Kakenya Ntaiya: Uma menina que exigiu a escola
-
0:00 - 0:05Existe um grupo de pessoas no Quênia.
-
0:05 - 0:09Há gente que atravessa oceanos só para vê-las.
-
0:09 - 0:11Essas pessoas são altas.
-
0:11 - 0:16Saltam alto. Vestem-se de vermelho.
-
0:16 - 0:18E matam leões.
-
0:18 - 0:21Você deve estar se perguntando: quem são essas pessoas?
-
0:21 - 0:23Elas são os Maasais.
-
0:23 - 0:29E sabe o que é legal? Sou um deles.
-
0:29 - 0:34Os Maasais, os meninos são criados para ser guerreiros.
-
0:34 - 0:37As meninas são criadas para ser mães.
-
0:37 - 0:39Aos 5 anos de idade,
-
0:39 - 0:42descobri que estava noiva,
-
0:42 - 0:45e que me casaria tão logo chegasse à puberdade.
-
0:45 - 0:48Minha mãe, avó e tias,
-
0:48 - 0:50constantemente, me recordavam que
-
0:50 - 0:53meu marido acabara de passar.
-
0:53 - 0:58(Risos) Legal, não é?
-
0:58 - 1:01E tudo que eu tinha que fazer a partir dali,
-
1:01 - 1:06era me preparar para ser uma mulher perfeita aos 12 anos.
-
1:06 - 1:09Meu dia começava às 5 da manhã,
-
1:09 - 1:11ordenhando vacas, varrendo a casa,
-
1:11 - 1:16cozinhando para meus irmãos, pegando água e lenha.
-
1:16 - 1:19Fiz tudo que precisava ser feito
-
1:19 - 1:23para me tornar uma esposa perfeita.
-
1:23 - 1:26Frequentei a escola, não porque as mulheres
-
1:26 - 1:29ou meninas Maasais fossem à escola.
-
1:29 - 1:32E sim porque minha mãe não teve direito ao estudo,
-
1:32 - 1:35e assim ela sempre lembrava a mim e a meus irmãos
-
1:35 - 1:39que não queria que tivéssemos a mesma vida.
-
1:39 - 1:42Por que ela dizia isso?
-
1:42 - 1:45Meu pai trabalhava como policial na cidade.
-
1:45 - 1:47Ele vinha em casa uma vez ao ano.
-
1:47 - 1:50Às vezes, ficávamos até dois anos sem vê-lo.
-
1:50 - 1:54E sempre que ele vinha, era uma história diferente.
-
1:54 - 1:56Minha mãe trabalhava duro na fazenda
-
1:56 - 1:58para plantar o que comemos.
-
1:58 - 2:00Ela criava vacas e cabras,
-
2:00 - 2:02e assim, conseguia cuidar de nós.
-
2:02 - 2:05Mas quando meu pai chegava, ele vendia as vacas,
-
2:05 - 2:07vendia os produtos que tínhamos,
-
2:07 - 2:11saia e bebia com os amigos nos bares.
-
2:11 - 2:13Por minha mãe ser mulher,
-
2:13 - 2:16ela não tinha direito a um bem imóvel,
-
2:16 - 2:18e por princípio, tudo em minha família
-
2:18 - 2:21pertencia a meu pai, portanto, o direito era dele.
-
2:21 - 2:23E se minha mãe o questionasse,
-
2:23 - 2:30ele a espancava, a violentava, e era tudo difícil.
-
2:30 - 2:33Quando fui para a escola, eu tinha um sonho.
-
2:33 - 2:35Queria ser professora.
-
2:35 - 2:37Professoras têm boa aparência.
-
2:37 - 2:39Usam vestidos bonitos e sapatos de salto alto.
-
2:39 - 2:42Depois descobri que eles são desconfortáveis, mas eu admirava.
-
2:42 - 2:46(Risos)
-
2:46 - 2:49Mas, acima de tudo, a professora apenas escrevia no quadro --
-
2:49 - 2:52não era trabalho duro, assim eu pensava,
-
2:52 - 2:55comparado ao que eu fazia na fazenda.
-
2:55 - 2:57Então, eu queria ser professora.
-
2:57 - 3:01Esforcei-me muito na escola, mas quando estava no 8º ano,
-
3:01 - 3:03algo determinante aconteceu.
-
3:03 - 3:06Em nossa tradição, há uma cerimônia
-
3:06 - 3:09em que as meninas são submetidas para se tornarem mulheres,
-
3:09 - 3:11e é um rito de passagem para a vida adulta.
