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A boa notícia sobre a TPM

  • 0:01 - 0:05
    Quantas pessoas aqui
    já ouviram falar sobre TPM?
  • 0:05 - 0:07
    Todo mundo, certo?
  • 0:07 - 0:09
    Todos sabem que as mulheres
    enlouquecem um pouco
  • 0:09 - 0:12
    antes de ficarem menstruadas.
  • 0:12 - 0:16
    Que o ciclo menstrual coloca-nas
    numa inevitável montanha-russa emocional
  • 0:16 - 0:19
    de irracionalidade e irritabilidade.
  • 0:19 - 0:21
    Há um consenso geral,
  • 0:21 - 0:26
    de que as oscilações nos hormônios
    reprodutivos causam emoções extremas
  • 0:26 - 0:29
    e de que a grande maioria
    das mulheres são afetadas por eles.
  • 0:29 - 0:32
    Bem, estou aqui para dizer
    que as evidências científicas indicam
  • 0:32 - 0:35
    que nenhuma dessas
    hipóteses são verdadeiras.
  • 0:35 - 0:38
    Estou aqui para dar
    a boa notícia sobre a TPM.
  • 0:39 - 0:42
    Mas, primeiro, vamos dar uma olhada
    em como a ideia da TPM está firmemente
  • 0:42 - 0:45
    enraizada na cultura americana.
  • 0:45 - 0:48
    Se você observar
    os artigos de jornais ou revistas,
  • 0:48 - 0:53
    verá como é amplamente presumido
    que todos ficam com TPM.
  • 0:53 - 0:58
    Em um artigo da revista Redbook
    intitulado "Você: Livre da TPM",
  • 0:58 - 1:04
    os leitores eram informados que entre 80
    e 90% das mulheres sofrem de TPM.
  • 1:04 - 1:06
    A revista L.A. Muscle
    alertou seus leitores,
  • 1:06 - 1:10
    que entre 40 e 50% das mulheres
    sofrem de TPM
  • 1:10 - 1:14
    que isso desempenha um papel importante
    na saúde mental e física das mulheres.
  • 1:14 - 1:17
    Há alguns anos, até o Wall Street Journal
  • 1:17 - 1:20
    publicou um artigo sobre o cálcio
    como tratamento para a TPM,
  • 1:20 - 1:22
    perguntando às suas leitoras:
  • 1:22 - 1:25
    "Vocês se transformam em bruxas
    todos os meses?".
  • 1:25 - 1:29
    A partir destes artigos, você pode achar
    que deve haver uma montanha de pesquisas
  • 1:29 - 1:33
    verificando a natureza difundida da TPM.
  • 1:33 - 1:36
    Porém, após cinco décadas de pesquisas,
  • 1:36 - 1:40
    não há um forte consenso
    sobre a definição, a causa,
  • 1:40 - 1:44
    o tratamento ou mesmo a existência da TPM.
  • 1:44 - 1:47
    Como é geralmente
    definida pelos psicólogos,
  • 1:47 - 1:52
    a TPM envolve comportamento negativo,
    sintomas físicos e cognitivos,
  • 1:52 - 1:55
    do momento da ovulação até a menstruação.
  • 1:55 - 1:57
    Mas, aqui é que fica complicado.
  • 1:57 - 2:03
    Mais de 150 sintomas diferentes
    são usados para diagnosticar a TPM
  • 2:03 - 2:04
    e aqui estão alguns deles.
  • 2:04 - 2:07
    [Sintomas da TPM]
    Agora, quero deixar claro,
  • 2:07 - 2:10
    não estou dizendo que as mulheres
    não tenham alguns desses sintomas.
  • 2:10 - 2:13
    O que estou dizendo
    é que ter algum desses sintomas
  • 2:13 - 2:16
    não caracteriza um transtorno mental,
  • 2:16 - 2:19
    e quando os psicólogos
    aparecem com um transtorno,
  • 2:19 - 2:21
    que é vagamente definido,
  • 2:21 - 2:25
    o rótulo, no fim das contas,
    torna-se sem sentido.
