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Uma mulher, cinco personagens e uma lição sobre sexo, vinda do futuro

  • 0:01 - 0:04
    Esta é uma peça intitulada
    "Sell/Buy/Date."
  • 0:04 - 0:07
    É a primeira que fiz, depois de
    "Bridge and Tunnel", na Broadway.
  • 0:07 - 0:12
    E aviso já que arranjei um excerto
    só para vocês,
  • 0:12 - 0:14
    por isso, vamos lá ver.
  • 0:18 - 0:23
    Primeiro, vamos assegurar-nos
    de que todos os aparelhos eletrónicos
  • 0:23 - 0:26
    estão desligados antes de começarmos.
  • 0:27 - 0:32
    Espero que todos reconheçam o que
    acabei de dizer como sendo o...
  • 0:32 - 0:36
    ... muito bem, o aviso
    sobre os telemóveis.
  • 0:36 - 0:39
    Isto também era conhecido
    por telefone mãos livres.
  • 0:40 - 0:43
    Como se lembram,
    as pessoas daquela época
  • 0:43 - 0:46
    tinham um aparelho eletrónico exterior,
  • 0:46 - 0:48
    parecido com esta coisa,
  • 0:48 - 0:51
    e levavam-no para todo o lado.
  • 0:51 - 0:55
    O seu maior medo,
    a sua grande angústia,
  • 0:55 - 0:58
    era que um deles pudesse tocar
    num momento inoportuno.
  • 0:59 - 1:01
    Isto foi uma coisa banal
    sobre aquela época.
  • 1:01 - 1:03
    (Risos)
  • 1:03 - 1:06
    O formato da aula de hoje
  • 1:06 - 1:10
    é que hoje vou apresentar
    múltiplos módulos BERT
  • 1:10 - 1:12
    desse período na história
  • 1:12 - 1:15
    que começa por volta de 2016.
  • 1:15 - 1:19
    Lembrem-se, foi o primeiro ano
    do programa BERT.
  • 1:19 - 1:22
    Portanto, vamos passar
    por algumas coisas dessas.
  • 1:22 - 1:26
    Não se esqueçam, vou viver
    em diversos corpos diferentes,
  • 1:26 - 1:28
    idades diferentes,
  • 1:28 - 1:31
    e também naquilo a que se chamava
    raças, ou seja, grupos étnicos,
  • 1:31 - 1:34
    como se devem lembrar da Unidade 1...
  • 1:34 - 1:35
    (Risos)
  • 1:35 - 1:38
    ... e. num contínuo de sexualidade,
  • 1:38 - 1:40
    também vou viver como sendo homem.
  • 1:40 - 1:42
    Naquela época, era mais para o binário.
  • 1:42 - 1:43
    (Risos)
  • 1:43 - 1:46
    Também não se esqueçam
    de que estamos a ler o módulo em livro,
  • 1:46 - 1:49
    para nos focarmos sobre o sexo
    durante a próxima semana.
  • 1:49 - 1:52
    Sei que alguns de vocês requisitaram
    o livro sob a forma de pílula.
  • 1:52 - 1:56
    Sei que há pessoas que ainda julgam
    que ingeri-lo é o melhor para aprender
  • 1:56 - 2:02
    mas, como estamos a tentar reviver
    o que os nossos antepassados viveram,,
  • 2:02 - 2:07
    por favor, pensem em fazer
    a leitura de forma ocular, está bem?
  • 2:07 - 2:12
    Já agora, quantos de vocês
    têm ligados os implantes emocionais?
  • 2:12 - 2:15
    Por favor, desliguem-nos por completo, ok?
  • 2:15 - 2:20
    Sei que é difícil,
    mas quero que consigam sentir
  • 2:20 - 2:22
    toda a gama de emoções naturais.
  • 2:22 - 2:25
    É essencial para esta parte do programa.
  • 2:26 - 2:27
    Sim, Macy?
  • 2:28 - 2:32
    Ok, já percebi
    que não estás disposta a isso.
  • 2:32 - 2:34
    Podemos discutir isso depois da aula.
  • 2:34 - 2:37
    Ok, depois discutimos as tuas preocupações.
  • 2:37 - 2:41
    Descontrai-te. Ninguém morreu
    nem foi para o compostor.
  • 2:41 - 2:45
    Ok. Depois da aula, ok? Depois da aula.
  • 2:45 - 2:47
    Agora vamos começar.
  • 2:47 - 2:54
    O primeiro sujeito identificado
    é uma dona de casa da classe média.
  • 2:54 - 2:56
    Lembrem-se, nestes módulos primitivos
  • 2:56 - 3:00
    as identidades destas pessoas
    estavam protegidas,
  • 3:00 - 3:03
    o que lhes permitia falar
    mais abertamente sobre o nosso tópico
  • 3:03 - 3:06
    que, para muitos deles, era tabu.
  • 3:08 - 3:12
    Ok, querido, ok,
    estou pronta quando tu estiveres.
  • 3:12 - 3:15
    Não, meu amor, eu disse
    que estou pronta quando tu estiveres.
  • 3:16 - 3:18
    Estou gelada.
