Return to Video

Como fazer do "stress" um aliado

  • 0:00 - 0:05
    Tenho uma confissão a fazer,
  • 0:05 - 0:08
    mas primeiro, quero que
  • 0:08 - 0:11
    me façam uma pequena confissão.
  • 0:11 - 0:15
    No ano passado, só quero que
    levantem a vossa mão
  • 0:15 - 0:18
    se sentiram relativamente pouco "stress"
  • 0:18 - 0:21
    Alguém?
  • 0:21 - 0:23
    E uma quantidade moderada de "stress"?
  • 0:23 - 0:26
    Quem sentiu muito "stress"?
  • 0:26 - 0:29
    Sim. Eu também.
  • 0:29 - 0:31
    Mas essa não é a minha confissão.
  • 0:31 - 0:35
    A minha confissão é esta:
    sou uma psicóloga clínica
  • 0:35 - 0:39
    e a minha missão é ajudar as pessoas a serem
    mais felizes e mais saudáveis.
  • 0:39 - 0:43
    Mas receio que algo que tenho estado a ensinar
  • 0:43 - 0:47
    durante os últimos 10 anos,
    esteja a fazer mais mal do que bem
  • 0:47 - 0:50
    e tem que ver com o "stress".
  • 0:50 - 0:53
    Durante anos, tenho dito às pessoas que
    o stress as faz ficar doentes.
  • 0:53 - 0:56
    Que aumenta o risco de contrair qualquer doença,
    desde uma constipação
  • 0:56 - 0:58
    a doenças cardiovasculares.
  • 0:58 - 1:02
    Basicamente, fiz do "stress" o inimigo.
  • 1:02 - 1:05
    Mas mudei de ideias sobre o "stress"
  • 1:05 - 1:09
    e, hoje, quero fazer-vos mudar também.
  • 1:09 - 1:11
    Deixem-me começar pelo estudo
    que me fez repensar
  • 1:11 - 1:14
    toda a minha abordagem ao "stress".
  • 1:14 - 1:17
    Este estudo seguiu 30 000
    adultos nos Estados Unidos
  • 1:17 - 1:21
    durante 8 anos, e eles começavam por
    perguntar às pessoas,
  • 1:21 - 1:25
    "Quanto 'stress' sentiu no último ano?"
  • 1:25 - 1:28
    Eles também perguntavam: "Acredita
  • 1:28 - 1:32
    "que o 'stress' é prejudicial à sua saúde?".
  • 1:32 - 1:34
    E depois usaram os registos públicos de óbitos
  • 1:34 - 1:36
    para descobrir quem morria.
  • 1:36 - 1:37
    (Risos)
  • 1:37 - 1:41
    Ok. Algumas más notícias, primeiro.
  • 1:41 - 1:45
    Pessoas que sentiram muito "stress"
    no ano anterior
  • 1:45 - 1:48
    tinham um risco de morrer 43% maior.
  • 1:48 - 1:52
    Mas isso só era válido para as pessoas
  • 1:52 - 1:57
    que também acreditavam que o "stress"
    é prejudicial à saúde.
  • 1:57 - 1:59
    (Risos)
  • 1:59 - 2:01
    Pessoas que sentiram muito "stress"
  • 2:01 - 2:03
    mas não viam o "stress" como prejudicial
  • 2:03 - 2:05
    não eram mais propensas a morrer.
  • 2:05 - 2:08
    De facto, tinham o menor risco de morrer
  • 2:08 - 2:10
    entre toda a gente do estudo, incluindo pessoas
  • 2:10 - 2:13
    que tinham relativamente pouco "stress".
  • 2:13 - 2:15
    Então, os investigadores estimaram que
    durante os 8 anos
  • 2:15 - 2:17
    em que estiveram a seguir os óbitos,
  • 2:17 - 2:20
    182 000 norte-americanos morreram
    prematuramente,
  • 2:20 - 2:23
    não de "stress", mas da crença
  • 2:23 - 2:26
    que o "stress" é mau para nós. (Risos)
  • 2:26 - 2:30
    Isso é mais de 20 000 mortes por ano.