  • 2:25 - 2:28
    Com uma lista de sintomas
    tão longa e ampla como esta,
  • 2:28 - 2:30
    eu poderia ter TPM, você poderia ter TPM,
  • 2:30 - 2:33
    o rapaz na terceira fila,
    aqui, poderia ter TPM,
  • 2:33 - 2:36
    meu cachorro poderia ter TPM.
    (Risos)
  • 2:36 - 2:39
    Alguns pesquisadores dizem
    que você precisa ter cinco sintomas.
  • 2:39 - 2:40
    Outros, dizem três.
  • 2:40 - 2:43
    Outros pesquisadores dizem
    que os sintomas só são válidos
  • 2:43 - 2:45
    se eles estiverem
    realmente te incomodando,
  • 2:45 - 2:49
    mas outros dizem que sintomas
    menores têm a mesma importância.
  • 2:49 - 2:52
    Por muitos anos, porque não havia
    uma padronização
  • 2:52 - 2:54
    na definição da TPM,
  • 2:54 - 2:57
    quando os psicólogos tentavam
    relatar as taxas de prevalência,
  • 2:57 - 3:02
    as estimativas variavam
    de cinco a 97% das mulheres.
  • 3:02 - 3:08
    Então, ao mesmo tempo,
    todos e ninguém tinham TPM.
  • 3:08 - 3:14
    No geral, os pontos fracos nos métodos
    de pesquisa sobre a TPM são consideráveis.
  • 3:14 - 3:20
    Vários estudos pediram às mulheres para
    relatar os sintomas retrospectivamente,
  • 3:20 - 3:23
    olhando para o passado
    e confiando na memória,
  • 3:23 - 3:26
    que é conhecida por inflar
    os relatos de TPM,
  • 3:26 - 3:29
    comparado ao que é chamado
    de relatório prospectivo,
  • 3:29 - 3:32
    que se refere a manter
    um registro diário de sintomas
  • 3:32 - 3:34
    por, pelo menos, dois meses consecutivos.
  • 3:34 - 3:39
    Vários estudos também focavam apenas
    em mulheres brancas, de classe média,
  • 3:39 - 3:43
    o que torna problemático aplicar
    os resultados para todas as mulheres.
  • 3:43 - 3:48
    Sabemos que há um forte componente
    cultural relacionado à crença na TPM,
  • 3:48 - 3:51
    já que quase não se ouve falar
    dela fora das nações ocidentais.
  • 3:51 - 3:55
    Vários estudos falharam
    ao usar grupos de controle.
  • 3:55 - 3:58
    Se quisermos entender
    as características específicas
  • 3:58 - 4:00
    das mulheres que têm TPM,
  • 4:00 - 4:04
    precisamos ser capazes de compará-las
    às mulheres que não têm TPM.
  • 4:04 - 4:07
    E, finalmente, vários tipos
    de questionários diferentes foram usados
  • 4:07 - 4:11
    para diagnosticar a TPM,
    focando em diferentes sintomas,
  • 4:11 - 4:14
    duração dos sintomas e gravidade.
  • 4:14 - 4:17
    Para fazer uma pesquisa confiável
    em qualquer condição,
  • 4:17 - 4:20
    os cientistas devem concordar
    sobre as características específicas
  • 4:20 - 4:22
    que componham essa condição,
  • 4:22 - 4:24
    então estarão falando sobre a mesma coisa
  • 4:24 - 4:27
    e este não tem sido o caso com a TPM.
  • 4:27 - 4:29
    No entanto, em 1994,
  • 4:29 - 4:33
    o Manual Diagnóstico e Estatístico
    de Transtornos Mentais,
  • 4:33 - 4:35
    conhecido como DSM, felizmente,
  • 4:35 - 4:39
    é também o manual
    para os profissionais da saúde mental,
  • 4:39 - 4:43
    redefiniu a TPM para TDPM,
  • 4:43 - 4:46
    Transtorno Disfórico Pré-Menstrual.
