Return to Video

Deep Green Resistance - Liberal vs Radical Part 1 of 3

  • 0:17 - 0:18
    Duas das minhas pessoas preferidas da história.
  • 0:18 - 0:23
    Meu pai fica chateado porque eles não ensinam ciência mais nas escolas públicas,
  • 0:23 - 0:26
    e isso se dá principalmente porque a direita conservadora não suporta a ideia da evolução.
  • 0:26 - 0:29
    Minha mãe fica chateada porque eles não ensinam mais história
  • 0:29 - 0:33
    e minha irmã lamenta muito porque não se estuda mais arte no sistema escolar.
  • 0:33 - 0:38
    Mas eu, eu fico tipo, "eles simplesmente não ensinam mais revolução nessas escolas públicas."
  • 0:38 - 0:40
    [risos] Tenho razão, certo?
  • 0:40 - 0:47
    Então, essa é a educação política básica que, na verdade, nós todos deveríamos ter tido, mas nenhum de nós realmente teve.
  • 0:48 - 0:52
    E eu vou começar aqui com os liberais e os radicais porque eu acho que essa é a divisão principal.
  • 0:52 - 0:58
    Eu acho que isso é importante porque muitas vezes nas nossas amizades, nas nossas redes ativistas e até mesmo nos nossos grupos,
  • 0:58 - 1:03
    e em movimentos mais amplos, existem essas tensões que podem ser realmente dolorosas e profundas
  • 1:03 - 1:06
    e muitas vezes elas se resumem à diferença entre liberais e radicais.
  • 1:06 - 1:09
    Eu, no final das contas, não me importo com qual lado você vai decidir ficar.
  • 1:09 - 1:14
    Você precisa descobrir qual visão de mundo descreve o mundo como você o conhece
  • 1:14 - 1:17
    (e isso depende de você, de verdade).
  • 1:17 - 1:23
    Mas isso de fato ajuda a entender de onde essas diferentes perspectivas estão vindo, porque aí quando você estiver tendo estes conflitos, de repente
  • 1:23 - 1:29
    você pensa "certo, isto é liberal e eu sou radical, e é por isso que nunca vamos chegar a um consenso", porque essas são diferenças profundas, politicamente.
  • 1:29 - 1:31
    Não significa que não possamos trabalhar juntos, muitas coligações precisam acontecer.
  • 1:31 - 1:37
    Quero dizer, não estou tentando demonizar ninguém aqui, mas estas são diferentes posições que pessoas podem ter através do espectro.
  • 1:37 - 1:42
    Eu poderia dizer que a divisão principal entre liberais e radicais é o individualismo.
  • 1:42 - 1:46
    Liberais acreditam que a sociedade é feita de indivíduos. Essa é a unidade social básica.
  • 1:46 - 1:56
    Na verdade, o individualismo é tão sagrado que, nessa visão, ser identificado como um membro de um grupo é visto como uma afronta. Esse é o insulto.
  • 1:57 - 2:00
    Totalmente diferente para os radicais, do outro lado da tabela.
  • 2:00 - 2:05
    A sociedade não é feita de indivíduos, é feita de grupos de pessoas.
  • 2:05 - 2:13
    Na versão original de Marx, isso era a classe, era a classe econômica. Essa é a dívida que todos os radicais devem ao Karl Marx. Não importa se você é marxista ou não.
  • 2:13 - 2:19
    Ele descobriu isso. São grupos de pessoas, e alguns grupos possuem poder sobre outros grupos. É disso que a sociedade é feita.
  • 2:19 - 2:28
    No entendimento dos radicais, ser membro de um grupo não é um insulto. Na verdade, é o passo primário que você precisa dar:
  • 2:28 - 2:35
    Chegar a uma consciência radical e, em seguida, ter uma ação política efetiva. Você precisa se identificar como membro deste grupo.
  • 2:35 - 2:40
    Você precisa de uma causa comum com as pessoas que compartilham da sua condição. É assim que uma mudança política acontece.
  • 2:40 - 2:45
    Essa é uma abordagem tão ativa quanto crítica da identidade deste grupo.
  • 2:45 - 2:51
    Nós, radicais, somos acusados o tempo inteiro de criar essa "identidade vitimista", mas não é bem isso.
  • 2:51 - 2:54
    Nós somos mais do que eles fizeram com a gente, e nós temos poder de ação.
  • 2:54 - 2:59
    Mas nós temos que reconhecer que há poder no mundo e que nós somos afetados.
  • 2:59 - 3:06
    A outra grande divisão está entre a natureza da realidade social. O liberalismo é o que se chama de "idealista".
