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Não merecemos todos uma oportunidade para uma boa vida?

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    Eu quero partilhar com vocês
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    o que tenho vivido nos últimos cinco anos
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    tendo o privilégio de viajar
  • 0:07 - 0:10
    para muitos dos países
    mais pobres do mundo.
  • 0:10 - 0:13
    Este cenário é um que vejo
    constantemente, por toda a parte.
  • 0:14 - 0:17
    Estas crianças estão a olhar
    para um Smartphone.
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    O Smartphone tem um enorme impacto
    mesmo nos países mais pobres.
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    Eu disse à minha equipa:
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    "O que eu vejo é um aumento
    nas aspirações em todo o mundo".
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    De facto, parece-me que há
    uma convergência de aspirações
  • 0:31 - 0:34
    e pedi a uma equipa de economistas
    para analisar isto.
  • 0:34 - 0:36
    Será verdade?
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    Estão as aspirações
    a convergir em todo o mundo?
  • 0:39 - 0:43
    Eles analisaram inquéritos da Gallup
    sobre a satisfação com a vida
  • 0:43 - 0:47
    e concluíram que,
    se tiverem acesso à Internet,
  • 0:47 - 0:49
    a vossa satisfação aumenta.
  • 0:49 - 0:52
    Mas acontece outra coisa muito importante:
  • 0:52 - 0:54
    o vosso ordenado de referência,
  • 0:54 - 0:57
    aquele que comparam com o vosso,
  • 0:57 - 0:58
    também aumenta.
  • 0:58 - 1:02
    No entanto, se o ordenado
    de referência nacional, por exemplo,
  • 1:02 - 1:03
    aumentar em 10%,
  • 1:03 - 1:06
    ao compararem esse ordenado
    com o exterior,
  • 1:06 - 1:08
    em média,
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    o ordenado dessas pessoas
    tem que aumentar pelo menos 5%
  • 1:11 - 1:13
    para manter o mesmo nível de satisfação.
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    Mas quando observamos os percentis
    de ordenados mais baixos,
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    esses têm que aumentar muito mais.
  • 1:20 - 1:22
    Se o ordenado de referência aumentar 10%,
  • 1:22 - 1:24
    ele tem que aumentar cerca de 20%.
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    Com este aumento das aspirações,
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    a questão fundamental é:
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    Será que vamos ter uma situação
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    em que as aspirações
    estão ligadas às oportunidades
  • 1:32 - 1:35
    e ganhamos dinamismo
    e crescimento económico
  • 1:35 - 1:39
    como o que aconteceu
    no país onde nasci, a Coreia?
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    Ou será que as aspirações
    vão resultar em frustração?
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    Esta é uma preocupação real,
    visto que, entre 2012 e 2015,
  • 1:48 - 1:52
    os incidentes terroristas
    aumentaram em 74%.
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    O número de mortes resultantes
    de terrorismo aumentou em 150%.
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    Neste momento,
    dois mil milhões de pessoas
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    vivem em situações de fragilidade,
    conflito e violência,
  • 2:01 - 2:06
    e até 2030, mais de 60%
    da população pobre no mundo
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    irá viver nas mesmas situações
    de fragilidade, conflito e violência.
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    Portanto, o que fazer
    para satisfazer estas aspirações?
  • 2:13 - 2:14
    Haverá novas maneiras de pensar
  • 2:14 - 2:17
    para conseguir satisfazer
    essas aspirações?
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    Porque, se não conseguirmos,
    eu ficarei extremamente preocupado.
  • 2:21 - 2:25
    As aspirações estão a aumentar mais
    do que nunca, devido ao acesso à internet.
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    Toda a gente sabe como toda a gente vive.
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    Será que a nossa capacidade
    de satisfazer essas aspirações
  • 2:30 - 2:32
    também aumentará?
  • 2:32 - 2:33
    Para entrar em pormenores,
  • 2:34 - 2:36
    quero partilhar a minha história pessoal.
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    Esta não é a minha mãe
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    mas, durante a Guerra da Coreia,
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    a minha mãe levou a sua irmã,
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    a sua irmã mais nova, às costas,
  • 2:44 - 2:47
    e caminhou pelo menos parte do caminho
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    para fugir de Seoul
    durante a Guerra da Coreia.
  • 2:50 - 2:53
    Graças a uma série de milagres,
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    ambos os meus pais receberam bolsas
    para irem para Nova Iorque.
  • 2:58 - 3:02
    Conheceram-se em Nova Iorque
    e casaram-se em Nova Iorque.
  • 3:02 - 3:04
    O meu pai também era refugiado.
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    Aos 19 anos de idade, deixou
    a família que vivia no norte do país,
  • 3:09 - 3:10
    escapou pela fronteira
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    e nunca mais viu a família.
  • 3:13 - 3:16
    Depois de casados,
    viviam em Nova Iorque,
  • 3:16 - 3:19
    o meu pai era empregado
    no restaurante Patricia Murphy's.