  • 2:30 - 2:33
    Agora, se a estimativa está correcta,
  • 2:33 - 2:35
    isso faria da crença de que o stress
    é mau para as pessoas
  • 2:35 - 2:37
    a 15.ª maior causa de morte
  • 2:37 - 2:39
    nos Estados Unidos, ano passado,
  • 2:39 - 2:41
    matando mais pessoas do que o cancro da pele,
  • 2:41 - 2:44
    o VIH/SIDA e o homicídio.
  • 2:44 - 2:47
    (Risos)
  • 2:47 - 2:50
    Vocês conseguem ver porque é que
    este estudo me assustou.
  • 2:50 - 2:54
    Eu tenho estado a gastar tanta
    energia a dizer às pessoas
  • 2:54 - 2:57
    que o "stress" é mau para a sua saúde.
  • 2:57 - 2:59
    Por isso, este estudo fez-me pensar:
  • 2:59 - 3:01
    "Será que, ao mudarmos a maneira
    como pensamos sobre o 'stress',
  • 3:01 - 3:05
    "nos tornamos mais saudáveis?"
    E aqui a ciência diz que sim.
  • 3:05 - 3:07
    Quando mudamos a nossa maneira,
    de pensar sobre o "stress"
  • 3:07 - 3:10
    conseguimos mudar a resposta
    do nosso corpo ao "stress".
  • 3:10 - 3:12
    Agora, para explicar como isto funciona,
  • 3:12 - 3:15
    quero que todos imaginem que são participantes
  • 3:15 - 3:18
    num estudo concebido para vos "stressar".
  • 3:18 - 3:21
    Chama-se teste de "stress" social.
  • 3:21 - 3:23
    Vocês chegam ao laboratório
  • 3:23 - 3:26
    e dizem-vos que têm de fazer um discurso
  • 3:26 - 3:29
    improvisado, de 5 minutos,
    sobre as vossas fraquezas pessoais
  • 3:29 - 3:33
    a um painel de avaliadores especialistas,
    sentado à vossa frente
  • 3:33 - 3:35
    e para ter certeza de que sentem a pressão,
  • 3:35 - 3:38
    há luzes brilhantes e uma câmara à vossa frente,
  • 3:38 - 3:41
    parecido com isto.
  • 3:41 - 3:43
    E os avaliadores foram treinados
  • 3:43 - 3:48
    para vos dar um "feedback" não-verbal,
    desencorajador, assim.
  • 3:53 - 3:57
    (Risos)
  • 3:57 - 3:59
    Agora que vocês estão suficientemente
    desmoralizados,
  • 3:59 - 4:02
    é hora da segunda parte:
    um teste de matemática.
  • 4:02 - 4:04
    E, sem vocês saberem,
  • 4:04 - 4:08
    o experimentador foi treinado para vos
    incomodar enquanto o fazem.
  • 4:08 - 4:11
    Agora nós vamos fazer tudo isto juntos.
  • 4:11 - 4:12
    Vai ser divertido.
  • 4:12 - 4:13
    Para mim.
  • 4:13 - 4:18
    Ok. Quero que todos contem para trás
  • 4:18 - 4:21
    a partir de 996, de 7 em 7.
  • 4:21 - 4:23
    Vão fazer isto em voz alta
  • 4:23 - 4:27
    o mais rápido que puderem, começando em 996.
  • 4:27 - 4:28
    Comecem!
  • 4:28 - 4:29
    Audiência: (A contar)
  • 4:29 - 4:32
    Mais rápido. Mais rápido por favor.
  • 4:32 - 4:34
    Vocês estão a contar muito devagar.
  • 4:34 - 4:36
    Parem. Parem, parem, parem.
  • 4:36 - 4:38
    Aquele homem cometeu um erro.
  • 4:38 - 4:40
    Vamos ter de começar tudo outra vez.
    (Risos)
  • 4:40 - 4:43
    Vocês não são muito bons nisto, pois não?
  • 4:43 - 4:45
    Ok. Pronto, já percebem a ideia.
  • 4:45 - 4:46
    Agora, se estivessem mesmo neste estudo
  • 4:46 - 4:48
    provavelmente estariam um pouco "stressados".
  • 4:48 - 4:50
    O vosso coração poderia estar
    a bater com mais força
  • 4:50 - 4:53
    vocês poderiam estar a respirar depressa,
    e talvez encharcados de suor.
