Return to Video

Os dados do sexismo de Hollywood

  • 0:01 - 0:05
    Hoje, gostaria de falar
    sobre uma questão de pressão social.
  • 0:05 - 0:07
    Bom, não é sobre armas nucleares,
  • 0:07 - 0:09
    não é sobre imigração,
  • 0:09 - 0:11
    nem sobre a malária.
  • 0:11 - 0:14
    Estou aqui para falar sobre filmes.
  • 0:14 - 0:18
    Com toda a seriedade, os filmes são,
    na verdade, muito importantes.
  • 0:18 - 0:23
    Em um filme, podemos
    nos entreter loucamente,
  • 0:23 - 0:27
    e podemos nos transportar
    através da narrativa.
  • 0:27 - 0:29
    A narrativa é tão importante.
  • 0:29 - 0:33
    As histórias nos contam
    os valores da sociedade,
  • 0:33 - 0:35
    nos oferecem lições,
  • 0:35 - 0:38
    partilham e preservam a nossa história.
  • 0:38 - 0:40
    As narrativas são maravilhosas.
  • 0:40 - 0:43
    Mas as narrativas não dão a todos
  • 0:43 - 0:48
    a mesma oportunidade de revelar-se,
  • 0:48 - 0:50
    particularmente as histórias
  • 0:50 - 0:54
    segmentadas dos filmes americanos.
  • 0:55 - 0:57
    Nos filmes, curiosamente,
  • 0:57 - 1:00
    as mulheres ainda são
    apagadas e marginalizadas
  • 1:00 - 1:02
    em muitas das nossas histórias.
  • 1:03 - 1:05
    E percebi isso mais ou menos há dez anos
  • 1:05 - 1:09
    quando estudei, pela primeira vez,
    o papel do gênero nos filmes adultos.
  • 1:09 - 1:13
    Desde então conduzimos
    mais de 30 investigações.
  • 1:13 - 1:15
    O meu time está cansado.
  • 1:15 - 1:18
    E dediquei a minha vida
  • 1:18 - 1:21
    como pesquisadora e ativista
  • 1:21 - 1:23
    para combater a crise da inclusão
  • 1:23 - 1:25
    em Hollywood.
  • 1:25 - 1:29
    Então, hoje, eu gostaria de contar
    a vocês sobre essa crise.
  • 1:29 - 1:31
    Quero falar de desigualdade
    de gênero no cinema.
  • 1:31 - 1:34
    Gostaria de contar como ela é perpetuada,
  • 1:34 - 1:38
    então vou contar como vamos consertá-la.
  • 1:38 - 1:42
    Contudo, uma advertência antes de começar:
  • 1:42 - 1:45
    os meus dados são realmente deprimentes.
  • 1:45 - 1:47
    Gostaria de me desculpar antecipadamente
  • 1:47 - 1:50
    porque vou deixá-los todos de mau humor.
  • 1:50 - 1:54
    Mas melhorarei o humor de vocês ao final,
  • 1:54 - 1:56
    e vou apresentar uma linha de esperança
  • 1:56 - 1:59
    para consertar essa bagunça
    em que nos encontramos
  • 1:59 - 2:01
    há tanto, tanto tempo.
  • 2:01 - 2:05
    Vamos começar com a gravidade da situação.
  • 2:05 - 2:09
    A cada ano, meu grupo de pesquisa
    examina os 100 maiores filmes
  • 2:09 - 2:11
    nos Estados Unidos.
  • 2:11 - 2:15
    Examinamos cada personagem
    com fala ou mencionado.
  • 2:15 - 2:18
    Para estar numa das minhas investigações,
  • 2:18 - 2:22
    tudo o que um personagem
    tem de fazer é falar uma palavra.
  • 2:22 - 2:25
    Esse é um critério bem raso.
  • 2:25 - 2:26
    (Risos)
  • 2:26 - 2:29
    Até agora assistimos a 800 filmes,
  • 2:29 - 2:31
    de 2007 a 2015,
  • 2:31 - 2:36
    catalogando cada personagem com fala
    por gênero, raça, etnia,
  • 2:36 - 2:39
    LGBT e personagens com deficiência.
  • 2:40 - 2:44
    Vamos dar uma olhada em algumas
    tendências muito problemáticas.
