Como escolher o protetor solar? — May Poffenroth

Vejam a lição completa em: http://ed.ted.com/lessons/which-sunscreen-should-you-choose-mary-poffenroth

Os protetores solares podem ser de vários tipos, cada um com um determinado impacto no vosso corpo e no ambiente. Com tantas opções, como escolher o protetor solar mais adequado? Para responder a esta questão, Mary Poffenroth explica como funcionam os protetores solares e compara diferentes métodos de aplicação, os FPS, e os ingredientes ativos para nos ajudar a fazer a melhor escolha.

Lição de Mary Poffenroth, animação de Rob Kohr e Travis Spangler.

Há protetores solares de vários tipos,

cada um com um dado impacto
no nosso corpo e no ambiente.

Com tantas opções,

como escolher o protetor solar
mais adequado?

Para responder à questão,

é preciso perceber primeiro
como funcionam os protetores.

A luz solar é composta
por ondas eletromagnéticas

e é a nossa fonte primária
de radiação ultravioleta,

que tem menor comprimento de onda
que a luz visível e contém mais energia.

As radiações UVA,

as radiações UVB

e as radiações UVC são classificadas
de acordo com o seu comprimento de onda

Os UVC, com um curto comprimento de onda,
nunca atingem a superfície terreste,

mas os raios UVB e UVA sim.

Os UVB, com comprimento de onda médio,
entram nas camadas superiores da pele,

e os UVA, com comprimento de onda longo,
conseguem penetrar nas camadas inferiores.

Na verdade, os UVB em pequena quantidade
ajudam-nos a produzir vitamina D,

que nos permite construir
e manter ossos fortes.

No entanto, a exposição prolongada
aos raios UVA e UVB pode danificar o ADN,

envelhecer a pele

e promover o desenvolvimento
de cancro de pele potencialmente mortal.

O protetor solar protege a nossa pele
quer fisicamente, ao defletir os raios UV

com um filtro inorgânico, como sejam
o óxido de zinco ou o dióxido de titânio,

quer quimicamente, usando compostos
orgânicos que absorvem os fotões UV

e os dissipam, inofensivamente,
sob a forma de calor.

Então, o que distingue
um protetor solar de outro?

Ao escolher um protetor,

podemos comparar o método de aplicação,

o FPS [Fator de Proteção Solar]

e os ingredientes ativos.

Os sprays podem ser práticos,
especialmente se estamos molhados,

mas um estudo recente revela que
tendemos a aplicar camadas menos espessas

impedindo uma proteção total.

Os riscos de saúde associados à inalação
dos compostos de uma nuvem de spray

podem fazer-nos pensar
em escolher o frasco de creme.

Optem por um protetor solar com um FPS
de pelo menos 15, embora 30 seja melhor.

O FPS é uma escala não linear que mede
quanta radiação UVB é precisa

para queimar a pele protegida.

Um FPS de 15 é bastante eficiente,
bloqueando 93% dos raios UVB.

Esta percentagem aumenta
ligeiramente com o FPS,

sendo que o FPS de 30 bloqueia 97%

e o de 50 bloqueia 98%.

O FPS baseia-se na quantidade
de exposição solar.

Por isso, o tempo que temos
até começar a queimar

depende de uma longa série de fatores,

incluindo os nossos genes,

e quando, onde e como
passamos o tempo ao sol.

Embora a FDA já tenha aprovado
vários protetores solares nos EUA

ainda se estão a investigar os efeitos
de muitos ingredientes ativos

no nosso organismo.

Por isso, se temem
possíveis efeitos irritantes,

procurem aqueles à base de minerais,
com óxido de zinco ou dióxido de titânio.

Apesar de poderem ser mais espessos,

são menos irritantes do que
os protetores químicos à base de carbono.

Os protetores à base de minerais
também são mais amigos do ambiente.

Se planeiam apanhar banhos de sol
enquanto chapinham num rio ou oceano,

notem que os protetores
químicos à base de carbono

podem prejudicar a vida marinha.

Vejam, por exemplo, os recifes de corais.

Embora eles cubram menos de 1%
da superfície terrestre submersa,

abrigam cerca de 25%
de todas as espécies de peixes,

fazendo deles os ecossistemas marinhos
mais diversos e produtivos.

Estudos revelam que os protetores
químicos à base de compostos orgânicos,

tais como oxibenzona,
butilparabeno, octinoxato e 4MBC,

contribuem para uma situação de stress
designada por branqueamento de corais,

que são seres vivos.

A exposição a esses compostos orgânicos

resulta na morte
das algas simbióticas do coral.

Além de garantirem uma fonte de alimento,

essas algas dão aos corais
o seu brilhante arco-íris.

Sem elas, os corais ficam branqueados

e suscetíveis a doenças
e possível morte.

E quando o coral morre,

todo o ecossistema do recife
fica em risco de desaparecer.

Agora já podem fazer uma escolha
consciente na próxima compra.

O FPS está indicado na frente.

Na parte de trás,
onde diz "ingredientes ativos",

podem ver se tem óxido de zinco

ou dióxido de titânio,

ou os compostos nocivos para os corais.

Vale a pena gastar algum
tempo para verificar,

tanto por vossa causa
como por causa do ambiente.