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    As aspirações deles aumentaram.
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    Aperceberam-se o que era viver
    num sítio como Nova Iorque
  • 3:25 - 3:26
    nos anos 50.
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    Entretanto o meu irmão nasceu
    e eles voltaram para Coreia.
  • 3:31 - 3:35
    Nós tínhamos uma vida ideal,
    na minha memória,
  • 3:35 - 3:37
    mas a Coreia naquela altura
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    era um dos países mais pobres do mundo
  • 3:41 - 3:42
    e havia perturbações políticas.
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    Na altura, havia manifestações
    constantemente na minha rua,
  • 3:45 - 3:50
    estudantes protestavam
    contra o governo militar.
  • 3:51 - 3:52
    E na época,
  • 3:53 - 3:56
    as aspirações do Grupo do Banco Mundial,
    a organização que lidero agora,
  • 3:56 - 3:59
    eram extremamente baixas para a Coreia.
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    A ideia deles era que a Coreia iria ter
    dificuldade, sem ajuda estrangeira,
  • 4:03 - 4:07
    de dar ao seu povo mais
    do que as condições básicas de vida.
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    A situação na Coreia
    era uma situação difícil.
  • 4:11 - 4:14
    Os meus pais tinham visto
    como era a vida nos EUA.
  • 4:14 - 4:16
    Tinham-se casado lá.
    O meu irmão nascera lá.
  • 4:16 - 4:20
    Eles sentiram que,
    para nos darem a oportunidade
  • 4:20 - 4:22
    de satisfazer as aspirações
    que eles tinham para nós,
  • 4:22 - 4:25
    tínhamos que voltar para os EUA.
  • 4:26 - 4:27
    E voltámos.
  • 4:27 - 4:28
    Primeiro fomos para Dallas.
  • 4:28 - 4:31
    O meu pai fez de novo o curso
    de medicina dentária.
  • 4:31 - 4:34
    E acabámos por nos mudar para o Iowa.
  • 4:34 - 4:36
    Crescemos no Iowa
  • 4:36 - 4:39
    e no Iowa fizemos a escola toda.
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    Eu fiz o ensino secundário
    e a universidade.
  • 4:41 - 4:46
    Um dia, algo que nunca vou esquecer,
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    o meu pai foi-me buscar à universidade
    após o meu segundo ano
  • 4:51 - 4:52
    e, enquanto conduzia, disse:
  • 4:52 - 4:54
    "Jim, quais são as tuas aspirações?
  • 4:54 - 4:57
    "O que queres estudar?
    O que queres fazer?"
  • 4:57 - 4:58
    E eu respondi: "Pai".
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    A minha mãe era filósofa
    e tinha-nos enchido de ideias
  • 5:01 - 5:04
    sobre protestos e justiça social,
    e eu disse:
  • 5:04 - 5:07
    "Pai, eu vou estudar
    ciência política e filosofia,
  • 5:07 - 5:10
    "e vou fazer parte
    de um movimento politico."
  • 5:10 - 5:12
    O meu pai, o dentista coreano,
  • 5:12 - 5:15
    encosta o carro lentamente
    na berma da estrada...
  • 5:15 - 5:16
    (Risos)
  • 5:16 - 5:18
    ... olha para mim e diz:
  • 5:18 - 5:21
    "Jim, quando tiveres um diploma
    em medicina, estudas o que quiseres."
  • 5:21 - 5:23
    (Risos)
  • 5:24 - 5:28
    Eu já contei esta história a uma audiência
    maioritariamente asiática.
  • 5:28 - 5:30
    Ninguém se ri. Apenas abanam a cabeça.
  • 5:30 - 5:31
    Claro.
  • 5:31 - 5:33
    (Risos)
  • 5:33 - 5:35
    (Aplausos)
  • 5:36 - 5:40
    Tragicamente, o meu pai morreu
    muito jovem,
  • 5:40 - 5:43
    há 30 anos, com 57 anos,
  • 5:43 - 5:45
    o que coincide com a minha idade agora.
  • 5:45 - 5:48
    Quando ele morreu,
    a meio dos meus estudos de medicina,
  • 5:48 - 5:52
    eu conseguira dar-lhe a volta
    estudando medicina e antropologia.
  • 5:52 - 5:56
    Estudei as duas coisas na universidade.
  • 5:57 - 6:00
    Mas nessa mesma altura,
    eu conheci duas pessoas,
  • 6:00 - 6:02
    Ophelia Dahl e Paul Farmer.
  • 6:02 - 6:04
    O Paul e eu estávamos no mesmo curso.
  • 6:04 - 6:06
    Ambos estudávamos medicina
  • 6:06 - 6:09
    e ao mesmo tempo fazíamos
    o doutoramento em antropologia.
  • 6:09 - 6:11
    Começámos a pensar nalgumas
    questões fundamentais.
  • 6:11 - 6:16
    Para as pessoas que têm o privilégio
    de estudar medicina e antropologia
  • 6:16 - 6:18
    — os meus pais eram refugiados.
