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Um mapa do cérebro | Allan Jones | TEDxCaltech

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    Complexidade.
  • 0:11 - 0:15
    Nada traduz melhor essa palavra
    do que o cérebro humano.
  • 0:15 - 0:20
    Por séculos estudamos a complexidade
    do cérebro humano
  • 0:20 - 0:23
    usando as ferramentas e tecnologias à mão,
  • 0:23 - 0:27
    seja um lápis e papel na era de da Vinci,
  • 0:27 - 0:30
    seja com os avanços da microscopia
  • 0:30 - 0:33
    para poder observar
    mais a fundo no cérebro,
  • 0:33 - 0:36
    até as novas tecnologias
    que vocês ouviram hoje
  • 0:36 - 0:39
    como o "imageamento"
    por ressonância magnética,
  • 0:39 - 0:42
    para observar os detalhes do cérebro.
  • 0:42 - 0:44
    Uma das primeiras coisas
    que se percebe ao olhar
  • 0:44 - 0:49
    um cérebro humano fresco,
    é a quantidade de vasculatura
  • 0:49 - 0:51
    que o cobre por completo.
  • 0:51 - 0:56
    O cérebro é um órgão
    metabolicamente voraz.
  • 0:56 - 1:01
    Aproximadamente um quarto
    do oxigênio em seu sangue,
  • 1:01 - 1:05
    aproximadamente um quinto
    da glicose em seu sangue,
  • 1:05 - 1:07
    estão sendo usados por este órgão.
  • 1:07 - 1:10
    Ele é tão metabolicamente ativo,
    que há um fluxo de resíduos
  • 1:10 - 1:13
    que sai através
    de seu fluido cerebrospinal.
  • 1:13 - 1:18
    Geramos meio litro deste fluido todo dia.
  • 1:18 - 1:22
    Então, como sabem,
    os pesquisadores se aproveitaram
  • 1:22 - 1:25
    dessa quantidade enorme
    de fluxo sanguíneo e atividade metabólica
  • 1:25 - 1:30
    para começar a mapear as regiões
    do cérebro e detalhá-lo funcionalmente
  • 1:30 - 1:31
    de maneiras significativas.
  • 1:31 - 1:34
    Vocês vão ouvir muito mais
    sobre esses tipos de estudos,
  • 1:34 - 1:38
    que basicamente aproveitam
    o fato deste metabolismo ativo
  • 1:38 - 1:40
    ocorrer durante determinadas tarefas.
  • 1:40 - 1:42
    Pode-se colocar um ser humano
    vivo numa máquina
  • 1:42 - 1:44
    e ver diversas áreas acenderem.
  • 1:44 - 1:48
    Por exemplo, agora mesmo estamos
    ativando o córtex temporal,
  • 1:48 - 1:51
    o processamento auditivo está ocorrendo,
    vocês escutam minhas palavras
  • 1:51 - 1:53
    e processam o que eu falo.
  • 1:53 - 1:57
    Na parte da frente desse cérebro
    está o córtex pré-frontal,
  • 1:57 - 1:59
    a área cerebral de tomada de decisão,
  • 1:59 - 2:02
    e de pensamentos conscientes.
  • 2:02 - 2:08
    E o que nos interessa muito
  • 2:08 - 2:11
    na perspectiva do Instituto Allen,
  • 2:11 - 2:14
    é entrar mais fundo,
    e chegar no nível celular.
  • 2:14 - 2:18
    Quando olhamos essa fatia,
    não parece muito uma substância cinzenta.
  • 2:18 - 2:21
    É uma substância mais marrom, bege.
  • 2:21 - 2:26
    E os cientistas,
    acho que no final do século 19,
  • 2:26 - 2:29
    descobriram que podiam
    tingir o tecido de várias maneiras,
  • 2:29 - 2:33
    e isso meio que acompanhou
    várias técnicas de microscopia.
  • 2:33 - 2:36
    E isto é uma coloração, chamada Nissl,
  • 2:36 - 2:40
    que tinge corpos celulares na cor roxa.
