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O ingrediente secreto para trabalhar melhor

  • 0:01 - 0:04
    Tinha eu sete anos
    e a minha irmã apenas cinco,
  • 0:04 - 0:06
    estávamos a brincar em cima de um beliche.
  • 0:06 - 0:09
    Era dois anos mais velho
    que a minha irmã, na altura
  • 0:09 - 0:11
    — ainda hoje sou
    dois anos mais velho que ela —
  • 0:11 - 0:12
    (Risos)
  • 0:12 - 0:15
    mas na altura ela tinha de fazer
    tudo o que eu queria
  • 0:15 - 0:17
    e eu queria brincar às guerras.
  • 0:17 - 0:18
    Estávamos em cima do beliche.
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    E de um dos lados do mesmo
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    eu tinha disposto os meus
    soldados e as suas armas.
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    Do outro lado estavam todos os
    Pequenos Póneis da minha irmã,
  • 0:25 - 0:27
    prontos para uma carga de cavalaria.
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    Há diferentes relatos para o que
    aconteceu naquela tarde,
  • 0:30 - 0:33
    mas, uma vez que a minha irmã
    não está aqui hoje,
  • 0:33 - 0:35
    vou contar a história verdadeira.
  • 0:35 - 0:36
    (Risos)
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    A minha irmã é um pouco
    para o desastrado.
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    Sem qualquer ajuda
    ou empurrão do seu irmão mais velho,
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    de repente a Amy desapareceu
    de cima do beliche
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    e aterrou estrondosamente no chão.
  • 0:46 - 0:48
    Eu espreitei nervosamente do lado da cama
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    para ver o que havia acontecido
    à minha irmã caída
  • 0:50 - 0:53
    e vi que ela tinha aterrado
    sobre as mãos e os joelhos,
  • 0:53 - 0:55
    de gatas no chão.
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    Fiquei nervoso porque os meus pais
    me tinham encarregado
  • 0:57 - 0:59
    de garantir que a minha irmã e eu
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    brincávamos da maneira mais segura
    e silenciosa possível.
  • 1:02 - 1:04
    E como eu tinha acidentalmente
    partido o braço da Amy
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    apenas uma semana antes...
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    (Risos)
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    ... ao empurrá-la heroicamente
  • 1:13 - 1:15
    para fora da trajectória
    de uma bala furtiva imaginária...
  • 1:15 - 1:17
    (Risos)
  • 1:18 - 1:20
    ... o que ainda ninguém me agradeceu.
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    Eu estava a tentar o mais que conseguia...
  • 1:22 - 1:23
    (Risos)
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    — ela nem a tinha visto —
  • 1:24 - 1:26
    ... ter o melhor comportamento possível.
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    Olhei para a minha irmã.
  • 1:28 - 1:30
    Um lamento de dor, sofrimento e surpresa
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    ameaçava irromper da sua boca
  • 1:31 - 1:34
    e acordar os meus pais
    da sua longa sesta de inverno.
  • 1:34 - 1:36
    Então fiz a única coisa
  • 1:36 - 1:38
    de que o meu frenético cérebro de 7 anos
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    se pôde lembrar para evitar essa tragédia.
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    Se têm crianças,
    já viram isto muitas vezes.
  • 1:42 - 1:44
    Disse: "Amy, espera.
    Não chores. Não chores.
  • 1:44 - 1:46
    "Viste como aterraste?
  • 1:46 - 1:49
    "Nenhum ser humano aterra de gatas assim.
  • 1:49 - 1:51
    "Amy, acho que isto quer dizer
    que és um unicórnio."
  • 1:51 - 1:54
    (Risos)
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    Aquilo era batota, porque não havia nada
    que a minha irmã mais quisesse
  • 1:58 - 2:00
    do que não ser Amy,
    a irmãzinha de 5 anos magoada,
  • 2:00 - 2:02
    mas sim Amy, o unicórnio especial.
  • 2:02 - 2:04
    Claro que esta opção nunca
    lhe tinha passado pela cabeça.
  • 2:04 - 2:08
    Era visível que a minha pobre
    e manipulada irmã se sentia num conflito,
  • 2:08 - 2:10
    enquanto o seu pequeno cérebro
    tentava focar-se
  • 2:10 - 2:12
    na sensação de dor,
    sofrimento e surpresa
  • 2:12 - 2:14
    que acabara de sentir,
  • 2:14 - 2:16
    ou na sua nova identidade como unicórnio.