  • 2:44 - 2:48
    Primeiro, as mulheres ainda são
    muito ausentes em filmes.
  • 2:48 - 2:53
    Dos 800 filmes e 35.205
    personagens com fala,
  • 2:53 - 2:56
    menos de um terço de todos os papéis
    foram para meninas e mulheres.
  • 2:56 - 2:58
    Menos de um terço!
  • 2:58 - 3:01
    Não teve nenhuma mudança de 2007 a 2015,
  • 3:01 - 3:03
    se comparar com os resultados
  • 3:03 - 3:07
    de uma pequena amostra
    de filmes de 1946 a 1955,
  • 3:07 - 3:12
    não houve mudança nenhuma
    em mais de meio século.
  • 3:12 - 3:13
    Mais de meio século!
  • 3:13 - 3:16
    Mas somos a metade da população.
  • 3:16 - 3:19
    Agora, se examinarmos
    a convergência desses dados,
  • 3:19 - 3:21
    que tem sido um foco de hoje,
  • 3:21 - 3:24
    o quadro é ainda mais problemático.
  • 3:24 - 3:27
    Dos 100 maiores filmes
    somente do ano passado,
  • 3:27 - 3:31
    em 48 filmes não há uma personagem
    negra ou afro-americana com fala,
  • 3:31 - 3:32
    nem ao menos uma.
  • 3:33 - 3:37
    Em 70 filmes não havia
    uma personagem asiática com fala,
  • 3:37 - 3:38
    ou mulher ásio-americana.
  • 3:38 - 3:40
    Nenhuma.
  • 3:40 - 3:44
    Em 84 filmes não havia uma personagem
    feminina com deficiência.
  • 3:44 - 3:48
    E em 93 não havia personagens
    lésbicas, bissexuais
  • 3:48 - 3:51
    ou mulheres trangênero com fala.
  • 3:51 - 3:54
    Isso não é subrepresentação.
  • 3:54 - 3:56
    Isso é apagamento,
  • 3:56 - 4:01
    chamo isto de epidemia da invisibilidade.
  • 4:01 - 4:04
    Agora, quando passamos
    da prevalência ao protagonista,
  • 4:05 - 4:07
    a história é ainda pior.
  • 4:07 - 4:09
    De 100 filmes ano passado,
  • 4:09 - 4:13
    somente 32 tinham uma liderança
    ou coliderança feminina.
  • 4:13 - 4:15
    Somente 3 de 100 filmes
  • 4:15 - 4:19
    tinham uma mulher subrepresentada
    dirigindo a ficção,
  • 4:19 - 4:22
    e somente uma mulher
  • 4:22 - 4:26
    que tinha 45 anos ou mais
    no momento da estreia nos cinemas.
  • 4:26 - 4:28
    Agora, vejamos o retrato.
  • 4:29 - 4:31
    Além dos números que acabaram de ver,
  • 4:31 - 4:34
    as mulheres têm muito mais chance
    de serem sexualizadas em filmes
  • 4:35 - 4:36
    que os seus equivalentes masculinos.
  • 4:36 - 4:39
    Na verdade, é três vezes mais provável
  • 4:39 - 4:41
    estarem em roupas sensuais e reveladoras,
  • 4:41 - 4:42
    parcialmente nuas,
  • 4:42 - 4:45
    e é muito mais provável que sejam magras.
  • 4:45 - 4:48
    Algumas vezes em animações,
    as personagens femininas são tão magras
  • 4:48 - 4:53
    que a largura das suas cinturas
    se aproxima à cirunferência do seu braço.
  • 4:53 - 4:55
    (Risos)
  • 4:55 - 4:58
    Dizemos que elas não têm
    espaço para um ventre
  • 4:58 - 5:01
    ou qualquer outro órgão interno.
  • 5:01 - 5:03
    (Risos)
  • 5:03 - 5:04
    Brincadeiras a parte,
  • 5:04 - 5:06
    as teorias sugerem
    e as pesquisas confirmam
  • 5:06 - 5:09
    que exposição à magreza ideal
    e a ser objeto
  • 5:09 - 5:13
    pode levar a insatisfação corporal,
    internalização do ideal de magreza
  • 5:13 - 5:17
    e ser objeto em espectadoras.
