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Nublado com chance de alegria

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    Nuvens.
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    Vocês já repararam o quanto
    as pessoas reclamam delas?
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    Elas têm uma má reputação.
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    Se pensarem bem, o idioma inglês
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    tem em si associações
    negativas para as nuvens.
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    Alguém que está deprimido ou para baixo,
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    está sob uma nuvem.
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    E quando há más notícias a vista,
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    há uma nuvem no horizonte.
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    Eu li um artigo esses dias.
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    Era sobre problemas
    com processamento computacional
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    através da Internet.
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    "Uma nuvem sobre a nuvem", foi a manchete.
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    Parece que para todos essa é a metáfora
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    padrão de desgraça e escuridão.
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    Mas eu acho que elas são lindas, não acham?
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    Só que é uma beleza que passa despercebida
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    porque elas são tão onipresentes,
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    tão, não sei, banais,
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    que as pessoas não as notam.
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    Elas não notam a beleza,
    mas elas não notam nem as nuvens
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    a não ser que fiquem no caminho do sol.
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    Então as pessoas veem as nuvens como
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    coisas que ficam no caminho.
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    Elas as veem como empecilhos
    frustrantes e irritantes,
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    e então saem correndo
    para refletir sobre o céu azul
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    (Risos)
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    Mas a maioria das pessoas,
    quando paramos para perguntar,
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    vai admitir ter um estranho tipo
    de carinho pelas nuvens.
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    É como um carinho nostálgico,
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    e elas as lembram de sua infância.
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    Quem aqui não se lembra de pensar, bem,
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    olhando e encontrando formas nas nuvens
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    quando era criança?
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    Sabem, quando eram mestres
    em sonhar acordado?
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    Aristófanes, o antigo dramaturgo grego,
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    ele descreveu as nuvens
    como deusas patronas dos ociosos
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    dois mil e quinhentos anos atrás,
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    e vocês podem ver o que ele quer dizer.
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    É só que nos dias de hoje,
    nós adultos parecemos relutantes
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    em nos permitir a indulgência
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    de apenas deixar nossa imaginação
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    à deriva junto com a brisa,
    e eu acho que é uma pena.
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    Eu acho que talvez devêssemos
    fazer um pouco mais disso.
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    Acho que devíamos estar
    um pouco mais dispostos, talvez,
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    a olhar para a bela visão
    da luz do sol irrompendo
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    por detrás das nuvens
    e pensar, "Espera aí,
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    ali são dois gatos dançando salsa!"
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    (Risos) (Aplausos)
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    Ou a ver a grande, branca
    e fofinha lá em cima
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    sobre o shopping center parece
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    o Abominável Homem das Neves
    indo roubar um banco.
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    (Risos)
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    Elas são como a versão da natureza
    daquelas imagens de mancha de tinta,
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    sabem, que os psiquiatras costumavam
    mostrar a seus pacientes nos anos 60,
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    e eu acho que se vocês considerarem
    as formas que vocês veem nas nuvens,
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    vão economizar
    em contas de psicanálise.
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    Digamos que você está apaixonado. Tudo bem?
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    Você olha para cima e o que você vê?
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    Certo? Ou talvez o contrário.
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    Você acabou de terminar seu relacionamento,
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    e para todo lugar que você olha,
    há casais se beijando.
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    (Risos)
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    Talvez você esteja tendo um momento
    de angústia existencial.
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    Sabe, está pensando
    em sua própria mortalidade.
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    E lá, no horizonte, está a Morte.
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    (Risos)
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    Ou talvez você veja
    uma moça de topless na praia.
  • 3:19 - 3:20
    (Risos)
  • 3:20 - 3:24
    O que isso significaria?
  • 3:24 - 3:29
    O que isso significaria? Não tenho ideia.
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    Mas uma coisa que eu sei é o seguinte:
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    A má publicidade que as nuvens têm
    é totalmente injusta.
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    Acho que devemos lutar por elas,
