:27 - 12:30a emoção eterna
-
12:30 - 12:32de fazer parte de algo tão grande
-
12:32 - 12:35que dificilmente se consegue perceber
-
12:35 - 12:38e a promessa de que até pode
mudar o mundo. -
12:38 - 12:40Obrigada.
-
12:40 - 12:43(Aplausos)
- Title:
- Como os "websites" gigantes desenham para nós (e para outros mil milhões, também)
- Speaker:
- Margaret Gould Stewart
- Description:
-
Os botões "Gostar" e "Partilhar" do Facebook são vistos 22 mil milhões de vezes por dia, tornando-os uns dos elementos de "design" mais vistos desde sempre. Margaret Gould Stewart, diretora de "design" de produtos do Facebook, destaca três regras para o "design" nesta escala maciça — tão grande que os mais pequenos beliscões podem criar um atentado global, mas também tão grande que as melhorias mais subtis podem criar um impacto positivo na vida de muita gente.
- Video Language:
- English
- Team:
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- 13:00
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Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for How giant websites design for you (and a billion others, too) | ||
Margarida Ferreira accepted Portuguese subtitles for How giant websites design for you (and a billion others, too) | ||
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