  • 5:17 - 5:19
    Obviamente o que vemos nas telas
  • 5:19 - 5:21
    e o que vemos no mundo
  • 5:21 - 5:23
    não correspondem.
  • 5:23 - 5:24
    Não correspondem!
  • 5:24 - 5:26
    Se de fato vivêssemos no mundo das telas,
  • 5:26 - 5:30
    teríamos uma crise populacional
    em nossas mãos.
  • 5:31 - 5:33
    Então, assim que reconheci estes padrões,
  • 5:33 - 5:34
    quis descobrir o porquê,
  • 5:34 - 5:38
    e acontece que existem dois fatores
    para a desigualdade nas telas:
  • 5:38 - 5:41
    gênero criador de conteúdo
    e percepções erradas do público.
  • 5:41 - 5:43
    Vamos desfazê-los rapidamente.
  • 5:43 - 5:46
    Se quisermos mudar qualquer
    dos padrões mencionados,
  • 5:46 - 5:48
    tudo o que precisamos fazer
    é contratar diretoras.
  • 5:48 - 5:50
    Acontece que as diretoras
  • 5:50 - 5:55
    estão associadas,
    em termos de curtas e filmes "indie",
  • 5:55 - 5:57
    a mais meninas e mulheres nas telas,
  • 5:57 - 5:59
    mais histórias com mulheres ao centro,
  • 5:59 - 6:04
    mais narrativas com mulheres
    de 40 anos ou mais nas telas,
  • 6:04 - 6:07
    o que acho que são boas notícias
    para esse público.
  • 6:07 - 6:09
    Mais subrepresentadas --
  • 6:09 - 6:10
    (Risos)
  • 6:10 - 6:11
    Desculpa.
  • 6:11 - 6:13
    (Risos)
  • 6:13 - 6:15
    Desculpa, mas sem culpa.
  • 6:15 - 6:18
    Mais personagens subrepresentadas
    nos termos de raça e etnia,
  • 6:18 - 6:20
    e mais importante,
  • 6:20 - 6:22
    mais mulheres atrás das cameras
  • 6:22 - 6:24
    em papéis-chave na produção.
  • 6:24 - 6:28
    Resposta fácil aos problemas
    que acabamos de mencionar.
  • 6:28 - 6:29
    Mas é mesmo?
  • 6:29 - 6:31
    Na verdade não.
  • 6:31 - 6:34
    Em 800 filmes de 2007 a 2015,
  • 6:34 - 6:36
    886 diretores.
  • 6:36 - 6:39
    Somente 4,1% são mulheres.
  • 6:39 - 6:42
    Somente três são mulheres
    afro-americanas ou negras,
  • 6:42 - 6:45
    e somente uma era asiática.
  • 6:46 - 6:49
    Então por que é tão difícil
  • 6:49 - 6:51
    ter diretoras mulheres
  • 6:51 - 6:53
    se elas são parte da solução?
  • 6:54 - 6:55
    Bom, para responder a esta pergunta,
  • 6:55 - 6:57
    conduzimos um estudo.
  • 6:57 - 6:59
    Entrevistamos dezenas
    de pessoas dessa indústria
  • 6:59 - 7:02
    e lhes perguntamos sobre diretores.
  • 7:02 - 7:06
    Acontece que, tanto os executivos
    homens quanto mulheres,
  • 7:06 - 7:07
    quando pensam em diretor,
  • 7:07 - 7:09
    eles pensam masculino.
  • 7:09 - 7:12
    Eles identificam os traços de liderança
  • 7:12 - 7:14
    como masculinos por natureza.
  • 7:14 - 7:17
    Então quando vão contratar um diretor
  • 7:17 - 7:20
    para comandar uma tripulação,
    liderar um navio,
  • 7:20 - 7:22
    ser um visionário ou um General Patton,
  • 7:22 - 7:24
    todas as coisas que ouvimos,
  • 7:24 - 7:27
    seus pensamento e idealização
    tendem ao masculino.
  • 7:28 - 7:30
    A percepção de diretor ou líder
  • 7:30 - 7:34
    é inconsistente com a figura
    de uma mulher.
  • 7:34 - 7:36
    Os papéis são incongruentes,
  • 7:36 - 7:40
    o que é consistente com muitas pesquisas
    na arena psicológica.
  • 7:40 - 7:43
    O segundo fator a contribuir
    para a desigualdade nas telas
  • 7:43 - 7:46
    é a falta de compreensão do público.
