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Hackeando a GEN-Y | Yentl Delanhesi | TEDxUnisinos

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    Olá
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    O que eu vim contar
    para vocês não é nada épico,
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    não é nenhum grande projeto ou ideia
  • 0:15 - 0:17
    ou algo que vá mudar um paradigma
  • 0:17 - 0:18
    daqui a 15 minutos
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    o tempo que vou ficar aqui
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    conversando com vocês.
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    A minha fala é muito
    mais sobre um processo,
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    uma descoberta.
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    Algo que, ao mesmo
    tempo em que venho estudando,
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    teorizando e analisando,
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    é o mesmo que
    venho sentindo, vivenciando
  • 0:31 - 0:33
    e percebendo na minha vida.
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    Tudo começa quando eu, especialista,
  • 0:35 - 0:38
    mas também representante da geração Y,
  • 0:38 - 0:41
    essa geração que vai gerir
    e cuidar do mundo
  • 0:41 - 0:42
    em um futuro bem próximo,
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    me dei conta de duas coisas:
  • 0:44 - 0:46
    Primeiro: que eu sou,
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    que eu posso,
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    e que eu devo ser
  • 0:48 - 0:49
    comum.
  • 0:49 - 0:50
    E, dois:
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    que pensar em um plano
    de aposentadoria é planejar o passado.
  • 0:54 - 0:55
    O meu,
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    e o do mundo.
  • 0:57 - 1:00
    Porque foi no momento
    em que eu comecei a me dar conta disso
  • 1:00 - 1:02
    na minha vida e nos meus estudos,
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    eu me dei conta,
    e vocês também, talvez,
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    que isso vai contra três
    das principais características
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    que os especialistas
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    atribuem para a geração Y.
  • 1:11 - 1:11
    A primeira:
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    que nós nos achamos especiais.
  • 1:14 - 1:14
    A segunda:
  • 1:14 - 1:17
    que nós só trabalhamos
    e fazemos as coisas que nos dão prazer,
  • 1:17 - 1:19
    ou aquilo que gostamos.
  • 1:19 - 1:19
    E, a terceira:
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    que somos consumistas
  • 1:21 - 1:24
    e o que nós possuímos
    já nos representa para o mundo.
  • 1:24 - 1:26
    E os especialistas estão certos.
  • 1:26 - 1:31
    E mais certos ainda quando dizem
    que talvez sejam esses três pontos
  • 1:31 - 1:35
    a causa para a
    frustração que a geração Y vem sentindo.
  • 1:35 - 1:38
    E a minha descoberta, o meu aprendizado,
  • 1:38 - 1:40
    é que é exatamente quando
    subvertemos
  • 1:40 - 1:43
    cada um desses três códigos,
  • 1:43 - 1:46
    quando nós hackeamos
    e desconstruímos essas características,
  • 1:46 - 1:50
    que conseguimos encontrar o verdadeiro
    potencial das coisas, dos projetos,
  • 1:50 - 1:51
    e dos ambientes e, quem sabe,
  • 1:51 - 1:52
    de nós mesmos.
  • 1:52 - 1:54
    Então, eu convido todo mundo a ser hacker,
  • 1:54 - 1:57
    seja da geração Y, ou não,
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    para subvertermos o primeiro código,
  • 1:59 - 2:01
    que é o de se sentir especial.
  • 2:01 - 2:03
    Quando descemos do pedestal,
  • 2:03 - 2:04
    antes de tudo,
  • 2:04 - 2:05
    fazemos as pazes com o mundo
  • 2:05 - 2:06
    e com nós mesmo.
  • 2:06 - 2:08
    Porque, primeiro,
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    as expectativas que o mundo tem e
    as que temos de nós mesmos
  • 2:11 - 2:12
    terminam.
  • 2:12 - 2:14
    Então, podemos errar,
  • 2:14 - 2:15
    podemos pedir ajuda,
  • 2:15 - 2:16
    podemos experimentar,
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    podemos dizer que não sabemos...
  • 2:18 - 2:20
    Mas o mais bonito, para mim,
  • 2:20 - 2:22
    quando descemos do pedestal,
  • 2:22 - 2:23
    quando fazemos esse movimento,
  • 2:23 - 2:28
    é que deixamos de exigir
    e esperar do mundo reconhecimento.