  • 2:40 - 2:44
    E vocês podem ver
    muitas estruturas e texturas
  • 2:44 - 2:46
    quando olham algo assim.
  • 2:46 - 2:50
    Podem ver as camadas externas
    do cérebro e o neocórtex,
  • 2:50 - 2:55
    há uma estrutura de seis camadas,
    possivelmente o que nos tornou humanos.
  • 2:55 - 2:59
    Como já devem ter ouvido antes,
    um ser humano tem,
  • 2:59 - 3:04
    em média, 86 bilhões de neurônios,
    e esses 86 bilhões de neurônios
  • 3:04 - 3:06
    não estão distribuídos igualmente;
  • 3:06 - 3:09
    eles estão muito concentrados
    em estruturas específicas.
  • 3:09 - 3:12
    E cada um deles
    têm seu próprio tipo de função,
  • 3:12 - 3:15
    seja no nível anatômico
    como no nível celular.
  • 3:15 - 3:20
    Então se ampliarmos essas células,
    o que veremos são células grandes
  • 3:20 - 3:23
    e pequenas células de suporte
    que são as gliais e os astrócitos
  • 3:23 - 3:28
    e essas células estão conectadas
    de diversas maneiras diferentes.
  • 3:28 - 3:32
    E gostamos de pensar que,
    apesar dos 86 bilhões de neurônios,
  • 3:32 - 3:36
    cada célula é como um floco de neve,
    e pode ser classificada
  • 3:36 - 3:40
    em um grande número
    de tipos ou classes de células.
  • 3:40 - 3:44
    O tipo de atividade
    que aquela classe celular tem
  • 3:44 - 3:49
    é determinado pelos genes
    ativados naquela célula,
  • 3:49 - 3:53
    que regulam a expressão de proteínas
    que guiam a função dessas células,
  • 3:53 - 3:56
    como elas estão conectadas,
    como é sua morfologia,
  • 3:56 - 4:00
    e estamos muito interessados
    em compreender essas classes celulares.
  • 4:00 - 4:02
    Então como fazemos isso?
  • 4:02 - 4:06
    Bem, nós olhamos no núcleo da célula
  • 4:06 - 4:08
    -- e vamos chegar ao núcleo --
  • 4:08 - 4:11
    e nele temos 23 pares de cromossomos,
  • 4:11 - 4:13
    metade da mãe e metade do pai,
  • 4:13 - 4:18
    e nesses cromossomos há 25 mil genes,
    e estamos muito interessados
  • 4:18 - 4:22
    em entender quais desses 25 mil genes
    são ativados
  • 4:22 - 4:24
    e em que nível estão ativados.
  • 4:24 - 4:28
    Esses genes vão regular
    a bioquímica subjacente das células
  • 4:28 - 4:33
    onde estão ativados, e cada célula
    em nossos corpos tem esses genes
  • 4:33 - 4:35
    e queremos entender melhor
  • 4:35 - 4:40
    como é essa bioquímica regulada
    pelo nosso genoma.
  • 4:42 - 4:44
    Então como fazemos isso?
  • 4:48 - 4:51
    Nós vamos desconstruir o cérebro
    em várias etapas fáceis.
  • 4:51 - 4:54
    Então começamos no posto médico legal.
  • 4:54 - 4:57
    Este é um lugar onde os mortos são levados
  • 4:57 - 4:59
    e, como vocês viram,
  • 4:59 - 5:03
    para o tipo de trabalho que fazemos,
    ele não é não-invasivo.
  • 5:03 - 5:09
    Nós realmente precisamos
    obter o tecido cerebral fresco
  • 5:09 - 5:13
    e precisamos obtê-lo dentro de 24 horas,
    pois o tecido começa a degradar.
  • 5:13 - 5:16
    Nós também queremos tecidos normais
    para nossos projetos,
  • 5:16 - 5:19
    o mais normal que pudermos conseguir.
  • 5:19 - 5:25
    Então ao longo
    de dois ou três anos de coleta,
  • 5:25 - 5:31
    tivemos seis cérebros de alta qualidade,
    cinco deles masculino, um feminino.