-
3:11 - 3:15Na época, eu estava terminando o 8º ano,
-
3:15 - 3:18e foi uma transição para mim ir para o ensino médio.
-
3:18 - 3:19Foi um momento decisivo.
-
3:19 - 3:25Assim que eu passasse por essa tradição, me tornaria uma esposa.
-
3:25 - 3:29Bem, meu sonho de ser professora não se realizaria.
-
3:29 - 3:31Então pensei -- preciso de um plano
-
3:31 - 3:34para resolver essas coisas.
-
3:34 - 3:38Conversei com meu pai. Fiz algo que a maioria das meninas não faz.
-
3:38 - 3:41Disse a ele, "Só vou passar por essa cerimônia
-
3:41 - 3:44se você deixar eu voltar para a escola."
-
3:44 - 3:46O motivo foi que, se eu fugisse,
-
3:46 - 3:50meu pai ficaria estigmatizado, as pessoas o chamariam
-
3:50 - 3:53de pai daquela menina que não passou pela cerimônia.
-
3:53 - 3:57Ele teria que carregar essa vergonha por toda vida.
-
3:57 - 4:00Então, ele pensou. "Bem", disse, "ok,
-
4:00 - 4:03você vai para a escola após a cerimônia."
-
4:03 - 4:06Eu fui. A cerimônia aconteceu.
-
4:06 - 4:09É uma semana inteira de entusiasmo.
-
4:09 - 4:12É uma cerimônia. As pessoas se divertem.
-
4:12 - 4:14E na véspera que a verdadeira cerimônia acontece,
-
4:14 - 4:17estávamos dançando, nos divertindo,
-
4:17 - 4:21e não dormimos nada naquela noite.
-
4:21 - 4:24O dia de verdade chegou, e nós saímos da casa
-
4:24 - 4:26em que dançamos. Sim, nós dançamos muito.
-
4:26 - 4:30Fomos para o quintal e havia um monte de gente esperando.
-
4:30 - 4:33Todo mundo em círculo.
-
4:33 - 4:35E dançamos e dançamos,
-
4:35 - 4:37e nos aproximamos desse círculo de mulheres,
-
4:37 - 4:41homens e crianças, todos estavam lá.
-
4:41 - 4:43Havia uma mulher sentada bem no centro,
-
4:43 - 4:48e ela estava a nossa espera para nos segurar.
-
4:48 - 4:51Fui a primeira. Minhas irmãs e outras meninas estavam lá,
-
4:51 - 4:54e ao me aproximar dela,
-
4:54 - 4:57ela me olhou, e eu me sentei.
-
4:57 - 5:01Sentei-me e abri as pernas.
-
5:01 - 5:04Ao abrir minhas pernas, outra mulher veio,
-
5:04 - 5:07e ela estava com uma faca.
-
5:07 - 5:11Vinha com a faca em minha direção,
-
5:11 - 5:15segurou meu clitóris, e o cortou fora.
-
5:15 - 5:21Como podem imaginar, eu sangrei e sangrei.
-
5:21 - 5:26Após sangrar por um tempo, acabei desmaiando.
-
5:26 - 5:28É algo que tantas meninas --
-
5:28 - 5:32Tenho sorte, não morri -- mas muitas morrem.
-
5:32 - 5:38É feito sem anestesia, com uma faca velha e enferrujada,
-
5:38 - 5:41e foi muito difícil.
-
5:41 - 5:44Tive sorte porque minha mãe fez algo
-
5:44 - 5:47que a maioria das mulheres não faz.
-
5:47 - 5:50Três dias depois, quando todos já tinham saído de casa,
-
5:50 - 5:51minha mãe saiu e trouxe uma enfermeira.
-
5:51 - 5:53Cuidaram de nós.
-
5:53 - 5:58Três semanas depois, eu estava curada, e de volta à escola.
-
5:58 - 6:01Aí fiquei tão determinada a ser professora
-
6:01 - 6:05para fazer a diferença em minha família.
-
6:05 - 6:09Bem, enquanto eu estava no ensino médio, uma coisa aconteceu.
-
6:09 - 6:12Conheci um jovem da nossa vila
-
6:12 - 6:14que tinha estudado na Universidade de Oregon.
-
6:14 - 6:20Esse homem usava camiseta branca, jeans, tinha uma câmera,
-
6:20 - 6:23tênis brancos -- e digo tênis brancos.
-
6:23 - 6:27Acho que há algo a respeito de roupas e sapatos.