  • 4:46 - 4:52
    A disforia refere-se ao sentimento
    de agitação ou inquietude.
  • 4:52 - 4:56
    E, de acordo com essas novas
    diretrizes do DSM,
  • 4:56 - 4:59
    na maioria dos ciclos menstruais
    no ano passado,
  • 4:59 - 5:02
    pelo menos cinco
    de 11 possíveis sintomas
  • 5:02 - 5:06
    devem aparecer na semana anterior
    ao início da menstruação;
  • 5:06 - 5:09
    os sintomas devem melhorar
    assim que a menstruação comece;
  • 5:09 - 5:14
    e os sintomas devem desaparecer
    na semana seguinte ao fim da menstruação.
  • 5:15 - 5:18
    Um desses sintomas deve ser
    um desta lista de quatro:
  • 5:18 - 5:24
    mudanças de humor notórias,
    irritabilidade, ansiedade ou depressão.
  • 5:24 - 5:26
    Os outros sintomas podem
    vir do primeiro slide
  • 5:26 - 5:29
    ou daqueles no segundo slide,
  • 5:29 - 5:31
    incluindo sintomas, como
    sensação de perda de controle
  • 5:31 - 5:35
    e alterações no sono e apetite.
  • 5:35 - 5:39
    O DSM também exige agora que os sintomas
  • 5:39 - 5:43
    devam estar associados
    ao sofrimento clinicamente significativo;
  • 5:43 - 5:46
    deve haver algum tipo
    de alteração no trabalho,
  • 5:46 - 5:49
    escola, ou relações sociais.
  • 5:49 - 5:52
    E os sintomas e a gravidade deles
    devem ser agora documentados
  • 5:52 - 5:56
    em um registro diário por,
    pelo menos, dois ciclos seguidos.
  • 5:56 - 6:00
    E, finalmente, o DSM exigiu
    que o distúrbio emocional
  • 6:00 - 6:06
    deva ser mais do que só uma exacerbação
    de um transtorno já existente.
  • 6:06 - 6:09
    Então, cientificamente falando,
    isso é um avanço.
  • 6:09 - 6:11
    Temos agora um número
    reduzido de sintomas,
  • 6:11 - 6:15
    e um alto impacto no funcionamento,
    o que é necessário,
  • 6:15 - 6:20
    e a descrição e duração dos sintomas
    tornaram-se bem específicas.
  • 6:20 - 6:23
    Bem, usando este critério
  • 6:23 - 6:25
    e olhando para a maioria
    dos estudos recentes,
  • 6:25 - 6:27
    vemos que, na média,
  • 6:27 - 6:33
    de três a oito por cento
    das mulheres sofrem de TDPM.
  • 6:33 - 6:35
    Nem todas as mulheres,
    nem a maioria delas,
  • 6:35 - 6:38
    nem mesmo um monte de mulheres:
  • 6:38 - 6:41
    de três a oito por cento.
  • 6:41 - 6:46
    Para todas as outras variáveis,
    como eventos estressantes, felizes
  • 6:46 - 6:48
    ou mesmo o dia da semana,
  • 6:48 - 6:52
    são indicadores mais poderosos do humor
    do que o período do mês,
  • 6:52 - 6:55
    e esta é uma informação
    que a comunidade científica tem
  • 6:55 - 6:57
    desde os anos 1990.
  • 6:57 - 7:00
    Em 2002, meus colegas e eu
    publicamos um artigo
  • 7:00 - 7:03
    descrevendo a pesquisa
    sobre a TPM e o TDPM,
  • 7:03 - 7:07
    e vários artigos similares apareceram
    nas revistas de psicologia.
  • 7:07 - 7:12
    A questão é: "Por que estas informações
    não chegaram até o público?".
  • 7:12 - 7:15
    "Por que estes mitos persistem?"