  • 5:31 - 5:36
    Isso só porque os homens
    tendem a morrer inesperadamente
  • 5:36 - 5:40
    com mais frequência
    do que as mulheres, e além disso,
  • 5:40 - 5:43
    mulheres tendem mais a dar consentimento
  • 5:43 - 5:46
    para coletarmos o cérebro
    do que o contrário.
  • 5:46 - 5:49
    Descobrimos isso sozinhos.
  • 5:49 - 5:53
    Nós ouvimos as pessoas dizerem:
    "Ele não usava o cérebro mesmo!"
  • 5:53 - 5:55
    (Risos)
  • 5:57 - 6:01
    Então, assim que o cérebro chega,
    temos de ser muito rápidos.
  • 6:01 - 6:06
    Primeiro capturamos
    uma imagem de ressonância magnética.
  • 6:06 - 6:09
    Isso, claro, é muito familiar a vocês,
  • 6:09 - 6:12
    mas essa será a estrutura
    em que baseamos toda a informação;
  • 6:12 - 6:15
    é como um painel de coordenadas comum
    pelo qual muitos pesquisadores
  • 6:15 - 6:18
    que fazem estudos de "imageamento"
    podem mapear
  • 6:18 - 6:20
    em nosso banco de dados final,
    como um Atlas estruturado.
  • 6:20 - 6:23
    Nós também coletamos imagens
    por tensor de difusão,
  • 6:23 - 6:25
    assim obtemos algumas das conexões
    desses cérebros.
  • 6:25 - 6:28
    E depois o cérebro é removido do crânio.
  • 6:28 - 6:33
    Ele é dissecado e congelado,
    e depois enviado para Seattle
  • 6:33 - 6:35
    onde fica
    o Allen Institute for Brain Science.
  • 6:35 - 6:37
    Temos ótimos técnicos que utilizam
  • 6:37 - 6:40
    várias técnicas incríveis
    para o processamento seguinte.
  • 6:40 - 6:46
    Primeiro, temos uma seção bem fina,
    de 25 mícrons,
  • 6:46 - 6:48
    da espessura do cabelo de um bebê.
  • 6:48 - 6:52
    Isso é transferido para uma lâmina
    de microscópio e depois é tingido
  • 6:52 - 6:56
    com um dos corantes histológicos
    que mencionei antes.
  • 6:56 - 6:59
    E isso vai nos dar mais contraste
    conforme nossas equipes de anatomistas
  • 6:59 - 7:03
    começam a fazer seus trabalhos anatômicos.
  • 7:05 - 7:07
    Então digitalizamos essas imagens,
  • 7:07 - 7:11
    tudo vai de um laboratório fresco
    para um laboratório seco.
  • 7:11 - 7:16
    E ao combinar a anatomia
    com o que obtivemos da RM,
  • 7:16 - 7:18
    nós fragmentamos ainda mais o cérebro.
  • 7:18 - 7:24
    Tudo isso para obter um painel menor
    no qual podemos fazer isso.
  • 7:24 - 7:27
    Aqui está um técnico
    fazendo cortes adicionais.
  • 7:27 - 7:30
    Essa é mais uma seção de 25 mícrons.
  • 7:30 - 7:33
    Podemos ver os instrumentos de da Vinci,
  • 7:33 - 7:35
    os pincéis sendo usados
    para refinar a tarefa.
  • 7:35 - 7:39
    Isto é um tecido cerebral
    fresco e congelado.
  • 7:39 - 7:43
    E ele pode ser cuidadosamente
    grudado numa lâmina de microscópio.
  • 7:43 - 7:45
    Podemos notar
    o código de barras na lâmina.
  • 7:45 - 7:47
    Nós processamos milhares de amostras,
  • 7:47 - 7:51
    e rastreamos tudo isso num sistema
    final de gestão de informação.
  • 7:51 - 7:54
    Esses são marcados.