  • 2:29 - 2:31
    Deixamos de esperar dos outros atenção,
  • 2:32 - 2:33
    conforto e facilidade.
  • 2:33 - 2:37
    Deixamos de achar
    que é dever do outro o nosso bem-estar.
  • 2:38 - 2:40
    E, com isso, vem muita responsabilidade.
  • 2:40 - 2:43
    Porque no momento em
    que me vejo como uma pessoa comum,
  • 2:44 - 2:45
    vem o senso de comunidade também.
  • 2:46 - 2:48
    E aí me vejo dentro de um grupo,
  • 2:48 - 2:50
    em que ao mesmo tempo em que sou livre,
  • 2:50 - 2:52
    também sou totalmente dependente do outro,
  • 2:52 - 2:55
    porque o outro
    é totalmente dependente de mim.
  • 2:55 - 2:57
    Quando vamos para o segundo código,
  • 2:57 - 3:00
    que é o de só fazer e
    trabalhar com aquilo que gostamos,
  • 3:00 - 3:02
    aquilo que é
    o nosso talento, que nos dá prazer.
  • 3:02 - 3:05
    Antes de tudo, isso não existe, eu acho.
  • 3:05 - 3:07
    Porque, hoje em dia, principalmente,
  • 3:07 - 3:09
    é muito difícil sintonizarmos
  • 3:09 - 3:11
    com a nossa voz interna.
  • 3:11 - 3:12
    Tem tanto ruído,
  • 3:12 - 3:13
    tanta geração de desejo,
  • 3:13 - 3:16
    tanta criação de expectativa
    ao nosso redor
  • 3:16 - 3:18
    que é difícil sabermos o que queremos.
  • 3:18 - 3:20
    Eu tive uma experiência na minha vida,
  • 3:20 - 3:24
    quando estava há alguns anos planejando,
  • 3:24 - 3:27
    dentro já de uma carreira, prosperando,
  • 3:27 - 3:30
    mas sentia uma frustração
    que não estava entendendo,
  • 3:30 - 3:32
    que ela não fazia
    sentido para quem via de fora.
  • 3:32 - 3:36
    Mas precisei ter a coragem
    de me ejetar desse sistema
  • 3:36 - 3:38
    para tentar entender
    o que estava acontecendo.
  • 3:38 - 3:41
    E foi nesse momento em que eu me ejetei
  • 3:41 - 3:44
    que a frustração e o alívio não saíram,
  • 3:44 - 3:45
    houve uma sensação de alívio,
  • 3:45 - 3:47
    mas também uma sensação de vazio...
  • 3:47 - 3:51
    Era como se eu tivesse tido
    uma corrida atrás da lâmpada mágica,
  • 3:51 - 3:53
    tivesse a encontrado, esfregado
  • 3:53 - 3:54
    o gênio saísse e perguntasse:
  • 3:54 - 3:56
    "O que você quer agora?"
  • 3:56 - 3:57
    "Você está livre!"
  • 3:57 - 3:59
    E eu não sabia o que responder...
  • 3:59 - 4:01
    Juro que queria ter
    aqueles sonhos dentro de mim:
  • 4:01 - 4:04
    "Agora eu posso ser cantora,
    que foi sempre meu sonho!"
  • 4:04 - 4:07
    Ou, "Não! Eu sempre quis ser
    bióloga, essa é a hora..."
  • 4:07 - 4:10
    Ou, "Não! Eu vou estudar
    mandarim e dar a volta ao mundo
  • 4:10 - 4:12
    porque é isso que agora posso fazer!"
  • 4:12 - 4:14
    Mas, não... Nada daquilo me apetecia...
  • 4:15 - 4:18
    E a minha grande descoberta e aprendizado,
  • 4:18 - 4:20
    o que venho aprendendo,
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    é que não é negando o sistema,
  • 4:21 - 4:23
    não é negando o que não gostamos.
  • 4:23 - 4:26
    Não é saindo de um extremo
    e indo para o outro.
  • 4:26 - 4:30
    Não é saindo de um rótulo e achando
    um outro que vai compensar o anterior.
  • 4:30 - 4:33
    É, sim, com muita generosidade e coragem
  • 4:33 - 4:34
    adentramos o sistema,
  • 4:34 - 4:38
    adentramos o comum, o ordinário, o normal.
  • 4:38 - 4:42
    Porque quando fazemos isso,
    passamos a aprender como ele funciona.