  • 2:16 - 2:17
    (Risos)
  • 2:17 - 2:18
    E a última ganhou.
  • 2:18 - 2:21
    Em vez de chorar, de acabar
    com a brincadeira,
  • 2:21 - 2:22
    e de acordar os meus pais,
  • 2:22 - 2:24
    com todas as consequências
    negativas para mim,
  • 2:24 - 2:26
    a cara abriu-se num sorriso
  • 2:26 - 2:29
    e trepou pelo beliche acima com
    todo o encanto de um unicórnio bebé...
  • 2:29 - 2:31
    (Risos)
  • 2:31 - 2:34
    ... com uma perna partida.
  • 2:34 - 2:35
    Aquilo com que nos deparamos
  • 2:35 - 2:37
    nestas tenras idades de cinco e sete anos
  • 2:37 - 2:39
    – na altura não fazíamos ideia –
  • 2:39 - 2:42
    foi algo que viria a estar na vanguarda
    duma revolução científica,
  • 2:42 - 2:45
    que ocorreria 20 anos depois, no modo
    como olhamos para o cérebro humano.
  • 2:45 - 2:48
    Era uma coisa chamada
    psicologia positiva,
  • 2:48 - 2:49
    o motivo por que estou aqui hoje
  • 2:49 - 2:51
    e a razão pela qual acordo
    todas as manhãs.
  • 2:51 - 2:54
    Quando comecei a falar desta investigação
  • 2:54 - 2:56
    fora dos meios académicos,
    em empresas e escolas,
  • 2:56 - 2:59
    disseram-me para nunca começar
    a palestra com um gráfico.
  • 2:59 - 3:02
    Mas vou começar com um gráfico.
  • 3:02 - 3:03
    Este gráfico parece aborrecido,
  • 3:03 - 3:06
    mas é o que me entusiasma e
    me faz acordar todas as manhãs.
  • 3:06 - 3:09
    E este gráfico nem significa nada;
    é informação falsa.
  • 3:09 - 3:12
    (Risos)
  • 3:13 - 3:16
    Se eu obtivesse estes resultados
    a estudar-vos nesta sala,
  • 3:16 - 3:19
    ficaria estarrecido, porque há aqui
    claramente uma tendência.
  • 3:19 - 3:21
    Isso significa que posso
    publicar o meu trabalho,
  • 3:21 - 3:23
    que é o mais importante.
  • 3:23 - 3:26
    Porque é que há um ponto vermelho
    esquisito acima da curva?
  • 3:26 - 3:27
    Há um esquisitóide nesta sala.
  • 3:27 - 3:29
    Eu sei quem é, vi-o há bocado.
  • 3:30 - 3:32
    Mas não é um problema.
  • 3:32 - 3:33
    Como muitos de vocês sabem,
  • 3:33 - 3:35
    posso pura e simplesmente
    apagar aquele ponto.
  • 3:35 - 3:38
    Posso apagá-lo porque se trata claramente
    dum erro de medida.
  • 3:38 - 3:40
    Sabemos que isto é um erro de medida
  • 3:40 - 3:42
    porque está a baralhar os meus dados.
  • 3:42 - 3:43
    (Risos)
  • 3:43 - 3:46
    Uma das primeiras coisas
    que ensinamos às pessoas
  • 3:46 - 3:48
    em economia, estatística,
    gestão e psicologia
  • 3:48 - 3:51
    é como, de uma forma válida,
    eliminar estes esquisitóides.
  • 3:51 - 3:53
    Como eliminar os dados atípicos
  • 3:53 - 3:55
    para encontrarmos a linha
    que melhor se ajusta.
  • 3:55 - 3:57
    O que é fantástico, se quero descobrir
  • 3:57 - 4:00
    quantos Advil uma pessoa comum
    deve tomar – dois.
  • 4:00 - 4:02
    Mas, se estiver interessando
    no vosso potencial,
  • 4:02 - 4:06
    para felicidade ou produtividade
    ou energia ou criatividade,
  • 4:06 - 4:08
    estamos a criar o culto da média
    com a ciência.
  • 4:08 - 4:09
    Se eu fizer esta pergunta:
  • 4:09 - 4:12
    "Quão rápido é que uma criança
    aprende a ler na escola?"