  • 7:15 - 7:18
    Bem, certamente o ataque de mensagens
    que as mulheres recebem
  • 7:18 - 7:24
    de livros, TV, filmes, internet,
    de que todo mundo tem TPM
  • 7:24 - 7:27
    percorre um longo caminho
    para convencê-las de que isso é verdade.
  • 7:27 - 7:32
    As pesquisas dizem que quanto mais
    a mulher acredita que todos têm TPM,
  • 7:32 - 7:36
    maior a chance dela relatar
    erroneamente que ela tem.
  • 7:36 - 7:39
    Deixe-me contar o que eu
    quero dizer com "erroneamente".
  • 7:39 - 7:41
    Você pode perguntar a ela:
    "Você tem TPM?",
  • 7:41 - 7:43
    e ela diz: "Tenho.",
  • 7:43 - 7:45
    mas então, quando você
    observa o registro diário dela
  • 7:45 - 7:47
    de sintomas psicológicos por dois meses,
  • 7:47 - 7:51
    não há correlação entre os sintomas
  • 7:51 - 7:52
    e o período do mês.
  • 7:53 - 7:57
    Outra razão para a persistência
    do mito da TPM
  • 7:57 - 8:01
    tem a ver com as limitações
    do papel feminino.
  • 8:01 - 8:03
    Psicólogos feministas como Joan Chrisler
  • 8:03 - 8:07
    sugerem que assumir o rótulo da TPM
  • 8:07 - 8:13
    permite às mulheres expressarem emoções
    que poderiam ser consideradas grosseiras.
  • 8:13 - 8:16
    A definição universal de uma boa mulher
  • 8:16 - 8:20
    é aquela que é feliz, amável,
    que se importa com os outros
  • 8:20 - 8:23
    e tem grande satisfação por esse papel.
  • 8:23 - 8:28
    Bem, a TPM virou uma permissão
    para ter raiva, reclamar, ficar irritada,
  • 8:28 - 8:31
    sem perder o título de boa mulher.
  • 8:31 - 8:35
    Sabemos que as variáveis
    no ambiente da mulher
  • 8:35 - 8:39
    são muito mais prováveis causadoras
    da raiva do que seus hormônios,
  • 8:39 - 8:42
    mas quando ela atribui
    a raiva aos hormônios,
  • 8:42 - 8:44
    ela é absolvida
    da responsabilidade ou crítica.
  • 8:44 - 8:48
    "Olha, ela não é assim.
    Está fora de controle."
  • 8:48 - 8:54
    Embora isto possa ser uma ferramenta útil,
    também invalida as emoções das mulheres.
  • 8:54 - 8:57
    Quando as pessoas reagem à raiva da mulher
  • 8:57 - 9:00
    com o pensamento: "Não, isso é só
    o período do mês.",
  • 9:00 - 9:06
    a chance dela ser levada a sério
    ou mesmo mudar fica comprometida.
  • 9:06 - 9:09
    Então, quem mais se beneficia
    do mito da TPM?
  • 9:09 - 9:12
    Bem, eu posso dizer
    que o tratamento da TPM
  • 9:12 - 9:16
    tornou-se uma indústria
    próspera e rentável.
  • 9:16 - 9:23
    O amazon.com tem mais de 1.900 livros
    sobre o tratamento da TPM.
  • 9:23 - 9:25
    Uma rápida busca no Google
    trará uma abundância
  • 9:25 - 9:29
    de clínicas, workshops e seminários.
  • 9:29 - 9:32
    Fontes respeitáveis da internet
    de informação médica,
  • 9:32 - 9:37
    como o WebMD ou o Mayo Clinic,
    listam a TPM como um transtorno conhecido.
  • 9:37 - 9:39
    Não é um transtorno conhecido,
    mas está lá.
  • 9:39 - 9:43
    E eles também listam os remédios
    que têm sido prescritos para tratá-la,
  • 9:43 - 9:46
    como antidepressivos ou hormônios.