  • 7:54 - 7:57
    E depois obtemos informações
    anatômicas mais detalhadas.
  • 7:57 - 7:59
    Essa informação...
  • 8:02 - 8:08
    Este é um microscópio de captura a laser.
  • 8:08 - 8:13
    O técnico de laboratório está descrevendo
    uma área dessa lâmina.
  • 8:13 - 8:15
    E um laser, podem ver a luz azul
    cortando ali ao redor,
  • 8:15 - 8:19
    tipo James Bond,
    cortando uma parte disso.
  • 8:19 - 8:22
    E abaixo disso,
    podem ver a luz azul de novo,
  • 8:22 - 8:24
    do microscópio em tempo real,
  • 8:24 - 8:29
    e ele está coletando esse tecido
    num tubo microscópico.
  • 8:29 - 8:31
    Nós extraímos o RNA,
  • 8:31 - 8:35
    que é o produto dos genes
    que são ativados,
  • 8:35 - 8:38
    e nós o marcamos
    com uma marca fluorescente.
  • 8:38 - 8:40
    Agora o que estão vendo aqui
  • 8:40 - 8:43
    é uma constelação
    do genoma humano inteiro
  • 8:43 - 8:45
    espalhado numa lâmina de vidro.
  • 8:45 - 8:49
    Esses pequenos pontos representam
    os 25 mil genes.
  • 8:49 - 8:53
    Há cerca de 60 mil desses pontos,
    e este RNA marcado por fluorescência
  • 8:53 - 8:57
    é colocado na lâmina de microscópio
    e depois analisamos quantitativamente
  • 8:57 - 9:01
    quais genes são ativados e em que nível.
  • 9:01 - 9:05
    Então fazemos isso repetidas vezes
    nos cérebros que coletamos.
  • 9:05 - 9:07
    Como mencionei,
    coletamos seis cérebros no total.
  • 9:07 - 9:11
    Coletamos amostras
    de cerca de mil estruturas de cada cérebro
  • 9:11 - 9:15
    que investigamos,
    e é uma quantidade enorme de dados.
  • 9:15 - 9:19
    E juntamos tudo isso
    de volta a um painel comum,
  • 9:19 - 9:23
    que é um recurso livre e gratuito
    para cientistas ao redor do mundo usarem.
  • 9:23 - 9:25
    No Allen Institute for Brain Science,
  • 9:25 - 9:29
    estamos gerando esses tipos de recursos
    de dados por quase uma década.
  • 9:29 - 9:32
    Eles são gratuitos para qualquer pessoa,
    são ferramentas online.
  • 9:32 - 9:38
    Por exemplo,
    hoje há cerca de mil visitantes
  • 9:38 - 9:44
    que vêm de laboratórios ao redor do mundo,
    para usar nossos recursos e dados.
  • 9:44 - 9:48
    Eles acessam ferramentas como essa,
    que os permitem ver
  • 9:48 - 9:51
    toda a anatomia e estrutura
    que criamos antes
  • 9:51 - 9:56
    e começam a mapear as coisas
    pelas quais têm mais interesse.
  • 9:56 - 9:58
    Então nesse caso, vemos a estrutura
  • 9:58 - 10:00
    e eles vão observar essas bolas coloridas
  • 10:00 - 10:03
    que representam um gene específico
    de interesse deles
  • 10:03 - 10:05
    que está ativado ou não
  • 10:05 - 10:11
    nessas diversas áreas,
    dependendo da cor especificada aqui.
  • 10:11 - 10:15
    E o que as pessoas fazem
    quando começam a usar esses recursos?
  • 10:15 - 10:17
    Bem, uma das coisas
    que vocês podem ouvir bastante
  • 10:17 - 10:20
    é sobre estudos genéticos em humanos.
  • 10:20 - 10:23
    Obviamente, se você está interessado
    em compreender doenças,
  • 10:23 - 10:26
    há uma base genética para muitas delas.