-
6:27 - 6:30Eram tênis, e isso numa vila
-
6:30 - 6:34que nem estradas asfaltadas têm. Isso chamava a atenção.
-
6:34 - 6:39Eu disse a ele, "Bem, quero ir para onde você está,"
-
6:39 - 6:44pois ele parecia tão feliz, e eu admirava isso.
-
6:44 - 6:46Ele me disse, "Bem,
-
6:46 - 6:47o que você quer dizer com quer ir?
-
6:47 - 6:49Você não tem um marido a sua espera?"
-
6:49 - 6:52E eu disse, "Não se preocupe com essa parte.
-
6:52 - 6:55Apenas diga como chegar lá."
-
6:55 - 6:58Esse cavalheiro me ajudou.
-
6:58 - 7:01Enquanto eu estava no ensino médio, meu pai adoeceu.
-
7:01 - 7:04Teve um derrame, e ficou muito doente,
-
7:04 - 7:07e aí, ele não podia me dizer o que fazer.
-
7:07 - 7:11Mas o problema era que meu pai não é o único pai que tenho.
-
7:11 - 7:15Todo mundo da idade dele, todo homem da comunidade,
-
7:15 - 7:16é meu pai, por princípio --
-
7:16 - 7:20meus tios, todos eles -- e eles ditam sobre o meu futuro.
-
7:20 - 7:23Aí, a notícia chegou, eu me inscrevi numa faculdade,
-
7:23 - 7:28e fui aceita em Randolph-Macon Woman's College em Lynchburg, na Virginia,
-
7:28 - 7:32e não poderia ir sem o apoio da vila,
-
7:32 - 7:34porque eu precisava juntar dinheiro para comprar passagem de avião.
-
7:34 - 7:37Consegui uma bolsa de estudos, mas precisava chegar lá.
-
7:37 - 7:40E precisava do apoio da vila,
-
7:40 - 7:44e de novo, quando os homens souberam,
-
7:44 - 7:48e as pessoas ouviram que uma mulher conseguira a oportunidade de ir para a faculdade,
-
7:48 - 7:50disseram, "Que desperdício de oportunidade.
-
7:50 - 7:54Isso deveria ser dado a um rapaz. Não podemos fazer isso."
-
7:54 - 7:58Então, voltei e tive que retornar à tradição.
-
7:58 - 8:00Há uma crença em nosso povo
-
8:00 - 8:04de que o amanhã traz boas notícias.
-
8:04 - 8:07Então, tive que pensar em algo para fazer na manhã seguinte,
-
8:07 - 8:09pois o amanhã traz boas notícias.
-
8:09 - 8:13E há um chefe na vila, um ancião,
-
8:13 - 8:17que se ele diz sim, todos o seguem.
-
8:17 - 8:21Então, fui falar com ele de manhã cedo, ao nascer do sol.
-
8:21 - 8:24A primeira coisa que ele vê ao abrir a porta sou eu.
-
8:24 - 8:27"Minha criança, o que faz aqui?"
-
8:27 - 8:31"Bem, Pai, preciso de ajuda. Você apoia minha ida aos Estados Unidos?"
-
8:31 - 8:33Prometi a ele que seria uma menina ótima,
-
8:33 - 8:37Eu voltarei, o que eles quiserem depois disso,
-
8:37 - 8:39eu o farei.
-
8:39 - 8:41Ele disse, "Bem, mas não posso fazer isso sozinho."
-
8:41 - 8:44Ele me deu uma lista com mais de 15 homens e eu fui --
-
8:44 - 8:47mais 16 homens -- toda manhã
-
8:47 - 8:49eu os visitava.
-
8:49 - 8:50Eles se uniram.
-
8:50 - 8:53A vila, as mulheres, os homens, todos vieram
-
8:53 - 8:57me apoiar a conseguir uma educação.
-
8:57 - 9:01Cheguei aos Estados Unidos. Como podem imaginar, o que encontrei?
-
9:01 - 9:05Encontrei neve!
-
9:05 - 9:08Encontrei Walmarts, aspiradores de pó,
-
9:08 - 9:11e muita comida nas cafeterias.
-
9:11 - 9:14Estava em uma terra de fartura.
-
9:14 - 9:19Eu me diverti, mas durante o tempo em que aqui fiquei,
-
9:19 - 9:22descobri muitas coisas.
-
9:22 - 9:25Aprendi que aquela cerimônia da qual participei,
-
9:25 - 9:30aos 13 anos, é chamada de mutilação genital feminina.
