A Verdade é Simples

Nada que você adquira pode ser o estado permanente.
Apenas o que você descobre.
A tomada de consciência do Ser é uma coisa muito simples nela mesma.
Ela é simples e natural.
Esse Satsang aconteceu em Rishikesh, Índia, 2013, sob a árvore que Papaji costumava sentar-se, às vezes, referida como "Árvore de Papaji".

Música: 'The Deep Blue' por Samadhi do álbum 'Dentro do Azul Profundo' disponível em:
http://www.satsangshop.com/music/543-into-the-deep-blue.html.

A compreensão do Ser é uma coisa
muito simples nela mesma

[Mooji:] É o que é, nela mesma,
apenas simples e natural.

O que é, nela mesmo,
é simples e natural.

E eu me pergunto se
houve um tempo quando

os seres humanos
eram apenas assim.

Apenas em nosso estado natural.

Mas, não sei.

Senti, nesses dias, quero compartilhar,
quero compartilhar isso.

Porque é muito simples
e tão simples, não?

Mas em meu próprio caso,

levou um pouco de tempo
purificando, do mesmo modo,

para chegar a Isso.

[Cantando]

Esse é um tipo de paradoxo,
de algum modo.

Porque é tão simples.

Mas de onde estamos vindo
é muito complexo.

Como disse,
a Verdade é simples,

mas o buscador
da Verdade é complexo.

E ele tem que superar a si mesmo.

Sim. Ele não pode
fazer nada pela Verdade.

Não podemos fazer nada pela Verdade.
Não podemos ajudar a Verdade;

é total absurdo, arrogância,
é estupidez pensar isso.

A base do universo inteiro,

é isso que ele emana

e apresenta no
espaço da Verdade.

Então ninguém pode
fazer nada pela Verdade.

E o fato é esse,
nós somos a Verdade.

Somos a Verdade.

Mas para fazer
a busca acontecer,

temos que estar sob
a fascinação do não verdadeiro.

De outro modo,
não há busca.

Por que haveria
qualquer busca?

Assim como agora, estamos
convencidos que somos

nosso nome,
nossa cultura,

somos nossa raça,
somos nosso gênero.

Acreditamos que, então...

não temos que,
não temos que questionar isso.

Apenas assumimos,
ninguém questiona isso.

No estado da Verdade, então
isso é completamente natural, sabe.

Você não tem mais que
questionar isso.

Mas enquanto temos
a identidade,

ou a ideia de que
somos pessoas e povo,

e esse é um estado muito
complexo da consciência,

o auto-centrado, mas auto-centrado
no sentido psicológico.

Significando que, é um tipo de neurose,
uma complexidade está aí.

E não vamos ficar feliz.

Não há ninguém que,
não estando consciente do puro Ser,

pode estar em um estado de
equanimidade e inquebrável felicidade.

Nossas vidas serão uma confusão,
você vai experienciar isso.

Mas para aqueles que estão conscientes da
Verdade e de que são a Verdade, assim,

então as ondas da mente,

as ondas da força vital

não podem mais perturbá-los;
não há mais nenhum problema.

Porque não estão apegados a mente,

não estão apegados a
nenhum estado emocional,

não estão apegados
ao corpo.

Apenas como o Ganges flui;
dizem o Ganges flui, mas é constante.

Flui mas é constante, não?

As ondas são como, talvez,
nosso pensamento,

o mutável que ocorre e
surge no corpo,

são como as ondas.

Mas o próprio Ganges,
você pode dizer,

é imperturbável.

É a mesma coisa.

Então não precisamos estudar,
por anos, para tomar consciência do Ser.

Entende?

E ainda nós o fazemos.

Não precisamos estudar
por anos e anos.

O que estamos estudando?
O que estamos estudando?

O que estamos praticando?

Às vezes também,
estamos praticando

e ainda não sabemos
para que estamos praticando.

Às vezes meditando,
e você não sabe

qual é o objetivo e
objeto da meditação.

Se você está meditando
apenas por meditar,

para desfrutar de
uma parte do tempo

em um estado de
não-dualidade;

a meditação pode
oferecer isso a você.

Mas como você tem ouvido
as pessoas dizerem em satsang,

'O minuto que me afasto,
o minuto que minha meditação termina,

então o caos da vida e
da mente volta outra vez.

Então esse não pode ser
o seu estado permanente.

Nada que você adquira
vai ser seu estado permanente.

Apenas o que você descobre,

que é independente
da onda pessoal,

apenas isso é estável, por si;
ninguém pode torná-lo estável.

Podemos apenas descobrir
essa essência intocada.

E quando 'nós' descobrimos 'Aquilo',
nós somos Aquilo.

Você não pode descobrir o Ser e ser um
descobridor do Ser enquanto você é uma pessoa.

E essa é a razão pela qual eu digo
que a auto-investigação

é como, o que eu chamo
minha 'pergunta piranha',

porque enquanto estamos explorando

e aprofundando essa pergunta,

o questionador e a pergunta
estão sendo engolidos,

pela própria investigação, assim.

"Nada que você adquira

pode ser o estado permanente..."

"... apenas o que você descobre"

~Mooji~

[Canto]

Satsang Espontâneo
sob a árvore de Papaji

Rishikesh, Índia, 2013

mooji.org