  • 4:53 - 4:56
    E, normalmente, nós interpretamos estas
    alterações físicas
  • 4:56 - 4:58
    como ansiedade
  • 4:58 - 5:01
    ou sinais de que não estamos a
    lidar muito bem com a pressão.
  • 5:01 - 5:03
    Mas se os virem, em vez disso,
  • 5:03 - 5:05
    como sinais de que o vosso corpo
    estava energizado
  • 5:05 - 5:09
    e que estava a preparar-vos para
    enfrentar este desafio?
  • 5:09 - 5:12
    Agora, foi exactamente isso que disseram
    aos participantes
  • 5:12 - 5:14
    de um estudo conduzido
    na Universidade de Harvard.
  • 5:14 - 5:17
    Antes de eles passarem pelo teste
    de stress social,
  • 5:17 - 5:20
    foram ensinados a considerar a sua
    resposta ao "stress" como útil.
  • 5:20 - 5:24
    Aquele coração a bater fortemente está a
    preparar-vos para a acção.
  • 5:24 - 5:27
    Se vocês estão a respirar mais depressa,
    não há problema.
  • 5:27 - 5:30
    Está a chegar mais oxigénio ao vosso cérebro.
  • 5:30 - 5:33
    E os participantes que aprenderam a ver
    a resposta ao "stress"
  • 5:33 - 5:35
    como útil para o seu desempenho,
  • 5:35 - 5:36
    bem, esses ficaram menos "stressados",
  • 5:36 - 5:38
    menos ansiosos, mais confiantes,
  • 5:38 - 5:40
    mas a descoberta mais fascinante para mim
  • 5:40 - 5:44
    foi como a sua resposta física ao "stress" mudou.
  • 5:44 - 5:46
    Então, numa resposta ao "stress" típica,
  • 5:46 - 5:48
    a vossa frequência cardíaca aumenta,
  • 5:48 - 5:52
    e os vossos vasos sanguíneos contraem-se assim.
  • 5:52 - 5:55
    E este é um dos motivos porque o "stress" crónico
  • 5:55 - 5:58
    é, por vezes, associado às doenças
    cardiovasculares.
  • 5:58 - 6:01
    Não é realmente saudável estar neste estado
    o tempo todo.
  • 6:01 - 6:03
    Mas neste estudo, quando os participantes viram
  • 6:03 - 6:06
    a sua resposta ao "stress" como sendo útil
  • 6:06 - 6:09
    os seus vasos sanguíneos
    permaneceram relaxados, assim.
  • 6:09 - 6:10
    O coração ainda estava a bater depressa
  • 6:10 - 6:14
    mas este é um perfil cardiovascular
    muito mais saudável.
  • 6:14 - 6:16
    Efectivamente, parece-se muito com
    o que acontece
  • 6:16 - 6:21
    em momentos de alegria e de coragem.
  • 6:21 - 6:24
    Ao longo de uma vida com experiências "stressantes"
  • 6:24 - 6:27
    esta alteração biológica
  • 6:27 - 6:28
    pode ser a diferença
  • 6:28 - 6:31
    entre um ataque cardíaco induzido
    pelo stress, aos 50 anos,
  • 6:31 - 6:34
    e viver bem até aos 90 anos.
  • 6:34 - 6:37
    E isto é realmente o que
    a nova ciência do "stress" revela
  • 6:37 - 6:41
    que a maneira como pensamos
    sobre o "stress" importa.
  • 6:41 - 6:44
    Por isso, o meu objectivo
    como psicóloga clínica mudou.
  • 6:44 - 6:46
    Já não quero que vocês se livrem do "stress".
  • 6:46 - 6:49
    Quero que vocês fiquem melhor com o "stress".
  • 6:49 - 6:52
    E nós apenas fizemos uma pequena intervenção.
  • 6:52 - 6:53
    Se vocês levantarem a mão e disserem
  • 6:53 - 6:56
    que tiveram muito "stress" no ano passado
  • 6:56 - 6:57
    nós podemos ter salvo a vossa vida
  • 6:57 - 6:59
    porque há esperança de que da próxima vez
  • 6:59 - 7:01
    que o vosso coração bata mais depressa
    por causa do "stress"
  • 7:01 - 7:03
    vocês se lembrem desta apresentação
  • 7:03 - 7:05
    e pensem para vocês próprios:
  • 7:05 - 7:10
    "Isto é o meu corpo a ajudar-me a
    pôr-me à altura deste desafio."