  • 9:46 - 9:52
    Interessante, no entanto, é que ambos
    os sites dizem que o sucesso dos remédios
  • 9:52 - 9:56
    no tratamento dos sintomas da TPM
    variam de mulher para mulher.
  • 9:56 - 9:58
    Bem, isso não faz sentido.
  • 9:58 - 10:00
    Se você tem um transtorno específico
    com uma causa específica,
  • 10:00 - 10:02
    como deveria ser o caso da TPM,
  • 10:02 - 10:06
    então o tratamento deveria trazer
    uma melhora para a maioria das mulheres.
  • 10:06 - 10:09
    Este não tem sido o caso
    com estes tratamentos,
  • 10:09 - 10:13
    e as normas da FDA dizem
    que para uma droga ser considerada eficaz,
  • 10:13 - 10:15
    uma grande parte da população-alvo
  • 10:15 - 10:18
    deve ter uma melhora
    clínica significativa.
  • 10:18 - 10:22
    Então, não tivemos essas melhoras
    como esses pseudotratamentos.
  • 10:22 - 10:26
    Porém, o ganho financeiro
    com a perpetuação do mito
  • 10:26 - 10:29
    de que a TPM é um transtorno mental comum
  • 10:29 - 10:33
    e é tratável é considerável.
  • 10:33 - 10:37
    Quando são prescritas drogas,
    como antidepressivos ou hormônios,
  • 10:37 - 10:42
    o protocolo médico exige que elas tenham
    acompanhamento médico a cada três meses.
  • 10:42 - 10:44
    Isso é um monte de visitas ao médico.
  • 10:44 - 10:46
    A indústria farmacêutica
    obtém lucros incalculáveis
  • 10:46 - 10:50
    quando as mulheres são convencidas
    a tomar os remédios prescritos
  • 10:50 - 10:53
    por toda a sua vida fértil.
  • 10:53 - 10:56
    Drogas que não necessitam
    de prescrição, como o Midol,
  • 10:56 - 11:00
    afirmam tratar os sintomas da TPM,
    como a tensão e a irritabilidade,
  • 11:00 - 11:04
    apesar de conter apenas
    diurético, analgésico
  • 11:04 - 11:06
    e cafeína.
  • 11:06 - 11:10
    Agora, longe de querer discordar
    dos poderes mágicos da cafeína,
  • 11:10 - 11:13
    mas eu não acho que reduzir
    a tensão seja um deles.
  • 11:14 - 11:21
    Desde 2002, o Midol comercializa
    um Teen Midol para adolescentes.
  • 11:21 - 11:23
    Ele é destinado a meninas bem jovens,
  • 11:23 - 11:28
    as convencem que todo mundo tem TPM
    e ela as transformarão em monstros,
  • 11:28 - 11:30
    mas espere, há algo que você pode fazer:
  • 11:30 - 11:33
    "Tome Midol e você será
    um ser humano novamente."
  • 11:33 - 11:39
    Em 2013, o Midol obteve US$ 48 milhões
    na receita de vendas.
  • 11:39 - 11:44
    Enquanto a perpetuação do mito da TPM
    tem sido lucrativa para alguns,
  • 11:44 - 11:48
    ela traz algumas consequências
    graves para as mulheres.
  • 11:48 - 11:51
    Primeiro, ela contribui para a medicação
  • 11:51 - 11:54
    de mulheres saudáveis.
  • 11:54 - 11:57
    A área médica tem uma longa
    história em conceituar
  • 11:57 - 12:02
    o processo reprodutivo das mulheres
    como uma doença que exige tratamento,
  • 12:02 - 12:06
    e isto tem um custo,
    incluindo cesáreas em excesso,
  • 12:06 - 12:09
    histerectomias e prescrições
    para tratamentos hormonais
  • 12:09 - 12:13
    que têm prejudicado,
    em vez de melhorar a saúde da mulher.
  • 12:14 - 12:19
    Depois, o mito da TPM também contribui
    para o estereótipo da mulher
  • 12:19 - 12:22
    como um ser irracional e hipersensível.