-
9:30 - 9:34Aprendi que ela é ilegal no Quênia.
-
9:34 - 9:38Aprendi que não precisava ter negociado parte do meu corpo
-
9:38 - 9:42em troca de estudo. Era direito meu.
-
9:42 - 9:45E enquanto conversamos aqui, 3 milhões de meninas
-
9:45 - 9:51na África correm o risco de passar pela mutilação.
-
9:51 - 9:54Aprendi que minha mãe tinha o direito à propriedade, sim.
-
9:54 - 9:57Aprendi que ela não deveria ser sido violentada
-
9:57 - 9:59por ser mulher.
-
9:59 - 10:02Senti muita raiva dessas coisas.
-
10:02 - 10:04Eu queria fazer algo.
-
10:04 - 10:07Quando voltei, sempre que voltei,
-
10:07 - 10:10descobria que as filhas das vizinhas estavam se casando.
-
10:10 - 10:12Elas estavam sendo mutiladas, e aqui,
-
10:12 - 10:15depois que me formei, eu trabalhei na ONU,
-
10:15 - 10:18voltei para a faculdade para fazer o trabalho de conclusão,
-
10:18 - 10:22o grito constante dessas meninas estava a minha frente.
-
10:22 - 10:25Eu tinha que fazer algo.
-
10:25 - 10:28Quando voltei, comecei a conversar com os homens,
-
10:28 - 10:29com as pessoas da vila e mães, e disse,
-
10:29 - 10:31"Quero retribuir a vocês como prometi
-
10:31 - 10:34que iria ajudá-los. Do que vocês precisam?"
-
10:34 - 10:36Ia falando com as mulheres, elas diziam,
-
10:36 - 10:38"Sabe o que precisamos? De uma escola para meninas."
-
10:38 - 10:41Porque não há escolas para elas.
-
10:41 - 10:43E a razão pela qual queriam a escola para meninas
-
10:43 - 10:46era que quando uma menina é estuprada ao ir a escola,
-
10:46 - 10:48culpam a mãe.
-
10:48 - 10:52Se ela engravidar antes do casamento,
-
10:52 - 10:54culpam a mãe, e ela é punida.
-
10:54 - 10:56Ela é espancada.
-
10:56 - 11:00Elas disseram, "Queremos nossas meninas em um lugar seguro."
-
11:00 - 11:02Quando fui falar com os pais,
-
11:02 - 11:05eles, claro, vocês podem imaginar o que disseram:
-
11:05 - 11:07"Queremos uma escola para meninos."
-
11:07 - 11:10E eu disse, "Há alguns homens na vila
-
11:10 - 11:13que já saíram daqui e estudaram.
-
11:13 - 11:15Por que eles não constroem uma escola para meninos,
-
11:15 - 11:17e eu construo uma para as meninas?"
-
11:17 - 11:21Isso fez sentido. E eles concordaram.
-
11:21 - 11:25E eu disse a eles que queria um sinal de compromisso comigo.
-
11:25 - 11:30E assim foi. Eles doaram a terra onde construímos a escola de meninas
-
11:30 - 11:32Nós a construímos.
-
11:32 - 11:35Quero que conheçam uma das meninas da escola.
-
11:35 - 11:37Angeline veio se matricular na escola,
-
11:37 - 11:41e ela não se enquadrava em nenhum de nossos critérios.
-
11:41 - 11:44Ela é órfã. Sim, poderíamos aceitá-la por isso.
-
11:44 - 11:46Mas ela era mais velha. Tinha 12 anos,
-
11:46 - 11:50e só estávamos aceitando meninas que estavam no 4º ano.
-
11:50 - 11:51Angeline tinha trocado de lar muitas vezes --
-
11:51 - 11:54pois ela é órfã, não tem mãe, nem pai --
-
11:54 - 11:56passando da casa de uma avó para outra,
-
11:56 - 12:00de tia em tia. Ela não tinha uma vida estável.
-
12:00 - 12:02E eu olhei para ela, me lembro desse dia,
-
12:02 - 12:07e vi algo além do que já vira em Angeline.
-
12:07 - 12:10E sim, ela tinha passado da idade para estar no 4º ano.
-
12:10 - 12:13Demos a ela a oportunidade de frequentar as aulas.
-
12:13 - 12:16Cinco meses depois, essa é Angeline.
-
12:16 - 12:19Sua vida começou a se transformar.
-
12:19 - 12:21Angeline quer ser piloto para poder voar pelo mundo
-
12:21 - 12:23e fazer a diferença.