  • 10:26 - 10:29
    Então você quer mais informação,
    faz um estudo em larga escala
  • 10:29 - 10:31
    e obtém esses estudos de coleções de genes
  • 10:31 - 10:35
    e uma das primeiras coisas
    que quer ter é mais informação.
  • 10:35 - 10:41
    Há uma coisa que posso aprender
    sobre a localização desses genes
  • 10:41 - 10:44
    que me fornece pistas adicionais
    para sua função,
  • 10:44 - 10:48
    maneiras pelas quais posso intervir
    no processo da doença.
  • 10:49 - 10:52
    E também estão interessados em entender
    a diversidade genética humana.
  • 10:52 - 10:55
    Nós observamos seis cérebros apenas,
  • 10:55 - 10:59
    mas, como sabemos,
    cada ser humano é único.
  • 10:59 - 11:01
    Nós celebramos nossas diferenças.
  • 11:01 - 11:05
    Essa é uma foto da grande equipe
    do Allen Institute for Brain Science,
  • 11:05 - 11:09
    que faz todo esse grande trabalho
    do qual estou falando hoje.
  • 11:09 - 11:15
    Incrivelmente, quando olhamos
    nesse nível de dados subjacentes,
  • 11:15 - 11:20
    e esses são muitos dados
    de dois indivíduos não relacionados,
  • 11:20 - 11:24
    há um alto nível de correspondência.
  • 11:24 - 11:27
    Então isso é olhar para milhares
    de medidas diferentes,
  • 11:27 - 11:30
    de expressões de genes
    em muitas áreas diferentes do cérebro,
  • 11:30 - 11:34
    e há um alto nível de correspondência.
    Isso foi bastante tranquilizador para nós.
  • 11:34 - 11:37
    Primeiro, porque quando geramos
    dados nessa escala,
  • 11:37 - 11:39
    queremos que seja de alta qualidade,
  • 11:39 - 11:41
    então a reprodutibilidade
    é muito importante.
  • 11:41 - 11:44
    Mas também foi importante
    porque sentimos que isso
  • 11:44 - 11:47
    nos deu uma ótima foto instantânea
    dentro do cérebro humano.
  • 11:47 - 11:50
    E as pessoas que usam nossos dados,
    mesmo com poucos cérebros,
  • 11:50 - 11:54
    têm confiança de que aquilo
    que estão vendo têm relevância.
  • 11:54 - 11:58
    Agora, nem tudo está correlacionado,
    podemos ver algumas anomalias,
  • 11:58 - 12:03
    e essas anomalias serão interessantes
    relacionadas às diferenças humanas.
  • 12:03 - 12:05
    Fizemos um estudo alguns anos atrás,
  • 12:05 - 12:09
    no qual tentamos entender
    um pouco mais essas diferenças,
  • 12:09 - 12:12
    e observamos muitos indivíduos
    e produtos de genes diferentes.
  • 12:12 - 12:16
    O que descobrimos,
    como tendência e como regra,
  • 12:16 - 12:20
    é que essas diferenças tendem a estar
    em populações celulares muito específicas,
  • 12:20 - 12:24
    ou tipos ou classes de células,
    como mencionei antes.
  • 12:24 - 12:27
    Então, isso é um exemplo
    de dois genes diferentes que são ativados
  • 12:27 - 12:30
    em camadas bem específicas do neocórtex
  • 12:30 - 12:33
    apenas em um indivíduo,
    mas ausente em outro.
  • 12:33 - 12:36
    Não temos ideia
    se é devido a mudanças ambientais,
  • 12:36 - 12:39
    influências do contexto
    ou se é apenas genética,
  • 12:39 - 12:43
    mas fizemos um trabalho no qual
    estudamos o camundongo há muitos anos
  • 12:43 - 12:48
    e estávamos buscando genes
    que para codificar, nesse caso um DRD2,
  • 12:48 - 12:52
    o gene listado no topo
    é um receptor de dopamina.
  • 12:52 - 12:59
    A tirosina hidroxilase, TH, é um gene
    envolvido na síntese de dopamina
  • 12:59 - 13:03
    e esses dois produtos de genes
    são muito diferentes nos tipos celulares
  • 13:03 - 13:06
    desses cérebros de camundongos.