  • 3:18 - 3:21
    Isto aqui parece um frigorífico,
    neste estúdio de gravação.
  • 3:21 - 3:24
    Devia ter trazido um xaile.
  • 3:24 - 3:28
    Toda esta bela tecnologia,
    mas não há dinheiro para o aquecimento.
  • 3:28 - 3:32
    O que é que ele diz?
    Não consigo ouvir-te!
  • 3:32 - 3:35
    Não consigo ouvir-te
    atrás do vidro, querido!
  • 3:35 - 3:37
    Ok, já estás no meu ouvido.
  • 3:38 - 3:40
    Estás a ouvir-me?
  • 3:40 - 3:42
    Desde o princípio?
  • 3:42 - 3:45
    Sim, estou com um bocado de frio.
  • 3:46 - 3:52
    Oh, o frio é por causa das máquinas,
    da nova tecnologia. Ok.
  • 3:52 - 3:57
    Volta lá a dizer, estás a gravar
    a minha voz, os meus sentimentos
  • 3:57 - 3:59
    e as minhas memórias? Ok.
  • 4:00 - 4:03
    Sim, BERT, sim, já li sobre isso.
  • 4:03 - 4:06
    Tecnologia de Ressonância Bio-Empática.
  • 4:06 - 4:11
    Ok, ok, assim as pessoas vão poder
    sentir as minhas experiências
  • 4:11 - 4:13
    e a minha memória? Ok.
  • 4:13 - 4:14
    Não, estou pronta.
  • 4:14 - 4:18
    Só pensei que isto ia ser um teste
    para ver como é que está a minha memória.
  • 4:18 - 4:22
    Eu ia dizer-te que já era tarde demais,
    já está em muito mau estado.
  • 4:23 - 4:25
    Não, não, continua, querido.
  • 4:26 - 4:28
    Oh, essa é a primeira pergunta?
  • 4:28 - 4:31
    O que é que eu penso da prostituição?
  • 4:31 - 4:35
    Estás a fazer-me uma proposta, jovem?
  • 4:36 - 4:40
    Já ouvi falar dos romances serôdios,
    mas que idade tens, 20 anos?
  • 4:41 - 4:43
    Dezoito? Dezoito anos!
  • 4:43 - 4:49
    Acho que tenho rebuçados na bolsa
    com mais de 18 anos.
  • 4:49 - 4:51
    (Risos)
  • 4:52 - 4:55
    Estou a gozar contigo, querido.
  • 4:55 - 4:58
    Não, não tenho problemas
    com nenhuma pergunta.
  • 4:58 - 5:03
    Claro. Então, quanto à prostituição...
    oh, trabalhadoras do sexo.
  • 5:04 - 5:08
    Não, no meu tempo, chamava-se prostituição,
    não era trabalho sexual.
  • 5:08 - 5:11
    Porque também incluía pornografia?
  • 5:11 - 5:12
    Ok.
  • 5:12 - 5:15
    Acho que, quando eu era jovem,
  • 5:15 - 5:18
    não tínhamos nenhum nome para isso.
  • 5:18 - 5:23
    Dizíamos "revistas obscenas", suponho,
    ou "filmes obscenos".
  • 5:23 - 5:26
    Não era como o que vocês têm na Internet.
  • 5:27 - 5:30
    Não, não me importo de falar nisso.
  • 5:30 - 5:35
    O meu falecido marido e eu,
    éramos um casal muito romântico.
  • 5:36 - 5:39
    Muita ternura, percebes.
  • 5:40 - 5:43
    Quando envelhecemos,
    a certa altura, achei que o meu marido
  • 5:43 - 5:48
    podia ser ajudado, usando
    aquelas pílulas que os homens tomam,
  • 5:50 - 5:53
    mas ele não estava interessado nisso.
  • 5:53 - 5:58
    Então, pensei que talvez vendo um filme
    para adultos, na Internet...
  • 5:59 - 6:02
    Só para inspiração, estás a ver.
  • 6:02 - 6:06
    Na época, nenhum de nós
    era muito bom em computadores.
  • 6:07 - 6:10
    Por isso, habitualmente,
    se precisávamos de ajuda para a Internet
  • 6:10 - 6:14
    chamávamos um dos filhos ou um neto.
  • 6:15 - 6:18
    Mas, obviamente, neste caso,
    isso não era possível.
  • 6:18 - 6:21
    Então pensei:
  • 6:21 - 6:23
    "Tenho que procurar sozinha,
    só para ver.
  • 6:24 - 6:26
    "Não deve ser muito difícil".
  • 6:26 - 6:30
    Procuramos a partir de palavras-chave
    e procuramos...
  • 6:30 - 6:32
    Oh, uau, serviu perfeitamente, jovem.
  • 6:32 - 6:35
    Não podes imaginar o que é que eu vi.
  • 6:36 - 6:40
    Primeiro que tudo, eu só andava
    à procura de casais,
  • 6:40 - 6:42
    casais normais a fazer amor,
  • 6:44 - 6:48
    mas isto, tanta gente
    ao monte ao mesmo tempo.
