A busca por planetas além do nosso sistema solar
-
0:01 - 0:04Estou aqui para falar
sobre a busca real pela vida alienígena. -
0:05 - 0:08Não os humanoides verdes
chegando em OVNIs brilhantes, -
0:08 - 0:10apesar de que isto seria muito legal,
-
0:10 - 0:13mas a busca por planetas
orbitando estrelas distantes. -
0:14 - 0:16Cada estrela no céu é um Sol.
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0:16 - 0:17E se o nosso Sol tem planetas,
-
0:17 - 0:20Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, etc,
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0:20 - 0:22claro que outras estrelas
também devem ter, -
0:22 - 0:23e elas têm.
-
0:23 - 0:28E nas últimas duas décadas, astrônomos
encontraram milhares de exoplanetas. -
0:29 - 0:31Nosso céu noturno está,
literalmente, repleto de exoplanetas. -
0:31 - 0:33Sabemos, estatisticamente,
-
0:33 - 0:35que cada estrela tem
pelo menos um planeta. -
0:36 - 0:38E a busca por planetas,
-
0:38 - 0:41e no futuro, planetas que possam
ser como a Terra, -
0:41 - 0:45poderá ajudar a resolver umas das questões
mais surpreendentes e misteriosas -
0:45 - 0:48que a humanidade enfrenta há séculos:
-
0:48 - 0:49"Por que estamos aqui?"
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0:49 - 0:51"Por que o nosso Universo existe?"
-
0:51 - 0:54"Como a Terra se formou e evoluiu?"
-
0:54 - 0:57"Como e por que a vida surgiu
e povoou nosso planeta?" -
0:58 - 1:01A segunda questão que refletimos muito é:
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1:01 - 1:02"Estamos sós?"
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1:03 - 1:04"Existe vida lá fora?"
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1:05 - 1:07"Quem está lá?"
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1:08 - 1:10Bom, viemos debatendo isto
há milhares de anos, -
1:10 - 1:13desde o tempos dos filósofos gregos.
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1:13 - 1:16Mas estou aqui para lhes dizer
que estamos perto -
1:16 - 1:19de encontrar a resposta para esta questão.
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1:19 - 1:23Pela primeira vez na história
da humanidade, isto está ao nosso alcance. -
1:23 - 1:26Quando penso nas possibilidades
de vida fora da Terra, -
1:26 - 1:31penso no fato de que o nosso Sol
é apenas uma de muitas estrelas. -
1:31 - 1:33Esta foto é de uma galáxia real,
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1:33 - 1:35achamos que a Via Láctea
se parece com esta galáxia, -
1:35 - 1:37uma coleção de estrelas agrupadas.
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1:37 - 1:41Mas a nossa Via Láctea é uma
das centenas de bilhões de estrelas, -
1:41 - 1:46e a nossa galáxia é uma das centenas
de bilhões de galáxias. -
1:47 - 1:49Sabendo que os pequenos planetas
são bem comuns, -
1:49 - 1:51é só fazer as contas.
-
1:51 - 1:55E existem tantas estrelas e planetas
-
1:55 - 1:59que, certamente, deve haver vida
em algum lugar por lá. -
1:59 - 2:02Os biólogos ficam furiosos comigo
quando falo assim, -
2:02 - 2:06porque ainda não temos
prova evidente de vida fora da Terra. -
2:07 - 2:11Bem, se pudéssemos ver
nossa galáxia do lado de fora -
2:12 - 2:16e ampliar onde está o Sol,
veríamos um mapa real das estrelas. -
2:16 - 2:19As estrelas em destaque são
as com exoplanetas conhecidos. -
2:20 - 2:22Isto é apenas a ponta do iceberg.
-
2:23 - 2:26Aqui, esta animação está ampliando
nosso sistema solar. -
2:27 - 2:32E aqui se vê os planetas
e também as espaçonaves orbitando o Sol. -
2:33 - 2:36Se imaginarmos a Costa Oeste
da América do Norte, -
2:36 - 2:39e observarmos o céu noturno,
-
2:39 - 2:41isto é o que se vê
numa noite de primavera. -
2:41 - 2:45Dá para ver as constelações sobrepostas
e, de novo, muitas estrelas com planetas. -
2:45 - 2:49Há uma marca especial do céu
onde existem milhares de planetas. -
2:49 - 2:53Aqui é onde o telescópio espacial Kepler
se concentrou por muitos anos. -
2:53 - 2:59Vamos ampliar e observar
um dos exoplanetas favoritos. -
2:59 - 3:02Esta estrela chama-se Kepler-186f.