  • 4:42 - 4:46
    E aí temos
    conhecimento e poder para desconstruí-lo,
  • 4:46 - 4:47
    para subverter.
  • 4:47 - 4:49
    E quando temos boas intenções,
  • 4:49 - 4:52
    com essas peças
    desse sistema que subvertemos,
  • 4:52 - 4:55
    conseguimos reconstruir
    e montar o nosso microssistema.
  • 4:55 - 4:59
    Podemos mudar nossa rotina, nossa forma
    de se relacionar com as pessoas...
  • 5:00 - 5:01
    E por vivermos em uma rede,
  • 5:01 - 5:03
    em uma grande engrenagem,
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    quando descontruímos o nosso mundinho
  • 5:06 - 5:09
    e começamos a
    reconstruí-lo com boas intenções,
  • 5:09 - 5:11
    automaticamente
    as peças que estão ao nosso redor
  • 5:11 - 5:16
    começam a se autoconfigurar sozinhas,
    de forma orgânica e automática.
  • 5:16 - 5:17
    E isso começa a reverberar.
  • 5:18 - 5:20
    Quando vamos para o terceiro código,
  • 5:20 - 5:23
    para sermos hackers e desconstrui-lo,
  • 5:23 - 5:24
    falamos do consumo.
  • 5:24 - 5:26
    E eu não acho que é errado consumir.
  • 5:26 - 5:29
    Pra mim, só não é saudável
    quando consumimos
  • 5:29 - 5:32
    e começamos a acumular coisas
    para usar como armaduras para o mundo.
  • 5:33 - 5:34
    Sejam elas armaduras visuais,
  • 5:34 - 5:36
    das coisas que possuo e tenho
  • 5:37 - 5:40
    elas falam para o mundo
    como quero que o mundo me veja
  • 5:40 - 5:43
    Mas também quando elas
    são armaduras emocionais,
  • 5:43 - 5:45
    quando trocar "dinheiros" por coisas
  • 5:45 - 5:48
    passa a suprir carências que tenho,
  • 5:48 - 5:51
    ou que vai abafar minhas vulnerabilidades,
  • 5:51 - 5:54
    que são tão essenciais
    para o meu crescimento.
  • 5:54 - 5:57
    E também tive uma experiência bem legal
  • 5:57 - 5:58
    que foi quando
  • 5:58 - 5:59
    saí de uma grande metrópole
  • 5:59 - 6:02
    e fui morar em outro país,
    em uma cidade menor,
  • 6:02 - 6:04
    que fui rever como era minha rotina
  • 6:04 - 6:06
    porque nesses momento de readaptação
  • 6:06 - 6:10
    tentamos nos apegar às coisas
    que são básicas para o nosso bem-estar.
  • 6:10 - 6:12
    E comecei a me dar conta
    de que muitas das coisas
  • 6:12 - 6:14
    com as quais gastava dinheiro
  • 6:14 - 6:16
    eram para compensar hábitos e padrões
  • 6:16 - 6:19
    que nunca tinha me questionado,
    mas que achava que eram básicos.
  • 6:19 - 6:22
    Quanto eu tinha que gastar
    com uma academia cara...
  • 6:22 - 6:26
    Para compensar as 10 horas que eu
    ficava sentada em frente ao computador
  • 6:26 - 6:28
    dentro de uma empresa, no ar-condicionado.
  • 6:28 - 6:30
    Ou quanto tinha que gastar com médicos
  • 6:30 - 6:32
    ou remédios para curar minha gastrite.
  • 6:32 - 6:35
    Mas quem estava se alimentando mal
    e se estressando era eu mesma.
  • 6:35 - 6:39
    Ou quanto eu tinha
    que gastar com roupa nova,
  • 6:39 - 6:41
    porque eu não queria repetir roupa.
  • 6:41 - 6:43
    Mas era eu mesma quem
    ia sempre nos mesmos lugares,
  • 6:43 - 6:46
    encontrar sempre as mesmas pessoas.
  • 6:46 - 6:48
    Ou quanto eu gastava tempo
    e economizava dinheiro
  • 6:48 - 6:50
    para ter férias mirabolantes...
  • 6:50 - 6:53
    Quando era eu mesma
    quem passava 11 meses do ano
  • 6:53 - 6:57
    talvez trabalhando e pensando
    sobre coisas que não me inspiravam.