  • 6:48 - 6:51
    Não conseguíamos dizer
    que parte pertencia a que corpo.
  • 6:52 - 6:56
    Nem percebi como é que as câmaras
    conseguiam filmar isto.
  • 6:56 - 7:01
    Mas aquilo que não captavam
    era fazer amor.
  • 7:03 - 7:07
    Havia montes de coisas que faziam,
  • 7:07 - 7:11
    mas a parte do amor ficava de fora,
    a parte divertida.
  • 7:12 - 7:15
    Era tudo muito radical, percebes?
  • 7:15 - 7:18
    Como se poderia dizer
    dos desportos radicais.
  • 7:19 - 7:23
    Muita resistência,
  • 7:23 - 7:26
    mas ternura, nunca.
  • 7:26 - 7:30
    Adiante, não é preciso dizer,
    custou-me 19,95 dólares.
  • 7:30 - 7:31
    Nunca mais lá volto.
  • 7:33 - 7:38
    Mas no cartão de crédito aparecia
    como "serviços de entretenimento",
  • 7:38 - 7:40
    por isso o meu marido nunca soube de nada.
  • 7:40 - 7:43
    No final de contas,
  • 7:43 - 7:46
    o que aconteceu
  • 7:46 - 7:49
    é que ele não precisava minimamente
    de inspiração extra.
  • 7:50 - 7:52
    (Aplausos)
  • 7:52 - 7:56
    O próximo tema é uma rapariga.
  • 7:56 - 7:59
    O próximo tema é uma rapariga
    chamada Bella,
  • 7:59 - 8:04
    uma estudante universitária
    entrevistada em 2016
  • 8:04 - 8:07
    durante uma coisa que se chamava
    Introdução à Pornografia Feminista
  • 8:07 - 8:12
    no quadro do curso sobre trabalho sexual
    numa faculdade de São Francisco.
  • 8:12 - 8:14
    (Risos)
  • 8:15 - 8:17
    Eu só queria, tipo,
    ter uma gravação, tipo,
  • 8:17 - 8:20
    de vocês a gravarem-me,
  • 8:20 - 8:22
    como uma meta gravação,
    ou uma coisa dessas.
  • 8:23 - 8:27
    É que, tipo, toda esta experiência,
    é, tipo, espantosa
  • 8:27 - 8:30
    e eu gostava de guardar isso, tipo,
    para o Instagram e o meu Tumblr.
  • 8:30 - 8:33
    Portanto, olá malta,
    tipo, sou eu, a Bella.
  • 8:33 - 8:38
    Estou a ser, tipo,
    entrevistada neste momento,
  • 8:38 - 8:44
    para esta, tipo, espantosa
    Tecnologia de Ressonância Bio-Empática
  • 8:44 - 8:50
    que é, tipo, basicamente onde estamos,
    tipo, a gravar, conforme estão a ver
  • 8:50 - 8:52
    com esses, tipo, elétrodos,
  • 8:52 - 8:57
    a formação, tipo, dos neuropéptidos
    no meu hipocampo, ou lá que é.
  • 8:58 - 9:01
    Depois, poderão reconstitui-los
  • 9:01 - 9:07
    como, tipo, a minha memória real,
    como experiências reais,
  • 9:07 - 9:12
    para que outras pessoas, tipo,
    sintam o que eu estou a sentir agora.
  • 9:12 - 9:14
    Ok, ok.
  • 9:15 - 9:20
    Olá, tipo, pessoa BERT do futuro,
    que estás a sentir-me.
  • 9:21 - 9:25
    Isto é o que sinto, tipo,
    por ser, tipo, uma caloira universitária,
  • 9:25 - 9:30
    e também, tipo, a minha dor de cabeça
    que estás a sentir agora
  • 9:30 - 9:36
    é, tipo, o efeito residual dos "shots"
    de gelatina que tomei a noite passada,
  • 9:36 - 9:39
    no baile feminista bi-semanal
  • 9:39 - 9:42
    a que co-presido às quartas-feiras.
  • 9:42 - 9:45
    Chama-se
    "Não Faças de Tudo uma Pol-émica"...
  • 9:45 - 9:47
    (Risos)
  • 9:47 - 9:50
    ...e realiza-se em Beekman Hall
  • 9:50 - 9:53
    e, que mais, tipo,
  • 9:53 - 9:56
    também há "shots" sem gelatina
    destinados aos veganos.
  • 10:00 - 10:04
    Oh, ok, altamente, sim, também temos
    que nos concentrar nas tuas perguntas.
  • 10:06 - 10:10
    Portanto, para a gravação, sou, tipo,
    estudante do trabalho sexual.
  • 10:10 - 10:13
    mas a minha segunda área
    de interesse é as redes sociais
  • 10:13 - 10:15
    com uma concentração
    em memes notáveis no YouTube.
  • 10:16 - 10:18
    (Risos)
  • 10:18 - 10:21
    Claro, tipo, considero-me ser, tipo,
  • 10:21 - 10:24
    obviamente, tipo, uma feminista.
  • 10:24 - 10:29
    Chamo-me Bella Abzug,
    o nome duma, tipo, famosa,
  • 10:29 - 10:30
    tipo, feminista da história.