-
3:03 - 3:05É um sistema de cerca de cinco planetas.
-
3:05 - 3:09Aliás, não sabemos quase nada
sobre a maioria desses exoplanetas. -
3:09 - 3:12Sabemos da sua dimensão,
das órbitas e coisas assim. -
3:12 - 3:16Mas há um planeta muito especial aqui
chamado Kepler-186f. -
3:16 - 3:20Ele está numa zona
não muito distante da estrela, -
3:20 - 3:23então a temperatura
pode ser perfeita para vida. -
3:23 - 3:25Aqui, a ideia do artista
é apenas aumentar o zoom -
3:25 - 3:28e mostrar como o planeta seria.
-
3:31 - 3:36Muita gente tem uma visão
romântica sobre os astrônomos: -
3:36 - 3:40eles se dirigem ao topo
de uma montanha solitária -
3:40 - 3:43e observam o maravilhoso céu noturno
através de um grande telescópio. -
3:43 - 3:47Mas nós trabalhamos
com computadores, como todo mundo, -
3:47 - 3:51e recebemos os dados por e-mail
ou baixando-os de um banco de dados. -
3:51 - 3:53Então, em vez de falar com vocês
-
3:53 - 3:57sobre a entediante natureza
dos dados e análises -
3:57 - 3:59e os complexos modelos
de computadores que fazemos, -
3:59 - 4:03tenho uma forma diferente de explicar
algumas coisas sobre os exoplanetas. -
4:03 - 4:05Aqui temos um pôster de viagem:
-
4:05 - 4:07"Kepler-186f:
-
4:07 - 4:10Onde a grama é sempre
mais vermelha no outro lado." -
4:10 - 4:14Isto porque o Kepler-186f orbita
uma estrela vermelha, -
4:14 - 4:16e estávamos especulando
que talvez as plantas lá, -
4:16 - 4:19se é que há vegetação,
que fazem fotossíntese, -
4:19 - 4:21têm pigmentos diferentes
e parecem ser vermelhas. -
4:22 - 4:26"Desfrute da gravidade no HD 40307g,
-
4:26 - 4:28uma Super Terra."
-
4:28 - 4:32Este planeta é maior que a Terra,
e a gravidade na superfície é maior. -
4:32 - 4:35"Relaxe no Kepler-16b,
-
4:35 - 4:37onde sua sombra
está sempre acompanhada." -
4:37 - 4:39(Risos)
-
4:39 - 4:42Sabemos de dezenas de planetas
que orbitam duas estrelas, -
4:43 - 4:45e talvez haja muitos mais.
-
4:45 - 4:47Se fôssemos visitar um desses planetas,
-
4:47 - 4:49veríamos dois pores do Sol
-
4:49 - 4:51e teríamos duas sombras.
-
4:52 - 4:54Então a ficção científica está certa:
-
4:54 - 4:55Tatooine de "Guerra nas Estrelas".
-
4:56 - 4:59E tenho outros exoplanetas favoritos,
sobre os quais quero falar. -
4:59 - 5:01Este aqui é Kepler-10b,
-
5:01 - 5:03é um planeta muito quente.
-
5:03 - 5:06A órbita dele é 50 vezes mais próxima
em relação à sua estrela -
5:06 - 5:09do que a Terra em relação ao Sol.
-
5:09 - 5:11E, na verdade, é tão quente,
que não podemos -
5:11 - 5:15visitar estes planetas, mas se pudéssemos,
derreteríamos antes de chegarmos lá. -
5:15 - 5:17A superfície é tão quente
que pode derreter rochas, -
5:17 - 5:19e há lagos de lava líquida.
-
5:19 - 5:21Gliese 1214b.
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5:21 - 5:25Sabemos a massa e o tamanho deste planeta;
e que a densidade é relativamente baixa. -
5:25 - 5:26É um pouco quente.
-
5:26 - 5:28Na verdade não sabemos nada sobre ele,
-
5:28 - 5:31mas é possível que seja
um "mundo d'água", -
5:31 - 5:35como uma versão ampliada
de uma das luas geladas de Júpiter -
5:35 - 5:37que pode ter 50% de água em massa.