  • 6:18 - 6:23
    O Paul crescera literalmente
    num autocarro num pântano na Flórida.
  • 6:23 - 6:25
    Ele gostava de se intitular "lixo branco".
  • 6:25 - 6:29
    Nós tínhamos esta oportunidade
    e dissemos:
  • 6:30 - 6:31
    "O que é que precisamos de fazer?
  • 6:31 - 6:34
    "Dada a nossa educação
    ridiculamente elaborada,
  • 6:34 - 6:37
    "qual é a natureza da nossa
    responsabilidade para com o mundo?"
  • 6:37 - 6:40
    Decidimos que precisávamos
    de fundar uma organização.
  • 6:40 - 6:42
    Chama-se Partners in Health.
  • 6:42 - 6:44
    A propósito, há um filme sobre ela.
  • 6:44 - 6:47
    (Aplausos)
  • 6:47 - 6:49
    Há um filme brilhante
  • 6:49 - 6:51
    que fizeram sobre ela
    chamado "Bending the Arc".
  • 6:51 - 6:54
    Estreou-se no Sundance em janeiro passado.
  • 6:54 - 6:55
    Jeff Skoll está aqui.
  • 6:55 - 6:58
    O Jeff é uma das pessoas
    que tornou isto possível.
  • 6:59 - 7:03
    Começámos a pensar
    no que seria necessário
  • 7:03 - 7:06
    para que as nossas aspirações
    alcançassem o nível
  • 7:06 - 7:09
    de algumas das comunidades
    mais pobres do mundo.
  • 7:09 - 7:12
    Esta foi a minha primeira visita
    ao Haiti em 1988.
  • 7:12 - 7:17
    Em 1988, elaborámos o nosso objetivo,
  • 7:17 - 7:21
    que era criar uma opção
    preferencial para os pobres
  • 7:21 - 7:23
    na saúde.
  • 7:23 - 7:26
    Levámos muito tempo, e éramos
    licenciados em antropologia.
  • 7:26 - 7:28
    Estávamos a estudar Marx.
  • 7:28 - 7:31
    Habermas, Fernand Braudel.
  • 7:31 - 7:33
    Líamos de tudo
  • 7:33 - 7:37
    e tínhamos que chegar a uma conclusão
    sobre como estruturar o nosso trabalho.
  • 7:37 - 7:39
    Então, chamámos-lhe "O para P"
    [OtoP = Utopia]
  • 7:39 - 7:41
    uma opção preferencial para os pobres.
  • 7:42 - 7:45
    A coisa mais importante de uma
    opção preferencial para os pobres
  • 7:45 - 7:46
    é aquilo que ela não é.
  • 7:46 - 7:50
    Não é uma opção preferencial
    para o nosso heroísmo.
  • 7:51 - 7:52
    Não é uma opção preferencial
  • 7:52 - 7:56
    para a nossa ideia de como tirar
    os pobres da pobreza.
  • 7:56 - 7:59
    Não é uma opção preferencial
    para a nossa organização.
  • 7:59 - 8:01
    E a mais difícil de todas,
  • 8:01 - 8:04
    não é uma opção preferencial
    para os vossos pobres.
  • 8:04 - 8:06
    É uma opção preferencial para os pobres.
  • 8:06 - 8:08
    Então o que fazer?
  • 8:09 - 8:12
    Em Haiti, começámos a construir.
  • 8:12 - 8:14
    Toda a gente nos dizia
    que a solução mais viável
  • 8:14 - 8:17
    era focarmo-nos em vacinação
    e talvez num programa alimentar.
  • 8:17 - 8:21
    Mas o que os haitianos queriam
    era um hospital.
  • 8:21 - 8:22
    Eles queriam escolas.
  • 8:22 - 8:24
    Eles queriam dar aos seus filhos
  • 8:24 - 8:27
    as oportunidades
    de que tinham ouvido falar
  • 8:27 - 8:31
    a outros parentes
    que tinham ido para os EUA.
  • 8:31 - 8:36
    Eles queriam as mesmas oportunidades
    que os meus pais queriam.
  • 8:36 - 8:38
    Eu reconheci-as.
  • 8:38 - 8:40
    Então foi isso que fizemos,
    construímos hospitais.
  • 8:40 - 8:42
    Proporcionámos-lhes educação.
  • 8:42 - 8:46
    Fizemos tudo ao nosso alcance
    para lhes dar oportunidades.
  • 8:46 - 8:49
    A minha experiência
    tornou-se muito intensa
  • 8:49 - 8:52
    na Partners in Health
    nesta comunidade, Carabayllo,
  • 8:52 - 8:56
    nas favelas a norte de Lima, no Peru.
  • 8:56 - 8:58
    Nesta comunidade,
  • 8:58 - 9:01
    começámos por ir a casa das pessoas
    e falar com elas,
  • 9:01 - 9:06
    e descobrimos uma epidemia de tuberculose
    resistente a medicamentos.
