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Porque é que nos preocupamos com a alteração climática? | Matilde Rusticucci | TEDxRíodelaPlata-TEDxChange

  • 0:10 - 0:12
    O tema sobre que queria falar hoje
  • 0:12 - 0:16
    é justamente porque é
    que nos preocupa a alteração climática.
  • 0:16 - 0:21
    A alteração climática ocorre
    e já tem ocorrido
  • 0:22 - 0:25
    desde o começo
    do nosso planeta Terra.
  • 0:25 - 0:28
    É a isso que chamamos
    o sistema climático.
  • 0:28 - 0:30
    Porquê um sistema climático?
  • 0:30 - 0:35
    Porque o Sol, que é a fonte
    de energia de todo este sistema
  • 0:35 - 0:40
    é que nos dá a energia,
    irradia a energia no nosso sistema.
  • 0:41 - 0:45
    O nosso sistema é composto
    pela terra, o oceano, os céus,
  • 0:46 - 0:48
    a atmosfera, a vegetação.
  • 0:48 - 0:52
    Todos esses subsistemas ou pedacinhos
    deste sistema climático
  • 0:52 - 0:54
    interagem entre si.
  • 0:55 - 0:57
    Nós recebemos essas radiações.
  • 0:57 - 1:00
    A Terra também emite uma radiação
  • 1:00 - 1:04
    que é capturada pelos famosos
    gases com efeito de estufa.
  • 1:04 - 1:09
    Estes fazem parte dos gases
    que compõem a atmosfera,
  • 1:09 - 1:13
    são os responsáveis por
    podermos viver hoje em dia,
  • 1:13 - 1:16
    por termos uma temperatura
    agradável para viver.
  • 1:16 - 1:18
    Os gases com efeitos de estufa
  • 1:18 - 1:22
    são gases naturais que existem
    na nossa atmosfera.
  • 1:23 - 1:26
    Mas agora temos de começar
    a dar conta
  • 1:26 - 1:29
    de que estes subsistemas
    interagem entre si.
  • 1:29 - 1:33
    Ou seja, se se alterar
    algum destes componentes,
  • 1:33 - 1:38
    poderá ter impacto, de qualquer forma,
    em qualquer dos outros componentes.
  • 1:38 - 1:42
    Se se mudar a quantidade
    de radiações que entra no sistema
  • 1:42 - 1:45
    ou a quantidade de radiações
    que pode sair do sistema,
  • 1:45 - 1:48
    ou a quantidade de gelo
    que possa refletir a radiações,
  • 1:48 - 1:51
    qualquer destas alterações,
    por insignificantes que pareçam,
  • 1:51 - 1:54
    vai interagir e vai alterar
  • 1:55 - 1:58
    o clima do nosso planeta.
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    Sabemos que o nosso clima
    mudou, o clima tem mudado.
  • 2:01 - 2:04
    Pode mudar por duas grandes causas.
  • 2:04 - 2:05
    As causas naturais.
  • 2:05 - 2:11
    Naturalmente, o clima tem mudado
    ao longo de centenas de milhões de anos.
  • 2:11 - 2:17
    Passámos por idades de gelo,
    por períodos interglaciares, glaciares.
  • 2:17 - 2:19
    Todos concordamos com estas definições
  • 2:19 - 2:23
    que têm uma escala de centenas
    e dezenas de milhares de anos.
  • 2:24 - 2:28
    Mas também pode mudar de forma artificial
  • 2:28 - 2:31
    ou devido em especial à ação do homem.
  • 2:31 - 2:35
    É aí que começamos a preocupar-nos,
    é essa a nossa preocupação.
  • 2:35 - 2:40
    O homem está a interagir com o clima
    de uma forma que está a alterá-lo.
  • 2:40 - 2:43
    Porque é que estamos tão seguros disso?
  • 2:44 - 2:47
    Estamos tão seguros disso
    porque está ali o gráfico
  • 2:47 - 2:48
    que parece um pouco complicado.
  • 2:48 - 2:51
    É o que temos para mostrar.