-
5:37 - 5:40E, neste caso, teria
uma espessa atmosfera de vapor -
5:40 - 5:42cobrindo um oceano,
-
5:42 - 5:44não de água líquida,
-
5:44 - 5:47mas de um tipo exótico de água,
um superfluido; -
5:47 - 5:49não é bem um gás ou um líquido.
-
5:49 - 5:52E não haveria rochas por baixo,
mas uma forma de gelo de alta pressão, -
5:52 - 5:54como gelo IX.
-
5:55 - 5:57De todos estes planetas,
-
5:57 - 5:59e a variedade é espantosa,
-
6:00 - 6:05queremos encontrar os planetas
que chamamos de "Cachinhos Dourados". -
6:05 - 6:07Nem muito grande, nem muito pequeno,
-
6:07 - 6:09nem tão quente ou tão frio,
-
6:09 - 6:11mas perfeito para vida.
-
6:11 - 6:12Para isto temos que observar
-
6:12 - 6:14a atmosfera do planeta,
-
6:14 - 6:17porque ela atua
como um cobertor detendo calor, -
6:17 - 6:18o efeito estufa.
-
6:18 - 6:22Temos que avaliar os gases
de efeito estufa em outros planetas. -
6:23 - 6:26A ficção científica cometeu alguns erros.
-
6:26 - 6:27A Enterprise de "Jornada nas Estrelas"
-
6:27 - 6:31viajava vastas distâncias
em velocidade incrível -
6:31 - 6:33para orbitar outros planetas,
-
6:33 - 6:37com isso o Primeiro Oficial Spock
podia analisar a atmosfera -
6:37 - 6:39e verificar se o planeta era habitável
-
6:39 - 6:41ou se lá havia formas de vidas.
-
6:41 - 6:43Não precisamos viajar
em velocidade de dobra espacial -
6:43 - 6:45para vermos outras atmosferas de planetas,
-
6:45 - 6:48apesar de não querer dissuadir
os engenheiros aspirantes -
6:48 - 6:50de descobrir como fazer isto.
-
6:50 - 6:52Nós podemos estudar
as atmosferas dos planetas -
6:52 - 6:54daqui, da órbita terrestre.
-
6:54 - 6:57Esta foto é do Telescópio Espacial Hubble,
-
6:57 - 7:00tirada pelo ônibus espacial
Atlantis quando partia -
7:00 - 7:02após o último voo espacial
humano ao Hubble. -
7:02 - 7:04Eles instalaram uma câmera nova
-
7:04 - 7:06que usamos nas atmosferas dos exoplanetas.
-
7:06 - 7:11E, até agora, conseguimos estudar
dezenas dessas atmosferas, -
7:11 - 7:13cerca de seis com grande detalhamento.
-
7:13 - 7:16Mas estes não são planetas
pequenos como a Terra. -
7:16 - 7:18São grandes, quentes, fáceis de se ver.
-
7:18 - 7:19Não estamos prontos,
-
7:19 - 7:24ainda não temos tecnologia
para estudar exoplanetas pequenos. -
7:24 - 7:29Porém, eu gostaria de explicar como
estudamos as atmosferas dos exoplanetas. -
7:29 - 7:32Quero que imaginem um arco-íris.
-
7:33 - 7:35E, se pudéssemos ver o arco-íris de perto,
-
7:35 - 7:38veríamos que algumas
linhas escuras estão faltando. -
7:39 - 7:42E aqui está o nosso Sol,
a luz branca do Sol dividida, -
7:42 - 7:45não por gotas de chuva,
mas por um espectrógrafo. -
7:45 - 7:47Vocês podem ver estas linhas
verticais escuras. -
7:47 - 7:50Algumas estreitas, outras largas;
algumas são sombreadas nas bordas. -
7:50 - 7:54E é assim que os astrônomos
estudam objetos nos céus -
7:54 - 7:55há mais de um século.
-
7:55 - 7:58Aqui cada átomo e molécula diferente
-
7:58 - 8:01tem um conjunto especial de linhas,
uma impressão digital, digamos. -
8:01 - 8:04Assim estudamos
as atmosferas dos exoplanetas. -
8:04 - 8:06Nunca esquecerei de quando
comecei a trabalhar -
8:06 - 8:08com atmosferas de exoplanetas,
20 anos atrás, -
8:08 - 8:10as pessoas me dizendo:
"Isto nunca vai acontecer. -
8:10 - 8:13Nunca vamos estudá-los.