  • 9:06 - 9:08
    Este é o Melquíades.
  • 9:08 - 9:12
    O Melquíades era um doente na altura,
    tinha à volta de 18 anos,
  • 9:12 - 9:17
    e tinha uma estirpe de tuberculose
    muito resistente a medicamentos.
  • 9:17 - 9:20
    Todos os gurus do mundo,
    gurus da saúde mundial,
  • 9:20 - 9:25
    diziam que não era eficaz tratar
    a tuberculose resistente a medicamentos.
  • 9:25 - 9:27
    "É muito complicado. É muito caro.
  • 9:27 - 9:30
    "Simplesmente não podem fazê-lo.
    É impossível."
  • 9:30 - 9:33
    Além disso, eles começavam
    a ficar irritados connosco
  • 9:33 - 9:34
    porque a implicação era
  • 9:35 - 9:37
    que, se pudesse ser feito,
    nós fá-lo-íamos.
  • 9:37 - 9:39
    "Quem é que pensam que são?"
  • 9:39 - 9:42
    Nós lutávamos contra
    a Organização Mundial de Saúde
  • 9:42 - 9:45
    e, provavelmente, a organização
    com quem mais lutámos
  • 9:45 - 9:47
    foi o Grupo do Banco Mundial.
  • 9:47 - 9:51
    Nós fizemos tudo o que podíamos
  • 9:51 - 9:54
    para convencer o Melquíades
    a tomar os medicamentos,
  • 9:54 - 9:55
    porque era muito difícil.
  • 9:55 - 9:59
    Nem uma só vez durante o tratamento
    a família do Melquíades disse:
  • 9:59 - 10:02
    "Sabem, o Melquíades não é
    economicamente viável.
  • 10:02 - 10:04
    "Porque é que não vão
    tratar outra pessoa?"
  • 10:04 - 10:06
    (Risos)
  • 10:06 - 10:08
    Eu já não via o Melquíades há 10 anos
  • 10:08 - 10:11
    e quando tivemos as nossas reuniões
    anuais em Lima, no Peru
  • 10:11 - 10:12
    aqui há dois anos,
  • 10:13 - 10:15
    os cineastas encontraram-no
  • 10:15 - 10:17
    e aqui estamos nós juntos.
  • 10:17 - 10:20
    (Aplausos)
  • 10:24 - 10:26
    Ele tornou-se numa espécie
    de estrela dos "media"
  • 10:26 - 10:29
    porque vai às estreias dos filmes
    e sabe trabalhar a audiência.
  • 10:30 - 10:31
    (Risos)
  • 10:31 - 10:33
    Mas assim que ganhámos...
  • 10:34 - 10:35
    Nós ganhámos. Ganhámos a discussão.
  • 10:35 - 10:39
    Tínhamos que tratar a tuberculose
    resistente a medicamentos.
  • 10:39 - 10:42
    Ouvimos os mesmos argumentos
    no inicio dos anos 2000 sobre o VIH.
  • 10:42 - 10:45
    Todos os líderes da saúde mundial
    tinham dito:
  • 10:45 - 10:48
    "É impossível tratar o VIH
    nos países pobres.
  • 10:48 - 10:51
    "Demasiado caro, demasiado complicado,
    não é possível."
  • 10:51 - 10:53
    Em comparação com a tuberculose
    resistente a medicamentos,
  • 10:53 - 10:55
    o tratamento é mais fácil.
  • 10:55 - 10:57
    Nós víamos doentes como este.
  • 10:58 - 10:59
    Joseph Jeune.
  • 10:59 - 11:02
    Joseph Jeune também nunca mencionou
    que não era economicamente viável.
  • 11:02 - 11:05
    Alguns meses de medicação
    e este era o aspeto dele.
  • 11:05 - 11:07
    (Aplausos)
  • 11:08 - 11:10
    Nós chamamos-lhe o "efeito de Lázaro"
    do tratamento do VIH.
  • 11:10 - 11:13
    Joseline veio ter connosco
    com este aspeto.
  • 11:13 - 11:15
    Este era o aspeto dela
    passados alguns meses.
  • 11:15 - 11:17
    (Aplausos)
  • 11:18 - 11:21
    Nós achámos que o nosso argumento,
    a nossa batalha,
  • 11:21 - 11:25
    era com as organizações que insistiam
    que não era economicamente viável.
  • 11:25 - 11:27
    Nós dizíamos que não,
  • 11:27 - 11:31
    que a opção preferencial para os pobres
    requer que elevemos as nossas aspirações
  • 11:31 - 11:33
    para ir ao encontro
    às aspirações dos pobres.
  • 11:33 - 11:36
    Eles disseram: "Isso é simpático,
    mas não é viável."
  • 11:36 - 11:43
    Então, da mesma maneira
    que dirigimos a Partners in Health,
  • 11:43 - 11:45
    escrevemos um livro
    contra o Banco Mundial.