  • 2:51 - 2:54
    Nós, os cientistas
    das organizações internacionais
  • 2:54 - 2:57
    — este assunto trabalha-se
    a nível internacional —
  • 2:57 - 3:00
    podemos mostrar,
    com esta curva preta,
  • 3:00 - 3:03
    qual é a temperatura observada
  • 3:03 - 3:06
    do início do século XVIII
    até ao presente.
  • 3:06 - 3:09
    Esta é a temperatura média
    observada a nível mundial.
  • 3:09 - 3:14
    Agora podemos saber
    como mudou essa temperatura
  • 3:14 - 3:17
    devido às mudanças naturais.
  • 3:17 - 3:22
    Ou seja, mudanças na quantidade
    de radiações que chegam ao sistema,
  • 3:22 - 3:25
    devido a mudanças no Sol,
    nas manchas solares
  • 3:25 - 3:28
    e outras mudanças que o Sol tem
    na quantidade de radiações.
  • 3:28 - 3:32
    Essas mudanças produziram
    a temperatura mostrada na curva azul.
  • 3:32 - 3:35
    Como vemos, está bastante abaixo
    da curva preta.
  • 3:35 - 3:39
    Para poder reproduzir
    os valores reais de temperatura,
  • 3:39 - 3:44
    temos de incluir na análise
    as mudanças provocadas pelo homem.
  • 3:45 - 3:50
    Ou seja, sabemos
    que estas duas curvas se separam
  • 3:50 - 3:52
    devido à ação do homem.
  • 3:52 - 3:55
    Se fossem somente as mudanças naturais,
    a temperatura teria de ser
  • 3:55 - 3:58
    bastante mais baixa do que
    a que temos atualmente.
  • 3:58 - 4:02
    Podemos ver diferenças, por exemplo,
  • 4:02 - 4:05
    de mais de meio grau ou um grau,
    que parece pouco,
  • 4:05 - 4:08
    porque isto é uma temperatura média
    de todo o globo.
  • 4:08 - 4:12
    Temperatura média global:
    verão, inverno, polos, Equador.
  • 4:12 - 4:15
    Tudo combinado, dá-nos
    esta temperatura média
  • 4:15 - 4:18
    que não parece ser muito preocupante.
  • 4:18 - 4:20
    Mas o que é que nos preocupa?
  • 4:21 - 4:23
    Nós vemos estas mudanças,
  • 4:23 - 4:27
    vemos como a temperatura,
    no painel de cima,
  • 4:27 - 4:30
    aumentou desde 1850 até ao presente.
  • 4:30 - 4:33
    Vemos que há um aumento
    que muda ano após ano
  • 4:33 - 4:35
    mas que vai sempre aumentando.
  • 4:35 - 4:39
    Vemos que isto é acompanhado
    não só por aumentos de temperatura,
  • 4:39 - 4:41
    mas por aumentos do nível do mar.
  • 4:41 - 4:45
    Porque é que o nível do mar sobe?
  • 4:45 - 4:50
    A causa principal do aumento
    do nível do mar é a seguinte:
  • 4:50 - 4:53
    Assim como aumenta
    a temperatura da atmosfera,
  • 4:53 - 4:55
    aumenta a temperatura da água,
  • 4:55 - 4:57
    aumenta a temperatura dos oceanos.
  • 4:57 - 5:00
    Ao aumentar a temperatura,
    aumenta o volume.
  • 5:01 - 5:04
    Ao aumentar o volume,
    aumenta o nível médio do mar.
  • 5:04 - 5:06
    Esta é a causa principal.
  • 5:06 - 5:08
    Claro que a fusão
    dos gelos também contribui
  • 5:08 - 5:10
    mas não é a causa principal.
  • 5:10 - 5:14
    Mas vemos como tem aumentado,
    sistematicamente, ao longo dos anos.
  • 5:14 - 5:17
    E vemos no painel em baixo
    como foi diminuindo
  • 5:17 - 5:23
    a quantidade de neve, por exemplo,
    no hemisfério norte.
  • 5:24 - 5:27
    Iso quer dizer que nós sabemos
  • 5:27 - 5:30
    que houve alterações
    em todo o sistema climático
  • 5:30 - 5:34
    que se exemplificam
    claramente com este caso.