Por que se incomodar?" -
8:13 - 8:15Por isso fico feliz de falar sobre
o estudo das atmosferas, -
8:15 - 8:19esta é uma área de estudo legítima.
-
8:19 - 8:21Em matéria de outros planetas,
outras Terras, -
8:21 - 8:24quando pudermos observá-los no futuro,
-
8:24 - 8:26que tipo de gases estaremos buscando?
-
8:26 - 8:29Nossa própria Terra
tem oxigênio na atmosfera -
8:29 - 8:31de 20% em volume.
-
8:31 - 8:33Isto é muito oxigênio.
-
8:33 - 8:36Mas sem plantas e vida fotossintética,
-
8:36 - 8:40não haveria praticamente
nenhum oxigênio na atmosfera. -
8:40 - 8:42O oxigênio existe graças à vida,
-
8:42 - 8:46e nossa meta é procurar gases
nas atmosferas de outros planetas -
8:46 - 8:48que não sejam originalmente deles,
-
8:48 - 8:51que talvez possamos atribuir à vida.
-
8:51 - 8:53Mas que moléculas deveríamos buscar?
-
8:53 - 8:55Já disse o quão diversos
são os exoplanetas. -
8:55 - 8:58Esperamos que isto continue no futuro
quando acharmos outras Terras. -
8:58 - 9:02Este é o meu trabalho principal agora
e eu tenho uma teoria sobre isso. -
9:02 - 9:05Isto me faz lembrar
que quase todos os dias, -
9:05 - 9:07eu recebo vários e-mails
-
9:07 - 9:11de alguém com uma teoria maluca
sobre a física da gravidade, -
9:11 - 9:13cosmologia ou algo assim.
-
9:13 - 9:17Por favor, não me mandem e-mails
com suas teorias malucas. -
9:17 - 9:18(Risos)
-
9:18 - 9:20Eu tenho a minha própria teoria maluca.
-
9:20 - 9:23Mas a quem um professor do MIT
vai recorrer? -
9:23 - 9:27Mandei um e-mail para um premiado
com o Nobel de Fisiologia ou Medicina -
9:27 - 9:29que disse:
"Claro, venha e vamos conversar." -
9:29 - 9:33Eu e meus dois amigos bioquímicos fomos lá
conversar sobre a nossa teoria maluca. -
9:33 - 9:37É uma teoria que diz que a vida produz
todas as pequenas moléculas, -
9:37 - 9:38muitas moléculas.
-
9:38 - 9:41Eu poderia pensar sobre tudo,
mas não como um químico. -
9:41 - 9:44Considerem: dióxido de carbono,
monóxido de carbono, -
9:44 - 9:46hidrogênio molecular,
nitrogênio molecular, -
9:46 - 9:51metano, cloreto de metila, muitos gases;
eles também existem por outras razões, -
9:51 - 9:53mas até mesmo a vida produz ozônio.
-
9:53 - 9:57Então falamos sobre isso
e imediatamente ele destruiu a teoria. -
9:57 - 9:59Ele encontrou um exemplo que não existia.
-
9:59 - 10:01Acabamos voltando à estaca zero,
-
10:01 - 10:05e cremos que encontramos
algo muito interessante num outro campo. -
10:05 - 10:06Mas voltando aos exoplanetas,
-
10:06 - 10:10o ponto é que a vida produz
muitos gases diferentes, -
10:10 - 10:12milhares de gases literalmente.
-
10:12 - 10:15E o que estamos fazendo agora
é tentar descobrir -
10:15 - 10:17que tipos de exoplanetas
-
10:17 - 10:20e que tipo de gases
poderíamos atribuir à vida. -
10:22 - 10:26Então chegará a hora em que encontraremos
gases nas atmosferas dos exoplanetas, -
10:26 - 10:30os quais não saberemos se são produzidos
por alienígenas inteligentes -
10:30 - 10:32ou por árvores, ou um pântano,
-
10:32 - 10:35ou até mesmo por uma
vida microbiana unicelular simples. -
10:35 - 10:37Então, trabalhar em modelos
-
10:37 - 10:40e pensar sobre a bioquímica é muito bom.
-
10:40 - 10:43Mas o grande desafio
à nossa frente é: "como"? -
10:43 - 10:45Como iremos encontrar estes planetas?
-
10:45 - 10:47Há muitas maneiras de encontrar planetas,
-
10:47 - 10:49diversas formas diferentes.