  • 3:06 - 3:12
    A realidade social, para eles, é feita de atitudes, de ideias. É uma fenômeno mental.
  • 3:12 - 3:17
    E, portanto, mudanças sociais acontecem através da educação. Através da mudança no pensamento das pessoas.
  • 3:17 - 3:27
    O materialismo, em oposição, no lado radical: a sociedade é organizada por sistemas concretos de poder, não por pensamentos ou ideias. Por instituições materiais.
  • 3:27 - 3:31
    E a solução para a opressão é derrubar esses sistemas tijolo por tijolo.
  • 3:31 - 3:38
    Então, os liberais vão dizer "nós temos que educar, educar, educar", e os radicais vão dizer "na verdade, nós temos que pará-los".
  • 3:38 - 3:42
    Movimentos políticos precisam de educação. Este é um evento educacional, e aqui nós estamos.
  • 3:42 - 3:49
    E você precisa de proselitismo ativo, e os opressores precisam de mecanismos para entender a opressão política, de conscientização.
  • 3:49 - 3:51
    Isso tudo é profundamente importante.
  • 3:51 - 3:58
    Mas para os radicais apenas, isso não muda a realidade social. Porque o mundo não é um estado interno. Não é um estado mental.
  • 3:58 - 4:05
    O ponto da educação é construir um movimento que possa derrubar essas estruturas opressivas e trazer algum tipo de justiça.
  • 4:05 - 4:10
    Se você remover o poder da equação, a opressão parece tão natural quanto voluntária.
  • 4:10 - 4:16
    Se você não enxergar que essas pessoas são formadas por essas condições sociais, como você vai explicar a subordinação?
  • 4:16 - 4:21
    Bom, ou essas pessoas não são humanas, então são naturalmente diferente de nós – por isso não são subordinadas,
  • 4:21 - 4:26
    ou elas estão se voluntariando de alguma forma a ser subordinadas. Essas são as opções que te restam.
  • 4:26 - 4:33
    Por exemplo, raça e gênero são vistos como biológicos. Esses deveriam ser fisicamente reais. Bom eles não são. Eles são politicamente reais, OK?
  • 4:33 - 4:40
    É a subordinação brutal e viciosa que cria essas coisas. Mas é ideológico, e é a ideologia dos poderosos que diz que é biológico.
  • 4:40 - 4:48
    Eles fazem essa afirmação de que isso é biológico, porque como você vai lutar contra deus ou contra a natureza ou contra 4 milhões de anos de evolução? Você não vai, certo?
  • 4:48 - 4:56
    Então, sim, existem diferenças físicas entre pessoas que são do nordeste da Europa e pessoas que vivem no equador, assim como existem diferenças entre machos e fêmeas.
  • 4:56 - 5:04
    Mas essas diferenças apenas existem porque o poder precisa que elas existam. É o poder que cria a ideologia, e é uma combinação brutal e corrupta de poder.
  • 5:04 - 5:10
    Estes são os sistemas injustos que nós vamos ter que desmantelar, e essas são as categorias sociais que nós vamos ter que destruir.
  • 5:10 - 5:15
    Assim como o naturalismo opera a serviço do poder, o voluntarismo também.
  • 5:15 - 5:20
    Se você não vai seguir a rota biológica, tudo o que nos resta é o voluntarismo como conceito.
  • 5:20 - 5:28
    Isso é algo que os liberais não entendem. Com o poder removido da equação, se parecer voluntário, você vai apagar o fato de que é subordinação social.
  • 5:28 - 5:31
    Então aqui está Florynce Kennedy, "Não tem como haver sistema de opressão penetrante sem o consentimento dos oprimidos".
  • 5:31 - 5:39
    90% de qualquer opressão é consensual. É assim que funciona. Não significa que seja sua culpa, não significa que nós sejamos responsáveis,
  • 5:39 - 5:42
    não significa que ela vai se desmoronar de algum jeito se nós retirarmos nosso consentimento.
  • 5:42 - 5:50
    Significa que os poderosos – os capitalistas, os supremacistas brancos, os masculinistas, quem for – não podem se estender contra um vasto número de pessoas com armas 24h por dia.
  • 5:50 - 5:55
    Felizmente para eles, lamentavelmente para nós, eles não precisam.
Title:
Deep Green Resistance - Liberal vs Radical Part 1 of 3
Description:

more » « less
Video Language:
English
Duration:
06:03

Portuguese subtitles

Revisions