  • 7:46 - 7:48
    Não preciso dizer a este grupo
  • 7:48 - 7:51
    que 50% das pessoas deste país
    que vão à bilheteria
  • 7:51 - 7:53
    e compram ingressos são
    meninas e mulheres.
  • 7:53 - 7:54
    Certo?
  • 7:54 - 7:59
    Mas não somos vistas como viáveis
    ou lucrativas como audiência
  • 8:00 - 8:02
    E mais, existem concepções erradas
  • 8:02 - 8:05
    sobre se mulheres podem abrir um filme.
  • 8:05 - 8:08
    Abrir um filme significa
    que uma mulher no papel central
  • 8:08 - 8:10
    não trará o mesmo retorno financeiro
  • 8:10 - 8:13
    que teria se colocar um homem
    no papel central da história.
  • 8:13 - 8:17
    Essa concepção errada é
    na verdade custosa.
  • 8:17 - 8:18
    Certo?
  • 8:18 - 8:21
    Especialmente no início
    de uma franquia de sucessos
  • 8:21 - 8:23
    como "Jogos Vorazes" ,
  • 8:23 - 8:24
    "Um Ritmo Perfeito"
  • 8:24 - 8:29
    ou aquele pequeno filme indie,
    "Star Wars: A Força Desperta".
  • 8:30 - 8:33
    A nossa análise econômica mostra
    que o gênero da personagem principal
  • 8:33 - 8:37
    não influi no sucesso
    econômico nos Estados Unidos.
  • 8:37 - 8:38
    Mas o que influiria?
  • 8:38 - 8:40
    Os custos de produção sozinhos
  • 8:40 - 8:46
    ou em conjunto com a abrangência
    da sua distribuição neste país.
  • 8:46 - 8:48
    Não é o gênero da personagem principal.
  • 8:49 - 8:53
    Então, agora, deveríamos estar
    todos suficientemente deprimidos.
  • 8:53 - 8:55
    Nenhuma mudança em 50 anos,
  • 8:55 - 8:57
    poucas diretoras mulheres
    atrás das câmeras
  • 8:57 - 9:01
    e a indústria do entretenimento
    não confia em nós como plateia.
  • 9:02 - 9:05
    Bom, disse que teria
    uma linha de esperança,
  • 9:05 - 9:06
    e ela existe.
  • 9:07 - 9:10
    Existem na realidade
    soluções simples e tangíveis
  • 9:10 - 9:12
    para resolver este problema,
  • 9:12 - 9:13
    que envolvem criadores de conteúdo,
  • 9:13 - 9:15
    executivos e consumidores
  • 9:15 - 9:18
    como os indivíduos desta sala.
  • 9:18 - 9:20
    Vamos falar de alguns deles.
  • 9:20 - 9:22
    O primeiro é o que chamo de "some cinco".
  • 9:22 - 9:25
    Sabia que se pegarmos
    os 100 maiores filmes do ano que vem
  • 9:25 - 9:28
    e só adicionarmos cinco
    personagens mulheres com fala
  • 9:29 - 9:30
    em cada um desses filmes,
  • 9:30 - 9:32
    isso criaria uma nova norma.
  • 9:32 - 9:34
    Se fizéssemos isso
    por três anos consecutivos,
  • 9:34 - 9:36
    teríamos igualdade de gênero
  • 9:36 - 9:41
    pela primeira vez em mais de meio século.
  • 9:42 - 9:45
    Essa abordagem é vantajosa
    por uma série de razões.
  • 9:45 - 9:49
    Um: ela não tira o emprego de atores.
  • 9:49 - 9:50
    Deus me livre.
  • 9:50 - 9:53
    (Risos)
  • 9:53 - 9:57
    Dois: é economicamente viável.
    Não custa muito.
  • 9:57 - 9:59
    Três: constrói um caminho para talento.
  • 9:59 - 10:01
    E quatro: humaniza o processo de produção.
  • 10:01 - 10:05
    Por quê? Porque garante
    que existam mulheres no set.
  • 10:05 - 10:08
    Uma segunda solução é
    uma lista "A" de talentos.