  • 5:35 - 5:38
    Isto é um glaciar na Bolívia,
    o Chacaltaya
  • 5:38 - 5:42
    que foi fotografado
    em quatro alturas diferentes.
  • 5:42 - 5:47
    Vemos, na primeira fotografia,
    em cima à esquerda, no ano de 1940.
  • 5:47 - 5:50
    A seguinte é do ano 1982.
  • 5:50 - 5:52
    A seguinte é do ano 1996,
  • 5:52 - 5:55
    a última é do ano 2005.
  • 5:55 - 5:58
    O que vemos é como diminuiu
  • 5:58 - 6:01
    a superfície coberta por este glaciar.
  • 6:01 - 6:05
    Isto é um efeito direto do aumento
    das temperaturas nesta zona.
  • 6:05 - 6:08
    Isto é na Bolívia, é um glaciar tropical.
  • 6:08 - 6:12
    Isto é o que podemos mostrar
    que tem um grande impacto.
  • 6:12 - 6:16
    Mas vemos que, claramente,
    o aumento da temperatura localmente,
  • 6:16 - 6:18
    embora pareça ter aumentado pouco
  • 6:18 - 6:21
    ao longo destas últimas centenas de anos,
  • 6:21 - 6:24
    apenas um grau
    em quase mais de um século,
  • 6:24 - 6:27
    vemos como o efeito local,
    o impacto destas alterações
  • 6:27 - 6:29
    é muito mais forte.
  • 6:29 - 6:31
    Por exemplo, no caso dos glaciares.
  • 6:31 - 6:34
    O desaparecimento de um glaciar
    tem graves implicações
  • 6:34 - 6:36
    na sociedade que vive
    em volta do glaciar.
  • 6:36 - 6:40
    Em geral, as populações
    em volta dos glaciares
  • 6:40 - 6:44
    bebem a água, produto do degelo.
  • 6:44 - 6:48
    A água que utilizam normalmente,
  • 6:48 - 6:51
    tanto para beber, para se alimentarem,
    ou para as culturas,
  • 6:51 - 6:52
    provém dos glaciares.
  • 6:52 - 6:55
    Se o glaciar no inverno
    não chega a formar gelo,
  • 6:55 - 6:59
    no verão não há água
    disponível para a população.
  • 7:01 - 7:03
    Então, nós estamos a ver isto.
  • 7:04 - 7:09
    Mas como sentimos, no dia a dia,
    que a temperatura aumentou?
  • 7:10 - 7:15
    Recentemente, vimos imagens
    da onda de calor em Moscovo.
  • 7:15 - 7:19
    A onda de calor que Moscovo
    sofreu no mês de julho
  • 7:19 - 7:23
    e em todas as zonas
    em volta de Moscovo, na Rússia,
  • 7:23 - 7:26
    teve grande impacto na população.
  • 7:26 - 7:30
    Tanto que aumentou para o dobro
    o número de mortes
  • 7:30 - 7:33
    devido à contaminação
    surgida pelos incêndios
  • 7:33 - 7:36
    e devido às altas temperaturas.
  • 7:36 - 7:39
    Houve um precedente, não há muitos anos,
  • 7:39 - 7:41
    no ano de 2003.
  • 7:41 - 7:44
    Houve outra onda de calor
    na Europa, muito significativa,
  • 7:44 - 7:49
    em que morreram 15 000 pessoas,
    somente em Paris,
  • 7:49 - 7:51
    devido à onda de calor.
  • 7:51 - 7:55
    A Europa está a ter
    cada vez mais ondas de calor.
  • 7:55 - 7:56
    Mas o que é que isso quer dizer?
  • 7:56 - 8:00
    Não temos necessariamente
    as temperaturas que Male sofreu.
  • 8:00 - 8:05
    Não é que Moscovo tenha tido
    temperaturas superiores a 40 ºC e 50 ºC,
  • 8:05 - 8:07
    mas mede-se de outra forma.
  • 8:07 - 8:09
    O que vemos é que
  • 8:09 - 8:13
    a temperatura é superior
    a um determinado nível,
  • 8:13 - 8:15
    uma série de vezes por mês.
  • 8:15 - 8:18
    Por exemplo, 25 ºC
    é a temperatura máxima.