  • 6:58 - 7:01
    Fazer esse exercício é muito interessante
  • 7:01 - 7:03
    porque o objetivo não é cortar custos,
  • 7:03 - 7:04
    diminuir o orçamento.
  • 7:04 - 7:05
    Isso é consequência.
  • 7:06 - 7:07
    Na verdade, o que vemos
  • 7:07 - 7:11
    é que uma vida mais consciente,
    simples e minimalista
  • 7:11 - 7:14
    pode ser muito mais rica,
    abundante e eficiente.
  • 7:14 - 7:16
    Porque quando fazemos isso,
  • 7:16 - 7:19
    nos libertamos e ficamos tão
    mais leves e desapegados,
  • 7:19 - 7:23
    que a agilidade para
    se locomover e se movimentar
  • 7:23 - 7:27
    por novos projetos,
    experiências e lugares é muito mais fácil.
  • 7:27 - 7:29
    A moeda, nesse sistema, é outra.
  • 7:30 - 7:31
    Então,
  • 7:31 - 7:33
    quando comecei a me dar conta
  • 7:33 - 7:37
    que podia quebrar
    esses padrões sobre mim mesma,
  • 7:37 - 7:40
    e que eram nessas horas que,
    mesmo com sofrimento,
  • 7:40 - 7:42
    era quando mais me sentia realizada,
  • 7:42 - 7:46
    que comecei a perceber
    o surgimento de um novo estilo de vida.
  • 7:46 - 7:49
    Eram esses novos valores que,
    de alguma forma,
  • 7:49 - 7:53
    sempre revisitava na hora de tomar
    as grandes e pequenas decisões
  • 7:53 - 7:55
    da minha vida ou do meu dia a dia.
  • 7:55 - 7:58
    Eram esses os valores
    que me ajudavam a afinar o meu olhar
  • 7:59 - 8:02
    para ter o espírito aguçado
    para reconhecer, atrair e criar
  • 8:02 - 8:05
    as oportunidades que queria abraçar.
  • 8:05 - 8:08
    E eram esses os valores que me
    ajudavam a entender
  • 8:08 - 8:11
    e a me dar novas métricas e indicadores
  • 8:11 - 8:12
    sobre o que é "sucesso",
  • 8:12 - 8:15
    o que é "uma pessoa de sucesso",
    "um projeto de sucesso"?
  • 8:15 - 8:18
    Ou sobre o que é a noção de "riqueza".
  • 8:18 - 8:21
    O que é algo ou alguém "rico"?
  • 8:22 - 8:26
    Quando comecei a ver esse estilo de vida
    se configurando na minha frente,
  • 8:27 - 8:32
    e a perceber que ele estava me deixando
    mais ética, mais estética,
  • 8:32 - 8:34
    mais processual e mais ecológica.
  • 8:34 - 8:35
    Mas não porque é moda.
  • 8:35 - 8:39
    Nem porque é uma ideologia, uma bandeira,
  • 8:39 - 8:40
    ou um rótulo novo.
  • 8:41 - 8:43
    Mas, sim, porque é assim
    que o jogo funciona.
  • 8:43 - 8:45
    É premissa e consequência.
  • 8:45 - 8:48
    No momento em que começo a viver
    de acordo com esses valores,
  • 8:48 - 8:49
    fico mais ética.
  • 8:49 - 8:53
    Fico mais ética porque entendo
    a autonomia e dependência dos elementos.
  • 8:54 - 8:57
    Por mais que o meio e as pessoas
    não estejam no mesmo jogo,
  • 8:57 - 9:02
    no momento em que eu entendo que é
    sendo mais transparente e responsável,
  • 9:02 - 9:04
    que é pensando e não compensando,
  • 9:04 - 9:08
    eu me dou conta que as coisas ficam muito
    mais fáceis e muito mais gratificantes.
  • 9:09 - 9:13
    Tirar vantagem, nesse sistema,
    é só desperdício de energia e tempo.
  • 9:13 - 9:15
    Porque ora eu vou pensar e confabular
  • 9:15 - 9:17
    em como tirar vantagem de alguém.
  • 9:17 - 9:20
    Ora vou estar sempre
    na defensiva e desconfiada
  • 9:20 - 9:22
    porque alguém vai estar
    tentando tirar vantagem de mim.