  • 10:09 - 10:12
    Os talentos da lista "A", como sabemos,
    podem fazer pedidos aos seus contratos,
  • 10:12 - 10:16
    particularmente os que trabalham
    nos maiores filmes de Hollywood.
  • 10:16 - 10:18
    E se esses talentos
  • 10:18 - 10:22
    adicionassem uma cláusula de igualdade
    ou uma ação de inclusão
  • 10:22 - 10:24
    nos seus contratos?
  • 10:24 - 10:26
    O que isso significaria?
  • 10:26 - 10:28
    Bom, você provavelmente não sabe,
  • 10:28 - 10:32
    mas o filme típico tem
    entre 40 e 45 personagens com falas.
  • 10:33 - 10:36
    Eu diria que somente oito
    ou dez dessas personagens
  • 10:36 - 10:39
    são realmente relevantes à estória.
  • 10:39 - 10:41
    Talvez exceto em "Os Vingadores". Não é?
  • 10:41 - 10:43
    Alguns mais em "Os Vingadores".
  • 10:44 - 10:46
    Os demais 30 ou mais papéis,
  • 10:46 - 10:48
    não há motivo para que
    esses papéis menores
  • 10:49 - 10:51
    não possam igualar
    ou refletir a demografia
  • 10:51 - 10:55
    do local em que a obra se passa.
  • 10:55 - 10:59
    Uma ação de inclusão
    no contrato de um talento "A"
  • 10:59 - 11:01
    poderia estipular que esses papéis
  • 11:01 - 11:04
    refletam o mundo
    no qual realmente vivemos.
  • 11:04 - 11:07
    Não há uma razão por que uma rede,
  • 11:07 - 11:09
    estúdio ou produtora
  • 11:09 - 11:13
    não possa adotar a mesma
    linguagem contratual
  • 11:13 - 11:16
    no seu processo de negociação.
  • 11:16 - 11:17
    Terceira solução,
  • 11:17 - 11:20
    que seria para a indústria
    do entretenimento,
  • 11:20 - 11:21
    Hollywood em particular:
  • 11:21 - 11:24
    adotar a regra Rooney
  • 11:24 - 11:27
    quando se trata das práticas
    de contratação de diretores.
  • 11:27 - 11:30
    Na NFL, a regra Rooney estipua
  • 11:30 - 11:34
    que se um time quer contratar
    um treinador de fora da organização,
  • 11:34 - 11:38
    eles têm de entrevistar
    um candidato subrepresentado.
  • 11:38 - 11:42
    O exato mesmo princípio
    pode ser aplicado em Hollywood.
  • 11:42 - 11:43
    Como?
  • 11:43 - 11:45
    Bom, nesses filmes maiores,
  • 11:45 - 11:48
    os executivos e agentes podem garantir
  • 11:48 - 11:54
    que mulheres e pessoas de cor estejam
    não somente na lista de consideração,
  • 11:54 - 11:57
    mas que elas sejam realmente
    entrevistadas para o trabalho.
  • 11:57 - 11:59
    Alguém pode dizer:
  • 11:59 - 12:00
    "Por que isso é importante?"
  • 12:00 - 12:05
    Porque isso expõe ou apresenta
    executivos a diretoras
  • 12:05 - 12:10
    que de outra forma são vítimas
    de práticas de exclusão de contratação.
  • 12:10 - 12:12
    A quarta solução
  • 12:12 - 12:14
    é para consumidores como eu e você.
  • 12:15 - 12:18
    Se queremos ver mais filmes
    por, para e sobre mulheres,
  • 12:18 - 12:20
    temos que apoiá-los.
  • 12:20 - 12:23
    Isso pode significar ir
    ao cinema independente
  • 12:23 - 12:25
    em vez do multiplex.
  • 12:25 - 12:28
    Ou isso pode significar procurar
    um pouquinho mais online
  • 12:28 - 12:31
    para achar um filme feito
    por uma diretora mulher.
  • 12:31 - 12:34
    Ou pode ser escrevendo
    um cheque e financiando um filme
  • 12:34 - 12:38
    feito particularmente por uma diretora
    de um grupo subrepresentado.
  • 12:38 - 12:40
    Certo?