  • 12:22 - 12:26
    Quando o ciclo menstrual é descrito
    como uma montanha-russa hormonal
  • 12:26 - 12:28
    que transforma as mulheres
    em bestas selvagens,
  • 12:28 - 12:33
    torna-se fácil questionar
    a competência delas.
  • 12:33 - 12:36
    As mulheres fizeram progressos enormes
    no ambiente de trabalho,
  • 12:36 - 12:40
    mas ainda há um pequeno número
    delas no alto escalão
  • 12:40 - 12:42
    de áreas, como o governo e empresas,
  • 12:42 - 12:47
    e quando pensamos em quem seria
    um bom diretor executivo ou senador,
  • 12:47 - 12:52
    alguém que tenha qualidades,
    como racionalidade, firmeza e competência
  • 12:52 - 12:54
    vêm à mente,
  • 12:54 - 12:58
    e em nossa cultura, isto lembra
    mais um homem do que uma mulher,
  • 12:58 - 13:01
    e o mito da TPM contribui para isso.
  • 13:01 - 13:04
    Os psicólogos sabem que o humor
    de homens e mulheres
  • 13:04 - 13:07
    são mais parecidos do que diferentes.
  • 13:07 - 13:11
    Um estudo acompanhou homens
    e mulheres de quatro a seis meses,
  • 13:11 - 13:14
    e descobriu que o número de mudanças
    no humor que eles sentiram,
  • 13:14 - 13:18
    e a gravidade dessas mudanças
    não eram tão diferentes.
  • 13:19 - 13:22
    E, finalmente, o mito da TPM
    poupam as mulheres de lidar
  • 13:22 - 13:26
    com os problemas reais,
    causando-lhes transtornos emocionais.
  • 13:26 - 13:31
    Problemas individuais, como qualidade
    das relações, condições de trabalho;
  • 13:31 - 13:35
    questões sociais, como racismo,
    sexismo ou a pobreza
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    estão fortemente relacionados
    ao humor diário.
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    Varrer as emoções
    para debaixo do tapete da TPM
  • 13:42 - 13:46
    evita que as mulheres entendam
    qual é a fonte das emoções negativas,
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    mas nega também a oportunidade
    de tomar alguma atitude para mudá-las.
  • 13:52 - 13:54
    Então, a boa notícia sobre a TPM
  • 13:54 - 13:59
    é que, enquanto algumas mulheres
    têm sintomas devido ao ciclo menstrual,
  • 13:59 - 14:03
    a grande maioria não tem
    transtorno mental.
  • 14:03 - 14:06
    Elas trabalham, vão à escola
    e cuidam de suas famílias
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    de modo normal.
  • 14:08 - 14:12
    Sabemos que as emoções e humores
    de homens e mulheres
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    são mais parecidos do que diferentes,
  • 14:13 - 14:19
    vamos nos livrar do velho e cansativo mito
    da TPM que vê as mulheres como bruxas,
  • 14:19 - 14:24
    e abraçar a realidade da alta
    capacidade emocional e profissional
  • 14:24 - 14:27
    que a grande maioria das mulheres
    vivem todos os dias.
  • 14:27 - 14:29
    Obrigada.
  • 14:29 - 14:32
    (Aplausos)
Title:
A boa notícia sobre a TPM
Speaker:
Robyn Stein Deluca
Description:

Todo mundo sabe que a maioria das mulheres enlouquecem um pouco antes de ficarem menstruadas, que os hormônios reprodutivos fazem com que suas emoções variem drasticamente. Porém, há pouco consenso científico sobre a síndrome pré-menstrual. "A ciência não concorda sobre a definição, causa, tratamento ou mesmo a existência da TPM", diz a psicóloga Robyn Stein Deluca. Ela explora o que sabemos e o que não sabemos sobre isso, e porque este mito popular tem persistido.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
14:44

Portuguese, Brazilian subtitles

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