  • 10:31 - 10:32
    (Risos)
  • 10:33 - 10:37
    Também, tipo, sinto que é, tipo,
    importante representar as mulheres
  • 10:37 - 10:42
    que são, tipo, feministas de sexo-positivo.
  • 10:42 - 10:45
    O que é sexo-negativo?
  • 10:45 - 10:49
    Bem, tipo, acho que perguntaria,
    tipo, o que é que tu pensas,
  • 10:49 - 10:51
    que é sexo-negativo?
  • 10:51 - 10:53
    (Risos)
  • 10:53 - 10:57
    Porque, tipo, os termos que nós usamos
    são, tipo, muito importantes,
  • 10:57 - 11:00
    porque chamamos-lhe trabalho sexual,
  • 11:00 - 11:04
    porque ajuda as pessoas, tipo,
    a perceberem que é um trabalho
  • 11:05 - 11:09
    e, como eles são, tipo,
    como os fornecedores de cuidados de saúde,
  • 11:09 - 11:12
    e, tipo, fornecedores de seguros,
  • 11:12 - 11:18
    pensamos nesses trabalhadores
    como, tipo, prestadores de cuidados sexuais.
  • 11:19 - 11:22
    Mas, tipo, não penso em mim,
    tipo, a prestar diretamente
  • 11:22 - 11:26
    serviços de cuidados sexuais, tipo,
    já que, para mim,
  • 11:26 - 11:29
    é uma exigência, tipo, ser advogada.
  • 11:29 - 11:33
    Tipo, apoio o direito de as outras mulheres
    escolherem segundo a sua vontade,
  • 11:33 - 11:35
    se é isso que lhes agrada,
  • 11:35 - 11:38
    Mas, tipo, vejo-me a mim
    mais como na direção,
  • 11:38 - 11:41
    mais provavelmente, tipo,
    de proteger as trabalhadoras sexuais,
  • 11:41 - 11:44
    como, liberdade e direitos legais.
  • 11:45 - 11:48
    Sim, tipo, basicamente,
    estou a pensar ser advogada.
  • 11:48 - 11:50
    (Risos e aplausos)
  • 11:50 - 11:52
    Ok, turma.
  • 11:52 - 11:56
    Estes dois novos módulos
    também são de 2016.
  • 11:56 - 11:59
    Um é de uma irlandesa
  • 11:59 - 12:02
    com uma relação especialmente
    assinalável com esta questão.
  • 12:03 - 12:07
    Mas, primeiro, será uma índia do Ocidente,
  • 12:07 - 12:10
    uma acompanhante, como se intitula,
  • 12:10 - 12:14
    que foi gravada numa manifestação e desfile
    pelos direitos das trabalhadores sexuais.
  • 12:14 - 12:19
    Foi entrevistada enquanto desfilava
    com uma máscara completa carnavalesca
  • 12:19 - 12:21
    e pouco mais.
  • 12:24 - 12:27
    Ok, vocês querem
    que eu comece a falar agora?
  • 12:27 - 12:30
    Pois. Já disse, podem pôr esses fios
    onde quiserem
  • 12:30 - 12:33
    desde que eu não tropece neles.
  • 12:33 - 12:38
    Pois, digam lá outra vez,
    qual é o nome... BERT? BERT.
  • 12:38 - 12:42
    Pois, estava eu a dizer,
    acho que, em toda a minha vida,
  • 12:42 - 12:44
    já tive, pelo menos,
    um cliente com esse nome,
  • 12:44 - 12:48
    por isso não será a primeira vez
    que tive o BERT em cima de mim.
  • 12:52 - 12:53
    Oh, desculpem,
  • 12:53 - 12:56
    mas vocês têm que se meter no espírito
    se quiserem entrevistar-me.
  • 12:56 - 12:58
    Ok? Podem dizê-lo.
  • 12:58 - 13:01
    Sem justiça, não há nada!
    Sem justiça, não há nada!
  • 13:01 - 13:04
    Estão a ver o cartaz? Topam?
  • 13:04 - 13:07

    N-A-D-A. Sem justiça, nada de nós.
  • 13:07 - 13:09
    Percebem?
  • 13:09 - 13:11
    Ok, então esta era a parte
    em que estava a dizer
  • 13:11 - 13:14
    que, quando cheguei a este país,
  • 13:14 - 13:16
    trabalhei em todos
    os trabalhos que encontrei.
  • 13:16 - 13:20
    Fui ama, tratei de muitos idosos,
    ao domicílio
  • 13:20 - 13:22
    mas depois pensei:
  • 13:22 - 13:24
    "Menina, se tenho que tocar
    no rabo de um branco.
  • 13:24 - 13:27
    "posso receber muito mais dinheiro
    por isso, do que isto.
  • 13:28 - 13:30
    Percebem?
  • 13:29 - 13:32
    Sabem como é difícil ser
    trabalhadora doméstica?
  • 13:33 - 13:36
    Alguns desses idosos são pesados.
  • 13:36 - 13:38
    Temos que os levantar, que os virar.