  • 12:40 - 12:42
    Precisamos escrever, ligar
    e enviar e-mails à companhias
  • 12:42 - 12:44
    que produzem e distribuem filmes,
  • 12:44 - 12:47
    e precisamos postar
    nas nossas contas nas mídias sociais
  • 12:47 - 12:50
    quando queremos ver
    representação inclusiva,
  • 12:50 - 12:52
    mulheres na tela,
  • 12:52 - 12:55
    e mais importante,
    mulheres atrás das câmeras.
  • 12:56 - 13:01
    Precisamos fazer nossas vozes serem
    ouvidas e nossos dólares contarem.
  • 13:01 - 13:07
    Nós realmente temos a capacidade
    de mudar o mundo nessa questão.
  • 13:08 - 13:10
    Os EUA e seu conteúdo,
  • 13:10 - 13:12
    filmes em particular,
  • 13:12 - 13:17
    capturaram a imaginação
    de plateias no mundo todo.
  • 13:17 - 13:18
    No mundo todo.
  • 13:19 - 13:23
    Isso significa que a indústria do filme
    tem acesso sem precedentes
  • 13:23 - 13:28
    para distribuir histórias sobre equidade
  • 13:28 - 13:30
    ao redor do mundo.
  • 13:31 - 13:32
    Imagine o que aconteceria
  • 13:32 - 13:36
    se a indústria do filme
    ajustasse seus valores
  • 13:36 - 13:38
    com o que ela mostra nas telas.
  • 13:38 - 13:40
    Ela poderia promover inclusão
  • 13:40 - 13:44
    e aceitação para meninas e mulheres,
  • 13:44 - 13:45
    pessoas de cor,
  • 13:45 - 13:47
    a comunidade LGBT,
  • 13:47 - 13:49
    indivíduos com deficiências,
  • 13:49 - 13:53
    e muitas pessoas mais ao redor do mundo.
  • 13:54 - 14:00
    A única coisa que a indústria do filme
    tem de fazer é liberar a arma secreta,
  • 14:00 - 14:02
    e isso é narrativa.
  • 14:03 - 14:06
    No início dessa conversa,
  • 14:06 - 14:08
    eu disse que os filmes
  • 14:08 - 14:11
    na verdade podem nos transportar,
  • 14:11 - 14:16
    mas gostaria de dizer
    que os filmes podem nos transformar.
  • 14:17 - 14:19
    Nenhum de nós nessa sala
  • 14:19 - 14:23
    cresceu ou experimentou uma narrativa
  • 14:23 - 14:26
    com personagens femininas
    interiamente realizadas,
  • 14:26 - 14:28
    nenhum de nós,
  • 14:28 - 14:31
    porque os números não mudaram.
  • 14:31 - 14:35
    O que aconteceria se a próxima
    geração de audiências
  • 14:35 - 14:39
    crescesse com uma realidade
    diferente na tela?
  • 14:39 - 14:41
    O que aconteceria?
  • 14:41 - 14:43
    Bom, estou aqui hoje para dizer
  • 14:43 - 14:47
    que não só é possível mudar
    o que vemos na tela,
  • 14:47 - 14:51
    como estou impaciente
    para que a mudança chegue.
  • 14:51 - 14:56
    Então, vamos fazer algo hoje
  • 14:56 - 14:59
    para erradicar
    a epidemia de invisibilidade.
  • 15:00 - 15:02
    E vamos fazer algo hoje
  • 15:02 - 15:07
    e concordar que o público
    dos EUA e do mundo
  • 15:07 - 15:10
    precisam e merecem mais.
  • 15:10 - 15:12
    E vamos combinar que hoje
  • 15:12 - 15:18
    a próxima geração
    de espectadores e plateia
  • 15:18 - 15:21
    merece ver histórias
  • 15:21 - 15:24
    que nunca pudemos ver.
  • 15:24 - 15:25
    Obrigada.
  • 15:25 - 15:28
    (Aplausos)
Title:
Os dados do sexismo de Hollywood
Speaker:
Stacy Smith
Description:

Onde estão as meninas e mulheres nos filmes? A cientista social Stacy Smith analisa como a mídia não representa as mulheres, e mostra os efeitos potencialmente destrutivos nos expectadores. Ela apresenta os dados por trás dos estereótipos de gênero em Hollywood, nos quais os atores ultrapassam em três vezes as atrizes (e a equipe por trás das câmeras enfrenta algo ainda pior).

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
15:44

Portuguese, Brazilian subtitles

Revisions