  • 8:18 - 8:24
    Moscovo ultrapassa-a normalmente
    no mês de julho, nove dias por mês.
  • 8:24 - 8:28
    Que se passou neste mês de julho?
    Ultrapassou-a 31 dias.
  • 8:28 - 8:32
    Os 31 dias do mês de julho
    ultrapassaram esse limiar.
  • 8:32 - 8:34
    Então, no dia a dia,
  • 8:34 - 8:40
    sentimos que cada vez temos
    mais dias com temperaturas elevadas
  • 8:41 - 8:44
    e menos dias com temperaturas
    por baixo de um limiar,
  • 8:44 - 8:47
    com temperaturas frias e frescas.
  • 8:47 - 8:49
    Isto é um exemplo de Moscovo,
  • 8:49 - 8:53
    mas no nosso grupo de investigação
    trabalhamos sobre dados da Argentina.
  • 8:53 - 8:55
    Que é que se passou na Argentina?
  • 8:55 - 8:58
    Que é que sabemos
    que se passou na Argentina?
  • 8:58 - 9:01
    No nosso país, e na nossa
    região da América do Sul,
  • 9:01 - 9:07
    temos tido, sistematicamente,
    cada vez menos ocorrências
  • 9:07 - 9:10
    de temperaturas abaixo do limiar.
  • 9:10 - 9:14
    Ou seja, temos cada vez menos casos
    de temperaturas mínimas baixas,
  • 9:14 - 9:19
    Sobretudo no verão, em que cada vez
    temos menos noites frescas.
  • 9:19 - 9:21
    Aquela típica noite fresca de verão
  • 9:21 - 9:23
    cada vez ocorre menos vezes.
  • 9:23 - 9:27
    E cada vez temos mais casos
    de temperaturas quentes
  • 9:27 - 9:31
    em meses que, tradicionalmente,
    eram de estações intermédias,
  • 9:31 - 9:33
    como o outono e a primavera.
  • 9:33 - 9:36
    Ou seja, aumentaram os dias
    de temperaturas mais altas
  • 9:36 - 9:41
    até outubro, até março,
    abril, e maio inclusive.
  • 9:41 - 9:45
    Então, no dia a dia
    sentimos isso claramente.
  • 9:45 - 9:47
    Não são necessariamente
    temperaturas muito elevadas
  • 9:47 - 9:51
    mas sim muitos dias
    com temperaturas acima do limiar.
  • 9:52 - 9:56
    Mas, recentemente, temos tido
    outra ocorrência extrema
  • 9:56 - 9:58
    na cidade de Buenos Aires
    e arredores
  • 9:58 - 10:00
    que foram as sudestadas.
  • 10:01 - 10:02
    O que são as sudestadas?
  • 10:02 - 10:06
    É um vento de sudeste ou este,
    muito persistente,
  • 10:06 - 10:09
    que impede que o rio desague
    no oceano Atlântico.
  • 10:09 - 10:14
    Não vamos ter obrigatoriamente
    cada vez mais sudestadas.
  • 10:14 - 10:16
    O que acontece é que a mesma sudestada,
  • 10:16 - 10:18
    se o rio estiver a um nível mais elevado,
  • 10:18 - 10:20
    produz um impacto maior.
  • 10:20 - 10:24
    Então, não é necessário que a alteração
    do clima para mais ou para menos
  • 10:24 - 10:27
    vá redundar num impacto maior ou menor.
  • 10:27 - 10:33
    Mais ainda, as principais consequências,
    segundo os relatórios que elaboramos,
  • 10:33 - 10:37
    é que os países mais pobres
    são os que vão sofrer mais.
  • 10:37 - 10:40
    Os países com menos recursos,
    os que estejam menos preparados
  • 10:40 - 10:44
    perante a mesma ocorrência
    climática extrema,
  • 10:44 - 10:45
    vão ter mais prejuízos.
  • 10:45 - 10:47
    Têm tido mais prejuízos
  • 10:47 - 10:50
    e têm tido consequências
    muito mais graves.
  • 10:51 - 10:53
    Não tem que ver com a alteração climática.
  • 10:53 - 10:56
    mas o terramoto de Haiti
    em comparação com o do Chile,
  • 10:56 - 10:59
    mostrou claramente
    diferenças significativas.