  • 11:45 - 11:48
    Diz que o Banco Mundial
  • 11:48 - 11:51
    se focou muito apenas
    no crescimento económico
  • 11:52 - 11:56
    e que os governos têm que
    encolher os seus orçamentos
  • 11:56 - 11:59
    e reduzir os gastos em saúde,
    educação e bem-estar social.
  • 11:59 - 12:02
    Nós considerámos isso
    fundamentalmente errado.
  • 12:02 - 12:04
    E discutimos com o Banco Mundial.
  • 12:04 - 12:06
    Depois aconteceu algo extraordinário.
  • 12:06 - 12:09
    O Presidente Obama nomeou-me
    Presidente do Banco Mundial.
  • 12:10 - 12:13
    (Aplausos)
  • 12:15 - 12:20
    Quando entrei no processo de validação
    com a equipa do Presidente Obama,
  • 12:20 - 12:21
    eles tinham uma cópia
  • 12:21 - 12:23
    do "Dying For Growth"
    e tinham-no lido todo.
  • 12:23 - 12:25
    E eu disse: "Acabou-se, não é?
  • 12:25 - 12:27
    "Vocês não vão aceitar-me."
  • 12:27 - 12:29
    Ao que ele diz:
    "Oh não, não, está tudo bem."
  • 12:29 - 12:31
    E fui nomeado.
  • 12:31 - 12:35
    Entrei pela porta do Grupo
    do Banco Mundial em julho de 2012,
  • 12:35 - 12:38
    que tem a frase na parede: "O nosso sonho
    é um mundo sem pobreza."
  • 12:39 - 12:41
    Alguns meses depois,
    tornou-se num objetivo:
  • 12:42 - 12:44
    acabar com pobreza extrema até 2030
  • 12:44 - 12:46
    e aumentar a prosperidade partilhada.
  • 12:46 - 12:48
    É o que fazemos agora
    no Grupo do Banco Mundial.
  • 12:49 - 12:52
    Eu sinto que trouxe a opção preferencial
    para os pobres
  • 12:52 - 12:53
    para o Grupo do Banco Mundial.
  • 12:54 - 12:57
    (Aplausos)
  • 12:58 - 13:00
    Mas isto é o TED
  • 13:00 - 13:03
    e, portanto, quero partilhar convosco
    algumas preocupações,
  • 13:03 - 13:05
    e depois fazer uma proposta.
  • 13:05 - 13:07
    A quarta Revolução Industrial
  • 13:07 - 13:09
    — vocês sabem isso melhor do que eu —
  • 13:09 - 13:10
    mas aqui está o que me preocupa.
  • 13:10 - 13:13
    Ouvimos falar do desemprego,
    já todos ouviram.
  • 13:13 - 13:16
    Os nossos dados sugerem
    que dois terços de todos os empregos
  • 13:16 - 13:18
    atualmente existentes
    nos países desenvolvidos
  • 13:18 - 13:20
    desaparecerão devido à automação.
  • 13:20 - 13:22
    Esses empregos têm que ser compensados.
  • 13:22 - 13:24
    Uma forma de aumentar
    esses postos de trabalho
  • 13:24 - 13:28
    é tornar os trabalhadores de saúde
    comunitários numa força de trabalho formal.
  • 13:28 - 13:30
    É isto que queremos fazer.
  • 13:30 - 13:31
    (Aplausos)
  • 13:31 - 13:33
    Achamos que os números vão funcionar,
  • 13:33 - 13:37
    que com melhores resultados em saúde
    e pessoas com empregos formais,
  • 13:37 - 13:41
    teremos capacidade de os formar
    com capacidades adicionais
  • 13:41 - 13:44
    para se tornarem trabalhadores
    que terão um enorme impacto,
  • 13:44 - 13:48
    e essa pode ser a área
    com maior crescimento.
  • 13:48 - 13:50
    Mas há outra coisa que me incomoda.
  • 13:50 - 13:54
    Atualmente parece-me muito claro
    que os empregos do futuro
  • 13:54 - 13:56
    serão digitalmente mais exigentes,
  • 13:56 - 14:00
    e há uma crise
    de desenvolvimento infantil.
  • 14:00 - 14:04
    Estas são fotografias
    que Charles Nelson partilhou connosco
  • 14:04 - 14:05
    da Escola de Medicina de Harvard.
  • 14:05 - 14:10
    Estas imagens mostram,
    do lado esquerdo,
  • 14:10 - 14:14
    uma criança de três meses
    com atraso no desenvolvimento,
  • 14:14 - 14:17
    sem nutrição adequada,
    sem estimulação adequada.
  • 14:17 - 14:20
    Do outro lado temos
    uma criança normal.
  • 14:20 - 14:22
    A criança normal tem todas
    estas conexões neuronais.
  • 14:22 - 14:25
    As conexões neuronais são importantes,
  • 14:25 - 14:28
    porque são a definição do capital humano.
  • 14:29 - 14:32
    Nós sabemos que conseguimos
    reduzir estas taxas.