  • 9:22 - 9:25
    Eu me torno mais estética e processual
  • 9:25 - 9:29
    porque mais do que valorizar
    só um produto final ou uma chegada,
  • 9:29 - 9:31
    passamos a valorizar a beleza do processo.
  • 9:32 - 9:36
    Adicionamos uma quarta dimensão
    a cada palavra falada,
  • 9:36 - 9:37
    a cada palavra escutada...
  • 9:37 - 9:40
    A cada projeto, caminhada, coisa.
  • 9:40 - 9:42
    E essa dimensão é o tempo.
  • 9:43 - 9:45
    Não a velocidade.
  • 9:45 - 9:48
    Mas, sim,
    o tempo como processo, uma história.
  • 9:48 - 9:51
    Quando olhamos cada coisa
    e tentamos entender o porquê,
  • 9:51 - 9:53
    o como ela chegou até ali,
  • 9:53 - 9:57
    abrimos caminho para inovação,
    para criatividade e para colaboração.
  • 9:58 - 10:00
    E nos tornamos mais
    ecológicos porque, hoje,
  • 10:00 - 10:03
    quando temos uma dúvida
    vamos direto para o Google.
  • 10:03 - 10:06
    Mas a tecnologia mais
    avançada é a natureza.
  • 10:06 - 10:09
    São 4,5 bilhões de anos
    de tentativa e teste,
  • 10:09 - 10:10
    de acerto e erro.
  • 10:10 - 10:13
    A natureza é a tecnologia mais avançada,
  • 10:13 - 10:14
    uma biblioteca.
  • 10:14 - 10:17
    Se estamos falando de natureza,
    transformação e evolução,
  • 10:18 - 10:19
    ela mesma já nos ensina:
  • 10:19 - 10:23
    é o ambiente que determina
    quem irá sobreviver.
  • 10:23 - 10:25
    E talvez essa seja a dica que eu,
  • 10:25 - 10:28
    mesmo jovem, posso passar para vocês
  • 10:28 - 10:31
    porque é o que venho
    experimentando e vivendo hoje, que é:
  • 10:31 - 10:34
    se realmente queremos
    fazer algum tipo de mudança,
  • 10:34 - 10:36
    traçar um novo caminho,
  • 10:36 - 10:41
    é se colocando em ambientes
    que irão nos testar, nos estimular
  • 10:42 - 10:43
    e nos colocar em prova.
  • 10:43 - 10:45
    E, como geração Y dói dizer:
  • 10:45 - 10:48
    mas em ambientes que
    irão nos tirar da zona de conforto.
  • 10:49 - 10:52
    Sair da zona de conforto
    não é apenas tomar a decisão e falar,
  • 10:53 - 10:56
    e num clique a zona de conforto
    sai da nossa frente
  • 10:56 - 10:58
    e teremos um novo filme para viver.
  • 10:58 - 10:59
    Na verdade, é uma troca
  • 10:59 - 11:02
    de um sentimento de frustração,
  • 11:02 - 11:04
    mas que tem previsibilidade e conforto.
  • 11:04 - 11:06
    Por um conjunto de sentimentos
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    de muita mão na massa,
    vulnerabilidade, responsabilidade,
  • 11:10 - 11:11
    mas muita realização.
  • 11:11 - 11:16
    E não é mudando de trabalho ou de cidade
    que iremos forçar essa decisão.
  • 11:17 - 11:19
    Essa decisão precisa
    ser sentida, estimulada,
  • 11:19 - 11:22
    ser decidida todo dia,
    quando a gente escova os dentes.
  • 11:23 - 11:25
    Mudar de São Paulo para Miami...
  • 11:26 - 11:30
    Ou sair de Los Angeles
    para morar no interior de Minas Gerais,
  • 11:30 - 11:30
    dentro de um museu.
  • 11:30 - 11:32
    Isso é só parte de uma escolha.
  • 11:33 - 11:37
    O que vale é a nossa decisão sobre
    que tipo de estímulo, que tipo de pessoas,
  • 11:37 - 11:40
    que tipo de experiência estamos
    dispostos a viver nesse momento.
  • 11:41 - 11:42
    Amar essa decisão.
  • 11:43 - 11:45
    Porque no momento
    que amamos nossas decisões,
  • 11:45 - 11:50
    ganhamos um pacote
    de prazeres e problemas.