  • 11:00 - 11:02
    Que sabemos do clima futuro?
  • 11:02 - 11:05
    Este gráfico parece um pouco complicado,
    não sei se já o viram.
  • 11:05 - 11:09
    Sabemos o que se vai passar
    com um alto grau de certeza.
  • 11:10 - 11:13
    Sabemos que a temperatura
    que tem vindo a aumentar,
  • 11:13 - 11:14
    aquela primeira curva preta
  • 11:14 - 11:17
    que vem no gráfico
    em baixo à esquerda
  • 11:17 - 11:18
    é o que sucedeu.
  • 11:18 - 11:19
    O que é que vai suceder?
  • 11:20 - 11:23
    Vai depender de como
    reaja a sociedade,
  • 11:23 - 11:24
    que medidas tome,
  • 11:24 - 11:29
    para ver qual das curvas,
    se a vermelha, a verde, a azul ou a fúcsia
  • 11:29 - 11:31
    vai ser o nosso futuro.
  • 11:31 - 11:33
    Sabemos que a temperatura
    vai aumentar.
  • 11:33 - 11:35
    Sabemos que a temperatura
    vai aumentar
  • 11:35 - 11:37
    muito mais no hemisfério norte
    do que no sul
  • 11:37 - 11:40
    porque o hemisfério norte é continental.
  • 11:40 - 11:43
    O hemisfério sul é mais marítimo,
  • 11:43 - 11:45
    reage mais lentamente.
  • 11:45 - 11:48
    Mas os impactos podem ser distintos.
  • 11:48 - 11:50
    Podem não estar relacionados
  • 11:50 - 11:53
    com a quantidade ou o aumento
    de temperatura que vai ocorrer.
  • 11:54 - 11:56
    Então, sabemos,
  • 11:57 - 12:00
    há relatórios que mostram
    todo esse tipo de resultados.
  • 12:00 - 12:05
    Todos estes resultados surgem
    dos relatórios do IPCC
  • 12:05 - 12:07
    que é a sigla em inglês para
  • 12:07 - 12:11
    Painel Intergovernamental
    sobre Alteração Climática.
  • 12:11 - 12:14
    É um painel da ONU
    que se criou há mais de 20 anos,
  • 12:14 - 12:19
    que obteve o Prémio Nobel da Paz,
    juntamente com Al Gore,
  • 12:19 - 12:23
    há alguns anos, pelos seus resultados.
  • 12:23 - 12:25
    É um painel de especialistas.
  • 12:25 - 12:29
    Eu fiz parte do relatório anterior
  • 12:29 - 12:32
    e farei parte do que estamos
    a iniciar este ano.
  • 12:33 - 12:37
    Estes resultados, dado o seu rigor,
  • 12:37 - 12:40
    são resultados que se elaboram
    ao longo de vários anos.
  • 12:40 - 12:42
    Para terem uma ideia,
  • 12:42 - 12:45
    o último relatório saiu
    no ano de 2007.
  • 12:45 - 12:47
    Houve um grande alvoroço
    a nível mundial.
  • 12:47 - 12:51
    Muito interesse pelos resultados
    que estávamos a publicar.
  • 12:51 - 12:53
    Mas tínhamos começado
    a escrever no ano de 2004.
  • 12:53 - 12:56
    O próximo relatório sairá em 2013.
  • 12:56 - 13:00
    E em março do ano que vem
    temos de ter o primeiro rascunho
  • 13:00 - 13:04
    porque há muitas revisões
    por parte de especialistas.
  • 13:04 - 13:08
    Comparam-se todos os resultados
    com diversos trabalhos publicados.
  • 13:08 - 13:11
    Então, qual é a dúvida?
  • 13:11 - 13:15
    É porque, às vezes, surgem dúvidas,
    quanto à alteração climática.
  • 13:15 - 13:18
    Surgem dúvidas porque,
    nos países desenvolvidos,
  • 13:18 - 13:21
    nos países que elaboram
    políticas para o futuro,
  • 13:21 - 13:25
    levam em conta os resultados
    destes relatórios.