  • 14:32 - 14:35
    Conseguimos reduzir rapidamente
    estas taxas de crescimento retardado,
  • 14:35 - 14:38
    mas se não o fizermos,
    na Índia, por exemplo,
  • 14:38 - 14:40
    onde há 38% de crianças em atraso,
  • 14:40 - 14:43
    como poderão elas competir
    na economia do futuro
  • 14:43 - 14:49
    se 40% dos seus futuros trabalhadores
    não tiverem sucesso educativo?
  • 14:49 - 14:52
    Claro que nos preocupamos
    com o sucesso económico
  • 14:52 - 14:56
    de uma maneira que ajude
    o país inteiro a crescer.
  • 14:56 - 14:58
    O que faremos então?
  • 14:59 - 15:02
    A economia mundial
    representa 78 biliões de dólares
  • 15:02 - 15:06
    e 8,55 biliões de dólares estão em
    taxas de juros negativas.
  • 15:06 - 15:11
    Isso significa que pomos o nosso dinheiro
    no Banco central alemão
  • 15:11 - 15:13
    e depois pagamos-lhe para
    guardarem o nosso dinheiro.
  • 15:13 - 15:15
    Isso é uma taxa de juro negativa.
  • 15:15 - 15:19
    24,4 biliões de dólares em poupanças
    governamentais de baixo-lucro
  • 15:19 - 15:23
    e 8 biliões literalmente
    nas mãos dos ricos
  • 15:24 - 15:26
    debaixo dos seus enormes colchões.
  • 15:26 - 15:30
    Estamos a tentar usar
    as nossas próprias ferramentas
  • 15:30 - 15:32
    e pensar por instantes:
  • 15:32 - 15:35
    Estamos a falar de instrumentos
    de alto risco de dívida,
  • 15:35 - 15:37
    de diminuir o risco,
    de financiamentos combinados,
  • 15:37 - 15:39
    de um seguro de risco político,
  • 15:40 - 15:41
    de aprimoramento de crédito,
  • 15:41 - 15:44
    de todas essas coisas que aprendi
    no Grupo do Banco Mundial
  • 15:44 - 15:48
    que os ricos usam todos os dias
    para se tornarem mais ricos,
  • 15:48 - 15:51
    mas que não usamos suficientemente
    em nome dos pobres
  • 15:51 - 15:54
    para atrair o capital.
  • 15:54 - 15:56
    (Aplausos)
  • 16:00 - 16:03
    Isto funciona?
  • 16:03 - 16:07
    Conseguimos realmente atrair
    grupos do setor privado para um país
  • 16:07 - 16:09
    e fazer com que tudo funcione?
  • 16:09 - 16:11
    Bom, já o fizemos algumas vezes.
  • 16:11 - 16:13
    Isto é a Zâmbia, Scaling Solar.
  • 16:13 - 16:15
    É uma solução integrada
    do Banco Mundial,
  • 16:15 - 16:18
    em que nós intervimos
    e fazemos tudo o que é preciso
  • 16:18 - 16:20
    para atrair investidores do setor privado.
  • 16:20 - 16:24
    Neste caso, a Zâmbia começou
    por ter um custo de eletricidade
  • 16:24 - 16:26
    de 25 cêntimos por kilowatt-hora,
  • 16:26 - 16:30
    e fazendo apenas coisas simples,
    fazendo um leilão,
  • 16:30 - 16:32
    alterando algumas políticas,
  • 16:32 - 16:35
    conseguimos reduzir o custo.
  • 16:35 - 16:36
    A oferta mais baixa,
  • 16:36 - 16:38
    25 cêntimos por kilowatt-hora
    para a Zâmbia?
  • 16:38 - 16:43
    A oferta mais baixa foi 4,7 cêntimos
    por kilowatt-hora. É possível.
  • 16:43 - 16:45
    (Aplausos)
  • 16:45 - 16:47
    Mas esta é a minha proposta.
  • 16:47 - 16:49
    Isto é um grupo chamado Zipline,
  • 16:49 - 16:52
    uma companhia porreira,
    são cientistas de foguetões.
  • 16:52 - 16:54
    Eles descobriram como usar
    drones no Ruanda.
  • 16:54 - 16:56
    Isto sou eu a lançar um drone no Ruanda
  • 16:56 - 16:59
    que entrega sangue
    em qualquer parte do país
  • 16:59 - 17:01
    em menos de uma hora.
  • 17:01 - 17:02
    Assim, salvamos vidas.
  • 17:02 - 17:04
    Este programa salva vidas.
  • 17:04 - 17:07
    Este programa ganhou dinheiro
    para a Zipline,
  • 17:07 - 17:11
    este programa poupou
    montes de dinheiro no Ruanda.
  • 17:11 - 17:14
    É disto que precisamos,
    e precisamos que todos vocês o façam.