  • 11:50 - 11:54
    E esse pacote de problemas e prazeres,
    no momento em que amamos
  • 11:54 - 11:57
    carregamos como uma
    mochila por entre esses caminhos,
  • 11:57 - 12:01
    e eles deixam de ter
    conotações positivas ou negativas,
  • 12:01 - 12:03
    eles só aparecem
    como oportunidades
  • 12:03 - 12:06
    para interagirmos,
    aprendermos, ensinarmos,
  • 12:06 - 12:10
    ter novas histórias para contar,
    fazer novos amigos.
  • 12:10 - 12:14
    Porque são nesses momentos em que amamos
    nossos prazeres e problemas
  • 12:14 - 12:16
    que permitimos
    que eles nos remodifiquem,
  • 12:16 - 12:19
    e que remodifiquemos esses ambientes
  • 12:19 - 12:22
    e as pessoas com as quais
    conversamos e encontramos no caminho.
  • 12:23 - 12:25
    Por isso que pensar
    em um plano de aposentaria
  • 12:25 - 12:27
    não faz muito sentido para mim
  • 12:27 - 12:31
    porque como que eu vou investir,
    agora, recursos e energia
  • 12:31 - 12:33
    em um pacote de problemas e prazeres
  • 12:33 - 12:36
    que só vou viver daqui a umas décadas?
  • 12:37 - 12:39
    Na verdade,
    o problema não é a aposentadoria.
  • 12:39 - 12:42
    É, sim, esse gap que existe
    entre o que eu desejo agora,
  • 12:42 - 12:44
    o que planejo e vislumbro,
  • 12:44 - 12:46
    e o momento em que vou vivê-lo.
  • 12:47 - 12:48
    E foi quando me dei conta disso
  • 12:48 - 12:52
    que logo comecei a criar,
    a viver e a ser contemplada
  • 12:52 - 12:54
    com meu plano de aposentada.
  • 12:54 - 12:58
    Que é de me retirar desses padrões
    a fim de encontrar o meu bem-estar
  • 12:58 - 13:00
    de forma bem genuína.
  • 13:00 - 13:03
    Eu acredito que quando
    eu faço esse movimento,
  • 13:03 - 13:04
    automaticamente
  • 13:04 - 13:07
    estou reverberando
    isso pra quem está comigo,
  • 13:07 - 13:08
    e exijo isso de quem está comigo.
  • 13:08 - 13:11
    E isso vai transformar para vocês,
  • 13:11 - 13:12
    para os outros,
  • 13:12 - 13:13
    e, como resultado,
  • 13:13 - 13:15
    teremos o bem-comum.
  • 13:15 - 13:16
    Muito obrigada.
  • 13:16 - 13:19
    (Aplausos)
Title:
Hackeando a GEN-Y | Yentl Delanhesi | TEDxUnisinos
Description:

Esta palestra foi dada num evento TEDx local, produzido independentemente das Conferências TED.

Sair da zona de conforto. A expressão, que já sofre um certo desgaste, ganhou outra dimensão com a apresentação da jovem Yentl Delanhesi. Recebida com honras de prata da casa, uma vez que é egressa do curso de Comunicação Digital da Unisinos, com desenvoltura de palestrante veterana, mostrou a que veio logo de começo: “minha fala é sobre uma descoberta, sobre algo que venho sentindo, não só como uma estudiosa da geração Y, mas também como uma representante dela”.

Yentl vem de especialidades diferentes, mas complementares. Formada em Comunicação Digital (ComDig, Unisinos), durante anos trabalhou com planejamento estratégico e arquitetura de informação para projetos locais, regionais e globais das principais multinacionais do Brasil. Vive nos Estados Unidos, onde combina sua sensibilidade e habilidade em planejamento, conceituando e produzindo projetos nas áreas de educação, arte e inovação. Atualmente está passando uma temporada no Brasil, residindo dentro do Parque Inhotim, em Belo Horizonte, onde desenvolve um projeto estratégico para o local.

Veja mais: http://www.tedxunisinos.com.br/blog/yentl-delanhesi/#sthash.Fctar0OF.dpuf

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Video Language:
Portuguese, Brazilian
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
13:21
  • Olá, grupo! Estou na espera da revisão da transcrição para, assim, passar para tradução.

    Espero que algum colega possa gentilmente revisar em breve. Obrigada!

Portuguese, Brazilian subtitles

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