  • 7:10 - 7:13
    E quando vocês virem o "stress" deste modo
  • 7:13 - 7:15
    o vosso corpo acredita em vocês
  • 7:15 - 7:18
    e a vossa resposta ao "stress"
    torna-se mais saudável.
  • 7:18 - 7:22
    Há pouco, eu disse que tenho mais de uma década de demonização do "stress"
  • 7:22 - 7:24
    da qual me redimir
  • 7:24 - 7:27
    por isso, vamos fazer mais uma intervenção.
  • 7:27 - 7:29
    Quero falar-vos sobre um dos mais
  • 7:29 - 7:32
    sub-apreciados aspectos da resposta ao "stress"
  • 7:32 - 7:34
    e a ideia é esta:
  • 7:34 - 7:37
    O "stress" torna-vos sociais.
  • 7:37 - 7:39
    Para compreender este aspecto do "stress"
  • 7:39 - 7:42
    precisamos de falar de uma hormona, a oxitocina
  • 7:42 - 7:45
    e sei que a oxitocina já foi
  • 7:45 - 7:47
    tão publicitada como uma hormona pode ser.
  • 7:47 - 7:50
    Até tem a sua própria alcunha,
    "a hormona das carícias"
  • 7:50 - 7:53
    porque é libertada quando abraçam alguém.
  • 7:53 - 7:57
    Mas isso é uma pequena parte
    daquilo em que a oxitocina está envolvida.
  • 7:57 - 8:00
    A oxitocina é também um neurotransmissor.
  • 8:00 - 8:03
    Ela afina com precisão os instintos sociais
    do vosso cérebro.
  • 8:03 - 8:06
    Leva-vos a fazer coisas
  • 8:06 - 8:09
    que reforçam as relações próximas.
  • 8:09 - 8:12
    A oxitocina faz-vos desejar contacto físico
  • 8:12 - 8:14
    com a vossa família e amigos.
  • 8:14 - 8:16
    Aumenta a vossa empatia.
  • 8:16 - 8:19
    Até vos torna mais prontos a ajudar e apoiar
  • 8:19 - 8:22
    as pessoas com quem se preocupam.
  • 8:22 - 8:23
    Algumas pessoas até sugeriram
  • 8:23 - 8:27
    que devíamos inalar oxitocina
  • 8:27 - 8:31
    para nos tornar mais compassivos e carinhosos.
  • 8:31 - 8:34
    Mas eis o que a maioria das pessoas
    não compreende
  • 8:34 - 8:36
    sobre a oxitocina.
  • 8:36 - 8:39
    Ela é uma hormona de "stress".
  • 8:39 - 8:42
    A vossa glândula pituitária bombeia-a
    para o exterior
  • 8:42 - 8:44
    como parte da resposta ao "stress".
  • 8:44 - 8:46
    Faz parte da vossa resposta ao "stress"
  • 8:46 - 8:50
    como a adrenalina que faz o vosso coração
    bater mais depressa
  • 8:50 - 8:53
    E quando a oxitocina é libertada
    na resposta ao "stress"
  • 8:53 - 8:56
    está a motivá-los para procurar apoio.
  • 8:56 - 8:58
    A vossa resposta biológica ao "stress"
  • 8:58 - 9:02
    está a fazer-vos sinal para
    dizerem a alguém como se sentem
  • 9:02 - 9:04
    em vez de o guardarem e acumularem para vocês.
  • 9:04 - 9:07
    A vossa resposta ao "stress" quer ter a certeza
    de que vocês reparam
  • 9:07 - 9:10
    quando alguém na vossa vida está a
    passar por uma situação difícil
  • 9:10 - 9:12
    para que se possam apoiar mutuamente.
  • 9:12 - 9:16
    Quando a vida está difícil, a vossa resposta
    ao "stress" quer que vocês
  • 9:16 - 9:21
    estejam rodeados por pessoas que
    se preocupam com vocês.
  • 9:21 - 9:24
    Ok. Então, como é que conhecer
    o outro lado do "stress"
  • 9:24 - 9:26
    vos vai tornar mais saudáveis?
  • 9:26 - 9:28
    Bem, a oxitocina não actua apenas
    no vosso cérebro.