  • 13:06 - 13:12
    Então, à esquerda está o C57 Black 6,
    que é uma linhagem comum desses animais,
  • 13:12 - 13:15
    e no outro lado
    está uma linhagem selvagem.
  • 13:15 - 13:20
    E quanto mais nos afastamos,
    menos relacionados geneticamente somos.
  • 13:20 - 13:24
    E quando observamos o total entre eles,
    um tipo de evolução, se preferirem,
  • 13:24 - 13:26
    nessa relação genética,
  • 13:26 - 13:28
    quanto menos relacionado geneticamente,
  • 13:28 - 13:34
    mais desses tipos celulares específicos,
    mudanças específicas nós encontramos.
  • 13:34 - 13:36
    Para a próxima década, no Allen Institute,
  • 13:36 - 13:39
    estamos embarcando
    num programa muito ambicioso
  • 13:39 - 13:43
    para começar a entender os tipos
    celulares, as diferenças das células
  • 13:43 - 13:47
    e como elas se relacionam
    com as propriedades funcionais do cérebro.
  • 13:47 - 13:51
    Isso é, creio, uma informação crítica
    para todo o campo,
  • 13:51 - 13:54
    começar a ligar todas
    essas partes fundamentais
  • 13:54 - 13:57
    que são as células,
    em como estão conectadas,
  • 13:57 - 14:01
    as moléculas subjacentes
    que regulam essas conexões,
  • 14:01 - 14:04
    as moléculas subjacentes que regulam
    as propriedades eletrofisiológicas,
  • 14:04 - 14:07
    as propriedades eletroquímicas
  • 14:07 - 14:10
    e finalmente as propriedades
    funcionais dessas células.
  • 14:10 - 14:14
    Então estamos fazendo isso
    em três áreas de pesquisa diferentes.
  • 14:14 - 14:17
    Primeiro, estamos focando
    o sistema visual do camundongo,
  • 14:17 - 14:21
    para observar, em tempo real,
    no animal vivo,
  • 14:21 - 14:26
    as funções de uma variedade
    de células diferentes.
  • 14:26 - 14:29
    Estamos ligando-as com esse conceito
    no meio de tipos celulares,
  • 14:29 - 14:34
    tentando entender realmente
    as moléculas subjacentes
  • 14:34 - 14:37
    em todas as propriedades
    que se relacionam com essas funções
  • 14:37 - 14:40
    e depois vamos investigar no ser humano.
  • 14:40 - 14:44
    No ser humano estamos fazendo isso
    tanto sobre tipos celulares
  • 14:44 - 14:47
    usando o trabalho de regulação do tecido
    que já mencionei,
  • 14:47 - 14:52
    e também estamos fazendo in vitro,
    usando tecnologia de células tronco.
  • 14:52 - 14:55
    Estamos aprendendo como fazer
    tipos celulares muito específicos na placa
  • 14:55 - 14:58
    e depois seremos capazes de testar
    essas propriedades funcionais
  • 14:58 - 15:03
    e voltar para o que aprendemos
    com o camundongo e o ser humano.
  • 15:05 - 15:09
    Então, com isso gostaria de concluir
    e dizer apenas que é uma época estimulante
  • 15:09 - 15:11
    para estudar biologia e as neurociências.
  • 15:11 - 15:15
    Acho que a tecnologia à mão
    avançou muito além do lápis e papel,
  • 15:15 - 15:21
    e estamos na era da renascença
    da compreensão desse órgão complexo.
  • 15:21 - 15:22
    Obrigado.
  • 15:22 - 15:24
    (Aplausos)
Title:
Um mapa do cérebro | Allan Jones | TEDxCaltech
Description:

Esta palestra foi dada num evento TEDx local, produzido independentemente das Conferências TED.

Essa palestra cobre algumas das pesquisas correntes mais recentes sobre a compreensão da função do cérebro.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
15:31

Portuguese, Brazilian subtitles

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