  • 4:12 - 4:13
    os cientistas mudam-na para:
  • 4:13 - 4:16
    "Quão rápido a criança média
    aprende a ler na escola?"
  • 4:16 - 4:18
    e depois formatamos a turma para a média.
  • 4:18 - 4:21
    Se vocês ficam abaixo
    da média nesta curva,
  • 4:21 - 4:22
    os psicólogos ficam entusiasmados
  • 4:22 - 4:25
    porque significa que estão deprimidos
    ou têm algum distúrbio
  • 4:25 - 4:27
    ou, melhor ainda, as duas coisas.
  • 4:27 - 4:28
    Porque o nosso modelo é:
  • 4:28 - 4:31
    se vier a uma sessão de terapia
    com um problema,
  • 4:31 - 4:33
    nós certificamo-nos de que sai com dez,
  • 4:33 - 4:35
    para que volte outra e outra vez.
  • 4:35 - 4:37
    Voltaremos à vossa infância,
    se necessário,
  • 4:37 - 4:38
    mas queremos
    é pô-lo normal de novo.
  • 4:38 - 4:41
    Mas normal é apenas a média.
  • 4:41 - 4:43
    O que eu e os psicólogos
    positivos argumentamos
  • 4:43 - 4:45
    é que, se estudarmos somente a média,
  • 4:45 - 4:47
    permaneceremos na média.
  • 4:47 - 4:49
    Em vez de apagar estas discrepâncias,
  • 4:49 - 4:52
    eu abordo uma população como esta
    e pergunto: porquê?
  • 4:52 - 4:55
    Porque é que alguns de vocês
    estão tão acima da curva
  • 4:55 - 4:57
    em termos de capacidade
    intelectual, atlética e musical,
  • 4:57 - 4:59
    de criatividade, níveis de energia,
  • 4:59 - 5:02
    resiliência face a um desafio,
    do vosso sentido de humor?
  • 5:02 - 5:04
    Em vez de vos apagar,
    eu quero estudar-vos.
  • 5:04 - 5:06
    Talvez possamos recolher informações
  • 5:06 - 5:09
    não só em como mover pessoas
    para cima da média,
  • 5:09 - 5:11
    mas como mover toda a média
    para um nível acima,
  • 5:11 - 5:13
    nas empresas e escolas
    no mundo inteiro.
  • 5:13 - 5:14
    Este gráfico é importante
  • 5:14 - 5:17
    porque, segundo as notícias,
    parece que a maioria da informação
  • 5:17 - 5:19
    não é positiva mas sim negativa.
  • 5:19 - 5:22
    Grande parte é sobre assassínios,
    corrupção, doenças, catástrofes.
  • 5:22 - 5:24
    O meu cérebro começa logo a pensar
  • 5:24 - 5:27
    que é esse o rácio certo entre
    o positivo e o negativo no mundo.
  • 5:27 - 5:29
    Isso criar o chamado
    Síndroma da Escola de Medicina.
  • 5:29 - 5:31
    As pessoas que estudam medicina,
  • 5:31 - 5:33
    no primeiro ano de formação médica,
  • 5:33 - 5:35
    ao lerem a lista de sintomas e doenças
  • 5:35 - 5:37
    de repente apercebem-se
    que as têm todas.
  • 5:37 - 5:38
    (Risos)
  • 5:38 - 5:40
    Tenho um cunhado chamado Bobo.
  • 5:40 - 5:44
    Bobo casou com Amy, o unicórnio.
  • 5:44 - 5:48
    O Bobo telefonou-me para casa,
  • 5:48 - 5:50
    da Faculdade de Medicina de Yale, e disse:
  • 5:50 - 5:52
    "Shawn, tenho lepra."
  • 5:52 - 5:53
    (Risos)
  • 5:54 - 5:56
    O que, mesmo em Yale,
    é extraordinariamente raro.
  • 5:56 - 5:59
    Mas eu não sabia
    como consolar o pobre Bobo
  • 5:59 - 6:02
    porque ele tinha acabado de recuperar
    de uma semana inteira de menopausa.
  • 6:02 - 6:03
    (Risos)
  • 6:03 - 6:06
    Descobrimos que não é necessariamente
    a realidade que nos molda.
  • 6:06 - 6:09
    As lentes com que o cérebro vê o mundo
    é que moldam a realidade.
  • 6:09 - 6:12
    Mudando as lentes
    mudamos a nossa felicidade,
  • 6:12 - 6:15
    e, ao mesmo tempo, todos os resultados
    educativos ou empresariais.