  • 13:38 - 13:42
    Agora, eu deixo que me levantem,
    que me virem, percebem?
  • 13:42 - 13:45
    Temos que ter sentido de humor
    em relação a isso, é o que eu penso.
  • 13:46 - 13:47
    Mas escutem,
  • 13:47 - 13:51
    arranjem-me uma pessoa
    que não odeie uma parte do seu trabalho.
  • 13:51 - 13:54
    Quer dizer, há muitas coisas
    neste trabalho que eu odeio,
  • 13:54 - 13:56
    mas o dinheiro não é uma delas.
  • 13:56 - 13:58
    E digo, enquanto esta
    for a melhor possibilidade
  • 13:58 - 14:01
    de eu ganhar dinheiro a sério,
  • 14:01 - 14:04
    vou ser a No-Faking-Jamaicana,
    que é o que eles gostam de me chamar.
  • 14:04 - 14:07
    Não, eu nem sequer sou da Jamaica,
    mas é como eles me distinguem.
  • 14:08 - 14:11
    A minha família é de Trinidad
    e das Ilhas Virgínias.
  • 14:11 - 14:14
    Não sabem o que é que eu faço,
    mas sabem uma coisa?
  • 14:14 - 14:17
    Os meus filhos sabem
    que têm as propinas da escola pagas,
  • 14:17 - 14:20
    têm livros e um computador,
  • 14:20 - 14:22
    e, dessa forma, eu sei
    que eles têm uma hipótese.
  • 14:22 - 14:26
    Portanto, não vou dizer
    que o que eu faço, é fácil.
  • 14:26 - 14:30
    Não vou dizer que me sinto...
    o que é que vocês disseram?... libertada.
  • 14:30 - 14:33
    Mas vou dizer que me sinto paga.
  • 14:34 - 14:37
    (Aplausos)
  • 14:39 - 14:42
    Obrigada. Foi uma delícia,
    e a chávena de chá, amor,
  • 14:42 - 14:44
    e só um cheirinho de whisky.
  • 14:44 - 14:48
    Está perfeito, é ótimo.
    Só mais uma gota. Um cheirinho. Perfeito.
  • 14:48 - 14:52
    Como te chamas? Peter?
    Está assim bem, Peter?
  • 14:52 - 14:55
    Ok. De forma que,
    para mim, a única parte
  • 14:55 - 14:58
    é que eu acabei nas duas coisas,
  • 14:59 - 15:03
    primeiro no convento e depois
    na prostituição.
  • 15:03 - 15:04
    (Risos)
  • 15:04 - 15:08
    Uma mulher da universidade
    aqui em Dublin, escreveu sobre mim:
  • 15:10 - 15:14
    "Maureen Fitzroy é a encarnação viva
    da dicotomia prostituta-virgem".
  • 15:14 - 15:15
    (Risos)
  • 15:16 - 15:18
    Não tem ar duma coisa
    que nos manda para o hospital?
  • 15:18 - 15:21
    Bem, eu tenho esta dicotomia terrível.
  • 15:22 - 15:25
    Mas, para mim, foi assim,
    quando era menina, começou com o meu pai.
  • 15:25 - 15:28
    Metade do tempo, quando ele falava
    connosco, só dizia
  • 15:28 - 15:34
    que nós éramos umas idiotas sem préstimo,
    não tínhamos moral, coisas dessas.
  • 15:33 - 15:36
    E eu não me ajudei a mim mesma.
  • 15:36 - 15:38
    Nessa altura, eu tinha 16 anos.
  • 15:39 - 15:42
    Tinha começado a envolver-me
    com um tipo mais velho
  • 15:42 - 15:45
    e ele queria guardar segredinho
  • 15:45 - 15:47
    e eu fiz o que ele mandou, claro.
  • 15:49 - 15:53
    Quando o meu pai soube disso,
    mandou-me direitinha para o convento.
  • 15:55 - 15:59
    Mas o tipo mais velho,
    continuou a ir ter comigo ao convento.
  • 15:59 - 16:01
    Pois, deixava-me bilhetinhos,
  • 16:01 - 16:04
    enfiados nos buracos dos tijolos,
    atrás da loja de caridade,
  • 16:04 - 16:06
    e podíamos encontrar-nos.
  • 16:06 - 16:09
    Dizia-me que ia deixar a mulher dele,
  • 16:09 - 16:13
    e eu acreditava nele,
    até que fiquei grávida.
  • 16:13 - 16:18
    Pois foi, Peter, deixei-lhe um bilhete
    sobre isso no nosso sítio especial
  • 16:18 - 16:22
    e nunca mais voltei a ouvir falar dele.
  • 16:21 - 16:27
    Não, dei-o para adoção,
    para poder ter uma vida decente
  • 16:27 - 16:30
    e não me deixaram voltar para o convento.
  • 16:31 - 16:34
    A minha irmã Virgínia deu-me cinco dólares
    para a camioneta para Dublin,
  • 16:34 - 16:37
    e foi assim que eu acabei aqui.
  • 16:37 - 16:41
    Surpresa, apaixonei-me por outro tipo
    muito mais velho que eu
  • 16:41 - 16:47
    e sempre digo que me sentia muito feliz
    porque ele não bebia.