-
10:49 - 10:53Mas estou me concentrando mais
em como podemos abrir um portal -
10:53 - 10:56para que no futuro possamos
achar centenas de Terras. -
10:56 - 10:58Temos uma chance real
de encontrar sinais de vida. -
10:58 - 11:01Eu acabei de terminar um projeto
de dois anos que liderei -
11:01 - 11:03nesta fase muito especial
-
11:03 - 11:06de um conceito chamado Starshade.
-
11:06 - 11:09O Starshade é uma tela
especialmente moldada, -
11:09 - 11:11e o objetivo é fazê-lo planar
-
11:11 - 11:14para que bloqueie a luz de uma estrela
-
11:14 - 11:17e assim o telescópio pode ver
os planetas diretamente. -
11:17 - 11:20Aqui vocês podem me ver
e dois membros da equipe -
11:20 - 11:22segurando uma parte pequena do Starshade.
-
11:22 - 11:23Seu formato é de uma flor gigante,
-
11:23 - 11:26e este é um dos protótipos de pétalas.
-
11:27 - 11:31A ideia é que um Starshade
e um telescópio fossem lançados juntos, -
11:31 - 11:34com as pétalas desdobrando
a partir de uma posição segura. -
11:35 - 11:37A armação central expandiria,
-
11:37 - 11:40com a pétalas encaixando em posição.
-
11:40 - 11:42Isto tem que ser feito
de forma muito precisa, -
11:42 - 11:47literalmente, das pétalas aos mícrons,
e precisam ser ajustados em milímetros. -
11:47 - 11:49E esta estrutura toda teria que voar
-
11:49 - 11:52dezenas de milhares de quilômetros
distante do telescópio. -
11:52 - 11:55Ela tem dezenas de metros de diâmetro.
-
11:55 - 12:00O objetivo é bloquear a luz das estrelas
com uma precisão incrível, -
12:00 - 12:02assim seríamos capazes de ver
os planetas diretamente. -
12:03 - 12:07E tem de ser um formato muito especial,
por conta da física de difração. -
12:07 - 12:10Este é um projeto real
no qual trabalhamos, -
12:10 - 12:12e não dá para imaginar a dificuldade.
-
12:12 - 12:15Só para que vejam que não é apenas
em formato de filme, -
12:15 - 12:16aqui está uma foto real
-
12:16 - 12:22da implantação da segunda geração
do Starshade no laboratório. -
12:22 - 12:23E, neste caso, eu queria que soubessem
-
12:23 - 12:26que a armação central
tem uma herança remanescente -
12:26 - 12:29de grandes rádios descartáveis no espaço.
-
12:29 - 12:31Bom, depois de todo esse trabalho pesado
-
12:31 - 12:35onde tentamos pensar nos gases loucos
que talvez existam lá fora, -
12:35 - 12:38e construímos os telescópios
espaciais muito complexos -
12:38 - 12:39que talvez estejam lá,
-
12:39 - 12:41o que iremos encontrar?
-
12:41 - 12:42Bom, no melhor dos casos
-
12:42 - 12:45encontraremos uma imagem
de uma outra exo-Terra. -
12:46 - 12:49Aqui está a Terra
como um pálido ponto azul. -
12:49 - 12:51E esta é, na verdade,
uma foto real da Terra -
12:51 - 12:53tirada pela espaçonave Voyager 1,
-
12:53 - 12:55a 6,4 bilhões de km.
-
12:55 - 12:59Esta luz vermelha é apenas luz dispersa
na câmera óptica. -
12:59 - 13:02Mas o que é maravilhoso considerar,
-
13:02 - 13:04é que se alienígenas inteligentes
-
13:04 - 13:09estão orbitando o planeta, ao redor
de uma estrela perto da gente, -
13:09 - 13:11e constroem telescópios
espaciais complexos -
13:11 - 13:13do tipo que estamos tentando construir,
-
13:13 - 13:15só vão ver este pálido ponto azul,
-
13:15 - 13:17um pequenino ponto de luz.
-
13:17 - 13:20Então, às vezes, quando paro para pensar
-
13:20 - 13:25sobre minha luta profissional
e ambição imensa, -
13:25 - 13:27é difícil pensar sobre isso
-
13:27 - 13:29em contraste com a vastidão do universo.