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    é por isso que, há alguns anos,
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    Iniciei a Sociedade
    de Apreciação das Nuvens.
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    Dezenas de milhares de membros agora
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    em quase 100 países ao redor do mundo.
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    E todas essas fotos que estou mostrando,
  • 3:48 - 3:50
    foram enviadas pelos membros.
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    E a sociedade existe
    para lembrar as pessoas disto:
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    Nuvens não são algo de que reclamar.
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    Longe disso. Elas são, de fato,
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    o aspecto mais diverso,
    sugestivo, poético da natureza.
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    Eu acho que, se vocês viverem
    com a cabeça nas nuvens
  • 4:10 - 4:13
    de vez em quando,
    ajuda a manter os pés no chão.
  • 4:13 - 4:15
    E eu quero mostrar-lhes
    por que, com a ajuda de
  • 4:15 - 4:17
    alguns dos meus tipos favoritos de nuvens.
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    Vamos começar com este. É a nuvem cirrus,
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    o nome vem do latim
    para uma mecha de cabelo.
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    É composta inteiramente de cristais de gelo
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    caindo dos níveis superiores da troposfera,
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    e uma vez que estes cristais de gelo caem,
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    eles passam por diferentes camadas,
    com ventos diferentes
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    e aceleram e desaceleram,
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    dando à nuvem essa aparência pincelada,
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    estas formas pincelada conhecidas
    como faixas de queda.
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    E esses ventos lá em cima
    podem ser muito, muito violentos.
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    Eles podem atingir de 320 a 480 km/h.
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    Essas nuvens estão correndo junto,
  • 4:44 - 4:46
    mas daqui de baixo,
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    elas parecem estar se movendo
    graciosamente, lentamente,
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    como a maioria das nuvens.
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    Portanto, entrar em sintonia
    com as nuvens é desacelerar,
  • 4:55 - 4:57
    acalmar-se.
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    É como um pouco
    de meditação todos os dias.
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    Essas são nuvens comuns.
  • 5:01 - 5:03
    E que tal mais raras, como as lenticulares,
  • 5:03 - 5:06
    a nuvem lenticular em formato de OVNI?
  • 5:06 - 5:08
    Essas nuvens se formam
    em regiões de montanhas.
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    Quando o vento passa, sobe
    para passar por cima da montanha,
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    ele pode ir por um caminho ondulado
    no sotavento do pico,
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    com estas nuvens pairando na crista
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    destas ondas de ar estacionárias e invisíveis,
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    estas formas de disco voador,
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    e algumas das primeiras fotos
    em preto e branco de OVNIs
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    são na verdade
    nuvens lenticulares. É verdade.
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    Um pouco mais raros
    são os 'skypunches'. Certo?
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    Isso é quando uma camada é feita de gotículas
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    muito frias de água e em uma região
    que começa a congelar
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    e esse congelamento desencadeia
    uma reação que se espalha para fora
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    com os cristais de gelo
    em cascata caindo abaixo,
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    dando a aparência de tentáculos
    de água-viva abaixo.
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    Mais raras ainda, as nuvens Kelvin-Helmholtz.
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    Não é um nome muito sagaz.
    Precisa de um novo.
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    Esta parece ser uma série de ondas quebrando,
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    e é causada por ventos de cisalhamento --
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    o vento acima da camada de nuvens
    e abaixo da camada de nuvens
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    diferem de forma significativa,
    e no meio, entre eles,
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    você tem esse ar ondulante,
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    e se a diferença nessas velocidades for certa,
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    os topos das ondulações se enrolam
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    nesses vórtices como ondas quebrando.
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    Certo. Essas são nuvens
    mais raras que a cirrus,
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    mas elas não são tão raras.
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    Se vocês olharem para cima,
    e prestarem atenção no céu,
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    vocês vão vê-las mais cedo ou mais tarde,
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    talvez não tão dramáticas como essas,
    mas vocês vão vê-las.
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    E vão vê-las por onde vocês moram.
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    As nuvens são as exposições
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    mais igualitárias da natureza,
    porque todos nós temos
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    uma vista boa e fantástica do céu.
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    E essas nuvens, essas nuvens mais raras,
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    lembram-nos que o exótico
    pode ser encontrado no cotidiano.
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    Nada é mais satisfatório, mais estimulante
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    para uma mente ativa, questionadora
    do que ser surpreendida,
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    ser maravilhada. É por isso
    que estamos todos aqui no TED, certo?