  • 16:47 - 16:50
    Casei com o sacana.
  • 16:51 - 16:54
    Ele não bebia, mas tinha um pequeno
    problema com a heroína.
  • 16:55 - 16:58
    Pois foi, e antes de eu me aperceber,
  • 16:58 - 17:01
    foi ele que me meteu na prostituição,
    o meu próprio marido.
  • 17:02 - 17:04
    Era eu que sustentava os dois.
  • 17:04 - 17:05
    Eu tinha 18 anos.
  • 17:06 - 17:09
    Não era "Pretty Woman",
    posso dizê-lo.
  • 17:11 - 17:12
    Aquela Julia Roberts,
  • 17:14 - 17:18
    se ela tivesse que dormir com um homem
    para meter umas libras no bolso,
  • 17:18 - 17:20
    acho que ela nunca
    teria feito aquele filme.
  • 17:20 - 17:22
    Bem, para a vossa gravação,
  • 17:22 - 17:26
    a minha opinião sobre a legalização,
    direi que sou contra.
  • 17:27 - 17:29
    Eu não ligo ao que dizem essas jovens.
  • 17:29 - 17:32
    Viver assim, andamos perdidas.
  • 17:32 - 17:35
    E já tenho 63 anos.
  • 17:35 - 17:37
    Continuo à procura de saber quem sou.
  • 17:38 - 17:41
    Nunca fui uma mulher nem uma freira
  • 17:41 - 17:45
    nem sequer uma prostituta a sério,
    a sério mesmo.
  • 17:45 - 17:48
    Nunca ninguém me perguntou
    o que é que eu queria ser.
  • 17:48 - 17:49
    Fui sempre mandada.
  • 17:49 - 17:53
    Se a legalizarem,
    estão a dizer a estas raparigas:
  • 17:53 - 17:56
    "Vão e percam-se por dinheiro".
  • 17:56 - 17:58
    E muitas delas farão o que lhes disserem.
  • 18:00 - 18:02
    (Aplausos)
  • 18:02 - 18:04
    Ok, portanto, quatro perspetivas
  • 18:04 - 18:06
    de quatro vozes muito diferentes, não é?
  • 18:06 - 18:09
    Uma mulher dizendo que o sexo é natural
  • 18:09 - 18:13
    mas que a indústria do sexo parece
    mecanizá-lo ou industrializá-lo.
  • 18:13 - 18:17
    Depois uma segunda mulher que considera
    que o trabalho sexual dá poder,
  • 18:17 - 18:19
    é libertador, e feminista,
  • 18:19 - 18:24
    embora ela, reconhecidamente,
    não pareça disposta a isso.
  • 18:24 - 18:28
    A terceira mulher, que era uma
    trabalhadora do sexo,
  • 18:28 - 18:31
    não concordava que ele fosse
    libertador, mas queria ter direito
  • 18:31 - 18:33
    ao poder económico.
  • 18:34 - 18:37
    E depois, ouvimos a quarta mulher
    a dizer que a prostituição
  • 18:37 - 18:39
    e também os papéis proibidos
    às mulheres em geral
  • 18:39 - 18:42
    a impediram de descobrir quem era.
  • 18:42 - 18:45
    Um outro facto que as pessoas não sabiam
  • 18:45 - 18:50
    foi a idade média de uma rapariga em risco
    que é introduzida na indústria do sexo
  • 18:50 - 18:52
    era de 12 ou 13 anos.
  • 18:52 - 18:56
    Reparem também que a idade
    em que as raparigas naquela sociedade
  • 18:56 - 18:59
    eram expostas a imagens
    sexualizadas da mulher
  • 18:59 - 19:01
    era um pouco mais cedo.
  • 19:02 - 19:06
    Esta era uma boneca chamada Barbie.
  • 19:06 - 19:10
    A princípio, eu julguei
    que era um instrumento educativo
  • 19:10 - 19:11
    para a prevenção da anorexia.
  • 19:11 - 19:13
    (Risos)
  • 19:13 - 19:15
    mas, na verdade,
    era considerada por muita gente
  • 19:15 - 19:19
    como um símbolo saudável de feminilidade
  • 19:19 - 19:22
    e com frequência, as miúdas começavam
    uma coisa a que chamavam dieta
  • 19:22 - 19:26
    — lembram-se disso? Era limitar
    a quantidade de comida, de propósito —
  • 19:26 - 19:28
    aos seis anos,
  • 19:28 - 19:30
    e definirem-se com base
    no seu aspeto atrativo
  • 19:30 - 19:32
    mais ou menos com a mesma idade.
  • 19:32 - 19:34
    Lembram-se?
  • 19:34 - 19:36
    Ok, Bradley, um bom ponto.
  • 19:36 - 19:41
    Havia um mercado lucrativo na sociedade
    para convencer todas as pessoas
  • 19:41 - 19:45
    que tinham que ter um certo aspeto,
    para terem uma vida sexual.
  • 19:45 - 19:49
    Mas esperava-se que as raparigas,
    em especial, fossem "sensuais"
  • 19:49 - 19:53
    mas evitassem ser confundidas
    com "prostitutas" por serem sexuais.