-
12:23 - 12:25Ela não era uma aluna exemplar quando a aceitamos.
-
12:25 - 12:27Agora ela é a melhor aluna, não só da nossa escola,
-
12:27 - 12:31mas de toda a região em que estamos.
-
12:31 - 12:35Essa é Sharon. Cinco anos depois.
-
12:35 - 12:42Essa é Evelyn. Cinco meses depois, essa é a diferença que estamos fazendo.
-
12:42 - 12:45Como um novo amanhecer acontecendo em minha escola,
-
12:45 - 12:48um novo começo está acontecendo.
-
12:48 - 12:53Agora, enquanto conversamos, 125 meninas jamais serão mutiladas.
-
12:53 - 12:58Cento e vinte cinco meninas não se casarão aos 12 anos.
-
12:58 - 13:04Cento e vinte cinco meninas estão criando e alcançando seus sonhos.
-
13:04 - 13:06É isto que estamos fazendo,
-
13:06 - 13:09dando oportunidades para que elas cresçam.
-
13:09 - 13:13Enquanto conversamos, mulheres não estão sendo espancadas
-
13:13 - 13:16devido as revoluções que começamos em nossa comunidade.
-
13:16 - 13:24(Aplausos)
-
13:24 - 13:27Quero desafiá-los hoje.
-
13:27 - 13:30Vocês estão me ouvindo porque estão aqui,
-
13:30 - 13:32muito otimistas.
-
13:32 - 13:36Vocês são pessoas com tanta paixão.
-
13:36 - 13:40Vocês são pessoas que querem ver um mundo melhor.
-
13:40 - 13:44Querem ver o fim dessa guerra e da pobreza.
-
13:44 - 13:47Vocês querem fazer a diferença.
-
13:47 - 13:50Vocês querem tornar o nosso amanhã melhor.
-
13:50 - 13:54Quero desafiá-los hoje a serem os primeiros,
-
13:54 - 13:57porque as pessoas os seguirão.
-
13:57 - 13:59Sejam os primeiros. As pessoas os seguirão.
-
13:59 - 14:04Ousem. Enfrentem. Sejam corajosos. Sejam confiantes.
-
14:04 - 14:08Mudem, pois ao mudar seu mundo,
-
14:08 - 14:10ao mudar sua comunidade,
-
14:10 - 14:15ao acreditar que estamos causando impacto em uma menina, uma família,
-
14:15 - 14:18uma vila, um país por vez.
-
14:18 - 14:21Estamos fazemos a diferença, portanto, se você mudar seu mundo,
-
14:21 - 14:23mudará sua comunidade,
-
14:23 - 14:25mudará seu país,
-
14:25 - 14:28e pense nisso. Se você o fizer, e eu o faço,
-
14:28 - 14:31criaremos um futuro melhor para nossas crianças,
-
14:31 - 14:34suas crianças, nossos netos, não é?
-
14:34 - 14:38E viveremos em um mundo cheio de paz. Muito obrigada.
-
14:38 - 14:55(Aplausos)
- Title:
- Kakenya Ntaiya: Uma menina que exigiu a escola
- Speaker:
- Kakenya Ntaiya
- Description:
-
Kakenya Ntaiya fez um acordo com seu pai: Ela se submeteria ao tradicional rito de passagem Maassai, a circuncisão feminina, se ele a deixasse frequentar o ensino médio. Ntaiya conta sua corajosa história até chegar à faculdade, e seu trabalho junto aos mais velhos de sua vila, para construir uma escola para meninas na comunidade. É a jornada educacional de alguém que mudou o destino de 125 jovens mulheres. (Filmado no TEDxMidAtlantic.)
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 15:16
Rafael Eufrasio approved Portuguese, Brazilian subtitles for A girl who demanded school | ||
Nadja Nathan accepted Portuguese, Brazilian subtitles for A girl who demanded school | ||
Nadja Nathan edited Portuguese, Brazilian subtitles for A girl who demanded school | ||
Viviane Ferraz Matos edited Portuguese, Brazilian subtitles for A girl who demanded school | ||
Viviane Ferraz Matos edited Portuguese, Brazilian subtitles for A girl who demanded school | ||
Viviane Ferraz Matos edited Portuguese, Brazilian subtitles for A girl who demanded school | ||
Viviane Ferraz Matos edited Portuguese, Brazilian subtitles for A girl who demanded school | ||
Viviane Ferraz Matos edited Portuguese, Brazilian subtitles for A girl who demanded school |