  • 9:28 - 9:31
    Também actua no vosso corpo
  • 9:31 - 9:33
    e um dos seus principais papéis no corpo
  • 9:33 - 9:36
    é proteger o vosso sistema cardiovascular
  • 9:36 - 9:38
    dos efeitos do "stress".
  • 9:38 - 9:41
    É um anti-inflamatório natural.
  • 9:41 - 9:44
    Também ajuda a manter os vossos vasos sanguíneos relaxados durante o "stress".
  • 9:44 - 9:47
    Mas o meu efeito favorito no corpo
    é o que ela exerce no coração.
  • 9:47 - 9:51
    O vosso coração tem receptores para esta hormona
  • 9:51 - 9:55
    e a oxitocina ajuda as células do coração
    a regenerar-se
  • 9:55 - 9:59
    e a recuperar de qualquer dano induzido
    pelo "stress".
  • 9:59 - 10:03
    Esta hormona de "stress" reforça o vosso coração
  • 10:03 - 10:07
    e a coisa boa é que todos estes benefícios físicos
  • 10:07 - 10:10
    da oxitocina aumentam com o contacto social
  • 10:10 - 10:12
    e o apoio social
  • 10:12 - 10:15
    e por isso quando vocês, ao estarem sob "stress",
    se aproximam de outras pessoas
  • 10:15 - 10:18
    para procurarem apoio ou para ajudarem alguém
  • 10:18 - 10:20
    libertam mais desta hormona,
  • 10:20 - 10:22
    a vossa resposta ao "stress"
    torna-se mais saudável
  • 10:22 - 10:25
    e vocês realmente recuperam
    mais rapidamente do "stress".
  • 10:25 - 10:28
    Acho fantástico
  • 10:28 - 10:32
    que a nossa resposta ao "stress" tenha
    um mecanismo incorporado
  • 10:32 - 10:34
    para a resiliência ao "stress"
  • 10:34 - 10:39
    e que esse mecanismo sejam as ligações humanas.
  • 10:39 - 10:42
    Quero terminar, referindo mais um estudo.
  • 10:42 - 10:46
    E ouçam, porque este estudo também
    pode salvar uma vida.
  • 10:46 - 10:50
    Este estudo seguiu cerca de 1000 adultos nos EUA
  • 10:50 - 10:54
    com idades compreendidas entre os 34 e os 93
  • 10:54 - 10:56
    e começaram por perguntar:
  • 10:56 - 11:01
    "Quanto 'stress' sentiu no último ano?"
  • 11:01 - 11:04
    Eles também perguntaram: "Quanto tempo passou
  • 11:04 - 11:07
    "a ajudar amigos, vizinhos
  • 11:07 - 11:10
    "pessoas na sua comunidade?"
  • 11:10 - 11:13
    E então usaram os registos de óbitos
    durante os 5 anos seguintes
  • 11:13 - 11:16
    para saber quem tinha morrido.
  • 11:16 - 11:18
    Ok, começando pelas más notícias.
  • 11:18 - 11:21
    Para todas as experiências
    mais "stressantes" na vida.
  • 11:21 - 11:24
    como dificuldades financeiras ou crises familiares
  • 11:24 - 11:28
    houve um aumento de 30% no risco de morrer.
  • 11:28 - 11:32
    Mas — e espero que estivessem à espera
    de um "mas", agora —
  • 11:32 - 11:35
    mas isso não se verificou para todos.
  • 11:35 - 11:39
    aqueles que passaram tempo a cuidar de outros
  • 11:39 - 11:45
    não tiveram aumento do risco de morte
    relacionado com o "stress". Zero.
  • 11:45 - 11:48
    Cuidar de alguém cria resiliência.
  • 11:48 - 11:50
    Então, vemos uma vez mais
  • 11:50 - 11:52
    que os efeitos prejudiciais do "stress" na saúde
  • 11:52 - 11:54
    não são inevitáveis.
  • 11:54 - 11:57
    A maneira como pensam e como agem
  • 11:57 - 12:01
    podem transformar as vossas
    experiências de "stress".
  • 12:01 - 12:03
    Quando escolherem ver
    a vossa resposta ao "stress"
  • 12:03 - 12:06
    como sendo útil,
  • 12:06 - 12:11
    vocês criam a biologia da coragem.