  • 19:54 - 19:56
    É a parte da vergonha de que já falámos.
  • 19:56 - 19:57
    Sim.
  • 19:57 - 19:59
    Valerie, certo? Ok, muito bem.
  • 19:59 - 20:02
    Claro que os homens também tinham sexo
  • 20:02 - 20:04
    mas devem lembrar-se, pelo que leram,
  • 20:04 - 20:07
    como é que se chamavam
    os homens que se prostituíam?
  • 20:07 - 20:09
    Certo, chamavam-se homens.
  • 20:09 - 20:12
    (Risos) (Aplausos)
  • 20:14 - 20:17
    Não devia ser fácil viver
    num mundo assim, pois não?
  • 20:17 - 20:20
    Mas também não havia só notas negativas.
  • 20:20 - 20:23
    Muitas mulheres, no início de 2000,
    consideravam-se senhoras de si
  • 20:23 - 20:26
    e os homens, em geral, sentiam que
    também tinham evoluído nessa área.
  • 20:26 - 20:29
    Com efeito, muitas pessoas
    deviam estar conscientes de questões
  • 20:29 - 20:31
    como o tráfico humano, por exemplo,
  • 20:31 - 20:33
    mas consideravam isso
    totalmente separado
  • 20:33 - 20:37
    do entretenimento adulto
    "mais recreativo".
  • 20:37 - 20:40
    Portanto, muito rapidamente
    — já não temos muito tempo —
  • 20:40 - 20:42
    muito brevemente,
    vamos ouvir um homem
  • 20:42 - 20:44
    sobre o nosso tópico de hoje,
  • 20:44 - 20:46
    O próximo sujeito foi entrevistado
  • 20:46 - 20:50
    na noite da sua festa
    de despedida de solteiro.
  • 20:52 - 20:55
    Eh pá, podes baixar isso um pouco?
  • 20:55 - 20:57
    Estou a tentar falar com o Bert agora.
  • 20:58 - 21:00
    Ou tu não te chamas BERT?
  • 21:00 - 21:02
    BERT é o nome de... oh, ok.
  • 21:02 - 21:05
    Não, não, tudo bem, tudo bem.
    Estou totalmente sóbrio.
  • 21:05 - 21:06
    Só quero ajudar.
  • 21:06 - 21:12
    Sim, e acredito mesmo em causas,
    tipo, essas coisas.
  • 21:12 - 21:13
    (Risos)
  • 21:14 - 21:16
    Na verdade, tenho Toms neste momento.
  • 21:16 - 21:17
    (Risos)
  • 21:17 - 21:21
    Sim, Toms, tipo, os sapatos.
  • 21:21 - 21:24
    Tipo, compramos um par e há um puto
    em Africa que obtém água potável.
  • 21:25 - 21:27
    Sim. Totalmente.
  • 21:27 - 21:30
    Mas, diz lá outra vez,
    qual era a pergunta? Desculpa.
  • 21:30 - 21:32
    Claro que acredito
    nos direitos das mulheres.
  • 21:32 - 21:34
    Vou casar com uma mulher.
  • 21:34 - 21:36
    (Risos)
  • 21:37 - 21:40
    Tipo, lá porque estou no estacionamento
    dum clube de "striptease",
  • 21:40 - 21:43
    não significa que sou, tipo,
    sexista ou coisa assim.
  • 21:43 - 21:48
    A minha noiva é altamente espantosa,
    é uma rapariga altamente forte, uma mulher,
  • 21:48 - 21:50
    uma mulher inteligente, tudo isso.
  • 21:50 - 21:51
    Claro, sabe que eu estou aqui,
  • 21:51 - 21:54
    Ela é capaz de estar agora
    num clube de "striptease",
  • 21:54 - 21:56
    tipo, sei lá, o mesmo que eu.
  • 21:56 - 21:58
    Eu disse ao meu padrinho
    para fazer-me uma surpresa
  • 21:58 - 22:00
    e ele achou que este era hilariante
  • 22:00 - 22:02
    mas isto não é nada de especial.
  • 22:02 - 22:05
    Sim, andámos na escola B todos juntos.
  • 22:05 - 22:06
    Wharton.
  • 22:06 - 22:08
    (Risos)
  • 22:08 - 22:10
    Sim... é pá, vocês podem...?
  • 22:10 - 22:13
    Ok, mas é a minha despedida de solteiro,
  • 22:13 - 22:16
    e posso passá-la no estacionamento
    com Anderson Cooper, se eu quiser.
  • 22:16 - 22:18
    Ok, eu já vou lá ter.
  • 22:20 - 22:21
    Ok, então, Anderson,
  • 22:21 - 22:25
    tipo, primeiro que tudo, o "striptease",
  • 22:25 - 22:28
    mas depois, tipo,
    todas as outras coisas de que falaste,
  • 22:28 - 22:31
    a prostituição e essas coisas,
    isso, tipo, não é nada a mesma coisa.