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    Mas você não precisa correr
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    para longe do familiar, cruzar o mundo
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    para ser surpreendido.
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    Você só precisa dar um passo para fora,
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    prestar atenção ao que é
    tão banal, tão comum,
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    tão mundano que ninguém vê.
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    Uma nuvem que as pessoas
    quase sempre veem é esta:
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    a nuvem de tempestade cumulonimbus.
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    É a que produz raios, trovões e granizo.
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    Estas nuvens se espalham
    lá em cima no formato
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    de uma bigorna enorme
    se estendendo por 16 km na atmorfera.
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    Eles são uma expressão
    da arquitetura majestosa
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    de nossa atmosfera.
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    Mas daqui de baixo,
    elas são a personificação
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    da força e energia elementais e poderosas
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    que comandam nossa atmosfera.
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    Estar lá é estar conectado na chuva
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    e no granizo, sentir-se
    conectado à nossa atmosfera.
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    É ser lembrado que somos criaturas
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    que habitam neste oceano de ar.
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    Não vivemos sob o céu.
    Nós vivemos dentro dele.
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    E essa ligação, essa ligação visceral
    com nossa atmosfera
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    me parece um antídoto.
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    É um antídoto para a crescente
    tendência que temos
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    de sentir que podemos
    realmente vivenciar a vida
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    vendo-a numa tela de computador, sabem,
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    quando estamos em uma zona de wi-fi.
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    Mas aquela nuvem que melhor expressa
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    por que observar as nuvens
    é mais valioso hoje do que nunca
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    é esta, a nuvem cumulus.
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    Certo? Ela se forma num dia ensolarado.
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    Se vocês fecharem os olhos
    e pensarem em uma nuvem,
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    provavelmente é uma dessas que vem à mente.
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    Todas aquelas formas de nuvem, no início,
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    aquelas eram nuvens cumulus.
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    Os contornos nítidos e limpos dessa formação
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    tornam-na a melhor para encontrar formas.
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    E isso nos lembra
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    da natureza sem propósito
    de observar nuvens,
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    que atividade sem propósito que é.
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    Você não vai mudar o mundo
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    deitando de costas
    e olhando para o céu, não é?
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    É inútil. É uma atividade inútil,
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    que é precisamente
    por que é tão importante.
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    O mundo digital conspira
    para nos fazer sentir
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    eternamente ocupados,
    permanentemente ocupados.
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    Sabem, quando não estamo lidando com
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    as pressões tradicionais do trabalho
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    e colocar comida na mesa, criar uma família,
  • 9:13 - 9:15
    escrever cartas de agradecimento,
  • 9:15 - 9:18
    agora você tem que lutar para
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    responder a uma montanha
    de e-mails não respondidos,
  • 9:22 - 9:23
    atualizar sua página no Facebook,
  • 9:23 - 9:26
    atualizar seu Twitter.
  • 9:26 - 9:30
    E observar nuvens torna o ócio legítimo.
  • 9:30 - 9:32
    (Risos)
  • 9:32 - 9:34
    E às vezes nós precisamos --
  • 9:34 - 9:40
    (Aplausos)
  • 9:40 - 9:44
    Às vezes precisamos
    de desculpas para não fazer nada.
  • 9:44 - 9:46
    Precisamos ser lembrados
  • 9:46 - 9:50
    por essas deusas patronas dos ociosos
  • 9:50 - 9:53
    que reduzir o ritmo
  • 9:53 - 9:57
    e estar no presente e não pensar
  • 9:57 - 10:00
    no que você tem que fazer
    e o que você devia ter feito,
  • 10:00 - 10:03
    mas só estar aqui, deixar a sua imaginação
  • 10:03 - 10:05
    levantar-se das preocupações diárias
  • 10:05 - 10:08
    e apenas estar no presente, é bom para você,
  • 10:08 - 10:10
    é bom para a jeito como você se sente.
  • 10:10 - 10:14
    É bom para suas ideias.
    É bom para a sua criatividade.
  • 10:14 - 10:17
    É bom para a sua alma.
  • 10:17 - 10:20
    Então continuem olhando para cima,
  • 10:20 - 10:23
    maravilhem-se com a beleza efêmera,
  • 10:23 - 10:26
    e lembrem-se sempre de viver a vida
    com a cabeça nas nuvens.
  • 10:26 - 10:27
    Muito obrigado.
  • 10:27 - 10:33
    (Aplausos)
Title:
Nublado com chance de alegria
Speaker:
Gavin Pretor-Pinney
Description:

Você não precisa planejar uma viagem exótica para encontrar inspiração criativa. Basta olhar para cima, diz Gavin Pretor-Pinney, fundador da Sociedade da Apreciação das Nuvens. Enquanto compartilha fotos encantadoras da mais fina arquitetura aérea da natureza, Pretor-Pinney lança um chamado para todos nós sairmos um pouco da correria digital, relaxarmos e admirarmos a beleza do céu.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
10:54
  • Tome cuidado para não dessincronizar as legendas ao usar o antigo editor.
    Sempre assista ao vídeo antes de submeter o trabalho.

  • Eu assisti ao vídeo e ele estava todo dessincronizado, por esta razão fiz as correções. Será que está havendo algum problema na central que exibe os vídeos ou alguma incompatibilidade?

Portuguese, Brazilian subtitles

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