  • 6:15 - 6:17
    Candidatei-me a Harvard por uma aposta.
  • 6:17 - 6:20
    Não esperava entrar e
    não tinha dinheiro para a universidade.
  • 6:20 - 6:23
    Duas semanas depois, ganhei uma bolsa
    de estudos e pude ir.
  • 6:23 - 6:25
    Algo que nem possibilidade era
    tornou-se numa realidade.
  • 6:25 - 6:28
    Assumi que todos o veriam
    igualmente como um privilégio,
  • 6:28 - 6:30
    que estariam contentes de ali estar.
  • 6:30 - 6:32
    Mesmo numa aula cheia de
    gente mais inteligente,
  • 6:32 - 6:34
    sentia-me feliz por estar
    naquela sala de aula.
  • 6:34 - 6:37
    Mas descobri que só alguns sentem isso.
  • 6:37 - 6:39
    Quando me licenciei ao fim de quatro anos
  • 6:39 - 6:42
    e passei os oito seguintes a viver
    nos dormitórios com os alunos
  • 6:42 - 6:45
    — foi Harvard que me pediu...
    eu não era esse tipo.
  • 6:45 - 6:48
    (Risos)
  • 6:48 - 6:52
    Em Harvard havia um psicólogo a apoiar
    os alunos nesses quatro anos difíceis.
  • 6:52 - 6:56
    Descobri que estes estudantes,
    por mais felizes que se sentissem
  • 6:56 - 6:58
    por terem entrado na escola,
  • 6:58 - 7:01
    duas semanas depois
    os seus cérebros estavam concentrados,
  • 7:01 - 7:04
    não no privilégio de lá estar,
    nem na Filosofia ou na Física,
  • 7:04 - 7:06
    mas estava concentrado
    na competição, nos trabalhos,
  • 7:06 - 7:08
    nas chatices, nas tensões, nas queixas.
  • 7:08 - 7:11
    Quando lá cheguei,
    entrei na sala de jantar dos caloiros,
  • 7:11 - 7:13
    — onde os meus amigos e eu crescemos —
  • 7:13 - 7:14
    já devem ter ouvido falar.
  • 7:14 - 7:17
    Quando vinham visitar-me e a viam, diziam:
  • 7:17 - 7:19
    "Esta sala de jantar
    parece saída de Hogwarts"
  • 7:19 - 7:21
    do filme Harry Potter, e é mesmo.
  • 7:21 - 7:23
    Isto é Hogwarts
    e aquilo é Harvard.
  • 7:23 - 7:25
    Quando vêem isto, perguntam:
  • 7:25 - 7:28
    "Shawn, porque perdes tempo
    a estudar a felicidade em Harvard?
  • 7:28 - 7:31
    "Que motivos tem um estudante
    de Harvard para ser infeliz?"
  • 7:31 - 7:32
    Escondida nesta pergunta
  • 7:32 - 7:35
    está a chave para perceber
    a ciência da felicidade.
  • 7:35 - 7:36
    Porque o que essa pergunta assume
  • 7:36 - 7:40
    é que o mundo exterior é indicador
    do nosso nível de felicidade,
  • 7:40 - 7:43
    quando, na realidade, se eu souber tudo
    acerca do vosso mundo exterior,
  • 7:43 - 7:45
    só posso prever 10%
    da vossa felicidade a longo prazo.
  • 7:45 - 7:47
    90% da vossa felicidade a longo prazo
  • 7:47 - 7:49
    não é determinada pelo mundo exterior,
  • 7:49 - 7:52
    mas pela maneira como o vosso cérebro
    processa esse mundo.
  • 7:52 - 7:55
    E se mudarmos a fórmula
    para a felicidade e para o sucesso,
  • 7:55 - 7:58
    mudamos a forma
    como podemos afectar a realidade.
  • 7:58 - 8:01
    Descobrimos que
    só 25% do sucesso profissional
  • 8:01 - 8:03
    pode ser explicado pelo QI.
  • 8:03 - 8:05
    75% do sucesso profissional
  • 8:05 - 8:08
    é explicado pelos níveis de optimismo,
    apoio social
  • 8:08 - 8:11
    e a capacidade de encarar o stress
    mais como um desafio do que uma ameaça.