  • 22:32 - 22:36
    Sabes? Tipo, vocês continuam a chamar-lhe
    a industria do sexo ou lá que é,
  • 22:36 - 22:39
    mas é, tipo, se a rapariga quer ser
    uma dançarina exótica
  • 22:39 - 22:42
    e tiver 18 anos, está no seu direito.
  • 22:43 - 22:46
    Sim, sim, estou a ouvir o que dizes,
    mas sinto, tipo, que as pessoas
  • 22:46 - 22:49
    só querem dar ideia
    de que a malta são, tipo, predadores,
  • 22:49 - 22:53
    que nós vamos automaticamente
    a uma prostituta, ou isso.
  • 22:53 - 22:57
    Mesmo, tipo, quando me empenho,
    como quando exerço fraternidade
  • 22:58 - 23:01
    Os meus irmãos, os meus amigos,
    estes tipos, são todos como eu.
  • 23:02 - 23:05
    Somos pessoas normais, mas, tipo,
    há este mito que temos que ser
  • 23:05 - 23:10
    um tipo que é uma espécie de imbecil,
    primeiro os amigos, depois as garinas.
  • 23:10 - 23:14
    Já agora, "os amigos antes das garinas"
    não significa o que parece.
  • 23:14 - 23:18
    Não passa duma forma brincalhona
    de dizer que gostamos dos nossos amigos
  • 23:18 - 23:20
    e colocamo-los em primeiro lugar.
  • 23:21 - 23:24
    Sim, mas também não podemos
    culpar os "media".
  • 23:24 - 23:27
    Quer dizer, tipo,
    se fores ver "A Ressaca - II"
  • 23:27 - 23:29
    e pensares que é um manual de instruções
  • 23:29 - 23:31
    para a tua vida, não sei que te dizer.
  • 23:31 - 23:33
    Sabes? Não vais ver
    "Identidade Desconhecida"
  • 23:33 - 23:36
    e depois conduzes o carro
    em cima duma gôndola em Veneza...
  • 23:36 - 23:37
    (Risos)
  • 23:38 - 23:40
    Bem, sim, ok, tipo,
    se fores um miúdo ou isso,
  • 23:40 - 23:42
    claro que é diferente, mas...
  • 23:43 - 23:46
    Sim, ok, lembro-me de uma coisa dessas.
  • 23:46 - 23:50
    Eu estava em casa deste miúdo,
    a jogar GTA,
  • 23:51 - 23:53
    O Grand Theft Auto?
  • 23:54 - 23:55
    É pá, és do Canadá?
  • 23:55 - 23:56
    (Risos)
  • 23:57 - 24:00
    Esquece, no Grand Theft Auto,
  • 24:00 - 24:04
    és um puto, tipo, és um puto
    a passear por ali,
  • 24:04 - 24:07
    e, tipo, quantos mais polícias matares,
  • 24:07 - 24:10
    mais pontos ganhas, e coisas dessas.
  • 24:10 - 24:14
    Mas também podes encontrar prostitutas
  • 24:14 - 24:16
    e, obviamente, podes ter
    relações sexuais com elas.
  • 24:16 - 24:19
    Mas podes, tipo, matá-las
    e reaver o dinheiro.
  • 24:20 - 24:25
    Lembro-me que aquele miúdo atropelou
    uma série delas, várias vezes, com o carro,
  • 24:25 - 24:27
    e recebeu uma data de pontos.
  • 24:28 - 24:29
    Éramos, tipo, 10, acho eu.
  • 24:30 - 24:33
    Senti-me terrível, para dizer a verdade.
  • 24:34 - 24:40
    Não, acho que não disse nada.
    Acabei de jogar e fui para casa.
  • 24:41 - 24:43
    Muito bem, agora já houve homens
  • 24:43 - 24:47
    que tiveram mais do que uma simples
    relação passageira com esta questão.
  • 24:48 - 24:53
    O próximo sujeito descreveu-se como
    um proxeneta reformado e com remorsos
  • 24:53 - 24:55
    que passou a ser um orador motivacional,
  • 24:55 - 24:57
    inspirador da vida e terapeuta,
  • 24:57 - 25:02
    mas, se quiserem saber mais sobre ele
    terão que ver a peça toda.
  • 25:02 - 25:04
    Muito obrigado a esta
    maravilhosa audiência TED.
  • 25:04 - 25:06
    Voltamos a ver-nos em "Sell/Buy/Date."
  • 25:07 - 25:10
    (Aplausos)
Title:
Uma mulher, cinco personagens e uma lição sobre sexo, vinda do futuro
Speaker:
Sarah Jones
Description:

Nesta representação, Sarah Jones põe-nos na primeira fila duma sala de aulas no futuro, enquanto uma professora que representa diversas pessoas do ano 2016, para mostrar diferentes perspetivas sobre o trabalho sexual. Mudando de adereços, Jones corporiza uma dona de casa idosa, um major "estudioso do trabalho sexual", uma acompanhante, uma freira que acaba em prostituta e um rapaz num clube de "striptease" para a sua despedida de solteiro. É uma visão intrigante sobre um tópico tabu, que vira do avesso as normas culturais em torno do sexo.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
25:28

Portuguese subtitles

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