  • 13:25 - 13:29
    A partir dos resultados
    que surgem dos relatórios do IPPC,
  • 13:29 - 13:34
    tomam-se medidas políticas
    para o futuro.
  • 13:34 - 13:37
    Quais são as coisas importantes
    que temos de fazer?
  • 13:37 - 13:39
    Que podemos fazer com isto?
  • 13:39 - 13:41
    Há duas grandes áreas:
  • 13:41 - 13:47
    adaptarmo-nos à alteração
    e/ou reduzir a alteração.
  • 13:47 - 13:48
    Que é que isto quer dizer?
  • 13:48 - 13:50
    Adaptarmo-nos à alteração.
  • 13:50 - 13:53
    Sabemos que a mudança
    está a ocorrer, que vai ocorrer.
  • 13:53 - 13:56
    Na medida em que saibamos melhor
  • 13:56 - 13:59
    e, que saibamos mais,
    mais rigorosamente,
  • 14:00 - 14:01
    quantos graus vai subir,
  • 14:01 - 14:03
    quanto vai aumentar
    a chuva nos Pampas,
  • 14:03 - 14:06
    quando vai deixar de chover
    na zona de Mendoza
  • 14:06 - 14:08
    e na zona do norte da Patagónia.
  • 14:08 - 14:10
    Na medida em que soubermos mais,
  • 14:10 - 14:13
    podemos adaptar-nos
    a essas alterações.
  • 14:13 - 14:14
    Com efeito,
  • 14:14 - 14:20
    o homem vai-se adaptando
    a essas alterações que são paulatinas.
  • 14:20 - 14:21
    Mas, basicamente, sabemos
  • 14:21 - 14:25
    que temos de trabalhar pela mitigação.
  • 14:25 - 14:28
    Tratar de deixar de emitir,
  • 14:28 - 14:32
    de aumentar as concentrações
    destes gases com efeito de estufa.
  • 14:32 - 14:38
    Temos de deixar de emitir
    dióxido de carbono, principalmente,
  • 14:38 - 14:42
    que provém do uso do petróleo.
  • 14:42 - 14:45
    A começar pela nossa casa,
  • 14:45 - 14:50
    a poupança de energia,
    o não desperdiçar da energia elétrica,
  • 14:50 - 14:54
    o não desperdiçar de energia
    para refrigerar grandes edifícios
  • 14:54 - 14:56
    que estão muito bem construídos
    arquitetonicamente
  • 14:56 - 14:59
    mas não são amigos
    do meio ambiente,
  • 14:59 - 15:01
    que necessitam, por exemplo,
    de muita refrigeração.
  • 15:01 - 15:04
    Sabemos que os edifícios são um setor
  • 15:04 - 15:08
    em que o custo-benefício
    da alteração é muito significativo.
  • 15:08 - 15:12
    Sabemos muitas destas coisas.
  • 15:12 - 15:15
    Estão publicadas nos relatórios.
  • 15:15 - 15:18
    Então, o que é que nos preocupa
    sobre a alteração climática?
  • 15:18 - 15:22
    Principalmente, o que mais me preocupa
    é que não se tomem medidas,
  • 15:22 - 15:26
    que não se estabeleçam
    políticas para estas alterações,
  • 15:26 - 15:28
    para nos adaptarmos à mudança.
  • 15:28 - 15:31
    Para que os impactos não resultem
    numa forma tão negativa.
  • 15:31 - 15:34
    Inclusive poder aproveitar
    em qualquer sentido,
  • 15:34 - 15:37
    alguma destas alterações
    de forma positiva
  • 15:37 - 15:39
    para o nosso país
    e para a nossa região.
  • 15:40 - 15:41
    (Aplausos)
  • 15:41 - 15:42
    Obrigada.
  • 15:42 - 15:44
    (Aplausos)
Title:
Porque é que nos preocupamos com a alteração climática? | Matilde Rusticucci | TEDxRíodelaPlata-TEDxChange
Description:

Matilde Rusticucci é especialista em alteração climática e professora do Departamento de Ciências da Atmosfera e dos Oceanos da Faculdade de Ciências Exatas e Naturais da Universidade de Buenos Aires.

Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx

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Video Language:
Spanish
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
15:54

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