  • 8:11 - 8:15
    Falei com um prestigiado colégio interno
    em Nova Inglaterra, que me disse:
  • 8:15 - 8:16
    "Nós já sabemos isso.
  • 8:16 - 8:19
    "Todos os anos, além das aulas,
    temos a semana do bem-estar.
  • 8:19 - 8:22
    "2.ª-feira, vem cá
    o maior perito do mundo
  • 8:22 - 8:24
    "falar sobre a depressão adolescente.
  • 8:24 - 8:26
    "3.ª-feira é sobre a violência
    na escola e do "bullying".
  • 8:26 - 8:28
    "4.ª-feira é sobre distúrbios alimentares.
  • 8:28 - 8:30
    "5.ª-feira é sobre drogas ilícitas.
  • 8:30 - 8:33
    "6.ª-feira será sobre sexo inconsequente
    ou a felicidade."
  • 8:33 - 8:35
    (Risos)
  • 8:35 - 8:38
    Eu disse-lhes: "Isso é a noite
    de sexta-feira de muita gente."
  • 8:38 - 8:40
    (Risos)
  • 8:40 - 8:43
    (Aplausos)
  • 8:44 - 8:47
    Ainda bem que gostaram
    mas eles não gostaram nada.
  • 8:47 - 8:48
    Silêncio ao telefone.
  • 8:48 - 8:50
    E eu: "Gostava de fazer
    uma palestra na vossa escola
  • 8:50 - 8:53
    "mas não é uma semana do bem-estar,
    é uma semana de doenças.
  • 8:53 - 8:55
    "Destacaram tudo
    o que pode acontecer de negativo
  • 8:55 - 8:57
    "mas não falaram no positivo."
  • 8:57 - 8:59
    A ausência de doença não é saúde.
  • 8:59 - 9:00
    Para chegarmos à saúde
  • 9:00 - 9:04
    precisamos de reverter a fórmula
    para a felicidade e para o sucesso.
  • 9:04 - 9:06
    Nos últimos três anos,
    visitei 45 países diferentes,
  • 9:06 - 9:08
    trabalhando com escolas e empresas
  • 9:08 - 9:10
    em plena crise económica.
  • 9:10 - 9:12
    A maioria das empresas e escolas
  • 9:12 - 9:14
    segue uma fórmula para o sucesso, que é:
  • 9:14 - 9:16
    se eu trabalhar mais, terei mais sucesso.
  • 9:16 - 9:18
    E se tiver mais sucesso, serei mais feliz.
  • 9:18 - 9:21
    Isto sustenta as formas de educação,
    os estilos de gestão,
  • 9:21 - 9:23
    aa forma do nosso comportamento.
  • 9:23 - 9:26
    Mas é cientificamente inválido
    e está ao contrário por duas razões.
  • 9:26 - 9:29
    Primeiro, sempre
    que o cérebro tem um êxito,
  • 9:29 - 9:31
    muda-se o objectivo do êxito.
  • 9:31 - 9:33
    Têm boas notas?
    Têm de ter melhores notas.
  • 9:33 - 9:35
    Depois duma boa escola
    outra ainda melhor.
  • 9:35 - 9:36
    Depois dum bom emprego, outro melhor.
  • 9:36 - 9:38
    Atingiram a meta de vendas? Mudam-na.
  • 9:38 - 9:42
    Se a felicidade está do outro lado do êxito,
    o cérebro nunca lá chega.
  • 9:42 - 9:45
    A sociedade empurra a felicidade
    para além do horizonte cognitivo,
  • 9:45 - 9:48
    porque pensamos que temos
    de ser bem sucedidos
  • 9:48 - 9:50
    para sermos felizes.
  • 9:50 - 9:53
    O problema é que o cérebro
    funciona ao contrário.
  • 9:53 - 9:56
    Se aumentarmos o nível de
    pensamentos positivos no presente,
  • 9:56 - 9:59
    o cérebro experiencia o que chamamos
    de "vantagem da felicidade",
  • 9:59 - 10:01
    que é o cérebro em modo positivo
  • 10:01 - 10:03
    a trabalhar muito melhor
  • 10:03 - 10:05
    do que em modo negativo,
    neutro ou em stress.
  • 10:05 - 10:08
    A inteligência, a criatividade
    e os níveis de energia aumentam.
  • 10:08 - 10:11
    Na verdade, descobrimos
    que qualquer resultado melhora.