  • 12:11 - 12:14
    E quando escolherem ligar-se a outros,
    quando vocês estiverem sob "stress",
  • 12:14 - 12:17
    vocês criam resiliência.
  • 12:17 - 12:20
    Agora, eu não procuraria necessariamente
  • 12:20 - 12:23
    mais experiências "stressantes" na minha vida
  • 12:23 - 12:25
    mas esta ciência deu-me
  • 12:25 - 12:29
    toda uma nova apreciação pelo "stress".
  • 12:29 - 12:34
    O "stress" dá-nos acesso aos nossos corações.
  • 12:34 - 12:38
    O coração compassivo encontra alegria e significado
  • 12:38 - 12:39
    na ligação com os outros
  • 12:39 - 12:43
    e, sim, o vosso coração bate mais depressa
  • 12:43 - 12:48
    trabalha tanto para vos dar força e energia
  • 12:48 - 12:51
    e quando vocês escolhem ver o "stress"
    desta maneira
  • 12:51 - 12:54
    não estão apenas a tornar-se melhores no "stress"
  • 12:54 - 12:58
    estão, na verdade, a fazer uma
    afirmação muito profunda.
  • 12:58 - 13:01
    Estão a dizer que podem confiar em vocês próprios
  • 13:01 - 13:04
    para enfrentar os desafios da vida
  • 13:04 - 13:07
    e estão a lembrar-se de que
  • 13:07 - 13:09
    não têm de os enfrentar sozinhos.
  • 13:09 - 13:11
    Obrigada.
  • 13:11 - 13:20
    [Aplausos]
  • 13:20 - 13:23
    Chris Anderson: Isto é de facto extraordinário,
    o que nos disse.
  • 13:23 - 13:27
    Parece-me extraordinário que
    uma crença sobre o "stress"
  • 13:27 - 13:32
    possa fazer tanta diferença na
    esperança de vida de alguém.
  • 13:32 - 13:34
    Como é que isso se torna um conselho,
  • 13:34 - 13:36
    para alguém que esteja a escolher um estilo de vida
  • 13:36 - 13:40
    entre, digamos, um trabalho "stressante" e
    um trabalho não stressante
  • 13:40 - 13:42
    importa qual deles escolhe?
  • 13:42 - 13:46
    É igualmente acertado escolher
    o trabalho "stressante"
  • 13:46 - 13:48
    desde que se acredite que se consegue
    lidar com ele, de alguma maneira?
  • 13:48 - 13:50
    Kelly McGonigal: Sim, e de uma coisa
    temos a certeza
  • 13:50 - 13:53
    é que procurar um significado é melhor para a saúde
  • 13:53 - 13:54
    do que tentar evitar o desconforto.
  • 13:54 - 13:57
    E portanto, eu diria que realmente a melhor
    maneira de tomar decisões
  • 13:57 - 14:00
    é vocês irem atrás do que
    cria significado na vossa vida
  • 14:00 - 14:03
    e confiar em vocês próprios para lidar
    com o "stress" que se segue.
  • 14:03 - 14:06
    CA: Muito obrigado, Kelly. Foi muito bom.
    KM: Obrigada.
  • 14:06 - 14:10
    (Aplausos)
Title:
Como fazer do "stress" um aliado
Speaker:
Kelly McGonigal
Description:

"Stress". Faz o vosso coração bater depressa, a vossa respiração acelerar e a vossa testa transpirar. Mas, enquanto o "stress" tem sido visto como um inimigo da saúde pública, as novas investigações sugerem que o "stress" só pode ser mau para vocês se acreditarem que assim é.
A psicóloga Kelly McGonigal incita-nos a ver o "stress" como algo positivo, e introduz-nos a um mecanismo pouco conhecido para reduzir o "stress": aproximarmo-nos de outras pessoas.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
14:28
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for How to make stress your friend
Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for How to make stress your friend
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for How to make stress your friend
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for How to make stress your friend
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for How to make stress your friend
Felipe Rocha accepted Portuguese subtitles for How to make stress your friend
Guilherme Tomás edited Portuguese subtitles for How to make stress your friend
Guilherme Tomás edited Portuguese subtitles for How to make stress your friend
Show all

Portuguese subtitles

Revisions Compare revisions