  • 17:14 - 17:17
    Estou a pedir-vos que arranjem
    um pouquinho de tempo
  • 17:17 - 17:20
    para pensar na tecnologia
    em que trabalham,
  • 17:20 - 17:22
    nas companhias que fundam,
    no design que fazem.
  • 17:22 - 17:25
    Pensem um bocadinho
    e trabalhem connosco
  • 17:25 - 17:29
    para ver se conseguimos
    soluções extraordinárias.
  • 17:30 - 17:32
    Vou deixar-vos com uma história final.
  • 17:33 - 17:35
    Eu estava na Tanzânia,
    numa sala de aula.
  • 17:35 - 17:39
    Isto sou eu numa de turma
    de crianças de 11 anos.
  • 17:39 - 17:41
    Perguntei-lhes, como sempre faço:
  • 17:41 - 17:43
    "O que querem ser quando forem grandes?"
  • 17:43 - 17:45
    Dois levantaram as mãos e disseram:
  • 17:45 - 17:47
    "Eu quero ser
    o presidente do Banco Mundial."
  • 17:47 - 17:49
    (Risos)
  • 17:49 - 17:52
    Tal como vocês, a minha equipa
    e os professores riram-se.
  • 17:52 - 17:54
    Mas eu pedi que parassem e disse:
  • 17:54 - 17:57
    "Quero contar-vos uma história.
  • 17:57 - 18:01
    "Quando eu nasci na Coreia do Sul,
    eu era assim.
  • 18:01 - 18:03
    "Isto é de onde eu vim.
  • 18:03 - 18:06
    "Quando eu tinta três anos,
  • 18:06 - 18:08
    "na escola pré-primária,
  • 18:08 - 18:12
    "acho que o George David Woods,
    o presidente do Banco Mundial,
  • 18:12 - 18:15
    "se tivesse visitado a Coreia na altura
    e tivesse ido à minha aula,
  • 18:16 - 18:18
    "não teria pensado que o futuro
    presidente do Banco Mundial
  • 18:19 - 18:20
    "estaria sentado naquela aula.
  • 18:20 - 18:23
    "Nunca deixem ninguém dizer-vos
  • 18:23 - 18:25
    "que não podem ser o presidente
    do Banco Mundial."
  • 18:25 - 18:27
    Agora, obrigado.
  • 18:27 - 18:28
    (Aplausos)
  • 18:28 - 18:30
    Vou deixar-vos com um pensamento.
  • 18:30 - 18:33
    Eu vim de um dos países
    mais pobres do mundo.
  • 18:33 - 18:35
    Sou o presidente do Banco Mundial.
  • 18:35 - 18:38
    Não posso nem vou fechar
    a porta atrás de mim.
  • 18:38 - 18:39
    Isto é urgente.
  • 18:39 - 18:41
    As aspirações estão a aumentar.
  • 18:41 - 18:43
    Em todo o lado as aspirações
    estão a aumentar.
  • 18:43 - 18:46
    Vocês nesta sala, trabalhem connosco.
  • 18:46 - 18:50
    Sabemos que conseguimos encontrar
    soluções como a da Zipline
  • 18:50 - 18:53
    e ajudar os pobres a dar o salto
    para um mundo melhor,
  • 18:53 - 18:56
    mas isto só vai acontecer
    se trabalharmos juntos.
  • 18:56 - 18:59
    O vosso futuro "eu"
    — especialmente para os vossos filhos —
  • 18:59 - 19:01
    o vosso futuro eu
  • 19:01 - 19:04
    vai depender da nossa preocupação
    e compaixão
  • 19:04 - 19:08
    para assegurar que o futuro "nós"
    assegure igualdade de oportunidades
  • 19:08 - 19:10
    a todas as crianças do mundo.
  • 19:10 - 19:11
    Muito obrigado.
  • 19:11 - 19:13
    (Aplausos)
  • 19:13 - 19:16
    Obrigado. Obrigado. Obrigado.
  • 19:16 - 19:18
    (Aplausos)
  • 19:21 - 19:23
    Chris Anderson: Seria de pensar
  • 19:23 - 19:26
    que as pessoas ficassem surpreendidas
    ao ouvir uma palestra assim
  • 19:26 - 19:28
    do presidente do Banco Mundial,
    é porreiro.
  • 19:28 - 19:31
    Eu pedir-te-ia para ser um pouco
    mais específico na tua proposta.
  • 19:31 - 19:35
    Há muitos investidores
    e empresários nesta sala.
  • 19:35 - 19:38
    Como é que fariam uma parceria?
    Qual é a tua proposta?
  • 19:38 - 19:40
    Jim Yong Kim: Posso ser um bocadinho
    "nerd" por instantes?
  • 19:40 - 19:42
    CA: Absolutamente.
  • 19:42 - 19:44
    Por exemplo, as seguradoras nunca investem
  • 19:44 - 19:46
    em infraestruturas de países
    em desenvolvimento,
  • 19:46 - 19:48
    porque não podem correr o risco.