  • 10:11 - 10:14
    O cérebro em modo positivo
    é 31% mais produtivo
  • 10:14 - 10:17
    do que em modo negativo,
    neutro ou em stress.
  • 10:17 - 10:19
    São 37% melhores em vendas.
  • 10:19 - 10:21
    Os médicos são 19% mais rápidos
    e mais precisos,
  • 10:21 - 10:23
    a chegar ao diagnóstico correcto
  • 10:23 - 10:25
    do que em modo negativo,
    neutro ou em stress.
  • 10:25 - 10:27
    Assim, podemos inverter a fórmula.
  • 10:27 - 10:30
    Se arranjarmos forma
    de sermos positivos no presente,
  • 10:30 - 10:32
    o nosso cérebro funcionará ainda melhor,
  • 10:32 - 10:36
    somos capazes de trabalhar
    mais rápida e inteligentemente.
  • 10:36 - 10:38
    Precisamos de inverter esta fórmula
  • 10:38 - 10:40
    para podermos ver do que
    o nosso cérebro é capaz.
  • 10:40 - 10:43
    A dopamina, que inunda o
    organismo quando somos positivos,
  • 10:43 - 10:44
    tem duas funções.
  • 10:44 - 10:45
    Faz-nos sentir mais felizes,
  • 10:45 - 10:48
    e activa todos os centros
    de aprendizagem do cérebro,
  • 10:48 - 10:51
    permitindo-nos adaptar ao mundo
    de forma diferente.
  • 10:51 - 10:53
    Encontrámos formas
    de treinar o cérebro
  • 10:53 - 10:54
    para nos tornarmos mais positivos.
  • 10:54 - 10:58
    Em apenas 2 minutos
    durante 21 dias seguidos,
  • 10:58 - 11:00
    podemos reorganizar o nosso cérebro,
  • 11:00 - 11:01
    permitindo que ele trabalhe
  • 11:01 - 11:04
    de maneira mais optimista
    e com mais sucesso.
  • 11:04 - 11:06
    Fizemos estas coisas
    com a nossa investigação
  • 11:06 - 11:08
    em cada uma das empresas
    com que trabalhei.
  • 11:08 - 11:10
    Anotamos três coisas gratificantes
  • 11:10 - 11:13
    durante 21 dias seguidos,
    três coisas novas cada dia.
  • 11:13 - 11:15
    No fim disso,
    o cérebro retém um padrão
  • 11:15 - 11:18
    de observar o mundo
    não pelo negativo mas pelo positivo.
  • 11:18 - 11:21
    Fazer um diário sobre uma experiência
    positiva nas últimas 24 horas
  • 11:21 - 11:24
    permite ao cérebro revivê-la.
  • 11:24 - 11:27
    O exercício ensina o cérebro que
    o vosso comportamento importa.
  • 11:27 - 11:29
    A meditação permite
    que o cérebro recupere
  • 11:29 - 11:31
    da hiperactividade cultural que criamos
  • 11:31 - 11:33
    ao tentarmos realizar
    várias tarefas simultâneas
  • 11:33 - 11:36
    e permite ao cérebro
    concentrar-se numa só tarefa.
  • 11:36 - 11:38
    Por fim, os gestos de bondade conscientes.
  • 11:38 - 11:39
    Escrever um "email" positivo
  • 11:39 - 11:41
    quando abrimos o correio electrónico,
  • 11:41 - 11:44
    elogiando ou agradecendo
    a alguém da rede social.
  • 11:44 - 11:46
    Ao desempenharmos estas actividades
  • 11:46 - 11:48
    e ao treinarmos o cérebro
    tal como treinamos o corpo,
  • 11:48 - 11:51
    podemos inverter esta fórmula
    para a felicidade e para o sucesso
  • 11:51 - 11:54
    Ao fazê-lo, não só criamos
    ondas de optimismo,
  • 11:54 - 11:56
    como também uma verdadeira revolução.
  • 11:56 - 11:58
    Muito obrigado.
  • 11:58 - 12:00
    (Aplausos)
Title:
O ingrediente secreto para trabalhar melhor
Speaker:
Shawn Achor
Description:

Acreditamos que devemos trabalhar para sermos felizes, mas poderá ser o contrário? Nesta rápida e lúdica conversa no TEDxBloomington, o psicólogo Shawn Achor argumenta que, na realidade, a felicidade é que pode levar à produtividade.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
12:00
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