-
13:30 - 13:34Mas, mesmo assim, vou dedicar
o resto da minha vida -
13:34 - 13:36para encontrar outra Terra.
-
13:36 - 13:38E posso garantir
-
13:38 - 13:41que na próxima geração
de telescópios espaciais, -
13:41 - 13:42na segunda geração,
-
13:42 - 13:48teremos a capacidade de encontrar
e identificar outras Terras. -
13:48 - 13:51E a capacidade de dividir
a luz das estrelas -
13:51 - 13:53para poder encontrar gases,
-
13:53 - 13:56e avaliar os gases
de efeito estufa na atmosfera, -
13:56 - 13:59estimar a temperatura da superfície
e procurar sinais de vida. -
13:59 - 14:01Mas tem mais.
-
14:01 - 14:05Nesta área de procura
por outros planetas como a Terra, -
14:05 - 14:07estamos fazendo um novo tipo de mapa
-
14:07 - 14:10das estrelas próximas
e dos planetas que as orbitam, -
14:10 - 14:14incluindo planetas que possam
ser habitados por humanos. -
14:15 - 14:17Então, a minha visão
é que nossos descendentes, -
14:17 - 14:19centenas de anos à frente,
-
14:19 - 14:23irão embarcar em uma jornada
interestelar a outros mundos. -
14:23 - 14:26E vão olhar para trás, para todos nós,
-
14:26 - 14:30como a primeira geração
que encontrou mundos como a Terra. -
14:30 - 14:31Obrigada.
-
14:31 - 14:35(Aplausos)
-
14:37 - 14:39June Cohen: Apresento para uma pergunta
-
14:39 - 14:42o Chefe da Missão Rosetta, Fred Jansen.
-
14:42 - 14:43Fred Jansen: Você mencionou na palestra
-
14:43 - 14:47que a tecnologia para vermos o espectro
-
14:47 - 14:50de um exoplaneta como a Terra
ainda não existe. -
14:50 - 14:54Quando você espera que ela chegue,
e o que é preciso? -
14:54 - 14:59Aliás, o que esperamos é o que chamamos
de a próxima geração do telescópio Hubble, -
14:59 - 15:01o Telescópio Espacial James Webb,
-
15:01 - 15:03que será lançado em 2018,
-
15:03 - 15:05e é isto que iremos fazer,
-
15:05 - 15:08vamos observar um tipo especial de planeta
chamado exoplanetas transientes. -
15:08 - 15:12E isto será uma primeira tentativa
em estudar os gases -
15:12 - 15:16em pequenos planetas que possam
indicar se o planeta é habitável. -
15:16 - 15:19JC: Sara, sendo generalista,
eu gostaria de lhe fazer uma pergunta. -
15:19 - 15:22Eu realmente fico perplexa
com sua carreira, -
15:22 - 15:24a oposição que enfrentou,
-
15:24 - 15:26quando você começou
a pensar em exoplanetas -
15:26 - 15:28havia um tremendo ceticismo
na comunidade científica -
15:28 - 15:31sobre sua existência,
e você provou que estavam errados. -
15:31 - 15:33O que foi preciso para ir adiante?
-
15:33 - 15:36SS: Bom, como cientistas,
nós devemos ser céticos, -
15:36 - 15:40porque nossa função é assegurar
que o que outra pessoa diz -
15:40 - 15:42faz sentido ou não.
-
15:42 - 15:44Mas ser uma cientista,
-
15:44 - 15:47acho que viram nesta sessão,
-
15:47 - 15:49é como ser uma exploradora.
-
15:49 - 15:51Você tem uma curiosidade imensa,
-
15:51 - 15:54uma teimosia, uma vontade resoluta
de que você vai seguir em frente -
15:54 - 15:56não importa o que digam.
-
15:56 - 15:58JC: Adoro isso. Obrigada, Sara.
-
15:58 - 16:02(Aplausos)
- Title:
- A busca por planetas além do nosso sistema solar
- Speaker:
- Sara Seager
- Description:
-
"Cada estrela que vemos no céu tem, pelo menos, um planeta em sua órbita", diz a astrônoma Sara Seager. Mas o que sabemos sobre esses exoplanetas, e como podemos saber mais? Seager apresenta seu conjunto favorito de exoplanetas e mostra a nova tecnologia que poderá ajudar a coletar informações sobre eles e, até mesmo, nos ajudar a procurar exoplanetas que possibilitem a vida.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 16:14
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