  • 19:48 - 19:51
    Reservam o dinheiro para as
    pessoas que pagam seguros.
  • 19:51 - 19:54
    A Associação Internacional
    Sueca de Desenvolvimento
  • 19:54 - 19:56
    deu-nos algum dinheiro.
  • 19:56 - 19:58
    Nós angariámos um pouco mais,
    uns cem milhões
  • 19:58 - 20:01
    e assumimos a primeira perda,
    ou seja, se corresse mal,
  • 20:01 - 20:04
    10% da perda ficaria por nossa conta
  • 20:04 - 20:06
    e o restante ficaria a salvo.
  • 20:06 - 20:09
    Isso criou uma fatia de 90%,
  • 20:09 - 20:13
    um investimento de três B,
    por isso as seguradoras investiram.
  • 20:13 - 20:17
    Assim, pegamos em dinheiro público
  • 20:17 - 20:21
    e usamo-lo para reduzir o risco
    de instrumentos específicos
  • 20:21 - 20:23
    para atrair pessoas do exterior.
  • 20:23 - 20:26
    Assim, todos vocês que estão sentados
    em cima de biliões de dólares
  • 20:26 - 20:27
    venham ter connosco, ok?
  • 20:27 - 20:28
    (Risos)
  • 20:28 - 20:31
    CA: Estás à procura, especificamente,
    de propostas de investimento
  • 20:31 - 20:33
    que criam empregos
    no mundo em desenvolvimento.
  • 20:33 - 20:35
    JYK: Absolutamente.
  • 20:35 - 20:39
    Estes serão, por exemplo, em
    infraestruturas de transporte de energia,
  • 20:39 - 20:41
    construção de estradas, pontes, portos,
  • 20:41 - 20:44
    o tipo de coisas que são necessárias
    para criar empregos.
  • 20:44 - 20:46
    Mas também estamos a dizer
  • 20:46 - 20:49
    que vocês podem pensar
    que a tecnologia em que trabalham
  • 20:49 - 20:51
    ou o negócio em que trabalham
  • 20:51 - 20:53
    pode não ter utilidade
    no mundo em desenvolvimento,
  • 20:54 - 20:55
    mas olhem para a Zipline.
  • 20:55 - 20:57
    O que aconteceu com a Zipline
  • 20:57 - 20:59
    não foi só por causa
    da qualidade da tecnologia.
  • 20:59 - 21:03
    Foi porque eles comprometeram-se
    de início com a população do Ruanda
  • 21:03 - 21:04
    e usaram a inteligência artificial
  • 21:04 - 21:07
    — o Ruanda tem uma ótima banda larga —
  • 21:07 - 21:10
    mas estas coisas acontecem sozinhas.
  • 21:10 - 21:13
    Por isso, vamos ajudar-vos.
    Nós faremos as apresentações.
  • 21:13 - 21:16
    Nós até forneceremos financiamento.
    Nós vamos ajudar-vos com isso.
  • 21:16 - 21:19
    CA: Quanto capital está o Banco Mundial
    disposto a investir
  • 21:19 - 21:20
    para cobrir esses esforços?
  • 21:20 - 21:23
    JYK: Chris, estás sempre a tentar
    que eu faça algo assim.
  • 21:23 - 21:26
    CA: Estou a tentar arranjar-te problemas.
    JYK: Então isto é o que vamos fazer.
  • 21:26 - 21:31
    Temos 25 mil milhões por ano
    para investir nos países pobres,
  • 21:31 - 21:33
    nos países mais pobres.
  • 21:33 - 21:35
    Enquanto investimos
    25 mil milhões por ano,
  • 21:35 - 21:36
    ao longo dos próximos três anos,
  • 21:36 - 21:38
    temos que pensar convosco
  • 21:38 - 21:40
    em como usar esse dinheiro
    mais eficazmente.
  • 21:40 - 21:44
    Não posso dar um número específico.
    Depende da qualidade das ideias.
  • 21:44 - 21:46
    Portanto tragam-nos as vossas ideias,
  • 21:46 - 21:51
    e eu acho que o financiamento
    não será um problema.
  • 21:51 - 21:54
    CA: Ok, ouviram-no da boca dele.
  • 21:54 - 21:56
    Jim, muito obrigado.
    JYK: Obrigado. Obrigado.
  • 21:56 - 21:59
    (Aplausos)
Title:
Não merecemos todos uma oportunidade para uma boa vida?
Speaker:
Jim Yong Kim
Description:

As aspirações estão a aumentar como nunca no mundo, graças em grande parte aos Smartphones e à Internet — será o resultado uma oportunidade ou uma frustração?
Enquanto Presidente do Grupo do Banco Mundial, Jim Yong Kim quer eliminar a pobreza extrema e impulsionar uma prosperidade partilhada. Ele explica-nos como esta instituição está a trabalhar para melhorar o futuro saudável e financeiro das pessoas nos países mais pobres, impulsionando investimentos e retirando o risco dos desenvolvimentos.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
22:12

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